Muito bem, Bruno de Carvalho

«Começo por fazer notar que o texto […] não se rege pelo acordo ortográfico». Excelente.

E se fosse apenas uma intenção normal?

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Não houve provas nem especial intenção relativamente aos crimes de que os 11 arguidos do caso vinham sendo acusados, considerou o tribunal. Por isso, decidiu absolvê-los a todos. (Público)

Como sabemos, de boas intenções está o inferno cheio. Agora ficamos a saber de que é que está vazio. De intenções especiais.

Já vazia, pelo que consta, não ficou a conta do CDS, que viu lá cair um milhão de euros, quiçá do céu. Perdão, afinal deve ter tido uma origem muito terrena, já que Jacinto Capelo Leite Rego não deve ser nome de anjo.

Agora é perguntar à Portas v2.0 se tão distinto benfeitor andou em colégio amarelo para sabermos se ela se poderia juntar ao cavalheiro. Com gente arruada por esquisitos já sabemos que não se mistura. Agora, gente bem, sei lá.

Pergunta ao Prof. Marcelo

Quanto tempo necessita um presidente da República de aparecer e falar (quase) ininterruptamente para que se deixe de fazer-lhe caso?

O Mito do Português em Marrocos

Ponte Afoullous

Ponte de Afoullous, Khemisset. foto Mustapha El Qadery

O tema da influência portuguesa em Marrocos ultrapassa em muito os simples testemunhos edificados, assumindo aspectos pouco esclarecidos, por vezes mesmo desconcertantes, mas sobretudo pouco estudados.

Existe uma conotação do português com o inexplicável, com diversos mitos que fazem parte do imaginário marroquino, por razões mais ou menos compreensíveis, às quais não serão alheios os factos de se encontrarem enraizados em comunidades rurais, com base em histórias com origem suficientemente remota para darem largas à imaginação popular, mas de memória suficientemente recente para que os mais idosos as transmitam de geração em geração.

Podemos dizer que o mito do português “L-Bartqiz”, com surpreendentes referências a habitantes portugueses de grutas nos confins do deserto ou nas montanhas mais inacessíveis, a autores de pinturas rupestres em tempos imemoriais, a pontes construídas em locais longínquos que os portugueses nunca ocuparam, a prisões de cativos portugueses e até a uma condessa sedutora com pés de camelo, é tão fascinante para o senso comum marroquino, como o mito das mouras encantadas, dos piratas ou dos tapetes voadores é para o senso comum português. [Read more…]

Perigo iminente de golpe de Estado em Portugal

PSD em negociações com o BE sobre o objecto da comissão de inquérito à CGD. A geringonça absoluta.

Pela Escola Pública, estamos juntos?

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Continua…

Os invejosos e a ambição nacional

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Em artigo indignado, publicado no Correio da Manhã, o director da revista Sábado, Rui Hortelão, presenteou-nos com um daqueles clichés que não raras vezes é usado na defesa dos privilégios das nossas santas e imaculadas elites. Não há volta a dar: quem critica obscenidades salariais fá-lo por inveja, por hipocrisia e por falta de ambição nacional. Cambada de bandalhos.

A indignação de Hortelão surge na sequência de uma entrevista dada por António Mexia à Sábado, na qual o entrevistado falou sobre o seu salário de 6800€/dia. E, claro, num país à rasca, vários foram os que se indignaram com os valores, e isso aborreceu o director da Sábado, que fez questão de recordar a plebe que o senhor Mexia está à frente do maior pagador de impostos em Portugal. Porque, como todos sabemos, se uma empresa paga muitos impostos, os seus gestores devem ter um salário estratosférico a condizer. Não concordar com isto é ser invejoso, hipócrita e pouco ambicioso quanto à grandeza de um país que, obviamente, se mede também pelos salários dos gestores das suas maiores empresas. [Read more…]