Suicídio pedagógico

A proposta patrocinada por alguns Institutos Politécnicos de admitir estudantes sem qualquer exame de acesso corresponde a um suicídio institucional e um recuo que. em alguns casos, não terá remédio nem remissão. Foi para isto que tanta gente tentou dar outra dimensão ao ensino politécnico, emancipando-o de perspectivas anacrónicas, malgrado todos os atropelos e atalhos duvidosos que este processo envolveu? Todos sabemos que existem profundas assimetrias de qualidade entre os diversos politécnicos e mesmo no interior de cada um entre os diversos cursos. Por outro lado, a falta de estabilidade e clarificação institucional faz com que cursos politécnicos possam ser excelentes durante algum tempo e colapsar por motivos acidentais como um despacho ministerial sobre requisições de docentes, um capricho de gestão, uma decisão como a que agora se procura aprovar e que desvalorizará irremediavelmente os Politécnicos que a ela aderirem e porá em causa o próprio sistema. O Ensino Politécnico não tem de ser o parente pobre do sistema; mas o estatuto de igualdade conquista-se com exigência, rigor e qualidade técnica e científica. Não com medidas oportunistas para encher salas abandonadas pelos alunos.

Banksy volta a Gaza


E também com um vídeo: [Read more…]

Ó Costa…

antonio costa casino daa povoa chineses

A afirmação da China como grande potência do capitalismo terráqueo encontrou mais uma demonstração: perante uma plateia de capitalistas chineses, António Costa teve um ataque de sinceridade, agradeceu os investimentos em Portugal, e lá se descaiu, diz ele que estamos melhor que em 2011.

Depois de Sócrates e Passos Coelho, dois mentirosos patológicos, faltava-nos no bloco central um  homem sincero, honesto, que diz ao que vem. Uma excelente estratégia para conquistar o eleitorado de direita, também ele já um bocado farto de aldrabões. Agora os restantes, por sinal a maioria, postos perante a realidade, ainda têm muito por onde escolher no momento do voto.

Aguardo também, sentado, uma palavra de discernimento vinda dos lados  do Tempo de Avançar.

Diga lá outra vez?

Líder judeu francês elogia a Frente Nacional e Marine Le Pen. Será receio de ir parar à “fornada” do papá fascista?

Um bom aluno com péssimas notas

MLA

Foto@Diário de Notícias

A química é inegável: herr Schäuble e a sua melhor aluna nas cadeiras de Austeridade Fanática e Vassalagem Aplicada parecem mais próximos que nunca. O professor tece rasgados elogios à aplicação do ajustamento, a aluna responde com um pedido de firmeza para com as posições do governo grego e mostra os dentes a Varoufakis nas reuniões do Eurogrupo, demonstrando que a solidariedade que os seus pares tanto elogiam à Alemanha é relativa. Solidariedade sim senhor mas para “radicais”, radicalismo e meio.

Mas entre ronronares e festinhas na cabeça da embaixadora do ministério das Finanças alemão em Lisboa, a realidade, essa malvada, conta-nos outra história. A história de uma dívida que, após tantos sacrifícios, compromissos sobre metas a atingir e propaganda permanente, insiste em aumentar. E para não variar, a dívida pública voltou a crescer em 2014, algo que se traduz num aumento de 0,7% face a 2013. Traduzindo isto para euros, falamos de um valor que ascende a 224.477.000.000,00€. Duzentos e vinte e quatro mil milhões e meio de euros.

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Portugal está melhor que há 4 anos…

Passos Coelho seguramente agradece estas palavras de António Costa. No PS ainda irão suspirar por Seguro…

A ler…

Mitos

Grécia, Europa, vamos ao que interessa…

Não entrei no circo mediático em torno da Grécia. Percebo o interesse, fui lendo aqui e ali diferentes argumentos técnicos e ideológicos, mas nunca tive grandes dúvidas que a Grécia iria continuar no Euro, pelo menos para já, desde logo por razões internas, apesar da vitória eleitoral do Syriza, a saída da moeda única não constava do programa de governo, muito provavelmente por saberem que a maioria dos eleitores gregos não querem ouvir falar no assunto. Por outro lado a U.E., por muita influência que a Alemanha possa ter, é mais que que a mera vontade de Berlim, não poderia expulsar um país, porque isso não está escrito em qualquer tratado e nem mesmo Angela Merkel queria ficar com o odioso para si. Todos cederam politicamente um pouco, permitindo agora continuar a discussão se Bruxelas obrigou o governo grego a recuar no seu programa  ou pelo contrário, Tsipras e Varoufakis abriram um precedente na U.E., posição esta muito oportuna para fins eleitorais em Portugal e Espanha. [Read more…]