Roubada no Facebook de alguém. Desconheço o autor. Se alguém souber quem é, por favor avise. Merece ser conhecido.
A foto do dia
As viagens da Galp e o estranho caso do deputado do PSD
Cristóvão Norte é deputado do PSD e ocupa vários cargos de direcção na estrutura do partido. Tal como os secretários de Estado de quem o seu partido pediu a cabeça, Cristóvão Norte também viajou para França a convite da Galp para assistir ao Portugal-Hungria. A diferença é que, ao contrário dos infames socialistas, o deputado do PSD alega ter sido convidado por um amigo, que por acaso até trabalha na Galp, pelo que aceitou um convite pessoal “e não de natureza institucional”, podemos ler no insuspeito Observador. Terá sido o amigo a pagar as despesas? Claro que não. Tal como com Rocha Andrade e seus camaradas, as despesas ficaram a cargo da petrolífera. Cristóvão Norte ainda tentou dar a volta á coisa, referindo que aceitou o convite por ser fruto de “uma relação de amizade que tem a ver com aquela pessoa e não com a empresa onde trabalha”. Está encontrada a melhor explicação de sempre para justificar presentes oferecidos pelo sector privado aos nossos políticos. Daqui para a frente será sempre um amigo a convidar. Quem paga a factura é irrelevante. [Read more…]
Praias de Lagoa: naturais e balneares?
Confesso que continuo a ter dificuldade em perceber esta forma de organização do litoral de Lagoa (Algarve). No site municipal podemos ver que há uma diferença entre Praias Balneares e Praias Naturais:
“As águas transparentes do litoral de Lagoa atraem milhares de visitantes aos aconchegantes areais, estirados ao longo dos seus 17 km de arribas calcárias. Ao longo das últimas décadas consolidou-se naturalmente o uso de algumas destas línguas de areia que, embora com serviços mínimos ou mesmo inexistentes, não afastam os banhistas. São as Praias Naturais de Lagoa.”
Ora, nas Praias de Albandeira, de Benagil e do Carvalho não há qualquer mecanismo de Protecção aos Banhistas. São monumentos naturais, mas com zero no que à segurança diz respeito. Se a intenção é uma experiência próxima da que sentiram os primeiros exploradores destas terras, então a opção está correcta. Mas, no dia em que alguém morrer, a quem se poderão pedir explicações? Aos próprios, por natureza da vida humana, será complicado, mas se até na via pública há placas que apontam para essas praias, como poderá um turista saber que se está a dirigir para uma Praia que não é protegida? Como podemos Nós, visitantes de Lagoa, distinguir, no mesmo cruzamento, a diferença entre Carvalho e Carvoeiro?
Caro Camarada Francisco Martins, se me permite uma sugestão, tenha em atenção esta questão:
– ou toma medidas para que a experiência balnear dos turistas se torne mais segura,
– ou então remova as informações, nas estradas, que apontam para esses locais e coloque à entrada dessas praias informação bem clara de modo a que todos saibam o que vão fazer. Sugeria, até, que os acessos fossem “dificultados” para afastar os menos aventureiros.
Mas, de resto, agradeço a qualidade fantástica de todo o Concelho para nos receber. Será para repetir.
Portugal a arder
Negligência, irresponsabilidade e interesses económicos. Portugal assiste a mais um ano negro de fogos florestais que podem ser vistos do espaço. Um flagelo incontrolável orquestrado por criminosos impunes. Triste sina a nossa.
Fonte: NASA/Caltech@DN
Entretanto, na monarquia absoluta de Eduardo dos Santos
dois filhos do rei-sol são propostos para Comité Central do MPLA. Isabel dos Santos continua em stand-by para suceder o ditador. Alguém disse nepotismo?
Manual de Spin – Versão da Direita
A história é simples. Uma foto de um vendedor de bolas de berlim a ser entrevistado por um reporter do JN circulou no Facebook e arredores como estando a ser multado por um fiscal das finanças. Seguiu-se muita exaltação e a afirmação categórica de o mal ter encarnado em forma de geringonça. Dias antes tinha sido o escândalo de se querer taxar o sol, outra notícia plantada para gerar escandaleira.
A técnica também é simples. Pega-se em algo plausível, atiça-se a indignação e matam-se dois coelhos com uma cajadada, o de se ganharem clicks e o de se malhar na esquerda. Se é verdade ou não, pouco importa depois de ser atingido o objectivo.
A equipa “Maria da Luz” parece continuar em laboração.
(continua)
Jogos Olímpicos e Educação: lutar bem
O circo à volta do negócio dos jogos é algo que me incomoda e muito. Sou desde criança um seguidor fiel das transmissões da RTP (obrigado Serviço Público!) e, se calhar por isso, no ensino secundário fiz o curso de Desporto. Ali, na saudosa Escola do Cerco, na zona oriental do Porto vivi algumas das mais fantásticas experiências desportivas da minha vida. Para além da experimentação de quase todas as modalidades colectivas, tive ainda o prazer de conhecer melhor as diferentes disciplinas do atletismo e como elas são exigentes. Percebi, muito cedo, como os processos são cruciais, quase sempre mais importantes que os resultados.
Foi algo que me ficou para a vida.
Hoje, com um destino profissional que me afastou mais do Desporto do que eu pensava naquela altura, faço desta máxima uma forma de vida.
Quando li as palavras de Gustavo Pires no seu perfil do “livro de caras”, senti que alguém tinha encontrado as palavras certas para explicar o que me vai na alma. Se me permitem o abuso, trago parte significativa do texto, pedindo a devida autorização ao autor: [Read more…]
A menina-heroína da Equipa Olímpica de Refugiados

Foto retirada da Sala de Imprensa do Comité Olímpico Internacional
Yusra Mardini é uma miúda. Nasceu a 5 de Março de 1998. Em 2015, ela e a sua irmã Sarah fugiram do seu país, a Síria. Chegaram ao Líbano e posteriormente à Turquia de onde conseguiram fugir clandestinamente rumo à Grécia. As duas raparigas ocuparam o seu lugar entre os outros 18 refugiados num barco com capacidade para 6 ou 7 pessoas. Quando o motor do barco parou e este começou a meter água, 30 minutos depois de terem saído da Turquia, só havia uma solução: saltar para a água e puxá-lo até terra. Foi o que fizeram as únicas 4 pessoas que sabiam nadar: Yusra e a irmã e outros dois passageiros. Nadaram durante cerca de 3 horas e meia até finalmente chegarem à ilha de Lesbos, salvando-se a si e a todas as pessoas a bordo, muitas delas crianças.
Podem ver aqui (em Inglês) uma das reportagens sobre a história desta atleta olímpica.
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