“MAI ligou à administração da RTP por “desagrado” com cartoon sobre polícias”…

noticia o Jornal de Notícias.

Ministério da Administração Interna, PSD, Chega e CDS, todos juntos na tentativa de pôr açaimes à independência do canal público de televisão, sem perceberem (ou ignorando convenientemente) o essencial: o-cartoon-não-é-sobre-a-PSP.

E mesmo que fosse, desde quando é que, sucessivamente, a PSP se acha imune a críticas e a ironias, quando há até relatórios – e reportagens – que provam que há infiltração de forças de extrema-direita nas forças de segurança portuguesas? Segue-se o quê? A criação do “Secretariado Nacional de Informação”?

Que o Chega queira censurar tudo aquilo que não lhe convém, percebe-se, sabendo nós quem eles são. Que o CDS se junte à palhaçada, uma vez que para ressuscitar necessita dos eleitores do Chega, também se entende. Que o PSD, suposto garante democrático da direita liberal, lhe siga os passos, é bastante sintomático. E que o MAI, chefiado por um político da social-democracia europeia, se queira juntar à chicana, é ainda mais revelador e atesta o perigo em que estes supostos donos do pedaço estão a colocar a democracia em Portugal.

Cristina Sampaio @spamcartoon

É abuso de autoridade, é violência policial, é terrorismo pago por todos nós, ó animais – ou quando o racismo vem fardado

“É gás pimenta, ó animal”: militares da GNR torturam por diversão imigrantes de Odemira

Quantos mais “casos isolados” de violência policial terão de haver para percebermos, enquanto sociedade, que já não são casos isolados?

As autoridades competentes da UE ou da ONU têm alertado: cuidado com a infiltração da extrema-direita nas Forças de Segurança portuguesas. Mas ninguém parece estar minimamente interessado. [Read more…]

Francisco J. Marques caladinho….

…. era um Poeta. Vamos lá ver, além de não ter razão na questão da carga policial (aconteceu o mesmo em Alvalade), esta é a hora de se dar os parabéns a quem ganhou. Não custa nada: Parabéns Sporting. O FJM não é mais portista que eu. Quando muito será tanto. E sabe perfeitamente que se o FC Porto estivesse outra vez 19 anos sem ganhar nada e fosse campeão este ano, nem a pandemia nem as cargas policiais evitariam festejos de arromba. Sabe o FJM e sabe, certamente, aquela coisa que está de Ministro da Administração Interna, o tipo que segundo o último “PodAventar – Esquerda, Direita, Volver” só ainda está ministro porque deve ter uns “nudes” do Costa. Este último e a Dona Graça não prepararam o momento. Como costume. Era assim tão difícil abrir as portas de Alvalade, de forma controlado e deixar os adeptos festejar com a equipa em segurança?

 

O estranho caso de Ihor Homeniúk

A morte de um ser humano em Portugal sob tortura perpetrada pelo Estado português, seria, não há muito tempo, razão para um escândalo de contundente repercussão política.

Todavia, o que se assistiu foi a uma brandura de tratamento, transversal a toda a sociedade portuguesa.

Até a página da Amnistia Internacional  Portugal, não deu grande relevo a semelhante crime ignóbil (o nome de Ihor Homeniúke é apenas referido num texto recente).

Isto numa sociedade como a portuguesa, marcada, fortemente, por valores humanistas que fazem de nós, enquanto povo, gente com repulsa pela violação da dignidade humana, gente solidária e predisposta a acudir.

Além da habitual “exigência” de “apuramento de responsabilidades”, pouco mais ou mesmo nada a dita sociedade civil e as organizações políticas em geral exigiram sobre algo que deveria ter causado engulho e revolta.

Quando, recentemente, as rede sociais começaram a movimentarem-se na demanda por explicações, aos poucos lá começaram a aparecer algumas reacções.

Começou-se, então, a construir na comunicação social a ideia de que o que se passou com Ihor Homeniúk é um problema de procedimentos do SEF.

Uma bela forma de transformar um homicídio numa mera relação de causa/efeito. [Read more…]

Dois dias depois das agressões

o MAI ordenou o encerramento da K Urban Beach.

Floresta queimada, trancas à porta

Fotografia: Lusa@Sapo

Milhares de hectares de floresta queimados depois, o Ministério da Administração Interna decidiu reactivar 72 dos 236 postos da Rede Nacional de Postos de Vigia, desactivados vá-se lá saber porquê, que fogos florestais parece ser coisa que não nos assiste.

Mas pior do que esta política de “casa roubada, trancas à porta”, só mesmo a perplexidade que me provoca perceber que estes postos estão desactivados, apesar de precisarmos tanto deles, para poupar um custo miserável que não tem sequer comparação com as várias formas de despesismo com que este e os anteriores governos nos costumam brindar. A começar pela dispendiosa elite política balofa que temos em Lisboa e nas autarquias, com alguns deputados e presidentes de câmara a receber por mês ajudas de custo que chegariam para pagar um salário mensal digno a um vigia ou guarda florestal.

Mas não se preocupem: para o ano há mais.

Estou em choque

O Bloco de Esquerda elogiou uma ministra deste governo. É por causa do CV? Oh Relvas, anda cá mostrar o teu para a malta ver quem é que dá cartas no mundo académico!

Macedo mostra o caminho…

saida

.. que Crato e Paula Teixeira da Cruz já deveriam ter tomado há muito.

Claro que há sempre a possibilidade do primeiro ter caído acidentalmente no olho do furacão, enquanto que os dois últimos poderão ter causado os seus como estratégia. Afinal de contas, o melhor caminho para entregar a privados partes do estado que não funcionem é, em primeiro lugar, fazê-las não funcionar.