O novo Aeroporto do Bloco Central

A 21 de outubro de 2016, na minha página de facebook, escrevi isto:

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Hoje ficou a coisa devidamente decidida. Como mandam as regras. E no twitter Romeu Monteiro lembrou isto:

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O Bloco Central nunca falha. Melhor dito, o “Arco da Governação” nunca falha. Mesmo agora que foi alargado e para além do PS, PSD e CDS já conta com o BE e a CDU.

Viagens

Um blogue sobre viagens, hotéis, aviões, low-cost, descontos, escapadas, fins-de-semana, enfim: como descansar viajando em época de crise.

Que tem um sedentário como eu a ver com isso? o gozo de ver os novos voos do nosso José Freitas. Antes de embarcar faça o check-in.

Algo medieval…

Os controladores ficaram doentes. Coitaditos.

O governo espanhol idem.

Para grandes males, grandes remédios

Aeroporto – o que era verdade ontem…

Os impactos ambientais eram de tal ordem que deram num famoso e estridente “jamais”! Mas isso era quando os negócios apontavam à OTA. Agora, os impactos que se viam em Alcochete passaram para a OTA e sempre, mas sempre, apoiados em belos estudos que nos custam os olhos da cara. Vamos ter aeroporto mesmo que não seja necessário.

“O Estudo de impacte Ambiental do Novo Aeroporto de Lisboa, vem dizer que não haverá impactos significativos que possam comprometer os objectivos de conservação da Zona de Protecção Especial (ZPE) do Estuário do Tejo”.

Numa palavra, as aves raras, o sapal,o estuário, o aquífero (o maior da Ibéria), que impediam a construção do quer que fosse, afinal, não impedem nada, pode ter “algumas efeitos nos padrões comportamentais da comunidade avifaunística” embora para já sejam imprevisíveis.

Os estudos anteriores também achavam que na OTA não havia impactos nenhuns, foi preciso um piloto da TAP explicar em público que devido à configuração do terreno circundante, a aproximação e o levantar dos aviões se faziam pelo mesmo corredor aéreo, constituindo um perigo para a navegação.

Enquanto isso, os habitantes do ex-deserto estão muito contentes porque vão ter muito turismo e muito emprego, nada lhes importando o silêncio e a paz de que gozam e vão perder.

Os estudos (todos muito bem pagos e muito rigorosos) dizem o que o cliente precisa que digam, ontem na OTA, hoje em Alcochete, o resto é conversa de encher.

Deixem de bater no ceguinho…

Hoje, temos mais uma socratice (sinónimo de chatice…) com os 21 projectos que foram assinados pelo então deputado. São tão maus que o ex-presidente da Câmara lhe chamou a atenção para o mau trabalho e para a preguiça.

Sócrates, ainda será mais recordado, daqui a dois ou três anos, como o pior primeiro ministro de sempre, o que vai ser revelado com o que ainda está fechado a sete chaves, vai mostrar o estado a que ele levou o país. É o que chamo, sindroma “Vale e Azevedo”, quando Sócrates deixar de controlar a agenda política ( o que inclui a Justiça e parte da comunicação social) vamos saber tudo. Hoje o vice- primeiro ministro da Grécia já vem dizer que Portugal vai ser a próxima vítima ( se é que a Grécia foi a primeira..) e isso diz muito das más notícias que lá fora esperam sobre o nosso país.

Os casos são tantos sobre o passado de Sócrates que começa a haver o perigo de se tornarem banais e isso seria a pior notícia, achar que os “pecados” se resolvem com um encolher de ombros. Quando os submarinos estão sob investigação, os aviões não voam e os carros do exército não andam, o melhor mesmo é esquecer Sócrates. Ninguem o quer como se pode ver no PS cada vez mais desafinado.

Faltam 415 dias para o Fim do Mundo

E o nosso Primeiro continua em campanha eleitoral (será que ele é candidato nas directas de sexta do PSD?). Por falar em directas, depois de Alberto João, nada como contar com o apoio de Ribau Esteves para ajudar à festa. Entretanto, Aguiar Branco manda um recado forte: não desiste!

O Twitter festejou ontem quatro anos a atormentar-nos com 140 caracteres e mais nada. Já Messi está cada vez melhor…que Ronaldo e quase tão bom como Maradona! As grandes dores são mudas…

Alguém me consegue explicar este surto de quedas de avionetas? E pé ante pé, lá vai Obama levando a água ao moinho.

Pensamentos III e IV

III

Teme a lua cheia.

Se cair, provoca mais estragos do que as outras.


IV

Imagina-te um pássaro e voa.

Mas tem cuidado com os aviões.

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Conheça o primeiro Caderno de Pensamentos do Sr. Anacleto da Cruz

O que fazer num avião quando o passageiro do lado é um chato

PASSO 1. Tirar o portátil da mala;
PASSO 2. Abrir o portátil devagarinho e calmamente;
PASSO 3. Ligar o portátil;
PASSO 4. Assegurar-se de que o vizinho está olhando;
PASSO 5. Ligar a Internet;
PASSO 6. Fechar os olhos por breves momentos, abri-los de novo e dirigir o olhar para o Céu;
PASSO 7. Respirar profundamente e abrir este site;

PASSO 8. Observar a expressão facial do vizinho

Nota de Rodapé: Sou alérgico a mailes reenviados.  Mas neste caso nem sequer precisei de tomar um anti-histamínico.

O factor humano

O primeiro gesto é para por colocar tudo numa bandeja. Cinzenta nas maior parte das vezes, mas já aconteceu encontrar de outras cores. Depois, não esquecer o telemóvel, as chaves, o casaco. Sim, é necessário tirar o cinto. Tem mesmo de ser. Humm, já agora tire também os sapatos, se faz favor. Assim fazemos. Todos. Eu e todos os outros. Passamos pelo pórtico, um de cada vez. Olhados ao pormenor, por um ou dois especialistas nestas coisas.

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Ultrapassar esta fase não significa que a componente segurança esteja resolvida. Se transportarmos uma mala podemos ser convidados a chegar ao lado. Um outro elemento da segurança, com luvas de látex pergunta-nos o que transportamos. Uma muda de roupa, afinal nunca se sabe se as malas vão chegar ao destino connosco e um homem prevenido vale por dois.

Abre a mala, coloca as mãos, mexe, verifica. Não encontrando nada de relevante, agradece. Pode seguir, boa viagem.

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E que tal mandá-los para o fundo?

O Comandante da Marinha, prestes a receber o primeiro submarino, diz que não sabe o que fazer com ele. Óptimo! Já perdemos os milhões do custo, os milhões das contrapartidas, agora temos uma boa hipótese de poupar no combustível. Fundo com ele!

O segundo, deve ser tambem afundado mas cuidado com as marés, é melhor ser afastado do primeiro, não vá haver a tentação de investigar o que deve morrer, singelamente, no seu ambiente natural.

Outro cenário, é usá-los para preparar uma estrutura no fundo do mar para os peixinhos procriarem, que as sardinhas estão a desaparecer a um ritmo superior às contrapartidas.

Outra hipótese, embora possa haver alguma promiscuidade, é juntá-los aos aviões F16 que nunca saíram dos caixotes.

E cá vamos cantando e rindo!

Contrapartidas – só ignorância ?

A síndroma Vale e Azevedo está para durar. Perdida a maioria absoluta, o PS confronta-se com os fantasmas que varreu para debaixo do tapete, não desapareceram, continuam lá.

Agora é o caso das contrapartidas da compra de armamento militar e da frota de aviões da TAP. Um antigo deputado do PS, Ventura Leite ( já não és deputado, portas-te mal…)assinou um relatório onde se levantavam graves denúncias e atropelos ao cumprimento dos contratos. A ele juntaram-se dois empresários ( dos poucos que não têm medo)o Henrique Neto, da Ibermoldes e o Presidente da Autosil, acreditaram nas patranhas, não venderam um tostão furado.

A realização das contrapartidas não chega aos 30%, quer dizer andam, 70% a “ver quem os vai apanhar”, o equivalente a muitos milhões de euros. Submarinos, helicópteros, aviões e outas coisas sem importância e baratinhas…

Tudo a voar ou a ir ao fundo como é próprio de aviões e submarinos!

O circo voador

Escrevo-vos sob o retumbar dos motores. Abrigada da fúria das máquinas que cortam os ares. Daqui até lá em baixo, ao rio, vão descendo os últimos mirones, os que se deixaram atrasar pelo almoço de domingo, e sabem que já não vão encontrar um lugar decente, mas nem por isso se desanimam. De nariz no ar, com os bonés recebidos hoje ou na corrida dos pais natais ou na maratona dos homens com unhas encravadas, aqui estamos a apontar para filhos ou netos a pirueta do avião. Cabe explicar que eu vivo numa cidade que perdeu a esperança de se reassumir como pólo de criação. Vivo numa cidade em que a atribuição de subsídios aos agentes culturais depende da assinatura de uma declaração de compromisso de não fazer comentários críticos a respeito do autarca e da sua gestão. Vivo numa cidade que entregou uma das principais salas de espectáculo – que já foi um dos eixos de uma política de apoio à criação artística – a um senhor produtor que se dedica à reciclagem de espectáculos serôdios, sem deixar espaço a novos criadores ou à experimentação. Vivo numa cidade governada por quem vê os artistas como uma panda de piolhosos, maltrapilhos, sempre ávidos de surripiar mais um subsídio que lhes mate a fome.

Essa gente que produz coisas incompreensíveis para os burocratas, coisas que não possuem, nem de longe, a espectacularidade do rugido dos motores dos aviões, e que ainda para mais não dão lucro. E esmagar essa corja, reduzi-los ao nada a que pertencem, é um serviço que um autarca presta à cidade. E é por isso que esta tarde os aviões nos sobrevoam. Os espectáculos no Rivoli custam dinheiro, mas restam-nos os aviões, esse embriagador circo aéreo, que vem lembrar que quando não há cultura servem-nos espectáculo. E que com pão e circo nos entretemos.