O Que Importa é Escrever…

Tenho vindo a aprender que para escrever artigos de opinião em jornais basta saber juntar letras sob a forma de palavras. Esta é a primeira condição. A segunda condição é agrupar as palavras formando frases; e, coleccionando algumas frases atinge-se a terceira condição. Eis um texto! O que lá vem dito e a sua validade técnico-científica são contas de outro rosário.

Recentemente, Manuel Caldeira Cabral escreveu um artigo de opinião no Jornal de Negócios a falar sobre transportes; abstenho-me de comentar a análise e os pontos de vista do autor sobre o universo vasto dos transportes em Portugal. Mas não posso deixar de questionar a validade técnica de todo um artigo quando, sendo um professor universitário, parece querer fundamentar o seu texto em… artigos de opinião… publicados nos jornais.

Refere o autor que “um maquinista pode chegar a receber mais de 5 mil euros por mês, entre salário, horas extra-ordinárias e outras formas de remuneração”

Terá lido algum artigo de opinião no Expresso? alguma “notícia” no Sol?

Talvez devesse o autor consultar a tabela salarial dos maquinistas… “é fazer as contas”.

Repito: “Declaração de interesses: muitos dos meus amigos e amizades são, ou foram, maquinistas  (…).”

Salpicos de Verão

“Menina prenda o seu melro / Que me vai à minha horta. / Esgaravata-me os tomates / À procura da minhoca”

Confesso que é o título mais foleiro que consegui arranjar. E, para isso, ouvi toda a pimbalhada epocal, da Ana Malhoa ao Álvaro dos Santos Pereira, da Assunção Cristas ao Quim Barreiros. Li e reli o Barcelos Popular. Da prosa miraculosa da Olga Costa (ó menina, 70 mil pessoas na Sra. da Aparecida nem Cristo no seu melhor aquando da multiplicação dos pães!) à literariedade jucunda dos escritos festivaleiros do Pedro Granja. Fui mais longe ainda. Esmiucei a mistela analítica e conselheiral de João Albuquerque e descobri que o engenheiro-cronista conseguiu parir uma “originalidade” doravante consagrada, estou certo, em todos os livros de citações. Assim: “todos os cidadãos devem assumir os seus plenos direitos e deveres.” [Read more…]

Vamos todos ajudar o pobre Américo Amorim

Eu não me considero rico, sou um trabalhador” – a piada do dia é de Américo Amorim.
A bem dizer ser-se milionário e pobre de espírito não é incompatível.

Entretanto no facebook a solidariedade dos portugueses já se está a manifestar com a campanha  Uma moedinha para ajudar Américo Amorim, esse trabalhador pobrezinho. Não se esqueça de ir lá deixar a sua. A caridade quando nasce é para todos, não espere pelo Natal.

Maravilhosamente mau como o Tom Waits só um novo single do Tom Waits

2011 é ano de novo álbum de Tom Waits, um bom ano, portanto. Para abrir o apetite já temos um single. E fiquem também com a letra:

You’re the head on the spear
You’re the nail on the cross
You’re the fly in my beer
You’re the key that got lost
You’re the letter from Jesus on the bathroom wall
You’re mother superior in only a bra
You’re the same kind of bad as me
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Aforismo caseiro dedicado ao Primeiro-Ministro

Não há base mais sólida para a mudança do que a ruína.

Sou cigano

Curta de animação realizada no âmbito do Festival ANIMAIO, em Abrantes, na Escola Secundária Dr. Solano de Abreu, de 4 a 8 de Abril de 2011. Adaptação do livro “A História do Ciganinho Chico” de Bruno Gonçalves.

A Linha do Douro em Agosto