Coroado e Azevedo jamais serão vencidos

N’ O Jogo de hoje:

25 de Novembro — 50 anos

Era uma vez uma consulta que se atrasou num hospital privado

Fui hoje com o meu filho a uma consulta num hospital privado. Não interessa qual, porque o que vou agora relatar já me aconteceu no Trofa Saúde, na CUF e nos Lusíadas. Várias vezes. E só não aconteceu na Luz Saúde porque nunca lá fui.

Tínhamos a consulta marcada para 09:45h. Chegamos a tempo e horas, só para descobrir que o médico ainda não tinha chegado. Fomos recebidos às 11:30h. E, com isto, o meu filho perdeu toda a manhã de aulas, eu e a minha mulher perdemos uma manhã de trabalho.

Não me entendam mal: não descarto a possibilidade de ter acontecido algo inesperado e fora do controlo daquele médico que tenha conduzido a este desfecho. O alvo deste texto não é o médico, que foi impecável na consulta, como não é o estabelecimento privado de saúde que escolhemos para este acto médico.

O meu alvo são os oligarcas e os plutocratas que financiam a propaganda anti-SNS.

Aqueles que, por quererem colher os benefícios de uma privatização feita à medida dos seus interesses mesquinhos, apostam todas as suas fichas em descredibilizar o funcionamento e a importância nuclear que o SNS tem na vida da maioria dos portugueses, sobretudo daqueles que não podem pagar para serem atendidos no privado.

Para essas pessoas, o lucro sobrepõe-se à vida do desgraçado que não pode pagar.

O que não deixa de ser curioso, por serem, regra geral, as mesmas pessoas que financiam os movimentos “pró-vida”, eufemismo comum para o fundamentalismo ultraconservadorismo que quer impedir abortos para salvar vidas, mas que sonha com um sistema em que quem não paga pode ir morrer longe. Uma das muitas hipocrisias da extrema-direita e dos idiotas úteis que a servem ou se tentam servir dela.

Os atrasos existem no público e no privado. Mas é estranho vê-los acontecer no privado, que, alegadamente, representa a excelência da gestão eficiente. A verdade é que nem o SNS é tão mau como os avençados dos privatizadores nos vendem, nem a gestão privada é tão excelente assim.

Mas há algo que não depende da minha ou da tua opinião. É que, sem dinheiro, não há privado para ninguém. E o SNS, com ou sem atrasos, não deixa ninguém por tratar. E é por isso que o devemos defender com unhas e dentes. Sempre.

Viva o SNS!

ARKIVOS KINO-POP 03 – GNR 1985 (CINE-DYÁRIOS D’EDGAR PÊRA)

À atenção de Rui Costa

Oferecer um calendário ou uma agenda a Mourinho. O jogo é na terça…

A CASA DE DINAMITE: BREVE ANÁLISE DO CENÁRIO PROPOSTO

Em “Casa de Dinamite” é representada a resposta de um ataque aos EUA por um míssil disparado algures no Pacífico Norte, sem ter sido possível identificar o local, o autor do disparo ou se teria sido um mero acidente. Nos anos 60 e 70 ocorreram falsos alarmes de ataques de larga escala. Num caso a origem foi numa resposta errada de um sistema de radares ao nascer da Lua sobre a Noruega. Noutro, foi um exercício não comunicado às autoridades responsáveis pelos alertas.
Questões que merecem uma análise mais cuidada:
1- O ponto mais irrealista do filme é a pressão de decisão imediata ao ataque colocada sobre o Presidente dos EUA. Num cenário real, a resposta só deverá ocorrer quando houver clareza suficiente sobre quem ataca e por que motivo ataca. E a resposta pode ser dada muito depois de a deflagração de um ataque causado por um único míssil. O risco de erro pode ter as consequências mais graves que se possa imaginar: a destruição do mundo;
2- A comunicação entre os EUA e a Rússia é representada de uma forma pouco eficaz e confusa. Apesar das relações entre as duas potências terem esfriado muito entre Putin e Biden, a ligação direta entre os dois presidentes continua operacional e a ser testada. Entre EUA e China já existe um sistema quase ao mesmo nível. Com a Coreia do Norte não há protocolo estabelecido;

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Efectivamente, de facção

Não é a primeira vez que a excelente facção surge no jornal que, irresponsavelmente, há uns anos, anunciou a poupança de letras. Os meus agradecimentos a Marques Mendes e a António Filipe por terem estimulado estas facções.

Cristiano Ronaldo e os seus amigos tiranos

Sim, eu sei que não se pode criticar Cristiano Ronaldo. Ronaldo, para muitas pessoas, é um semi-deus acima da crítica e do comum mortal. E quem o critica só o pode fazer por inveja, azia ou qualquer uma das justificações patéticas que quem não tem argumentos válidos costuma usar. Uma das melhores ilustrações, parece-me, do atraso do nosso país.

Não me recordo, confesso, de criticar Ronaldo. Nunca pedi a cabeça dele, nunca pedi o afastamento da selecção e sempre elogiei os seus feitos futebolísticos. Mesmo depois de se ter transformado numa espécie de embaixador de um dos regimes mais totalitários e assassinos do mundo, o saudita. Um regime que mata por apedrejamento e manda esquartejar opositores. Se quisesse, Ronaldo poderia trabalhar para Vladimir Putin, e elogiá-lo publicamente como faz com o assassino e financiador de terroristas, Mohammed bin Salman, e a maioria assobiaria para o lado. E, convenhamos, pouco distingue o carniceiro russo do “boss” de Cristiano Ronaldo.

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No momento em que ouvi Seguro chamar “deputado” a Ventura, lembrei-me do

« Mais vous avez tout à fait raison, monsieur le Premier ministre ! » (1988). Mas, prontos. Voilà. Efectivamente.

Os 28 debates para as presidenciais começam às 21 horas de Portugal Continental e da Madeira

  1. Hoje, 17 de Novembro, segunda-feira, TVI: André Ventura vs. António José Seguro  
  2. 18 de Novembro, terça-feira, SIC: Luís Marques Mendes vs. António Filipe
  3. 20 de Novembro, quinta-feira, RTP: Henrique Gouveia e Melo vs.  João Cotrim de Figueiredo 
  4. 23 de Novembro, domingo, SIC: Catarina Martins vs. Henrique Gouveia e Melo
  5. 24 de Novembro, segunda-feira, RTP: João Cotrim de Figueiredo vs. Jorge Pinto 
  6. 25 de Novembro, terça-feira, SIC: Luís Marques Mendes vs. André Ventura
  7. 26 de Novembro, quarta-feira, TVI: Jorge Pinto vs. Henrique Gouveia e Melo  
  8. 27 de Novembro, quinta-feira, RTP: António José Seguro vs. João Cotrim de Figueiredo
  9. 28 de Novembro, sexta-feira, TVI: André Ventura vs. Catarina Martins
  10. 29 de Novembro, sábado, RTP: Luís Marques Mendes vs. Jorge Pinto
  11. 30 de Novembro, domingo, SIC: João Cotrim de Figueiredo vs. António Filipe 
  12. 1 de Dezembro, segunda-feira, RTP: António José Seguro vs. Jorge Pinto
  13. 2 de Dezembro, terça-feira, TVI: António Filipe vs. Henrique Gouveia e Melo
  14. 3 de Dezembro, quarta-feira, RTP: António José Seguro vs. Luís Marques Mendes
  15. 4 de Dezembro, quinta-feira, TVI: Catarina Martins vs. João Cotrim de Figueiredo
  16. 6 de Dezembro, sábado, SIC: António José Seguro vs. Catarina Martins  
  17. 7 de Dezembro, domingo, TVI: João Cotrim de Figueiredo vs. Luís Marques Mendes  
  18. 8 de Dezembro, segunda-feira, RTP: António Filipe vs. Jorge Pinto  
  19. 9 de Dezembro, terça-feira, SIC: Henrique Gouveia e Melo vs. António José Seguro
  20. 10 de Dezembro, quarta-feira, RTP: Catarina Martins vs. António Filipe
  21. 11 de Dezembro, quinta-feira, SIC: André Ventura vs. Jorge Pinto  
  22. 12 de Dezembro, sexta-feira, RTP: Luís Marques Mendes vs. Catarina Martins  
  23. 13 de Dezembro, sábado, RTP: André Ventura vs. António Filipe
  24. 15 de Dezembro, segunda-feira, RTP: Henrique Gouveia e Melo vs. André Ventura  
  25. 19 de Dezembro, sexta-feira, SIC: João Cotrim de Figueiredo vs. André Ventura  
  26. 20 de Dezembro, sábado, TVI: António José Seguro vs. António Filipe  
  27. 21 de Dezembro, domingo, RTP: Catarina Martins vs. Jorge Pinto
  28. 22 de Dezembro, segunda-feira, TVI: Henrique Gouveia e Melo vs. Luís Marques Mendes  

ARKIVOS KINO-POP 04 – MANUEL JOÃO VIEIRA (CINE-DYÁRIOS D’EDGAR PÊRA)

Os homens que odeiam as mulheres

As mulheres no geral não são muito racionais, nem sequer têm a capacidade de compreender o bem comum, o bem da nação.

Mas isso não é necessariamente mau, eu não estou a fazer um ataque às mulheres, é importante perceber isto. Isto é da natureza da mulher.

Não há problema em a mulher ser assim. Eu não quero dar a decisão do futuro do meu país às mulheres. Eu acho que elas não têm essa responsabilidade. Porque estão biologicamente desenhadas para ter um filho, para agarrar num filho, para cuidar de um filho, não é para tomar decisões importantes para o futuro de um país.

É bastante consensual que os homens são geralmente mais inteligentes que as mulheres, por isso é que eu acho que só os homens mais inteligentes é que devia votar, como acontecia na Grécia Antiga.

 

Já estiveste em alguma sala com 15 mulheres para ver se acabavam as guerras? Elas fazem guerras entre elas naturalmente. Se eu tiver aqui com 15 homens não há guerra nenhuma nem conflito nenhum. Se tiverem aqui 15 mulheres sozinhas, uma é porque tem o cabelo de uma cor, a outra pintou as unhas, a outra passou à frente na fila, a outra anda com um namorado qualquer. Elas criam conflitos por tudo, as mulheres. Para se entreterem.

 

O voto universal não faz sentido. Eu acho que só deviam votar homens portugueses com propriedades. E mulheres não. Eu acho que mulheres não faz sentido que votem. Desde que demos o voto às mulheres, foi a pior coisa que fizemos nos últimos 100 anos na civilização ocidental. Eu não tenho problema nenhum e dizer isto, julguem-me à vontade, eu sei que estou certo.

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Reflexão para o fim-de-semana

Existe uma semelhança entre as pianadas do Lennon no Something e do Tommy Lee no Home Sweet Home.

Efectivamente, o Acordo Ortográfico de 1990 não é adoptado

Efectivamente.

Recordando:

Exactamente.

Escolhas

Nova Iorque já é uma cidade em ruínas, cadáver putrefacto do seu passado faustoso, cujo esplendor era cantado por Sinatra e representava o El Dorado do sonho americano. Encontra-se agora eivada de crime, agitação social e um custo absurdo e insuportável de vida.

O principal carrasco foi o ditador-governador Andrew Cuomo, o oponente de Mamdani nestas eleições – e que obliterou o lifestyle novaiorquino com a distópica repressão sanitária durante os anos da Grande Vergonha e por tal, claro está, foi aclamado como herói pelos media sadistas. O verme do irmão, Chris Cuomo – que entretanto percebeu a maré e é agora anti-woke, yo, que cool – era comentador na CNN e entrevistava o irmão com frequência, em plangentes exibições de pornografia emocional. Juntos protagonizaram um dos mais buslescos e paradigmáticos episódios do teatro de marionetes que foi o simulacro pandémico, ao encenarem um emocionante reencontro familiar com Chris a sair de uma suposta quarentena numa suposta cave – quando, na verdade, nunca cumpriram quarentena alguma, que como sabemos nunca se aplicou à nobreza, imune ao vírus que propalaram. [Read more…]

O protagonismo dos mandatários

Moreira, mandatário de Mendes, admite que avanço de Cotrim o levou a não ser candidato a Belém. Júdice, mandatário de Cotrim, votará Seguro na segunda volta.

Isto não é Portugal

Imagina seres um emigrante português em Genebra, na Suíça.
Nem precisas de ser um daqueles imigrantes que fugiu à ditadura. Imagina que foste um dos que emigrou para lá durante a crise financeira da década passada.
Mas não és assim tão diferente dos emigrantes dos anos 60 e 70.
Também tu foste para lá com uma mão à frente e outra atrás, fazer o trabalho que os suíços já não queriam fazer. E continuam a não querer. Na agricultura, na construção, a limpar hotéis ou a descarregar contentores. Sempre de forma honesta e empenhada.
Apesar de trabalhares no duro, de pagares os teus impostos e de teres uma postura irrepreensível, levaste com propaganda da extrema-direita suíça, que te retrata como uma ovelha negra e quer que “voltes para a tua terra”.
(Soa-te familiar?)

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A Luz viaja de comboio

Em Novembro de 1887, o comboio Sud Express começava a ligar Lisboa a Paris via Madrid. Era, por excelência,a nossa mais franca ligação a novas culturas, mentalidades e formas de lidar com o mundo.
Os lentes, as revistas e os livros viajavam de comboio. A luz viajava de comboio também. Ontem como hoje, o Esclarecimento viaja de comboio.
Contra as trevas, pugnar, pugnar.