Cristiano Ronaldo, embaixador informal do totalitarismo saudita

vem a Portugal com o Al-Nassr inaugurar um centro de alto rendimento. Triste.

Vila do Conde Contra as Touradas

“1 – No próximo dia 23 de Julho de 2022, terá lugar em Vila do Conde, na União de Freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada, uma tourada organizada pela Juntos Pelo Mundo Rural.
2 – As touradas são eventos obsoletos e sem tradição em Vila do Conde, onde o repúdio às touradas é maioritário entre os cidadãos do concelho. Contra a barbárie e pelo fim das touradas, os vilacondenses pautar-se-ão, sempre, por uma postura de rejeição em relação a estes tristes “espetáculos”, alicerçados no mau-trato animal.
3 – Pela proteção animal, convocamos todos os cidadãos a compareceram, pelas 16 horas do dia 23 de julho de 2022, junto ao Largo da Trindade, em Ferreiró, onde se irá realizar uma manifestação contra a realização deste triste evento que mancha a imagem do nosso concelho.”
LINK DO EVENTO: AQUI.

Criminalizar os exorcistas da reconversão, já!

Assinalam-se hoje 31 anos desde que a OMS colocou um ponto final num absurdo alimentado por um cocktail de crueldade, ignorância, preconceito e fanatismo religioso, retirando a homossexualidade da lista de doenças reconhecidas pela ciência como tal.

Hoje, para assinalar a data, o Bloco de Esquerda recupera um projecto que tem o meu total apoio, e que só peca por tardio, pese embora seja uma luta antiga do partido: criminalizar a chamada terapia de reconversão, uma charlatanice ao nível do exorcismo e do teatro mal-amanhado das curas milagrosas que um sem número de seitas oferece a troco do habitual dízimo.

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Guantánamo: 20 anos de terror

Imagem retirada do Observador.

20 anos de Guantánamo.

Vinte anos. Vinte. Vinte anos em que esta prisão em Cuba prende, tortura e massacra opositores políticos. Muito se fala sobre o regime cubano, e acho muito bem que dele se fale. Mas a prisão de Guantánamo, localizada numa base naval em Cuba, pertence aos… Estados Unidos da América.

E é em Guantánamo que norte-americanos prendem, torturam e massacram opositores políticos que não comunguem das ideias neo-liberais e conservadoras usadas pelos EUA, ao longo dos anos, para aniquilar comunistas, socialistas e social-democratas. Já vem de trás, mas esta espiral começou a sério nos anos 80, com a Operação Condor à cabeça. Cuba vai resistindo; não sendo um regime democrático, vai resistindo aos atentados, também eles, anti-democráticos dos EUA. Aponta-se, muitas vezes, o facto de Cuba não ser uma democracia para justificar o insucesso económico do país… esses esquecem-se dos enormes embargos dos EUA ao país e do controlo exercido sobre eles pelos “polícias do Mundo”; os que o fazem, têm, normalmente, zero a dizer sobre a China.

Vivem, ou sobrevivem, neste momento em Guantánamo 39 pessoas, a maioria sem qualquer acusação criminal.

Vinte anos de ataques aos Direitos Humanos. Vinte anos. Vinte. Está na hora de acabar com o imperialismo norte-americano e chinês.

Cartoon de Matt Wuerker.

Migrantes torturados por agentes da GNR: sabemos de onde isto vem, não sabemos?

Quando sete agentes da GNR decidem torturar seres humanos, fotografando e filmando as suas vítimas por gozo sádico e doentio, continuando em funções como se nada tivesse acontecido, não é apenas a honra do destacamento local que fica manchada. É a GNR como um todo, e os seus milhares de efectivos que cumprem os seus deveres com dignidade e dedicação à causa pública. É a credibilidade da democracia portuguesa, que ainda não recuperou da morte de Ihor Homeniuk. E é todo o país, humilhado pelos crimes cometidos por estes delinquentes, que representam uma das mais graves formas de violação dos direitos humanos, por ser cometida por aqueles cuja função é garantir o cumprimento da lei. Ao nível de uma ditadura de terceiro mundo.

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O estranho caso de Ihor Homeniúk

A morte de um ser humano em Portugal sob tortura perpetrada pelo Estado português, seria, não há muito tempo, razão para um escândalo de contundente repercussão política.

Todavia, o que se assistiu foi a uma brandura de tratamento, transversal a toda a sociedade portuguesa.

Até a página da Amnistia Internacional  Portugal, não deu grande relevo a semelhante crime ignóbil (o nome de Ihor Homeniúke é apenas referido num texto recente).

Isto numa sociedade como a portuguesa, marcada, fortemente, por valores humanistas que fazem de nós, enquanto povo, gente com repulsa pela violação da dignidade humana, gente solidária e predisposta a acudir.

Além da habitual “exigência” de “apuramento de responsabilidades”, pouco mais ou mesmo nada a dita sociedade civil e as organizações políticas em geral exigiram sobre algo que deveria ter causado engulho e revolta.

Quando, recentemente, as rede sociais começaram a movimentarem-se na demanda por explicações, aos poucos lá começaram a aparecer algumas reacções.

Começou-se, então, a construir na comunicação social a ideia de que o que se passou com Ihor Homeniúk é um problema de procedimentos do SEF.

Uma bela forma de transformar um homicídio numa mera relação de causa/efeito. [Read more…]

Brandos costumes pidescos

Assinalou-se, na Quinta-feira, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, e o momento não podia ser mais oportuno, na medida em que o país parece ter acordado para o estranho caso do cidadão ucraniano que foi espancado e torturado até à morte por inspectores do SEF, nas instalações desta força de segurança, no aeroporto Humberto Delgado. Uma bela forma de homenagear o resistente antifascista que dá o nome à infraestrutura.

Qual é o problema desta nossa indignação colectiva? É que já passaram nove meses desde que este atentado contra os direitos humanos foi perpetrado. E, com a excepção de algumas jornalistas, como Valentina Marcelino, Fernanda Câncio, Joana Gorjão e Daniel Oliveira, entre (poucos) outros, a opção pelo silêncio foi geral. Não tendo o caso sido abafado, pouca importância lhe foi dada nos headlines e alinhamentos noticiosos. As redes sociais, sempre implacáveis, não ebuliram como habitualmente acontece com casos de racismo, ou de tiradas xenófobas da extrema-direita. Um silêncio que envergonha, mais ainda por ter feito parte dele. [Read more…]

As virtudes da Santa Inquisição

SI

Quando me deparei com o artigo de opinião do padre Gonçalo Portocarrero de Almada, não fiquei particularmente surpreendido. Vivemos tempos em que a defesa do fascismo, da tortura e da perseguição de minorias viraram moda. Que o digam os presidentes dos EUA e do Brasil, bem como a extrema-direita que vai fazendo pela vidinha um pouco por toda a Europa. Felizes de nós, portugueses, que só cá temos fascistas palermas, sem ponta por onde se lhes pegue. [Read more…]

Torturar mulheres e obrigar os filhos a ver

Fotografia: momumento Tortura Nunca Mais, Recife

Se há algo de que não podemos acusar Bolsonaro, é de ter ocultado a sua verdadeira agenda. Podemos acusá-lo de não aprofundar as suas ideias, até porque o seu discurso tende a limitar-se a pouco mais do que insultar opositores, alimentar uma cultura de ódio e atacar o estado democrático de direito, sem que se lhe conheça uma ideia para o país que não seja privatizar a torto e a direito, perseguir minorias e armar a população. Mas não podemos acusá-lo de nos ter tentado enganar. Quem votou Bolsonaro, sabia perfeitamente no que se estava a meter. Se não sabia, foi porque não quis.

Bolsonaro, por muitas fake news que circulem no Whatsapp, é muito fácil de definir: autoritário, machista, racista, homofóbico, violento, fundamentalista religioso, desonesto e manipulador. E quem vota Bolsonaro sabe em quem está a votar. Sabe no que está a votar.

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Graças a Deus, são caucasianos

US-CRIME-CHILDREN-COURT-TURPIN

Louise e David Turpin formam um sádico casal de monstruosas aberrações, que submeteu os seus 13 filhos a uma existência de terror e tortura. Privados de liberdade e sujeitos a uma alimentação miserável, tendo apenas direito a uma refeição por dia, só podiam tomar banho uma vez por ano e eram constantemente punidos com castigos de semanas ou meses que incluíam serem acorrentados ou amarrados à cama sem poder usar uma casa de banho. Em tribunal, Louise sorriu. [Read more…]

Mobbing: a forma moderna de Tortura

Nuno Gomes Oliveira*

Longe vai o tempo da escravatura, do feudalismo ou da inquisição, quando a tortura era genericamente aceite como método de obter confissões ou punir delitos ou simples suspeitas.
É certo que a Inquisição persistiu até 1904 e que de 1540 a 1794 os tribunais portugueses mandaram queimar vivas 1.175 pessoas e impuseram castigos a 29.590.
Em Portugal o último condenado à morte pela Inquisição foi o padre jesuíta italiano Gabriel Malagrida, Missionário no Brasil e pregador em Lisboa, que foi queimado no Rossio de Lisboa no dia 21 de Setembro de 1761 (80 anos antes da abolição definitiva, em 31/03/1821, há menos de 200 anos.)
A Revolução Francesa (1789-1799) trouxe significativos avanços no tratamento da questão, impondo às autoridades o respeito pela integridade física dos detidos e proibindo a tortura.

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Make torture great again!

Sinto absolutamente que funciona” – Donald Trump

Golpes que matam

67 anos a torturar em Euskadi até 2014.

Pela defesa da tortura

Donald Trump compromete-se a trazer de volta as simulações de afogamento e “fazer bem pior que isso“, num discurso em que acusa os terroristas de práticas medievais. Se falhar nos EUA, Trump bem pode tentar suceder o rei da Arábia Saudita.

Brutalidade primitiva no país dos brandos costumes

Na senda de outras tradições dignas de homens das cavernas, como a tortura do porco em Braga ou o frequente massacre de touros por cobardes com lantejoulas protegidos por um grupo de forcados, descobri hoje mais um belo exemplo de crueldade gratuita que consiste em prender um gato num pote de barro, colocar o pote no alto de um poste revestido por uma espécie de palha (que extraordinariamente não foi ingerida pela organização) e por fim chegar fogo ao poste, ficando os apreciadores de tortura animal a observar a subida do fogo até que o pote caia e o animal morra ou fique seriamente ferido.

Que existam pessoas que tiram prazer do sofrimento dos animais já todos sabemos. Estes habitantes de Mourão, concelho de Vila Flor, parecem apreciar o espectáculo e pactuar com a selvajaria. Mas faz-me sempre alguma confusão que estes actos de tortura troglodita sejam levados a cabo no âmbito de cerimónias religiosas, dedicadas a um santo de uma religião cujos ensinamentos incluem não maltratar animais. Serão todos hipócritas, estúpidos ou não-praticantes? Talvez sejam só pessoas que gostam de violência. No país dos brandos costumes, enquanto outros animais nos torturam de formas mais sofisticadas, adeptos da brutalidade primitiva descarregam em animais indefesos e escondem-se atrás da desculpa esfarrapada e idiota da tradição. Caso não partilhem com estes indivíduos o gosto pela tortura, podem assinar esta petição.

Bradley Manning: Percebo que tenho de pagar o preço

But it was all right, everything was all right, the struggle was finished. He had won the victory over himself. He loved Big Brother.

Porco pisa humano

gnrVia  JN

Isto é a América?

91814Tortura, violações. Não tem importância, eram crianças pobres.

Até chegava a explicar aos opositores por que razão eram presos e torturados

Jaime Nogueira Pinto. “Salazar em ditadura explicava tudo o que estava a fazer”

Tortura!

Obrigam o monstro das bolachas a comer vegetais! – Para que servem os pais?

A tortura de um cidadão

Tortura é a imposição de dor física ou psicológica por crueldade, intimidação, punição, para obtenção de uma confissão, informação ou simplesmente por prazer da pessoa que tortura.

Parece-me que devia acrescentar que há dois tipos de tortura: a que as Nações Unidas condena e a que todo cidadão sofre no dia-a-dia e que denominamos burocracia. [Read more…]

Apresentação de livro: a PIDE contada por quem a sentiu

Hoje, na Universidade Católica do Porto, às 18 horas, será apresentado o livro “Gente comum – uma história da PIDE”. A autora, Aurora Rodrigues, conta a sua experiência como presa política, com realce para as terríveis torturas a que foi sujeita. Neste 26 de Abril em que, por vezes, se quer esquecer ou branquear o 24, é importante que se leia e ouça o testemunho, na primeira pessoa, de quem viveu tempos que se deseja que sejam cada vez mais velhos, mas que nunca poderão ter sido bons.

Brincadeirinhas Inocentes

Afinal parece que era só uma experiência. Assim sendo, esta frase de um polícia do Grupo de Intervenção de Segurança Prisional (GISP) era só a brincar:

P: Enquanto o sr. não tomar medidas para ser um ser arrumado o sr. vai ser altamente violentado. Há dúvidas?

Mas era só uma experiênciazinha para ver se o Taser funcionava. Funcionou, o preso tomou logo as medidas necessárias. Do outro lado estavam guardas prisionais, elementos do GISP e um elemento médico para o caso de dar para o torto e ser necessário tomar outras medidas, reanimatórias.

Estou a vê-los combinar a experiência: da próxima vez que o tipo se recusar a limpar a merda, o guarda telefona ao director, o director telefona ao GISP, alguém telefona ao médico e prontos, vemos se a tal arma eléctrica funciona. Se não funcionar experimentamos com uma cadeira. Eléctrica.

Pequeno contributo para a defesa da Igreja Católica

Citando o documentário “The Myth of the Spanish Inquisition”, da BBC, conta-nos a Eternal World Television Network, canal de televisão de inspiração católica:

“A tortura era usada, mas não podia durar mais de 15 minutos e nunca poderia ser aplicada duas vezes na mesma pessoa. Walsh [William T. Walsh, historiador americano] afirma que, para que a tortura pudesse ser usada, um médico tinha de estar presente, e, à sua ordem, a tortura deveria ser interrompida.”

Ah, bom, isso já é outra coisa.

Acabemos com esse difamatório erro histórico e vejamos a verdadeira Inquisição espanhola:

Misha Lerner

Quantas vezes se referem os líderes políticos ao escrutínio que das suas decisões farão as gerações vindouras, e quantas vezes fica claro que esse é um tema que não lhes merece nem um segundo de reflexão?

Diz-se que a verdade fala pela boca das crianças e essa é talvez uma das mais óbvias razões para que estas sejam tão persistentemente silenciadas. Mas quando essa voz se faz escutar pode ser ensurdecedora…

O Washington Times conta a história da visita de Condoleeza Rice a uma escola primária da capital americana. Estava previsto que Rice falasse sobre temas tão inofensivos como as suas viagens e a importância de aprender idiomas, dando depois lugar a um período de perguntas que as crianças haviam preparado.

A princípio tudo correu conforme o esperado. Como foi crescer no Alabama segregado?Por qual das suas aptidões gostaria de ser lembrada? Foi então que Misha Lerner, aluno do 4.º ano, levantou-se e perguntou:

Que pensa sobre aquilo que a administração Obama está a dizer acerca dos métodos que a administração Bush usava para obter informação dos detidos? (Recorde-se que poucos dias antes, na Universidade de Stanford, Rice tinha afirmado que a tortura por afogamento era legal “por definição se o presidente a autorizava”.)

Conta o jornal que a pergunta que Misha queria fazer era ainda mais pontiaguda: Se trabalhasse para a administração Obama defenderia a tortura? Mas, de acordo com a sua mãe, a escola terá pedido que a pergunta fosse reformulada, evitando o uso da palavra “tortura”.

Depois de se esquivar a uma crítica directa a Obama, e de defender a legalidade de todos os actos cometidos, as palavras finais de Rice são já de derrota. “Espero que entendam que foi um período muito difícil. Estávamos aterrorizados com um novo ataque ao país. O 11 de Setembro foi o pior dia da minha vida no governo, assistir à morte de 3.000 americanos… Mesmo sob essas circunstâncias tão difíceis, o presidente não estava preparado para cometer uma ilegalidade, e eu espero que as pessoas entendam que estávamos a tentar proteger o país”.

Misha Lerner, menino judeu americano, filho de imigrantes russos, não parece ter entendido.