A minha está em baixo

… a bateria.

ZEE, submarinos e fragatas

O Nuno trouxe à baila a questão “submarinos” sob os pontos de vista do dinheiro neles gasto comparativamente a outros buracos da nação e daquilo a que ele chama, e bem, o mapa cor-de-rosa do Atlântico.

Para que passemos de imediato ao cerne da questão, desde já adianto que partilho das suspeitas que envolveram todo este negócio. E que não percebo, ou se calhar percebo bem, como é que quase já passaram dez anos depois da compra sem que nada tenha sido decentemente investigado. Houve presos por corrupção na Alemanha e cá nada se passa. Há os depósitos em numerário nas contas do CDS e nada acontece. Anda o Jacinto Leite Capelo Rego em manobras financeiras e a justiça está convenientemente cega. O negócio submarinos tresanda, disso não sobram dúvidas.

Como forma de maximizar a indignação, algumas linhas argumentativas acrescentam a este rol de podridão a tese de, ainda por cima, a compra ter sido feita sem necessidade. E é aqui que discordo. Tenham paciência mas a análise deve ser mais profunda. E, sobretudo, não era preciso misturar a podridão do negócio, argumento por si suficiente, com a pseudo-discussão (pseudo porque inexistente) da necessidade de termos submarinos.

Comecemos por reflectir no que está em causa. [Read more…]

Os médicos

Desde a última greve dos médicos que estes passaram a ser notícia. Ouvi-as ontem e hoje também sobre duplicação de vencimentos. Há, possivelmente, médicos que estejam a furar o esquema. Falta de vergonha deles mas também do próprio ministério que é incapaz de fazer o que lhe compete – controlar – e agora descarta responsabilidades espalhando sobre todos os médicos o manto do descaramento.

Esta estratégia não é nova.

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Cartilha

A estratégia é velha e foi já reescrita muitas vezes: chega-se ao poder, brada-se que afinal está tudo muito pior do que se supunha e põe-se em prática o que até então era inadmissível.

Megainvestimentos – a estratégia do confronto!

Hoje veio, pela enésima vez, o governo insistir no TGV de parceria com a Espanha para dar maior credibilidade á coisa.

Basicamente, a questão pode colocar-se assim. O governo está no meio de uma embrulhada e não sabe como sair dela, O que aí vem é bastante pior. A Alemanha, a rica Alemanha, ela própria, aperta o cinto para dar o exemplo e Teixeira dos Santos lá vai dizendo que se calhar é preciso mais cortes nas despesa e maiores aumentos de impostos.

Esta realidade dá cabo de qualquer governo, mas quer o PSD quer o Presidente da República tambem não estão interessados em governar, por isso, vão deixando “queimar em lume brando” Sócrates. Como pode aliviar Sócrates a pressão? Viajando como um caixeiro viajante a assinar negócios que já foram assinados há anos e mostrando ao país o enorme sucesso e, ao mesmo tempo, deixar “em ponto de não retorno” os grandes investimentos, mesmo que para isso condicione toda a futura governação.

É que, no momento, nem precisa de muito dinheiro para lançar os concursos, mas é ele que deixa as grandes decisões tomadas e vai pairar no país por mais uma década. Quer dizer, quem venha depois que pague, e se não quiserem assim, deitem o governo abaixo, desafia!

Em Marrocos, Sócrates informou o mundo imbecil, que estava ali para vender o TGV ao anfritião, enquanto a Espanha apresentava uma nova carruagem para o TGV muito inovadora. Quer dizer, no dizer de Sócrates, nós vendemos o “know how” do lançamento dos concursos ( os dossiers com as condições) e os Espanhóies, Alemães, Holandeses e Franceses vendem a tecnologia!

Mas a verdade é que Sócrates, bem à sua maneira não desarma, perante um Cavaco Silva titubeante e um Passos Coelho pouco ansioso para ter dores de cabeça. O país, entretanto, é que perde, com um governo que não governa e que só toma medidas que sabe que em nada concorrem para a saída da crise.

Os outros países há muito que têm políticas definidas e as implementam!

Carta aberta ao Ministro dos Negócios Estrangeiros

Exmo. Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros,

Não nos restando muito tempo para evitar o pior, vou directamente ao assunto e vou ser muito frontal. Peço-lhe que não o considere uma falta de respeito. Vou lhe falar de ESTRATÉGIA.

A ideia de que Portugal, para tornar o PEC suportável e bem sucedido, precisa de mais receitas provenientes do crescimento da economia é, em princípio, correcta. Neste sentido, desde há mais de 15 anos postulo que Portugal “reforce relações”. Infelizmente a “euro-farra” toldou a visão para este objectivo fundamental. Agora chegou a hora da verdade!

Desculpe que lhe diga: a sua frase “sobretudo quando a situação económica exige que Portugal mobilize todos os seus recursos para vender mais”, não acerta, em termos estratégicos, no objectivo certo. Por isso, quanto muito, poderá ter sucessos passageiros. [Read more…]

O PEC – futuro sombrio!

Portugal terá que mudar !

O nosso grande passado não voltará —mas podemos criar um futuro ainda maior

Queremos virar Portugal novamente de dentro para fora

Exemplo de um possível mote e base de reflexão para um núcleo de pessoas de pensar e agir estratégico

que apreenderam a ver o mundo com outros olhos que os materiais-mecanicistas das últimas décadas.

Um PEC que apenas aponta para crescentes sacrifícios e um futuro sombrio sem perspectivas positivas a médio ou longo prazo como saír do atoleiro, tem sobre os cidadãos o efeito motivador de uma pilha de loiça suja por lavar. É uma construção mecanicista que contém tudo menos o essencial: o factor imaterial determinante e capaz de apontar para novos designios e novo crescimento orgânico, despoletando assim nova auto-confiança, motivação, entusiasmo, etc. Enfim, uma mensagem seguida de actos concretos que permita aos cidadãos vislumbrar uma volta por cima da situação desoladora, um break-even, isto é, o momento a partir do qual os sacrifícios viram benefícios e o sol brilha de novo. Sem o devido equilíbrio entre os soft e os hard facts neste tipo de medidas vale:

“A estratégia sem táctica é o caminho mais lento para a vitória.

Táctica sem estratégia é o ruído antes da derrota.”

Sun Tzu [Read more…]

O contrato social

“Como nós somos produtos da natureza não há defeito que não possa se tornar uma virtude, nem uma virtude que não possa se tornar um defeito.” Goethe

O contrato social” que consta do nosso dia a dia é, obviamente, perverso e caduco. Pelo menos para as pessoas com olhos para ver e ouvidos para ouvir. O novo contrato social poderá ser – e sê-lo-á em breve, por força de imposição da natureza – mais ou menos o seguinte: “Aceito o aumento contínuo da harmonia como fim supremo da humanidade e a maximização de benefícios para o próximo/grupo-alvo como maior objectivo da minha vida.

A riqueza que advier dessa estratégia diversa será reinvestida para aumentar a harmonia. Como sob este comportamento diverso a actual infelicidade cederá o lugar à felicidade, o meu consumo passa novamente a ser um meio para um fim, deixando de ser um fim em si mesmo. Quanto mais feliz for, mais reduzido será o meu consumo e assim contribuirei para manter a espiral positiva gerada, em movimento contínuo.”

Até aqui a estratégia, ou seja, a parte imaterial. Sobre a mesma, o genial estratega histórico chinês, Sun Tzu, dizia: “A estratégia sem táctica é o caminho mais lento para a vitória. Táctica sem estratégia é o ruído antes da derrota.” Pois bem, com a aceitação do novo contrato social o mais importante está feito: deixámos de avançar apenas com táctica e já temos o que mais importa: estratégia.

No entanto, como nunca se deve deixar as coisas ao acaso, para acelerar a “vitória” também a táctica terá que intervir, ou seja, a parte material-prática. Como se combinam a estratégia e a táctica para, harmoniosamente, gerarem juntas uma sinergia no sentido de uma maximização constante de harmonia? Esta matéria foi investigada desde há mais de 40 anos e deu provas de grande sucesso, tanto na Europa como na Cochinchina. Mudemos de contrato social, antes que o antigo contrato social perverso e caduco nos mude a nós, para pior. Avançemos com a “face visível” e não mais com a “face oculta”. Bons tempos virão.                                                                                                      

Rolf Domher

Kissinger- Clínton

Kissinger-Clinton

A Newsweek traz um diálogo entre Kissinger e Hillary Clinton. Tudo paleio de chacha, daquele que estamos fartos de ouvir desde Nixon e mesmo antes. A conversa de Kissinger cheira a ranço. As tretas de Clinton cheiram a requentados em micro-ondas.

Mas numa coisa, apenas, me detive. Diz Kissinger, aquele Nobel da Paz (?!), amigo de Soares, que foi um dos principais responsáveis pelo vergonhoso e sujo golpe do Chile, e pelo assassínio de tanta gente bem intencionada, boa e pacífica, que, terminar a guerra, passou a ser considerado, segundo muitos, como a retirada das forças, única estratégia de saída. Ou então, segundo este santo estratega, após a vitória pelas armas, ou a vitória decorrente da diplomacia ou da extinção da guerra a pouco e pouco.

Coitados, andam todos a tentar sair de cara lavada, desta fossa onde se enfiaram e enfiaram o mundo. Mas não há detergente capaz de limpar a merda que vão deixar nas páginas da história. [Read more…]

Recuperar a liderança – USA

America Must ‘Reassert Stability and Leadership’”, foi exactamente isso que postulo há mais de uma década e agora o afirma uma importante personalidade norteamericana. Isto é um primeiro passo na direcção certa. Todavia, falta saber qual seria exactamente a estratégia a usar para alcançar o resultado pretendido. Já sabemos: a continuação do uso de meios militares surtirá efeitos contrários.

Rolf Dahmer – convidado

SPIEGEL ONLINE, 12/12/2009

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Interview with US Economic Recovery Advisory Board Chair Paul

Volcker: America Must ‘Reassert Stability and Leadership’

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Paul Volcker, 82, is one of US President Barack Obama’s leading economic advisors. SPIEGEL spoke with him about the economic challeges facing the US, whether new taxes are needed to address public debt and how America can return to a position of economic leadership.

You can download the complete article over the Internet at the following URL:

http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,666757,00.html

Rolf Dahmer

 

à deriva….

O Dr Rolf Dahmer partilha comigo os seus óptimos textos analíticos sobre o que se passa, no  mundo da política e da economia.

 

Não é a primeira vez que publico no Aventar alguns dos seus textos.

 

“A estratégia sem táctica é o caminho mais lento para a vitória.

Táctica sem estratégia é o ruído antes da derrota.”

 

Sun Tzu (544 – 496 A.C. – um dos maiores estrategistas militares de todos os tempos e autor de “A arte da guerra”

 

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Os ensinamentos da “Arte da Guerra” de Sun Tzu também têm aplicação no campo civil, isto é, político, empresarial, cultural e ecológico.

 

Sendo assim, esta breve citação mostra-nos o actual estado das coisas, tanto em Portugal como no resto da União Europeia, assim como em grande parte do mundo.

 

Com efeito, o que vemos e ouvimos quando abrimos os telejornais diários é o “ruído antes da derrota”.