A EDP, a Galp, a CGD, os bancos, os centros comerciais, a TMN, a Refer, a Rave, as autoestradas, as pontes, o TGV, o aeroporto, as milhentas empresas que absorvem as mais valias do nosso trabalho, que não saem da órbita do Estado com boys e girls, as construtoras que apresentam milhões de lucros todos os meses, todas estas empresas não são chamadas quando toca o sinal de alerta!
São as PMEs que representam 80% do emprego e 70% do PIB que ninguem conhece, que não fazem primeiras páginas, que não vão ao Prós e Contras, essas, são as chamadas. Não pertencem ao PSI 20, nem frequentam os corredores do poder, labutam e operam em mercados altamente concorrênciais, onde ganha quem tem mérito, qualidade e preço competitivo. Estes empresários metem lá o seu dinheiro, muitas vezes garantindo empréstimos bancários com a propriedade da família, arriscando, persistindo…
Mas os melhores CEOs do Mundo estão nas grandes empresas de rendimento garantido, em monopólio ou perto disso, apoiados pelas “golden-shares” do Estado, onde trabalham os filhos e os netos de tudo o que é político ou que já foi, ganhando o que nunca ganhariam se estivessem num mercado livre.
Enquanto os portugueses não perceberem esta ganância, e andarem convencidos que estas empresas que vivem à custa do Estado e em condições particulares de “posição dominante”, são a chave do problema, nunca saíremos desta economia moribunda que não cria riqueza e que arrasta tantos cidadãos para a miséria. Sem aumentar a produtividade nem as contas públicas no “são” nos safam! Sem criar riqueza como pagamos as dívidas?
A prioridade são as empresas exportadoras que tambem substituem importações, que vendem valor acrescentado, que se dedicam a actividades onde o país tem vantagens competitivas. Peter Drucker, o célebre guru da gestão das empresas já cá fez um estudo a dizer tudo isto. Apontou as actividades a apoiar pelo Estado e os “clusteres” a desenvolver.
Mas, ao contrário, nos últimos trinta anos só ouvimos os políticos a defenderem as grandes obras públicas! Porque será?
“Enquanto os portugueses não perceberem esta ganância…” os portugueses que percebem descem a avenida dia 29