E a Aldeia explicou

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A rapaziada da capital do império sempre veio à Aldeia.

Como sempre, o entusiasmo levou-os a cometer alguns excessos. É natural. São rapazes novos, pouco dados a visitar a província e claro, nada habituados a estes momentos. Vieram em estado de euforia. Como sempre acontece. Beberam do fino, comeram comida caseira feita por mãos experimentadas e, sobretudo, levaram que contar. [Read more…]

Tinha de ser num Domingo de manhã

foto by lou reed

Morreu. Foda-se.

Podia escrever a minha vida com canções do Lou Reed. Toda? não, mas quase.

Lamentamos a morte dos que nos deixaram a sua obra, choro quem esteve sempre aqui, quando foi preciso. A minha elegia, em forma de legendas:

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Portugal não é a Grécia e eu estou desempregado

André Albuquerque.

Os pobres que paguem a crise

pobre crise

A cor da rosa

Não sei que diga. Agora temos mais uma novela para encher páginas de jornal e minutos de televisão: Bárbara & Carrilho.

Por estes dias nem quem não queira se livra. Já o escrevi no passado sobre um político cujas fotografias em família vi espalhadas por uma revista. Quem convida para dentro de casa certo jornalismo, acaba na cama com ele. Bárbara & Carrilho, Carrilho & Bárbara foram disso um bom exemplo.

São disso um bom exemplo.

 

Não há becos sem saída

 

Ponto final

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© Jorge Colombo (desenhado com um iPhone)

Eu gostava do Aventar, de que era uma leitora assídua antes de começar a colaborar. Gostava deste pluralismo, desta gente toda a escrever em bom Português nesta espécie de jornal onde podia ir seguindo a actualidade, gostava de uma dinâmica pouco habitual nos blogues, das iniciativas cívicas, das traduções feitas da noite para o dia por dezenas de mãos, dos textos do Francisco Miguel Valada, patriota da Língua no exílio, dos do António Fernando Nabais, um professor que podia ser um jornalista, dos da Carla Romualdo, escritora a fazer-se aqui, dos do Carlos Fonseca, e de alguns outros mais.

Gostava mesmo disto, apesar do excesso de opinião levando os estandartes dos interesses próprios (fenómeno que também assola a generalidade das publicações profissionais) e da falta de outras coisas, as que diferenciam um passatempo para solitários com queda para a escrita de um projecto profissional com gente capaz de narrar o Mundo, de pensá-lo e documentá-lo na sua diversidade, e não apenas de se chegar ao computador regularmente para alinhar palavras umas atrás das outras e mandar postas de pescada nr 2 (que são aquelas mais baratas e pequenas) com base naquilo que andou a ler noutros sites e jornais.

Gostava, também, dos tantos leitores que por aqui passam, das audiências estupendas do blogue, um jornalista sem um jornal gosta sempre de saber que é lido. Mesmo que por vezes discordasse de muito do que por aqui se escreve e faz, sentia-me parte disto, e menos sozinha por poder escrever num lugar que me parecia distinguir-se do chamado “jornalismo do cidadão”, designação que pretende fazer de todos jornalistas e/ou cronistas, como se isso fosse possível ou sequer desejável, num mundo em que a liberdade de expressão de cada um para seu lado serve essencialmente para ser uma ilusão mais no vasto leque de actividades de entretenimento e passatempo que a Internet favoreceu.

O que mudam numa sociedade todas essas palavras, muitas vezes nem tanto assim diferentes (na intenção) do que pode ser lido nas caixas de comentários odiosos de toda a parte? Os textos de Joaquim Carlos Santos, o Joshua Palavroso, espelham o pior de tudo isso e têm vindo a fazer do Aventar um lugar impossível de frequentar.