Existe, neste país, um único jornal de esquerda, que não podendo ser considerado um jornal, mas antes um órgão de comunicação partidário, não entra nas contas da imprensa convencional. Qual é a diferença? A diferença é que o Avante! assume a sua parcialidade. Tal como qualquer publicação que emana de um partido político, com a excepção do blogue disfarçado de jornal que a extrema-direita do PSD e a ala anti-democrata-não-cristã do CDS criaram para manipular o país.
Órgãos de propaganda à parte, dizer que a imprensa está tomada pela esquerda é paleio de saco que já quase ninguém engole, por muito que os estrategas da direita insistam no embuste. Mas uma coisa são as bacoradas dos fanáticos do costume, outra coisa é ver o líder parlamentar do PSD afirmar alarvidades como aquela que o J Manuel Cordeiro hoje assinalou:
E acrescentou (Luís Montenegro) que até na comunicação social a oposição, que ganhou as eleições de 2015, é reduzida, nas notícias a uns meros 20%, quando a esquerda fica com os restantes 80%. “Às vezes tem-se a sensação – quase sempre – de que as coisas estão trocadas.” [Público]
Imbecilidades à parte, importa fazer uma pequena retrospectiva daquilo que tem sido a imprensa na era da Geringonça. São os painéis de comentadores da estatal RTP, feitos de ferozes críticos da esquerda e apoiantes da ala mais radical do PSD e do CDS, são os noticiários, que ao invés dos 20% que Montenegro refere no seu discurso de vítima, atribuem 80% ou mais do seu tempo de antena a Passos e Assunção Cristas, são os apagões informativos sobre as boas noticias que, no tempo do outro senhor, teriam honras de heroísmo, é outra vez a RTP, com os seus gráficos aldrabados e o anti-esquerdismo militante de José Rodrigues dos Santos, são os fenómenos fabricados pela a imprensa a partir de nulidades nas redes sociais, enfim, é toda uma arquitectura de poder laranja que controla, de forma absoluta, a comunicação social deste país. E muito mais poderia ser dito. Hoje tivemos esta, com as insuspeitas chancelas do Sol e do I.
Quando Luís Montenegro, ou outro seu par, faz declarações destas, está literalmente a insultar os portugueses, a chamar-lhes estúpidos. E não o faz de forma inocente. Fá-lo sabendo o que a casa gasta, conhecendo os bastidores da imprensa nacional, logo a manipulação é deliberada.
Já é tempo de se deixarem de merdas e de mentiras para enganar e manipular os portugueses. Não existe imprensa de esquerda. Existem meia dúzia de cronistas e comentadores de esquerda, sempre em inferioridade numérica relativamente aos seus pares de direita, mas não existe nada que se pareça sequer a uma imprensa de esquerda. Nada. Apenas fabricações hipócritas dos poderes instalados, amplificados pelos seus fantoches ressabiados. É urgente combater esta fraude. Não há tréguas enquanto vivermos nas trevas.
Foto: Paulo Novais/Lusa@DN
E não é que eles têm razão! Senão vejamos:
Diário de Notícias
Pedro Marques Lopes, da extrema esquerda social democrata;
Miguel Angel Belloso, da extrema esquerda espanhola;
António Barreto, da extrema esquerda de mercearia;
João Pedro Henriques, da extrema esquerda às direitas
Alberto Gonçalves, da extrema esquerda estupida
João Cesar das Neves, da extrema esquerda católica,
Correio da Manhã
Raul Vaz, da extrema esquerda capital
Carlos Abreu Amorim, da extrema esquerda truculenta,
João Pereira Coutinho, da extrema esquerda caviar,
Pedro Santana Lopes, da extrema esquerda noctívaga;
Francisco José Viegas, da extrema esquerda literária;
Eduardo Cintra Torres, da extrema esquerda cínica;
Expresso
Pedro Santos Guerreiro, da extrema esquerda expressiva,
João Vieira Pereira, da extrema esquerda dos negócios
Henrique Raposo, da extrema esquerda alentejana;
José Gomes Ferreira, da extrema esquerda Spin;;
Henrique Monteiro, da extrema esquerda alternativa
Manuela Ferreira Leite, da extrema esquerda anterior;
Luís Mira Amaral, da extrema esquerda industrial
Daniel Bessa, da extrema esquerda COSEC
Duarte Marques, da extrema esquerda boy;
Miguel Shufert
Sábado
Pacheco Pereira, da extrema esquerda histórica;
Alberto Gonçalves, da extrema esquerda segunda vez
Alexandre País, da extrema esquerda sempre;
Eduardo Damaso, da extrema esquerda socrática;
Observador
Nesse, nem vale a pena por os nomes porque são todos da extrema esquerda.
“i” (ionline)
António Ribeiro Ferreira, extrema esquerda saudosista;
Sebastiao Reis Bugalho, extrema esquerda arregimentada;
Vítor Rainho, extrema esquerda do SOL;
André Abrantes Amaral, da extrema esquerda das sociedade de advogados, Lda
Graça Canto Moniz, extrema esquerda centrista
Luís Meneses Leitão, extrema esquerda imobiliária,
João Cabrita Saraiva, o papa arranjou um emprego de extremo esquerdo.
Porra! Já estou cansado de puxar pela mona, e ainda não cheguei a meio…
É só gajos e gajas de extrema esquerda nesta comunicação social!
e o Publico,para não se deixar apanhar,contratou o David Dinis,que é o extremo esquerdo do Observador.
Ó Rui, francamente, agora que estava a chegar perdeu-se? Eu estou aqui com o José Miguel Júdice, da extrema esquerda megaescrtiórico-jurídica e o Daniel Croença de Parvalho (desculpem! houve aqui uma troca!) da extrema esquerda maquiavélica à moda do Minho! E está para chegar o Marinho e Pinto, da extrema esquerda pesada!
A minha cabeça já não dá mais…!
Cumpriendo prefeitamente! Esta coisa da estrema exquerda tá-nos a dar cabo de todos! Isté um prigo caí anda!As cabesas vão sabaixo!
Pa contreiriar tou a ler uma pessa do Sabastião Buga! Um jornareirista do cara!
Excelente, Rui. O diagnóstico não deixa margem para dúvidas. A extrema-esquerda tem a imprensa na mão 🙂
Tem-na na mão, sem dúvida! Mas, ainda pior, é o que faz com a mão!
Façam como eu. Não leio um único jornal português. Compro o Le Monde Diplomatique e já estou informado.
e eu a pensar que andava sozinho…
Faltam os económicos….
E, a nível de comentadeiros, não deixemos passar o Braga de Macedo, o extrema-esquerda adiantado mental e o Medina Carreira, o extrema-esquerda cassete pirata……
Luis, finalmente existe alguém que faz jus ao grande intelectual de extrema esquerda que é o Grande Medina Carreira. Sim, porque não existe ninguém mais perspicaz e com maior capacidade de análise das grandes desgraças económicas que nos afligem como país. Quando lhe perguntam como resolver qualquer delas, a resposta é de uma coerência admirável: (eventualmente por outras palavras): só com uma revolução!
Muitos vêem, quanto a mim erradamente, e perdoe-me a crítica, algo de repetitivo na sua argumentação daí, penso, a alusão que o Luis faz à cassete pirata. Penso que é injusto, até porque os últimos 258 gráficos demonstrativos do crescimento da Despesa Pública foram apresentados em CD-ROM.
Para tirar teimas sobre quem deve ser, em definitivo, o verdadeiro Educador das Classes Trabalhadoras e do Povo Português, sugiro mesmo que se faça um decisivo frente-a-frente entre Medina Carreira e Arnaldo de Matos, recentemente regressado à política ativa, e autor das recentíssimas “Teses da Urgeiriça” (que se podem ler no “Luta Popular” on-line). Com um bocado de sorte, até se poderia obter um patrocínio do “Placard”
Concordo, João Mendes, mas direi mais: “só há trevas enquanto vivermos nas tréguas!
Amem!
Esta parelha dos irmãos Dalton já não assaltam diligências como faziam no velho oeste. Agora estão em Portugal e dedicam-se a caçar incautos.