O Aluno, essa “Hostia” sagrada

Francisco da Cunha Ribeiro

Li num jornal sério que uma “professora,  agredida por um aluno, acabou suspensa das suas funções”. Quanto ao agressor, nem uma palavra. Quero crer, porém, que não o aplaudiram pela cobarde agressão; que o não repreenderam por não ter ido mais além na violência da sua agressão;  ou que lhe não subiram de imediato a nota à disciplina de Moral.
Mas a notícia esclarece ainda que “ a professora fez dezanove participações disciplinares relativas à mesma turma, desde o início do ano letivo”. Ora, dezanove participações disciplinares, ao longo do ano, serão de facto muitas participações… A Sra professora que me desculpe, mas não deve  saber o que anda a fazer… A turma em questão “certamente repleta de bons rapazes e boas raparigas ” não merece tanta participação disciplinar… É que  com esta resma de participações sabe-se lá se os meninos e as meninas não ficam traumatizados… Coitados! Mas há mais: ” a Escola pediu avaliação médica da professora…”  Pediu, e, a meu ver, fez  muito bem! A sra professora só pode sofrer da caixa dos pirolitos!  Admite-se lá fazer participações disciplinares a alunos tão disciplinados! Noutros tempos, sim, era normal os professores despacharem os alunos com participações disciplinares, hoje em dia não é necessário, visto o comportamento exemplar dos nossos alunos. Nos dias de hoje, em que os pais educam tão bem os seus filhos, ninguém irá entender que, em vez de uma participação disciplinar, não se dê ao aluno uma decisiva e eficaz lamparina.

Como Conquistar a Felicidade

Como Conquistar a Felicidade – Livro escrito em 1989 por dois psicoterapeutas americanos. Um best-seller mundial editado em português pela Impala. Não sei se ainda disponível. Mas devia. Custou-me mil e duzentos escudos!

Eles contam histórias de pacientes, propoêm exercícios e fazem muitas perguntas. Bem que eu gostava de poder transcrever as mais de trezentas páginas do livro. Mas como não é possível, partilho algumas partes curiosas:

(…) Por favor, escreva o seu nome neste espaço:   ___       Depois, escreva – ISMO a seguir ao seu nome. Se alguém lhe pedir que diga o nome do seu sistema de crenças, da sua religião, da psicologia ou da filosofia que norteia a sua vida, apresente-lhe o nome que tiver escrito. É a sua própria via.    

(…) Partida: «Actuar como se» (agindo como se fosse a pessoa que se deseja ser).

(…) O que é o êxito? Quem mede aquilo que você vale? – você ou a sua audiência?

(…) As ideias são drogas. (…) As palavras são a moeda do comércio mental. (…) o uso repetido de algumas palavras-chave revela aquilo em que as pessoas acreditam.

(…) na verdade a mais importante parte da liberdade, consiste em sermos livres de ter as imperfeições e dores de que os seres humanos padecem.

(…) Quem é você? Sabe? (…) Interiormente, os seres humanos estão longe de ser indivíduos. São multidões e «eus» parciais.

(…) A minha vida está a ir para onde quero?

(…) Não estrangule a voz que, dentro de si, o informa de que poderá fazer quase tudo o que quiser.

P.S. Não percebo porque não andam estes livros nas mochilas dos estudantes do ensino Secundário, como fazendo parte de uma disciplina criada por alguém com visão no ME, tão importante como as outras.

Não é em função ou com o objectivo da Felicidade que estudamos?

Já imaginou uma disciplina no horário dos nossos filhos chamada Felicidade? E por que não? Este mundo é muito maluco…

Filmes completos para o 7.º ano de História


Inicio hoje uma série de posts dedicada aos professores de História e em especial àqueles que leccionam o 7.º ano de escolaridade.
Faço-o enquanto vou começando a preparar os recursos para o próximo ano lectivo. E como é óbvio, a net é hoje uma ferramenta inultrapassável, uma fonte inesgotável onde o mais difícil é seleccionar a informação a apresentar. [Read more…]

ser escritor

para ser escitor a disciplina é a base do que se quer dizer em palavras

…para o meu amigo Carlos Loures… 

Parece-me que as pessoas pensam que ser escritor é a alegria da vida. Sentar-se numa cadeira ora com caneta e papel, ora com máquina de escrever ou, ainda, com um computador. Pode ser escritor quem viva da sua obra literária, ou escrevedor, quem escreve mal, verbo que roubo ao meu amigo e colega da Universidade de Cambridge, Jorge ou Mario Vargas Llosa.

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O Moutinho vai para a vaga do Raul

E vai bem, se está mal no Sporting nada a fazer, agora o que não se percebe é porque há tanta gente a sentir-se mal no clube verde. O FCP troca com o Nuno André Coelho que bem falta faz no leão e fala-se do Farias para entrar no negócio.

Cá por mim acho que o melhor reforço era o Stoykovic, o guarda redes Sérvio voltar, isso é que era, fazer a gestão dos recursos humanos é fundamental mas ali no Sporting há casos a mais. O Vukcevic parece que está na trilha para ser recuperado, afinal não é tão mau assim, e tão indisciplinado como se apregoava.

Voltando ao Moutinho, é claro que o leão está atado de pés e mãos por razões financeiras, bom, bom, era entrar dinheiro fresco, mas é coisa que também se percebe mal, nunca ninguem explicou porque o clube, com uma dívida ao nível da do Porto e do Benfica, não tem Tesouraria e estes têm.

Contando as espingardas , o Sporting tem como médios: Pedro Mendes, Veloso, Adrien, Fernandez, Izmailov, Nuno André Coelho ( que faz o médio mais recuado e defesa central) Vukcevic, João Pereira ( que faz tambem de defesa direito) e ainda Maniche,  parece suficiente e dar um meio campo de bom nível. E ainda o André que esteve emprestado ao Leiria e que fez uma excelente época.

Então podia ser assim:                                   Stoykovic (Rui Patrício)

João Pereira  (Abel)           Reforço argentino (Nuno A C)                Carriço (Tonel)                   Evaldo (Grimi)

Pedro Mendes  (Nuno André Coelho)                               Veloso (Adrien) (André)

Maniche ( Fernandez)

Pongole   (Ismailov)                                          Liedson  (Carlos)                                         Ismailov (Vukcevic)

Agora só falta que haja paz no balneário e que quem lá dentro ande a dinamitar o clube seja corrido de vez!

ser escritor

Isabel Allende, escritora chilena, residente nos Estados Unidos, 2007

Escribir, parece ser la actividad más alegre de la vida, no parece ser una profesión, parece ser una diversión. Especialmente, cuando vemos el resultado de esa actividad en un libro que nos entretiene y no deja permitir que el tiempo corra. La lectura es la entretención más agradable de la vida cuotidiana. Especialmente si lo que se escribe es una ficción de la realidad, como el libro de Julio Verne, Veinte mil leguas de viaje submarino, de 1869. Los libros escritos por Stephan Zeiwg, (Escritor austríaco), 28-11-1881, Viena, 23-2-1942, Petrópolis, Rio de Janeiro, que sabia romancear la vida de personajes famosos, como a de Mary Stewart, Reina de Escocia, Zweig obtuvo un reconocimiento internacional como narrador, poeta y ensayista durante los años de 1920 e 1930, siendo uno de los escritores de lengua alemana mas traducidos. Inició su obra poética firmemente influenciado por Hugo en Hofmannsthal,  siendo traducido para el alemán la obra de los simbolistas franceses Stéphane Mallarmé e Charles Baudelaire. A partir de ese período, se destacan las novelas Amok (1922), Angustia (1925) y Confusión de Sentimientos (1927), basados en la teoría del  psicoanálisis. Con la aparición del nazismo, fue perdiendo fe en las posibilidades del compromiso político de los interactuáis, al mismo tiempo que expresaba una crítica decidida al sistema fascista. Sus ensayos biográficos Momentos Estelares da Humanidad (1927) y  retrato del poeta como O Constructor do Mundo (1936) son ejemplos de sus inquietudes psicológicas. En 1934, emigro para la  Gran-Bretaña e, cuatro años más tarde, viajó para los EUA y, después, para Brasil. En ese período, desesperado por la soledad, acabó por suicidarse juntamente con su mujer. Zweig sabía humanizar a los personajes que romanceaba, como si fueran parte de su vida. Y lo fueran, de tal manera que leer a Zweig es aprender historia al reparar que hay toda una realidad material y cronológica por detrás de los personajes que nos presentaba. Su propia vida parece una novela o romance. Lo que escribimos, o sale de nuestra ilusión o es fruto del reflejo de lo que escribimos, en nuestras ideas e sentimientos.

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Prós e Contras – A escola autónoma

Ontem o Pós e Contras foi um programa de enorme importância. A vários títulos. Desde logo porque o assunto era a escola e a sua autonomia, porque participaram pessoas das escolas, que estão no terreno, e porque com grande surpresa minha, estão basicamenet de acordo.

Uma escola com autonomia, capaz de se “individualizar” na medida em que tem que se adaptar ao ambiente  em que se insere, írreptível, e por isso, única.

Uma hierarquia decisória e displinadora, com rosto, democrática, mas sem dúvidas quanto a quem manda e a quem representa a autoridade e a disciplina.

Responsável na medida em que tem que responder pelos meios e pelos objectivos que lhe são consignados.

A possibilidade e a liberdade dos pais escolherem o que consideram melhor para os seus filhos.

Uma escola “local” interagindo com o universo de alunos e de famílias, com os poderes locias e ser capaz de dar resposta apropriada e célere aos problemas, eles tambem únicos, que tem que enfrentar. O que ficou tambem claro, é que não há fatos feitos cozinhados num qualquer gabinetes, entre burocratas, que sirva às milhares de situações com que as escolas se confrontam todos os dias.

No essencial, gente responsável, que trabalha arduamente, está de acordo.

A escola autónoma caminha inexoravelmente para ser uma realidade, contra os que vêm na escola campo de experiências e de luta política. Uma boa notícia!

Escola : exemplo de incapacidade

Hoje mesmo num lanche em casa do meu afilhado, a mulher que é professora contou o que se está a passar directamente com ela. Um dos seus alunos, já acompanhado por um psicólogo há algum tempo, deixou à mãe uma carta a dizer que não suporta escola e que se vai suicidar. É vítima de um colega que perante as risadas de um determinado grupo, o espanca sempre que o vê.

Pode ser um caso de mimetismo mas um índicio destes nunca se pode analizar com ligeireza. A Tereza chamou o Director e em presença da mãe do aluno, informou-o do que se estava a passar. Num caso destes a primeira coisa a fazer é quebrar o vínculo físico, isto é, arranjar forma de os dois alunos não se encontrarem. Se não for possível com ambos a frequentar a escola então, o agressor, deve abandonar a escola até que uma solução seja encontrada. Logo vieram os do costume que isso ía prejudicar a vítima porque o agressor vingava-se. Então? Formar uma comissão para analisar o assunto!

E no centro das preocupações deixou de estar o aluno para estar a tal comissão, que enquanto não se forma (terá senhas de presença?), analisa e decide o que vai fazer, enquanto o pobre do aluno vai ter que esperar para ver se suicida ou não!

É isto que falta nas escolas, todos arrumam para o lado, não há uma hierarquia decisória, alguem que devidamente assessorado possa tomar medidas disciplinares e se responsabilize pelo problema. Pois se são todos iguais, pois se são democraticamente eleitos, podem lá tomar decisões? E se as decisões não acolherem a simpatia dos seus iguais?

Perde o lugarzinho! E o aluno, a vítima? Muda de escola ou fica em casa porque o energúmeno tem todas as garantias que nada lhe acontece. Mais ou menos como os ladrões presos em flagantre e presentes ao juiz. Saem sem acusação nenhuma!

Os polícias bem se queixam que não vale a pena! Os professores não, acham que assim é que está bem!

Disciplina, Igual a Prepotência

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VOTO DISCIPLINADO
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Os representantes do povo na Assembleia da República, são uns paus mandados.
Podem pensar o que quiserem, podem comprometer-se com o que desejarem, que no final, quando a vontade deles tiver algum peso, têm de obedecer a quem manda e votar, não em consciência, mas segundo as conveniências do partido a que pertencem. De vez em quando, lá vai havendo alguns que, porque são diferentes, crê-se, não estão sujeitos a essa disciplina.
É o que se passa nesta altura com os deputados do partido do governo, que, com a excepção de sete, têm de obedecer aos interesses políticos do partido. Felizmente que ainda há, noutras bancadas, total liberdade, mas é só desta vez, já que noutras alturas fazem exactamente o mesmo que estes, obrigando os seus deputados a votar como lhes dá na real gana (aos partidos).
O que está em causa agora, é o voto sobre o casamento dos homossexuais. Sobre os diplomas apresentados, os deputados têm que votar, e acabam por só votar favoravelmente os proponentes, votando contra ou abstendo-se todos os outros.
Para mim, não está em causa se apoio ou não apoio os diplomas apresentados. Pessoalmente até nem os apoio. O que está em causa é esta ideia de que as pessoas que estão no Parlamento não têm cabeça para pensar por si mesmas e têm de ser mandadas votar de determinada forma. A isso, chama.se prepotência de quem pode para com quem tem de obedecer. Ora, isso fere os meus ideais de democracia.
Esta forma de proceder faz diminuir, a meu ver, a confiança que deveríamos ter, nas pessoas que elegemos para nos representar.
Para quando alguma mudança? Para quando círculos uninominais, onde cada deputado responda a quem o elegeu?

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Os crimes no Colégio Militar

Jovens selvaticamente sovados por colegas muito mais velhos e graduados, a coberto de uma pretensa disciplina e tradição.

 

Os jovens ficaram com sequelas físicas para toda a vida e tiveram que ser tratados num hospital. Quanto às sequelas psicológicas são menos visiveis mas tambem estão lá para o resto da vida. A disciplina militar do colégio achou que uma pena razoável seria 5 dias de afastamento do colégio, mas os pais dos jovens agredidos é que não estão pelos ajustes e avançaram para os tribunais. O crime cometido tem uma pena que pode ir até 5 anos de cadeia.

 

Agora correm por aí umas versões que tentam deitar areia para os olhos dos observadores e mudar a opinião pública. Vem uma mãe e diz que o filho nunca foi magoado e que tira óptimas notas, que o Colégio é uma mais valia a preservar, e vai adiantando que estão ali 9 ha de terreno, no centro de Lisboa, que abriram o apetite aos especuladores imobiliários. Daí a quererem fechar o Colégio . Outros dizem que o Colégio tem cada vez menos alunos e que não se justifica aquela aparato de instalações.

 

É melhor pôr um ponto de ordem à mesa. A violência está provada e nada justifica que cobardes matulões resguardados por tradições vis e superioridade física, agridam jovens de 12 anos, a ponto de ficarem com sequelas físicas para o resto da vida.

 

Bem podem marchar com garbo e passo certo mas a lei não fica cá fora dos muros do Colégio. Quanto ao terreno vai ter o destino que a oferta e a procura determinarem, neste país onde o betão sai sempre vencedor.

 

Infelizmente!