O fascinante mundo dos súbditos alemães

O germanófilo de hoje acorda a sonhar com a ordem como o de ontem, mas travestido de liberal. A culpa da crise foi dos governos despesistas, acha ele enquanto faz mais uma genuflexão aos mercados, do estado social e é claro, dos povos, os verdadeiros suínos no meio disto tudo.

O facto de a Grécia não conseguir cobrar à Alemanha o que esta lhe deve, ter continuado a comprar armamento mesmo depois de entrar em vertigem financeira, a coincidência de tal como Portugal se ter metido num euro feito à medida das potências europeias, as donas da vara que agora nos pretendem meter no curral, não tem importância nenhuma.

A culpa é dos gregos, hoje, como será em meio-ano dos portugueses, esses povos com a mania das grandezas que queriam ter um estado social e outros luxos a que nem os teutónicos terão direito.

Hoje falam da Grécia, amanhã serão os primeiros a aceitar o ultimato a Portugal. Devem esperar alguma recompensa no céu dos mercados. Sucede que Roma não paga a traidores e temos, portugueses e gregos, uns costumes históricos para vendedores de pátrias muito pouco compatíveis com os direitos humanos. É melhor prepararem a vossa emigração que a partir de agora já não é a brincar.

Escutas – reais mas a voz de Sócrates é falsa!

Embora as escutas sejam reais e a voz de Vara seja do Vara, a voz de Sócrates é deste senhor aí em cima!

Lídia Sousa – Transcrição das escutas Vara / Sócrates

– É pá, os meus espiões em Belém dizem que a Manela e o Bibinho andam a dormir na mesma cama para estudarem o programa da dita.
– Ó Zé, não acredito, porque o Lima, se assim fosse, já tinha contado ao Fernandes. Tambem lá disseram que ele o bibinho queria deitar fora o Lima para meter lá a Caldense, que é inexperiente mas é boa como o milho e tem experiência da Mossad e até compraram uns aparelhos para me escutarem de dia e de noite.
– Põe-te a pau, Zé, olha que o teu telefone está sob escuta apesar de ser proibido.
– Ó Vara, isso seria demais!
– Mas infelizmente é verdade e por isso eles vão ficar todos baralhados!!

Concurso: as escutas Vara/Sócrates feitas por vocês mesmos

escutas2Lançámos o desafio, e os nossos leitores corresponderam. Nos próximos dias iniciaremos a publicação dos textos que nos chegaram. De acordo com a regras do concurso, o vencedor será conhecido no final pelo método de adjudicação directa. Como é sabido este método ainda permite a entrada de concorrentes fora do prazo, caso alguém se sinta tardiamente inspirado.

Não perca as revelações, os segredos, os dramas, o pavor, e ria-se à vontade.

Mário Crespo:

Uns gostam, outros não. Ninguém fica indiferente. É Jornalismo. Hoje no JN (via Blasfémias):

O Palhaço.

As escutas, as falsas transcrições e a sua autoria

O Jorge do Fliscornio acusa João Grave Rodrigues de ser o autor das falsas transcrições das escutas. O raciocínio que segue parece-me bem esgalhado, contrariando a minha tese de que quem o fez apenas se estava a divertir, e o fez mal e porcamente.

Pode ser, e claro que pode não ser, e tal como muita coisa dificilmente se saberá ao certo.

Bem vistas as coisas imaginar um diálogo telefónico entre Vara e Sócrates é um exercício de ficção aliciante.

É esse desafio que deixo aos nossos leitores, e aos meus colegas: imaginem um destes diálogos. Prometemos publicar, dentro das regras da casa, que passam pelo bom senso de à custa da ficção ser má ideia insultar terceiros.

Enviem os vossos textos para aventarblog arroba gmail.com.

Cá os esperamos.

 

Quando o telemóvel se troca

José Sócrates trocou de telemóvel no mesmo dia em que Armando Vara e outros arguidos do processo Face Oculta fizeram o mesmo, diz o semanário Sol.

 

José António Saraiva ao CM – é isto que entope o PGR ?

"Não falimos por um milagre"

 

  José António Saraiva, director do semanário ‘Sol’, revela ao CM que o

  Governo o pressionou para não publicar notícias do Freeport e que

  depois passou aos investidores.

 

  Correio da Manhã – O ‘Sol’ foi coagido pelo Governo para não publicar

  notícias do Freeport?

 

  José António Saraiva – Recebemos dois telefonemas, por parte de

  pessoas próximas do primeiro-ministro, dizendo que se não

  publicássemos notícias sobre o Freeport os nossos problemas se

  resolviam.

 

  – Que problemas?

 

  – Estávamos em ruptura de tesouraria, e o BCP, que era nosso sócio, já

  tinha dito que não metia lá mais um tostão. Estávamos em risco de não

  pagar ordenados. Mas dissemos que não, e publicámos as notícias do

  Freeport. Efectivamente uma linha de crédito que tínhamos no BCP foi

  interrompida.

 

  – Depois houve mais alguma pressão política?

 

  – Sim. Entretanto tivemos propostas de investimentos angolanos, e

  quando tentámos que tudo se resolvesse, o BCP levantou problemas.

 

  – Travou o negócio?

 

  – Quando os angolanos fizeram uma proposta, dificultaram. Inclusive

  perguntaram o que é que nós quatro – eu, José António Lima, Mário

  Ramirez e Vítor Rainho – queríamos pa-ra deixar a direcção. E é quando

  a nossa advogada, Paula Teixeira da Cruz, ameaça fazer uma queixa à

  CMVM, porque achava que já havia uma pressão por parte do banco que

  era totalmente ilegítima.

  E as pressões acabaram?

 

  – Não. Aí eles passaram a fazer pressão ao outro sócio, que era o José

  Paulo Fernandes. E ainda ao Joaquim Coimbra. Não falimos por um

  milagre. E, finalmente, quando os angolanos fizeram uma proposta

  irrecusável e encostaram o BCP à parede, eles desistiram.

 

  – Foi um processo longo…

 

   Foi um processo que se prolongou por três ou quatro meses. O BCP,

  quase ironicamente, perguntava: "Então como é que tiveram dinheiro

  para pagar os salários?" Eles quase que tinham vontade que entrássemos

  em ruptura financeira. Na altura quem tinha o dossiê do ‘Sol’ era o

  Armando Vara, e nós tínhamos a noção de que ele estava em contacto com

  o primeiro-ministro. Portanto, eram ordens directas.

 

  – Do primeiro-ministro?

 

  – Não temos dúvida. Aliás, neste processo ‘Face Oculta’ deve haver

  conversas entre alguns dos nossos sócios, designadamente entre Joaquim

  Coimbra e Armando Vara.

 

  – Houve então uma tentativa de ataque à liberdade de imprensa?

 

  – Houve uma tentativa óbvia de estrangulamento financeiro. Repare–se

 que a Controlinveste tem uma grande dívida do BCP, e portanto aí o

  controlo é fácil. À TVI sabemos o que aconteceu e ao ‘Diário

  Económico’ quando foi comprado pela Ongoing – houve uma mudança de

  orientação. Há de facto uma estratégia do Governo no sentido de

  condicionar a informação. Já não é especulação, é puramente objectiva.

  E no processo ‘Face Oculta’, tanto quanto sabemos, as conversas entre

  o engº Sócrates e Vara são bastante elucidativas sobre disso.

 

  – Os partidos já reagiram e a ERC vai ter de se pronunciar. Qual é a

  sua posição?

 

  – Estou disponível para colaborar.

 

 

Recebido por mail

 

 

 

 

Face Oculta – os magistrados de Aveiro são inimputáveis?

Um após outro os envolvidos no caso são constituídos arguídos com pesadas limitações da liberdade e elevadas cauções. A não ser que o juiz que as decide faça tambem parte da campanha negra , os magistrados que investigaram vêm justificadas as suas decisões.

 

Isto adensa ainda mais o mistério de  as suspeitas lançadas sobre as escutas entre Sócrates e Vara, sejam tratadas como decisões de dois inimputáveis. Como é que os mesmos magistrados são , ao mesmo tempo, tão sensatos para uns e tão desastrados para outros?

 

Pode muito bem ser que tenham sido movidos por razões políticas, mas se assim é, não caem na alçada da responsabilidade  entre os seus pares, e não podem, Sócrates e Vara, mover acções judiciais contra os magistrados ?

 

Ou magistrados que lançam suspeitas infudadas sobre o primeiro ministro e um seu amigo, de um crime tão grave como "atentado ao Estado de Direito", continuam impávidos e inamomíveis em funções tão sensíveis?

 

Dizia Marinho Pinto que os magistrados, ao "escolherem" a tipificação do crime já sabiam da repercussão jornalística e social que iriam provocar, e daí a acusação. Mas, num Estado de Direito, isto fica por aqui?

 

Os magistrados que serão conotados toda a vida com uma decisão que os marca como ferro em brasa, não têm direito a mostrar e justificar a sua decisão?  A hierarquia não tem competência para os responsabilizar por um trabalho imbecil? Sócrates e Vara não têm direito de lhes mover uma acção judicial?

 

Ou é bem melhor que tudo fique entre as paredes da "inteligência" e longe do conhecimento popular?

 

O que é tão grave que é preciso destruir?

Uma contratação indesejada

 

Figo vai processar o Correio da Manhã porque não gostou da capa de hoje.

 

Segundo este jornal e baseado em escutas à dupla de atacantes Sócrates / Vara o apoio de Luís Figo a José Sócrates nas últimas legislativas terá custado 75 mil euros,

 

Ao que parece Figo não gostou da convocatória para o jogo Sport Face – F.C Oculta, principalmente por ser chamado a jogar pelo Face quando esperava ter sido contratado pelo clube da Oculta.

 

 

 

 

Dicionário à vara

VARAPEDIA

 

Assalto à Vara – Assalto de fato e gravata

Varómetro – Medidor de corrupção

Varapau – A vara que julga o Vara

Varapau de corrida – Carapau corrupto

Vara verde – Corrupto inexperiente

Varamento – Acto de bater em corruptos

Varação – Encalhar a corrupção na PGR

Varar um barco – Encher o barco de corruptos

Vara de porcos – Partido Socialista

Vardade – Mentira                                                       

Varado – só dez mil euros?

Varada – escuta ao Vara

 

PS: enviado pela nosa leitora Adélia

 

 

O Blasfémias não quer perceber

As chamadas foram feitas pelo Vara para Sócrates e não o contrário.

 

O Inspector de Aveiro perante uma evidência de crime não deve tirar certidões, mas antes, (como diz Júdice) destruir as escutas.

 

As escutas de Cavaco Silva e a sua divulgação foram um serviço público prestado por dois jornalistas que transcreveram uma conversa privada de dois colegas.

 

Quando a certidão e a gravação chegaram ao PGR este não fez o que manda o bom senso.Destruí-las!

 

O Presidente do Tribunal de Justiça, mal recebeu as gravações do PGR deveria devolvê-las sem tomar conhecimento do seu conteúdo.

 

Como diz, Ricardo Costa, no Expresso, há conversas do primeiro ministro gravadas na mão não se sabe de quem e é preciso destruí-las.

 

Quando um amigo cumpre o dever de telefonar a um amigo é sempre para falar de assuntos que leva a polícia a mandar tirar certidões.

 

Não há escutas nenhumas nem nenhuma certidão, o que há são conversas que levaram a polícia a mandar emitir uma certidão ilegal.

 

Tirar certidões de escutas gravadas pela polícia, é prenúncio de crime para qualquer um, menos para José Sócrates!

 

Entendidos?

Salto à vara

Ana Gomes é uma desbocada, mas às vezes diz umas coisas com coragem. Desta vez, não esteve com meias medidas e diz para quem a quer ouvir que "a corrupção só acaba se e quando o PS quiser".

 

Apresenta como sua defesa o facto de ter dito tal verdade no Congresso do partido em Abril último, reforçando "que o pântano só pode ser ultrapassado com salto à vara".

 

Ou a imagem de saltar à vara é uma premonição digna de uma vidente de Fátima, ou já sabia e usava estes remoques para quem, como ela, estava conhecedora, ou está a atirar com os seus 90 Kls para cima do Vara (90 kls políticos,claro).

 

Ana Gomes acrescenta que é necessário retomar a proposta de "Combate à corrupção" de João Cravinho, criminosamente chumbada pela "Máfia" da anterior maioria parlamentar (é curioso que vemos os partidos chumbar esta proposta e achamos que é natural) sem o que os políticos e a política se afundam no pântano da nossa vergonha.

 

Mas a maioria do PS e dos outros partidos continuam a assobiar para o ar, como se as prioridades não passem por tão sujo problema, mas passe pelo casamento dos gays, numa manobra de diversão, no mínimo  patética.

 

Isto só lá vai com "vara" mas é de marmeleiro!

 

PS: Causa Nostra e Blasfémias

O pântano socialista

Armando Vara foi despedido do governo pelo Presidente Sampaio, devido às embrulhadas na Fundação rodoviária, ou coisa que o valha, que no fundo era uma forma de utilizar dinheiros públicos sem o controlo administrativo do Estado.

 

Teve como prémio ir para a Administração da Caixa Geral de Depósitos, que é controlada a 100% pelo Estado, logo quem o lá colocou foram os amigos do governo. Vara ,até se mostrou muito ufano quando foi à Assembleia Geral da PT, accionar a golden share do Estado para impedir a OPA da Sonae.

 

Quando passou para administrador do BCP, banco privado, mas caso único no mundo,onde o governo coloca os seus homens de mão, Vara passou a ser um banqueiro privado. É, pois, como privado que Vara terá cometido os deslizes. Pressão sobre os governantes para decidirem a favor de quem lhe pagaria as comissões.

 

Mas, pergunto eu, este trabalho não é trabalho de banqueiro, fazer render os seus conhecimentos pessoais para favorecer um cliente? Onde acaba a intermediação e começa a corrupção?

 

Este exercício é só para mostrar como o governo se vai enforcando na teia que vem tecendo. Qualquer negócio neste país passa pelo gabinete do primeiro ministro, onde reside o poder, que transforma concursos públicos em ajustes directos que vão direitinhos para as empresas amigas. E porque são empresas amigas?

 

Em que são diferentes estes negócios, estas adjudicações, do ajuste directo dos Contentores de Alcântara? Em que o próprio Tribunal de Contas vem dizer que o interesse do Estado não foi acautelado?

 

São precisas escutas?

 

A vara socialista

Estão em toda a parte. Do partido para o governo. Do governo para as empresas .Das empresas para os negócios. Dos negócios para a corrupção. Da corrupçao para arguido. De arguido para a prescrição. Ou para as escutas ilegais. Ou para a obtenção de prova de forma ilegal. Para a impunidade!

 

Passados uns tempos, com a calmaria e os holofotes virados para outros que tais, aí voltam eles, bem acomodados em empresas públicas, ou em funções de poder que os protegem, colocam camarada ali, estrategicamente, familiares acolá e tudo volta ao mesmo.

 

Varas deles, muitos, com muita experiência, tanta, que às vezes nem se percebe como falam ao telefone a pedir "recuerdos". A família dá o nome, as propriedades estão em nome dos filhos ou em off-shores, os advogados são os melhores, o negócio já conta com a eventualidade de se distribuir algum.

 

São demitidos de funções por perderem a credibilidade e a seguir aparecem como banqueiros, quando o negócio bancário é, por definição, um negócio de confiança. Mas com eles tudo perde o valor, tudo perde o sentido, tudo é possível.

 

São tantos os casos que vieram a público sobre gente com funções governamentais e de Alta Gestão, que se começa a perceber porque não há condenações.

 

A economia  desacelarava !