O Cardeal-Patriarca de Lisboa, Policarpo, acha que as manifestações de rua são uma corrosão do sistema democrático.
Assim sendo, é contra as manifestações que se realizaram recentemente, do 15 de Setembro ao 13 de Outubro.
É pena que um alto representante da Igreja não saia a terreiro para defender os mais pobres. Uma instituição que, apesar de todos os crimes de que foi responsável ao longo dos séculos, tem no seu seio gente séria que diz o que tem a dizer no momento mais necessário, como o bispo D. Manuel Martins ou, mais recentemente, Januário Torgal Ferreira.
Não se pedia tanto a Policarpo. Mas ser contra as manifestações democráticas do povo português, no momento em que está a ser espezinhado, ultrapassa todos os limites.
Infelizmente, para Policarpo e para grande parte da Igreja Católica, Salazar já morreu há muitos anos. E o Cardeal Cerejeira também. Temos pena.
Se é isto que a Igreja tem a dizer, então que esteja calada
Que se lixe a Troika: Poucos mas bons
À 3ª ou 4ª tentativa, o desprezível Miguel Castelo Branco, autor deste escarro, conseguiu fotografar uma manifestação em que se via espaço livre entre as pessoas. Vai daí, tratou de gozar com as convicções e com o sofrimento dos outros em meia dúzia de fotos mal amanhadas.
Saudoso do passado, o garotito sonha com séculos de Monarquias absolutas. Eu sei, eu sei, os 14 de Julho, os 24 de Agosto, os 5 de Outubro foram uma chatice. Isto das manifestações, realmente, onde já se viu!
Falta de maneiras? Falta de maneiras de quem? Só se for da tralha monárquica que sonha com o imbecil Duarte Nuno com uma coroa na cabeça.
Perante tanta falta de escrúpulos, é caso para perguntar se a vida lhe corre mal. Não tem pão? Olhe, coma brioches!
Amochai, meus filhos!
PS está a distanciar-se e a ganhar a preferência dos portugueses
Porquê!? – Sou levado a acreditar que os portugueses têm apenas aquilo que merecem… Edição: Coloquei o mesmo link no reddit, gostei da conversa.
Hoje há rankings fresquinhos
Não, não gosto de rankings. Por formação acredito pouco em seriações quantitativas, atrás de um número haverá sempre palavras e essas não se ordenam, e a própria palavra tem lá um king disfarçado mas que desperta o republicano que vive em mim. A vida, e a escola, não são um campeonato.
Do mal o menos, este ano foram disponibilizados dados que permitem enquadrar, no ranking do Público, um bocadinho da realidade atrás das médias: a conclusão é tão óbvia que nem vale a pena referi-la.
Mesmo assim a falácia continua. No bocadinho de escolas que conheço bem constato a espantosa subida de uma, iniciada o ano passado, com o pequeno detalhe de nessa secundária ter deixado de existir o ramo das humanidades durante anos, cuja ausência como é óbvio distorcia as médias. Ou entendo o sucesso da escola onde trabalhei o ano passado, que ficou no topo dos exames do 9º ano muito por conta de uma turma excepcional que este ano não se voltará a repetir com turmas de 30 alunos. [Read more…]
Policarpo e a democracia
José Policarpo, ainda e sempre inebriado pelas essências da cerejeira que terá inalado em criança, explica como sonha a democracia.
Para Policarpo, a democracia deve ser uma senhora doce e recatada, debruçada sobre o seu bordado, enquanto ouve a hora do terço na Renascença, reservando uma atenção mansa para a voz olorosa de santidade que anuncia os sinais de que os sacrifícios serão positivos, até porque, felizes serão os mansos, porque deles será o reino dos céus, que os mansos, de tanta mansidão, vivem bovinamente satisfeitos com o pouco que a terra lhes dá, pois, ao serem dados à terra, verão a miséria terrestre ser transmutada em amanhãs cantantes, expressão tão estranhamente ecuménica. [Read more…]
A saga dos Estados Unidos
Início de um novo tema, a Revolução Americana. Documentário que serve bem como introdução ao tema.
Da série Filmes para o 8.º ano de História
Tema 7 – As transformações do mundo atlântico: Crescimento e rupturas
Unidade 7.2. – O triunfo das Revoluções Liberais
Desemprego entre os professores sobe 69,5%
Os números oficiais do IEFP não deixam qualquer margem para dúvidas: o desemprego entre os Professores subiu, entre setembro de 2011 e setembro de 2012 69,5% e quando se compara Setembro com Agosto então a subida é de 42,4%.
Há um ano os docentes desempregados inscritos eram 11874 e agora são 20130. Os números são isso mesmo – números! Mas são também o espelho de uma política de Nuno Crato para a Escola Pública – este acréscimo de mais de 8 mil docentes nos centros de emprego é só a consequência natural do MEGA-despedimento que o PSD e Nuno Crato provocaram nas Escolas.
Tinha escrito ontem que Nuno Crato tinha contratado, até ao momento, menos 8958 docentes, tendo por base o maior despedimento colectivo alguma vez feito no nosso país! Basta lembrar que a Auto-Europa tem menos de 3 mil trabalhadores e a EDP no mundo inteiro tem 12 mil. Ou seja, o que fez Nuno Crato corresponde quase ao despedimento de 3 Auto-Europas ou a uma EDP.
Temos agora a prova do que aconteceu – eles saíram das escolas e estão a receber subsídio de desemprego. Do ponto de vista da despesa acaba por ser um opção completamente sem sentido porque a poupança entre os salários e o subsídio de desemprego é comida pela diminuição da receita fiscal que estas medidas provocam.
E, para além das questões financeiras, há ainda as pedagógicas: nas escolas os alunos precisam destes Professores!
Sim, são os seus filhos que, em última análise, ficam a perder com isto!
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