“A semana mais importante na história do Celoricense começou com o convite a Marcelo Rebelo de Sousa para assistir ao encontro com o FC Porto”

Castigo: levaram 4-0.

É o Bicho, é o Bicho

Descansa em Paz, Jorge.

Aprendi a ser portista com o Jorge Costa. Era o jogador preferido do meu pai. Havia Baía, havia Deco, havia Derlei ou McCarthy… “O mais importante? É o Jorge Costa.”, dizia-se aqui por casa naqueles anos gloriosos de 2000 a 2005. Quando Co Adriaanse o afastou, a mágoa nunca foi superada. Mas o Jorge nunca se afastou. Esteve sempre no FC Porto, porque o FC Porto nunca saiu dele.

Técnica? Pouca. Velocidade? Reduzida. Mas muito querer, muita raça e muito Porto. Passava a bola, não passava o homem, passava o homem e não passava a bola. Era um alicerce, o Jorge. Teve ao seu lado jogadores como Aloísio ou Ricardo Carvalho ou até Pepe, este por um curto período, jogadores infinitamente mais talentosos tecnicamente do que o Jorge, mas que nunca teriam sido o que foram sem o Jorge a seu lado.

O Jorge tinha de jogar sempre. Era ele e mais 10. Naqueles anos de José Mourinho, se não houvesse um Jorge, não teria acontecido tanto conto de fadas. Quando a coisa descambava, o Jorge dava um berro. Quando as coisas não corriam como suposto, o Jorge dava serenidade. Quando a euforia se instalava, o Jorge era a água na fervura. Era ele quem segurava aquele plantel, quem transmita o que é ser do FC Porto, o que guiava e o que fazia de pai de muitos dos jovens jogadores.

O Jorge quis sempre o melhor para o seu clube e até nisso soube ter a dignidade de se colocar do lado certo, quando as coisas apertaram, sem que sentisse a honra ferida por aqueles que o acusavam de traição. O Jorge nunca traiu o clube, mas o clube chegou a traí-lo. Espero que nos tenhas perdoado, Jorge; porque como nós, serás sempre um de nós.

“Diz à gente o que é ser Nobre e Leal”.

Para sempre, Bicho. 💙🕊️🤍

Imortal por direito

Foi a 30 de Novembro de 2009. Lembro-me como se fosse hoje. O Porto de Bruno Alves, Falcão, Hulk e Meireles, orientado por Jesualdo, enfrentava o Atlético de Paulo Assunção, Forlán, Aguero e Simão Sabrosa. Era o jogo grande do grupo D da Champions. E eu tinha um convite para ver o jogo no camarote.

Cheguei em cima da hora, estacionei o meu velho VW Polo entre Bentleys e Porsches, e apressei o passo. Localizado o elevador, corri para apanhar a porta que se fechava. O jogo estava prestes a começar. Entro esbaforido, capaz de ficar entalado na porta, e dou de frente com Jorge Nuno Pinto da Costa. Ofegante e star-strucked, não consegui dizer uma palavra. Disse ele: [Read more…]

Não, não morreu

A cidade acordou triste. Quase como se não quisesse acordar. Quase como se não quisesse reconhecer o que tinha acontecido. Se já é genética e orgulhosamente cinza, hoje esse cinzento parecia mais negro, mais pesado. Porque ele morreu.

Chovia. Chovia como se o céu também chorasse. Chovia como se o Universo soubesse que não podia ser de outra maneira. Porque ele morreu. 

As pessoas agasalhavam-se e escondiam-se debaixo da roupa que desta vez também os protegia contra a realidade. Contra a inexorabilidade da vida. Que os deixava sofrer dentro o que não queriam mostrar ao mundo. Porque fazê-lo era aceitar que tinha acontecido. Porque fazê-lo tornava tudo tão real. Porque fazê-lo era render-se à verdade que não queriam, era aceitar a última derrota, aquela que não pode ser revertida, aquela onde não há “remontada”. Porque fazê-lo era dizer alto o que não conseguíamos sequer dizer em surdina. Era permitir que o pesadelo se tornasse inelutavelmente real. Era gritar o que teria eventualmente de ser gritado: ele morreu. 

Mas, por favor, ainda não. Deixem-me sonhar um pouco mais. Deixem-me viver um pouco mais onde ele também ainda vive. Onde ele está ao alcance de um abraço, de um “bom dia”, de um aceno. Onde o mundo não parece incompleto. Onde o mundo não tem este buraco imenso com o qual teremos de viver daqui para a frente. 

Porque quando o amanhã chegar e vai implacavelmente chegar, só nos resta o exemplo, o legado, o espírito que ele nos foi deixando. Porque se o ser do Porto, se o ser do Norte, se o ser Portista não foi algo que ele criou ou inventou, foi algo que ele e só ele descobriu e mostrou ao Mundo. 

Porque nunca como hoje fez e faz tanto sentido sermos o que ele nos permitiu ter orgulho em ser. O que ele e só ele transformou e engrandeceu. Da inescapável maldição de se ser menos, de se ser irrelevante, de se ser para sempre segundo para a vaidade, a insolência, a certeza de ser um dos poucos, um dos que não aceita a danação que nos impõem, um dos que nunca calará a raiva onde inevitavelmente a petulância cobarde do poder dos corredores nos coloca.

Porque se hoje a cidade está triste, se hoje a cidade se sente órfã, se sente perdida, também devemos ter pressa em perceber que ele não, não morreu. Porque gente como ele não morre. Apenas perde a mortalidade dos normais para ficar para sempre vivo no lugar que por ser excepcional, único e indispensável, arrebatou. Conquistou. Tomou. Contra tudo e contra todos. 

Na pressa de precisarmos de perceber que o mal que o obrigou a ser o que precisávamos que ele fosse, está mais vivo e mais forte que nunca. Mais canalha e mais tentacular. Mais perigoso e mais letal. Porque nunca como hoje estiveram tão próximos da vitória final e de nos colocarem onde sempre quiseram que estivéssemos. 

E por isso, também por isso, ele não pode ter morrido. Porque aceitar que ele tenha morrido era aceitar que tínhamos perdido. E se há algo que ele nos ensinou é que nunca desistimos de ganhar, mas acima de tudo, não desistimos de ser, de lutar, de nos transcender, de viver, de importar. 

Ele podia ter sido igual a tantos outros antes dele. Podia ter-se resignado à força avassaladora do mal. Podia ter sido apenas um entre muitos. Que vivem a vida dos pequeninos. Que nada fizeram. Que só sabem dizer que sim. Que acatam sem qualquer “mas” o que os mandam ser. Que se rendem ao conforto. Não foi. Não é e devemos ter pressa em que nunca seja. 

Porque para além do que nos ensinou, do que nos mostrou, do que nos ofertou, deixou-nos a imortalidade de saber que se não nos importarmos, se não nos elevarmos, se não lutarmos, morremos muito antes de começar a viver. 

Obrigado, Presidente. Num obrigado infinito. Num obrigado que repetirei sempre e para sempre. 

Nunca houve ninguém como tu, Senhor Presidente. Nunca haverá ninguém como tu. Nunca. Mas também já não precisamos. Porque tu foste, és e serás eternamente o nosso Presidente. 

Os equívocos do jornal A Bola

André Villas-Boas não pede desculpa aos adeptos do FC Porto. André Villas-Boas pede desculpa à massa associativa do FC Porto. Exactamente como ‘selecção’ ≠ ‘seleção’, ‘massa associativa’ ≠ ‘adeptos’.

Elegância

(Foto de “A Bola”)

Tremedeiras

Este texto pode parecer extemporâneo, considerando que ontem lográmos uma clean sheet incomum; mas só em dois períodos vi o F.C. Porto a defender tão mal como tem feito esta época:

  • com Co Adriaanse, assumido kamikaze que – obstinado no seu estilo neerlandês e confiando na amplitude de um jovem Pepe – actuava com um mero defesa central, numa linha de três em que do lado direito actuava Bosingwa; posteriormente, a coisa compôs-se um bocadinho quando ele, ao intervalo de um jogo na Madeira, se apercebeu de que tamanhas buracadas choravam por um trinco e passou a jogar com o Assunção que, tendo ajudado a estabilizar, não prevenia os desacertos de uma equipa desequilibrada;
  • com Peseiro, numa época má demais para descrever e em que Chidozie, o pior central que vi jogar no clube, jogava com regularidade.

Vítor Bruno – com o qual, faço já a ressalva, simpatizo bastante, pessoa e treinador – começou a época com uma autêntica defesa de merda:

  • João Mário é rápido, muito inteligente na combinação com os colegas, cruza bem, mas defensivamente é pior que juvenil, é inexistente. Seria de esperar que já tivesse aprendido alguma coisa com tantos jogos já efectuados na posição, mas não é o caso;
  • Otávio tem características físicas interessantíssimas, mas não sabe o que é futebol de onze, nunca ninguém lhe ensinou, e quando se junta à falta de bases uma arrogância a roçar a comédia, o resultado é o esperado: os erros amadores consecutivos que inevitavelmente cometeu;
  • Zé Pedro é curtíssimo para o nível mais elevado, que é para o qual temos de estar preparados, apesar de conseguir ser competentezinho nas suas limitações. No fundo, Otávio é pior do que o que é porque se julga melhor do que o que é; Zé Pedro é melhor do que o que é porque sabe o que é;
  • Os defesas esquerdos do plantel (Zaidu e Wendell) eram tão fracos que Galeno – o nosso melhor jogador nesses primeiros jogos – actuava na posição.

Ora, actualmente os nomes não desculpam: [Read more…]

As senhoras Futebol Clube do Porto!

Hoje, a equipa feminina de voleibol do Futebol Clube do Porto entra em campo, nas Canárias, para a segunda mão da fase de qualificação para a prova máxima, a Liga dos Campeões. Tem tudo para ser um dia especial.

Desde o início do vólei, o FCP venceu todos os campeonatos em disputa (excluindo o da COVID, que ficou inacabado) e fez belas campanhas europeias. Hoje tem a oportunidade de chegar à competição onde todas quem estar, a prova onde andam as melhores jogadoras do mundo. E isto, para mim, tem um sabor especial, pois é uma equipa diferente. É, sem dúvida, a equipa mais acarinhada no Dragão. Uma equipa que arrasta adeptos até ao João Rocha, até Fiães… E a mim até arrastou para Béziers, uma vila francesa, na época passada. São a personificação daquilo que é o Porto para nós.

Hoje, têm nas mãos a possibilidade de fazer história. Espero que consigam não só pelo resultado, mas por elas. Pelos sacrifícios que fizeram, pelo que lutaram num desporto que não tem as condições ideais, que já jogaram em muitos pavilhões que não são os mais desejáveis, pelos momentos de conciliação entre estudos, trabalho e voleibol. As modalidades têm isto. Da mesma forma que as condições são diferentes, a empatia e a ligação também são.

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Mantém-te firme, André Villas-Boas

Evanilson foi vendido por 37 milhões a pronto mais 10 milhões por objectivos, dos quais 5 milhões, diz a imprensa, são perfeitamente atingíveis. O Porto assegurou ainda 10% de uma futura venda do jogador.

Por si só, estes números já me parecem configurar uma boa venda. Sobretudo para um clube deixado em falência técnica pela anterior gestão.

Mas a melhor parte desta transferência não são os milhões recebidos. São os milhões que não foram pagos aos intermediários do costume para vender o jogador. É a sensação, nova a refrescante, de não ver o meu clube pagar a não-sei-quem para fazer coisa nenhuma. A confirmar-se, estamos no bom caminho. Assim vale a pena pagar quotas.

Mantém-te firme, presidente!

Obrigado

Jorge Nuno Pinto da Costa, 1982-2024

FC Porto: o aviso está dado

Ontem foi uma vitória esmagadora do Portismo. Porque esmagadora era a vontade de acabar com a impunidade visto na famigerada Assembleia Geral. Porque esmagador era o sentimento de revolta com o desnorte financeiro (e não só) dos últimos anos. Foi a vitória dos sócios.

Os mesmos sócios que não esquecem Jorge Nuno Pinto da Costa, o seu legado, a sua dedicação mas que sabem que o clube é dos sócios. Todos.

Agora é deixar os vencedores trabalhar e lembrar-lhes que a exigência demonstrada ontem estará sempre presente. Não se enganem, ontem não foi dado um cheque em branco. Foi dado um aviso à navegação. Foi o Portismo em todo o seu esplendor. Um Portismo que vai do Minho a Timor e onde quer que viva um(a) Portista💙.

FC Porto: André Villas Boas ganhou

André Villas Boas é o novo Presidente do FC Porto

FC Porto: A Hora é de mudança

Sou o sócio número 8860 do FC Porto e mantive um certo distanciamento nas eleições. Já criticava a actual direcção quando outros que hoje a criticam estavam em silêncio ou a usufruir do camarote presidencial. Escrevi aqui, no Aventar, sobre as contas e não foram simpáticas as palavras que me dirigiram.

O FC Porto é mais do que uma paixão, muitas vezes irracional. Para mim, como já antes o escrevi no Aventar, é muito mais do que um mero clube de futebol. Uma paixão que herdei do meu Pai e natural para quem nasceu e viveu na Areosa onde, como se sabe, se localiza a rua com maior número de portistas por metro quadrado, a Rua D. Afonso Henriques. Cresci com Jorge Nuno Pinto da Costa a presidente do meu clube e tanto que lhe devemos. Tanto. A hegemonia no futebol português pós 25 de Abril, o clube português mais titulado internacionalmente, infraestruturas como o Estádio do Dragão ou o Centro do Olival ou o Pavilhão (Dragão Arena). Tanto. E não me esqueço quando o Norte se demitiu de salvar o Porto Canal foi o FC Porto que o fez. Quando não era sua obrigação.

Porém, como quase sempre nas mais diversas actividades sociais, Jorge Nuno Pinto da Costa não soube sair. Pelo seu pé. No momento certo. Pela porta grande. Pior, deixou-se enredar numa teia perigosa com gente pouco recomendável. Até ao fatídico dia da Assembleia Geral de Sócios onde muitas dessas pessoas pouco recomendáveis fizeram a única coisa que sabem fazer: merda. E JNPC pactuou com tudo. Para muitos sócios foi o ponto final.

Não sei se, amanhã, nas eleições André Villas Boas vai ganhar mas, pelo menos, teve o mérito de agitar as águas. O que não é pouco. Enquanto sócio e apaixonado pelo FC Porto espero, sinceramente, que AVB vença e possa responder às minhas preocupações sobre o futuro do clube: Dragon Force, Internacionalização da Marca, Porto Canal e toda a vertente comercial do clube e da marca. O que sei é que a hora é de mudança.

O equívoco de Pinto da Costa

Os amigos são para as ocasiões mas ser Presidente do FC Porto é para todas as situações. E se um amigo de Jorge Nuno Pinto da Costa ameaça/agride sócios do clube numa assembleia do mesmo e, alegadamente, faz candonga com bilhetes do FC Porto, então o Presidente do FC Porto, o máximo representante de todos os sócios não percebe a importância e a razão do cargo que ocupa.

Vamos falar de memória?! De traição?! A sério?!

A história não é benevolente com quem não reconhece
a sua evolução e se mantém refém do passado” (José Maria Pedroto)

Créditos: sapo.desporto.pt

Começo a estar farto dos Alvarinho, dos Koehler, dos Lobo, dos avençados haters do Facebook, ou à espera dos Rio e dos Pinto da Costa, pai ou filho, para não ir mais longe. Apadrinhar um demarcado candidato da oposição tornou-se, no meu clube de paixão, um crime de lesa memória ou de injuriosa traição. Vamos falar de memória?! De traição?! A sério?!
As redes sociais, patrocinadas e protegidas por obstinados, chegaram também às eleições do FC Porto. Do mais soez ao mais escabroso, tudo é possível dizer. E escreve-se! Estranhamente, contra um único candidato, André Villas Boas. Este tornou-se o superlativo inimigo público a combater e derrubar. Todos, entre já assumidos ou porventura prestes a assumirem, preparam o festim se ele não vencer as eleições de Abril. Porquê? Porque partiu à conquista final da verdadeira cadeira de sonho, contra o sistema (de que fazem parte os actuais detentores do poder no Dragão, mas também aqueles que se perfilam, por interesses inconfessáveis, numa tácita aliança com JNPC, à boa maneira de outros palcos alegadamente menos asseados que o desporto, contudo criadores de mimetismos peregrinos no santuário desportivo).
Chega-se ao ponto de insultarem quem, ao sabor da sua forma enviesada de ver a coisa, terá estado no Dragão, contra o Moreirense, unicamente “para apoiar os clubes da capital, ver o Porto perder para poderem dividir”.
Surreal!

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It’s the End of the World as We Know It

Ao que parece a PJ e o MP decidiram agir e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira (Macaco) foi detido. Vamos então aguardar as cenas dos próximos capítulos.

Certamente, o Porto Canal será uma boa fonte para se acompanhar todo este processo. Além de ser o canal do clube, é o canal da nossa Região e tudo isto se passa na sua esfera de influência. Eu sei que, por agora, só temos visto a SICN, a CNN, a CMTV ou a RTP3 a falar sobre o tema mas acredito que o silêncio é tão ensurdecedor que não vai durar muito. Eu acredito na liberdade de imprensa.

F. C. Porto: Sem medo!

Acabei de ver em directo, na SIC Notícias, a apresentação da candidatura de André Villas Boas à presidência do meu clube, o FC Porto.

Não vou, aqui e agora, referir o facto de ter tido de ver na SIC Notícias e não no canal do meu clube. Ficará para outro dia. Nem vou, agora, desenvolver o que foi o seu discurso. Prefiro, nesta hora, sublinhar algo que é fundamental retirar deste momento: uma candidatura sem medo.

A filosofia do medo que se instalou no FC Porto está, finalmente, em vias de extinção. Assim seja. O FC do Porto é dos sócios e não de uma qualquer claque.

FC Porto: O milagre da dívida

Em entrevista na SIC a 21 de Novembro, Jorge Nuno Pinto da Costa anunciou que até ao final de 2023 a dívida do clube iria descer significativamente, ao ponto de os capitais próprios passarem a positivos.

Estamos em Janeiro de 2024, alguém sabe de alguma novidade quanto a esta matéria? A SIC já lhe foi perguntar? O Polígrafo já entrou em acção?

F.C. Porto: Uma réstia de fé

Uma das coisas que mais temia, porque altamente prejudicial para o clube e o seu futuro, era o dia em que o ódio entre adeptos do Porto imperasse sobre qualquer outra coisa. E que esse fosse o legado final do mais titulado presidente do clube de todos os tempos.

Esse dia chegou e atingiu o seu ponto de não retorno na última Assembleia Geral Extraordinária. Não ficará pedra sobre pedra. A não ser…

A não ser que Jorge Nuno Pinto da Costa queira, num último gesto de grandeza, mudar o rumo desta potencial trágica história. Ainda vai a tempo. Será que terá esse golpe de asa?

F.C. Porto: Basta de Impunidade

Ontem foi escrita a página mais negra da história do meu clube, o FC Porto. E antes que alguns comecem a destilar bílis, fica já a minha declaração de interesses: sou sócio do FC Porto, nº 8.860 e não conheço o candidato André Vilas Boas de lado nenhum (a não ser, como qualquer outro adepto, de ter sido treinador do clube com mérito e êxito). Saber que sócios do meu clube viveram horas de terror, alguns deles chegando a ser agredidos, e ver, como vi nas redes sociais em tantos vídeos (alguns em circuito privado) tudo o que se passou, não só me envergonha como me revolta. 

E que crime cometeram os milhares que se deslocaram à AG do FC Porto? O crime de quererem discutir livremente e votar livremente a proposta de alteração dos estatutos do SEU clube. Uma espécie de “crime de desobediência” ao pensamento único que alguns, uma minoria, deseja impor a tudo e todos. Uma turba de delinquentes que não se inibiu de agredir mulheres e idosos. Um bando que todos, TODOS, na cidade do Porto e arredores conhecem mas que a Polícia Judiciária, a Polícia de Segurança Pública, o Ministério Público e as demais entidades públicas ignoram a sua existência. Isto a poucos meses de se celebrar os 50 anos do 25 de Abril é obra…

E como alguns só percebem a linguagem da cegueira clubística, a esses fica a explicação: ontem quem ganhou foi o Benfica, as comendadeiras de bola das televisões que nos destratam todas as semanas, os gajos d’ A Bola. Sim, esses que vocês dizem odiar venceram ontem por goleada e quem marcou os golos, todos na própria baliza, foram vocês. E Jorge Nuno Pinto da Costa, pelo seu silêncio cúmplice, pela mordaça notória do Porto Canal e pelas falinhas mansas d’ O Jogo, demonstra que já não lhe interessa o FC Porto, só salvar a sua pele. É muito triste assistirmos a este fim penoso daquele que foi o responsável pelas mais belas páginas da história do nosso clube. Ver esta caricatura ambulante é uma dor para todos nós e uma alegria imensa para todos os seus detratores. Porque o que aconteceu ontem é imperdoável.

O mal está feito, a vergonha sem nome executada e os culpados perfeitamente identificados. E agora?

Agora, enquanto sócio e adepto do FC Porto exijo que a actual direcção do FC Porto se demita, assim como todos os seus órgãos sociais, e se convoquem eleições o mais depressa possível, no cumprimento do estipulado nos estatutos do clube. E ao candidato André Vilas Boas exijo que tome medidas: exigir ao ainda Ministro da Administração Interna e ao ainda Secretário de Estado do Desporto que providenciem TODOS os meios para que a AG do próximo dia 20 de Novembro se realize em segurança e de molde a não serem cometidos mais crimes públicos, como os de ontem. E, se não confiam nas forças de segurança do Comando Distrital do Porto, que venham outros, de outras paragens. O André Vilas Boas se é mesmo candidato a Presidente do FC Porto não pode fazer de conta nem se esconder perante tudo isto e sabe, todos sabemos, que se não forem tomadas medidas drásticas e de imediato, vai voltar a acontecer o mesmo, se não for dia 20 será noutro dia. Basta de impunidade!

Por último: aqueles senhores todos que pertencem ao tal Conselho Superior, muitos deles autarcas, estão confortáveis com tudo isto? Já se demarcaram ou estão a fingir-se de mortos? Em especial, os autarcas, que batem com a mão no peito a falar de liberdade e democracia. Tenham vergonha. Eu preferia borrar a cara de merda…

FC Porto: Limpar a(s) causa(s) do fedor

O jornalista Miguel Carvalho escreveu, na sua página de Facebook, o texto que a seguir transcrevo. Porque partilho com ele quase a 100% o conteúdo e porque esta não é hora para silêncios!

PAIXÃO E LIBERDADE
A paixão por um clube nada deve a quem o dirige. É paixão simplesmente. Quando é paixão, a grandeza e a pequenez não contam. Haverá sempre quem escolha os vencedores, os poderosos e o lado para onde sopra o vento. Eu não escolhi ser portista numa adorável família de muitos benfiquistas (de onde saiu um outro tio adorável, portista de camarote e alma grande). Aconteceu. Foi um arrebatamento. Uma mistura de afetos e circunstâncias.


O meu clube não é o do Pinto, do Sérgio, do André ou do Zé das Iscas. Quando o amo ou com ele me irrito para lá das fronteiras da racionalidade faço-o em nome de muitas memórias e cumplicidades, não a partir de uma trincheira ou da cegueira. Amar é transbordar, é uma torrente. E eu não me espremo para caber nas molduras.
Não sou Norte contra Sul, não sou Porto contra Lisboa, por muito que ache que o centralismo mora em todas as casas, afeta cérebros instalados e, sobretudo, o pensamento de alguns reciclados de província (Eça e Camilo explicam).


Pois bem: o meu Porto perdeu com o último. Nada de novo.
Mas acontece num dos tempos mais traumáticos do clube, quando o seu símbolo e as suas cores estão ligados – mais uma vez – a uma desgovernada e desavergonhada gestão financeira e às criminosas e insanas práticas de gangsters de bancada contra o antigo treinador André Villas-Boas (não se iludam: há-os por todo lado e de todas as cores).
Acresce que este é ainda um período em que, pelos vistos, a liberdade tem um preço alto para quem ousa dizer que os trapos não tapam uma certa miséria titulada (e as suas práticas). Mas é preciso avisar toda a gente: o meu clube vai nu. Segue em contramão a manchar o que há de mais devoto, popular e íntegro na sua história (e não é a primeira vez nem será a última). Sérgio Conceição e Villas-Boas não são, pois, o problema.

O problema é ter, do topo à bancada, um lastro que fede. E cheira a léguas.
Não se troca a liberdade pela servidão.
Disse quem sabe e são palavras que vestem esta cidade por dentro da sua História. Uso-as agora, como portista que também sou, para dizer: não em meu nome. A minha paixão não precisa de patentes, de cartões ou atestados de militância (já os teve, mas livrei-me deles). Bastam-me “as certezas do meu mais brilhante amor”. Também sou povo e ilusão. E com eles também se faz uma revolução. Querendo.

André Villas-Boas, a real ameaça aos poderes instituídos

André Villas-Boas é mais portista do que os macacos que batem no peito com muita força. Fotografia retirada do Facebook.

Os tempos do reinado de Jorge Nuno Pinto da Costa no FC Porto estão a acabar. Aliás, corrijo: os tempos do reinado de Pinto da Costa já acabaram. E já acabaram porque já não é ele quem manda.

Ser presidente do FC Porto é, actualmente, um cargo figurativo. Pinto da Costa está naquela fase em que esteve Salazar, já meio tan-tan, quando achava que mandava enquanto Marcello Caetano já era presidente do conselho. Dão-lhe umas folhas para assinar, tiram-lhe umas fotografias ao lado de novas contratações e reservam-lhe um cantinho nos órgãos oficiais e oficiosos do clube, assim como um editorial (que, duvido, seja ele a escrever hoje em dia) na revista Dragões. Nada mais. Enquanto isso, tentam cristalizar a sua imagem, já polida pelas atrocidades da História, para continuarem a viver do passado de glórias e do presente de mordomias.

Aferido isto, é natural que alguns se vejam desesperados com a potencial candidatura de André Villas-Boas. O antigo treinador do FC Porto tem posto o dedo na ferida. E a sua potencial candidatura incomoda muito mais sabendo que, durante vários anos, Villas-Boas viu o cenário a partir de dentro. E quando digo “alguns”, digo aqueles que ainda hoje se vêem amarrados às vantagens de fazer parte do “núcleo” do ainda presidente. Mas indo ao que interessa… [Read more…]

Campeonato inquinado

Foto: TSF, © Igor Martins / Global Imagens

Há uns anos mais por acaso que propriamente por influência, soube antecipadamente do que estava a ser preparado com o material (emails) que tinham chegado às mãos de pessoas do FC Porto. Asseguraram-me que havia uma estratégia para acautelar todas as vertentes relevantes: jurídica, comunicacional, ética, etc. Pois, foi o que se viu. Anos depois, as condenações alcançadas só foram as que não queríamos, as nossas. Os verdadeiros criminosos, os reais trafulhas, escaparam incólumes.

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O Porto Canal, sempre pronto a dar notícias sobre o FC Porto

(porque é um canal de fretes, apesar de o FC Porto não ser o clube da cidade do Porto), não transmite esta notícia. Porquê?

Um País dominado pela comunicação da “capital”

Ontem por amizade e generosidade de Siramana Dembelé (vénia, enorme vénia), fui ao Dragão. Quando, a seguir, tive acesso às imagens e respectivos comentários, fiquei com a impressão que não tinha visto o mesmo jogo.

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O Sérgio

Fotografia retirada do site https://observador.pt

O Sérgio veio de um lar humilde e pobre. O Sérgio aprendeu, desde cedo, que quem nasce no berço de vime tem de trabalhar a partir do berço. O Sérgio foi feirante, depois jogador de futebol.

O Sérgio começou na Académica de Coimbra, de onde é natural. Aos dezasseis anos, o Sérgio foi para o Porto para jogar no FC Porto. No dia seguinte, morreu-lhe o pai. Poucos meses depois, morreu-lhe a mãe. Ainda nem tinha completado a maioridade e o Sérgio já se via sozinho no mundo. Singrou no FC Porto, depois de um empréstimo bem sucedido a um Felgueiras treinado por Jorge Jesus.

Depois, foi para Itália. Naquela altura, o Sérgio era um dos melhores jogadores da Serie A, o melhor campeonato do mundo nos anos 80 e 90. Voltou ao FC Porto já na fase descendente da carreira, passou pelo Standard Liège na Bélgica e acabou na Grécia, no PAOK. Na memória ficarão, para sempre, os três golos marcados à Alemanha no Europeu de 2000. E a sua postura aguerrida e intempestiva.

O Sérgio fez-se, depois, treinador. Começou no Algarve, em Olhão, e foi escalando muros. Voltou à terra-mãe para treinar a Académica, esteve no SC Braga e no Vitória SC e emigrou para França onde fez uma excelente temporada no modesto Nantes. E é então que surge, novamente, o FC Porto. Em 2017 volta à cidade Invicta e ao clube do coração, o que nunca escondeu.

E, quem segue mais vezes o coração do que a razão, não sabendo encontrar o balanço, acaba vítima da sua própria paixão. É o caso do Sérgio.

O Sérgio é um excelente treinador. É, aliás, o melhor treinador português da actualidade. É o único treinador que, no FC Porto do Papa Pinto, conseguiu manter-se mais do que três anos no cargo. E, ao contrário do que transparece dentro das quatro linhas e da opinião generalizada dos rivais, o Sérgio não é um arruaceiro ou mau Ser Humano. Pelo contrário, o Sérgio tem mostrado, fora dos estádios, ser uma pessoa com bom coração, acudindo a diversas causas sem pedir nada em troca. [Read more…]

Sem espinhas….

Entre o Sérgio Conceição e esta SAD a minha escolha é clara.

Confirmação dos votos

No dia 3 de Dezembro de 2012, pelas 15h47 de uma segunda-feira, redigi no meu blogue pessoal, ao qual não acedia há anos, uma publicação intitulada: “Porto Canal e mística portista” (https://letrasecoisas.blogspot.com/2012/12/porto-canal-e-mistica-portista.html).
Não tenho recordação de alguma vez ter abjurado as minhas convicções clubistas naquilo que alguma vez escrevi (e foram muitas as vezes em que o fiz), mesmo quando não estava de acordo com as posições da Direcção (nem se falava em SAD por essa altura) ou de um departamento do clube cuja comunicação me estava entregue.
Tenho um percurso limpo, embora polémico e inflamado, saí das Antas, muitas vezes, de madrugada, e paguei muitas vezes o táxi para casa, vivi sempre na aura da paixão que ainda nutro, hoje, ao fim de tantas décadas, pelo meu clube. Sim, apaixonei-me pelo FC Porto numa tarde, quase criança, no Monte dos Arcebispos, a ver um Sporting de Braga-FC Porto, penso que amigável, e sonhei ser o Hernâni para marcar aquele golo…
Neste intervalo vasto de vida, parti muita pedra, vi nascer craques em todas as modalidades, mais no futebol, no basquetebol, no hóquei em patins e no hóquei em campo, as modalidades a que estive ligado, entrevistei campeões, treinadores e atletas, também padeci perdas irreparáveis, sofri e venci como poucos adeptos e tenho usado os 40 anos disto para me vingar do que passei quando o Porto jogava bem, quando perdia, e não merecia, quando ganhava… [Read more…]

Pepe: São 40 anos disto

Este Domingo o Pepe, jogador do FC Porto e da selecção nacional, celebra 40 anos de vida.

Não vale a pena recordar o que já inúmeros jornais, revistas e televisões contaram sobre a sua infância, a forma como chegou a Portugal com míseros cinco euros no bolso e a forma como conseguiu atingir a excelência na sua profissão ao serviço do seu clube do coração, o FC Porto, no Real Madrid ou com a camisola de Portugal. A sua mais recente entrevista à Sport TV fala por si (uma brilhante peça de jornalismo, por sinal).

Para mim, portista, será uma das grandes referências do meu clube. Um exemplo de entrega e amor à camisola para os jogadores da formação do FC Porto e para todos aqueles que queiram vestir esta camisola.

Muitos parabéns e Obrigado Pepe!

O que se passa no Porto Canal?

Esta história começou a 10 de Fevereiro de 2023. Na sua página no Facebook, o Porto Canal publica uma fotografia do comentador desportivo Rui Santos (CNN) acompanhado da sua companheira e da filha desta, assim como da informação de qual era o restaurante de que a mesma é proprietária.

O momento não era, de todo, inocente. O comentador desportivo Rui Santos tinha, no seu programa na CNN, tecido duras críticas a uma arbitragem de um jogo do FC Porto e, mais tarde, opinado de forma polémica sobre o treinador do clube, Sérgio Conceição. O somatório dessas duas intervenções provocara um enorme mal estar dentro do clube e a ira nas redes sociais de inúmeros adeptos do FC Porto, inclusive de alguns que pertencem ao blogue Aventar. O futebol, como se sabe, é gerador de paixões e de alguma irracionalidade provocando, inúmeras vezes, situações violentas. O Porto Canal, ao publicar qual era o restaurante da companheira de Rui Santos, ainda para mais sendo um conhecido local da cidade do Porto sabia ou, pelo menos, deveria saber as repercussões que poderiam advir de tal decisão “editorial”. E o óbvio aconteceu: ameaças de morte por telefone e nas redes sociais ao ponto de a companheira de Rui Santos e a sua família mais chegada estarem a receber protecção policial e, segundo apurou o Aventar, a Polícia Judiciária e o Ministério Público estarem a investigar toda esta situação. Não será preciso sublinhar o terror que tem sido para estes cidadãos e quem conhece o universo que rodeia o futebol, facilmente perceberá o porquê.

Passados alguns dias, no seu programa televisivo, Rui Santos denunciou a situação que estava a ser vivida pela sua companheira e respectiva família. Após a denúncia pública na CNN, entendeu o Conselho de Redacção do Porto Canal emitir um comunicado público sobre o assunto:

“Enquanto jornalistas, portadores de carteira profissional e cientes e zelosos de cumprir o Código Deontológico dos Jornalistas, repudiamos por completo o facto de conteúdos que não obedeçam às regras mais básicas do jornalismo serem publicados nos meios informativos que a estrutura azul e branca detém. Demarcamo-nos da publicação em causa e assumiremos publicamente essa posição”

A posição do Conselho de Redacção do Porto Canal, ao que o Aventar apurou, criou enorme polémica e desconforto dentro de parte da estrutura do FC Porto. Ao demarcarem-se da referida publicação deram a conhecer que a mesma não foi nem produzida nem publicada por jornalistas da casa. Segundo as nossas fontes, alegadamente, a publicação foi da responsabilidade da direcção de conteúdos do FC Porto (liderada por Diogo Faria) e pela direcção de conteúdos digitais do clube que gere, também, as redes sociais e o site do canal (direcção liderada por Pedro Bragança). Ora, ainda mais recentemente, boa parte dos órgãos de comunicação social portugueses e, também, o Aventar receberam um comunicado “anónimo” da autoria de jornalistas do Porto Canal. Após a leitura do mesmo e atendendo à gravidade do exposto, o Aventar procurou saber da veracidade dos factos relatados e iniciou um processo de investigação. Aqui chegados, cumpre sublinhar que o Aventar não é um órgão de comunicação social. Mesmo assim, tivemos todos os cuidados necessários e que em nosso entender eram devidos a uma situação desta gravidade: foi enviado um email ao Porto Canal e ao cuidado tanto de Diogo Faria como de Pedro Bragança, informando-os das respectivas denúncias e dando a oportunidade de responderem e se defenderem, informando-os que o Aventar iria publicar este artigo a 21 ou 22 de Fevereiro e que para tal poderiam responder para o nosso email até às 23h59 de segunda-feira 20 de Fevereiro. Ao mesmo tempo, o Aventar auscultou inúmeras fontes.

Então quais são as denúncias de alguns jornalistas do Porto Canal? Que na sequência do comunicado, membros do conselho de redacção foram punidos pelos seus superiores sendo-lhes proibido sair em reportagem. Foram punidos, alegadamente, pelos directores Diogo Faria e Pedro Bragança. Além disso, denunciaram que, alegadamente, os castigos são uma constante nas duas redacções e já levaram ao despedimento ou saídas coercivas de diversos jornalistas. Ao que o Aventar apurou e num comportamento similar ao que está a acontecer com a companheira de Rui Santos (e o próprio), estes jornalistas e as suas famílias, alegadamente, estão a ser ameaçados ao ponto de alguns terem tirado os filhos das respectivas escolas por medo. Um clima de terror.

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