Aventar no Douro

Foi bonita a festa, pá!

Uma parte do Aventar rumou ao Douro no passado fim-de-semana. O Luís foi de comboio e os restantes de automóvel. Todos foram recebidos pelo Douro em beleza. Esta terra de espantos que a labuta secular do homem e da  mulher transformou xisto em riqueza recebeu o Aventar de braços abertos. Agora só faltam as fotografias do nosso José Magalhães, a provar estas mal amanhadas palavras que escrevo.

A partida foi dada na Estação do Pinhão e estrada fora se passou por Valença do Douro, Castanheiro do Sul, Trevões, Paredes da Beira e se chegou a Vale de Penela, local de repasto. O Porco verdadeiro de lavrador criado livremente entre pomares e casas de lavoura foi servido aos comensais, regado por um Douro da Pesqueira e acompanhado por requeijão caseiro. Felizmente a ASAE não apareceu. A noite foi como a conversa, longa.

A verdade é uma, todos ficaram a saber que por estas terras durienses abunda a beleza e escasseia a rede de telemóvel, em especial a da Optimus (que antes era das melhores e hoje está abaixo de cão!).

Espero que o VW do nosso Ricardo tenha recuperado a genica e que o Pai do nosso Zé Mário esteja melhor. Obrigado a todos, foi um prazer receber o Aventar em Vale Penela e na nossa casa. Agora venham as fotos do JM!!!

Rock in Douro!

O Rock in Rio entra-me pela janela, é a música, o fogo de artificio, a barulheira de milhares de gargantas que gritam e cantam. Dormir nem pensar, e mesmo que adormeça o fogo de artificio uma e outra vez a arrebentar, acorda qualquer consciência em paz. Que fazer? Não posso mudar de casa, fechar as janelas não chega…

Na última vez fui para a Costa da Caparica, silêncio no pinhal, jantar na praia e passear à beira-mar, mas ao fim de um dia já sofria de saudades da Guerra Junqueira, silêncio a mais e amigos a menos. Que fazer?

Este ano alguem teve a magnifica ideia de arranjar um programa no Douro, suficientemente longe para não ouvir o fogo de artificio e com amigos suficientes para não ter saudades.

O Aventar (parte dele) vai refugiar-se no magnifico Douro, na paisagem sem igual, no tinto de ressuscitar um morto e na comida única (levo  Chalitron para a digestão.). E vou de comboio para apreciar a paisagem.

Quando voltar o Rock in Rio já não está em Lisboa, mas se estiver vou para a Costa. Só para dormir mas vou!

Apontamentos do Douro (2)

(Margem direito do Douro, Régua)

Apontamentos do Douro (1)

(Margem esquerda do Douro, a chegar à Régua)

Foz Do Rio Douro

É preciso ter viajado no Douro

Para perceber que raio de riqueza ali se gerou e ali se deixou ficar meio século depois da chegada das barragens.Portugal visto de Lisboa é um sítio com piada…

http://widgets.vodpod.com/w/video_embed/Video.3289442

more about "Obrigatório, obrigatório…", posted with vodpod

Faltam 435 dias para o fim do Mundo

Eu já tinha ouvido falar de uma que queimou o soutien nos idos de setenta. Ao longo destes anos já me habituei a ver queimar a bandeira dos Estados Unidos e de Israel com o devido esmero, nas inúmeras manifestações nos diferentes países do eixo do mal (e não, não estou a falar do programa da Sic Notícias). Agora, ver um enfermeiro a queimar a sua bata numa manif é uma estreia. Só não sei se ria ou se chore. É que o ridículo mata… Nos tempos da outra senhora que se divertia, qual pirómana, a queimar soutiens, o Povo gritava nas ruas: “Os ricos que paguem a crise”. Como diz essa grande referência intelectual portuguesa: “acho bem!”.

Agora, algo completamente diferente mas que me permite manter o rumo neste post, uma vez que se pode enquadrar entre a senhora pirómana e a referência intelectual e, sobretudo, tirar do sério os aventadores professores, mais que muitos, que por aqui circulam:

Se o aluno chumba o ano, a culpa é do professor; se o aluno desiste de estudar, a culpa também é do professor; e se o aluno falta às aulas, a culpa é outra vez do professor. O sucesso escolar de uma criança está sempre nas mãos do professor. Nem as origens socioeconómicas nem o contexto familiar servem de justificação – a culpa é sempre da escola, que não soube encontrar as estratégias certas para ensinar os seus alunos.
Esta é a convicção de Paul Pastorek.

Pois é, com toda a cagança, segundo o i, o Braga continua a liderar. É com cagança e com toda a pujança. Não nego, está um título do caraças! Realmente o Braga continua com “ela toda”….olha, olha, o meu Word diz que “caraças” é “locução própria do nível de língua informal, pondere o emprego de uma expressão alternativa”! Olha-me este Word todo ele cheio de cagança, deve ser de Braga! Sem pujança ficou o Carvalhal. Ele há dias assim. Já o meu Porto, com a devida cagança própria dos maiores do Mundo (e somos, carago!) foi buscar Kléber, o Gladiador. Vai ser um massacre!!! Ele fez falta no túnel, tinha sido uma mortandade, tipo a que aconteceu junto de Paredes da Beira, no seu conhecido Vale dos Mil, onde os cristãos mataram mais de mil mouros numa só noite…

Assim se caminha rumo ao fim do Mundo. Bom fim-de-semana.

O Douro

Hoje o Douro estava “ainda” mais mágico…

O Douro em Janeiro de 2010

O Douro em Janeiro de 2010 - II

A Ponte do Fernandinho

Por erro meu, não sei como se chama a ponte que, em cima do Douro, está em Massarelos.

Porque foi erigida no tempo de Fernando Gomes, chamei-lhe sempre a «ponte do fernandinho»

Uma Cozinha no Douro

Os meus companheiros(as) do Aventar já sabem da minha paixão pelo Douro. Eu, um menino da cidade, nado e criado no Porto (Areosa) casei com uma duriense e mal pus a vista em cima do Douro Vinhateiro fiquei como aqueles senhores da UESCO: perdidamente apaixonado.

Uma das minhas perdições no Douro é o famoso D.O.C. e o seu genial Rui Paula. Não tenho por hábito, fruto de um certo pudor adquirido em casa, falar sobre este ou aquele restaurante, hotel ou outra qualquer extravagância pessoal. É reserva mínima de intimidade e um certo horror a uma qualquer cedência ao novo-riquismo tão típico dos dias de hoje. Dou um exemplo: muitos amigos tecem loas ao bife do cafeína (restaurante ainda da moda no Porto) e eu, típico labrego da Areosa, lá fui qual carneirinho experimentar o naco. Absolutamente banal, excepto no preço. O Aleixo (Campanhã-Porto) ou o Rodrigo (Maia) por metade do preço fazem a festa, deitam os foguetes e apanham as canas. Enfim, modas. E foi com esta ideia pré concebida que entrei, pela primeira vez e de pé atrás, no D.O.C.

O espanto que se apoderou de mim ao longo da refeição (provavelmente deglutida sempre de boca aberta para horror dos restantes comensais) transformou-se em êxtase absoluto no término da mesma. E sempre que regresso já não fico espantado, podendo assim comer de boca educadamente fechada, mas permanece o arrebatamento. O D.O.C. é, tal qual os patamares de vinha que nos fazem companhia ao longo da refeição, um verdadeiro Património da Humanidade e o melhor restaurante de todo o Douro e Duero, de Soria à Foz. O Rui Paula é um génio e aos génios tudo se perdoa, até os devaneios mais recentes: vai abrir um novo poiso gastronómico no Porto, no velho burgo. Um desvario. O D.O.C. não é só a comida, a excelência da dita, nem o primor do serviço ou a revolução que desencadeou, gastronomicamente falando, na região ou a partilha da carta com o próprio Rui Paula e a sua maravilhosa companhia. O D.O.C. é tudo isto por junto mas misturado com a paisagem em seu redor. Depois, depois é o Douro, provavelmente o único lugar do mundo capaz de transformar a minha Areosa, o meu Porto, a minha Maia em mero local de fugaz poiso de fim-de-semana ou de uma ou outra escapadela de férias ou de peregrinação ao Dragão – a melhor sala de espectáculos do país. Sim, sim que o Ano é novo e o final de 2010 será, espero, o princípio dessa mudança. Daí não aceitar que o Rui Paula me troque as voltas à “cantina duriense”.

[Read more…]

Happy New Year, Feliz Ano Novo, 2010!

O ano está a terminar. Um ano e uma década que ficam para trás. Para mim foi um ano cheio e uma década activa.

Nasceu o Aventar e com ele regressei aos blogues colectivos, conheci outras pessoas e aprofundei a amizade com um dos seus mentores. Ao mesmo tempo, congelei o meu doutoramento e disse “adeus”, por uns tempos, ao jornalismo. Profissionalmente foi um ano intenso, inacreditavelmente enérgico. Um ano com três eleições, imensas inaugurações e outras tantas iniciativas de todo o género. O país, a Europa e o Mundo, sobretudo estes dois últimos, viveram uma das piores crises económicas da história e a pior para a minha geração. Quer dizer, Portugal em crise? Bem, nesta década foi sempre assim, de mal a pior. A minha região continua a bater recordes negativos para desespero de todos. O Douro continua a ser a excepção, crescendo a todos os níveis: económicos, turísticos e culturais. O Douro e o F.C. Porto, o grande vencedor da década (Taça UEFA, Champions League, Ligas, Taças de Portugal, Supertaças, Campeão do Mundo de Clubes, etc.). Nesta década nasceu a minha filha e neste ano começou, a sério, a sua vida escolar. Em termos musicais foi a década dos Sigur Rós; em termos culturais destaco o renascer do movimento cultural portuense cujo expoente máximo é, sem dúvida, a Miguel Bombarda e toda a zona envolvente. [Read more…]