OE2016: estrangulamentos e constrangimentos

cameron

via The Independent (http://ind.pn/209b6Pq)

O Governo reitera que “está tudo a correr bem”. Considerando o passado recente, este “correr bem” é extremamente duvidoso. Ainda por cima, se não correr bem, sabemos que é possível “*contatar o governo”,

contatar

esperar que haja “receção de *contato de qualquer recetor” e manter “contato permanente”.

contato

Estrangulamentos? Constrangimentos? Onde?

Ferozes anti-europeístas

Então, ó rapaziada da direita, o vosso camarada Cameron a desancar na Europa e na UE – ameaçando abandoná-la -, mostrando-se um feroz “anti-europeísta” – como vocês e os jornalistas pouco dotados dizem – e vocês calam-se? Deixam-no continuar a governar o Reino Unido? Nem mandam lá o Abreu Amorim ou o Nuno Melo pôr aquela malta toda na ordem? Delenda Albion, I say! Long live Steps Rabbit, I say! Ou assim..

Afinal também existem eurocépticos na família política do PàF

caso dos 6 ministros do governo britânico que já pediram a David Cameron para fazer campanha a favor da saída do país da União Europeia. Ou não fossem os tories eurocépticos. Em Portugal, segundo a narrativa actual, seriam comunistas.

Carniceiros

Cameron Salman

Foto@Daily Mail

Por estes dias, a propósito dos ataques aéreos russos contra posições do Estado Islâmico – dizem eles claro – David Cameron acusava o Kremlin de dar cobertura ao carniceiro Al-Assad porque, alegadamente, apenas um em cada 20 ataques atingia os jihadistas enquanto os restantes faziam recuar os rebeldes opositores do regime, que apesar de empunharem armas de fabrico ocidental, têm sido terreno fértil de recrutamento para os fundamentalistas e responsáveis pela morte de civis inocentes e outros atropelos aos princípios mais elementares da dignidade da vida humana. Não admira que os sírios queiram dali fugir a todo o custo.

O mesmo David Cameron que, indignado, se insurgia contra o apoio russo ao regime sírio, é o líder do governo que terá alegadamente feito um acordo secreto com a Arábia Saudita para que ambos pudessem integrar o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDHNU). Há carniceiros e carniceiros e alguns deles têm muito petróleo pelo que devem ser acarinhados pelos moralistas ocidentais. A verdade é que o carniceiro Salman lá conseguiu um seu assento no CDHNU, apesar das execuções por bruxaria e dos bloggers chicoteados em praça pública perante a passividade dos falsos Charlies. [Read more…]

O referendo britânico e o futuro da União Europeia

Em 2012, David Cameron abria a porta a um referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE. Em 2013 reiterou a sua determinação em levar a cabo a consulta popular até 2017. No início deste ano, o primeiro-ministro britânico insistiu novamente na necessidade de consultar a população. Na recta final da campanha para as Legislativas que ontem reconduziram o líder dos conservadores para o nº 10 de Downing Street, o trabalhista e ex-capacho da violenta invasão que celebrizou Durão Barroso como um dos mordomos mais bem pagos do mundo, Tony Blair, apressou-se a profetizar a desgraça: a saída do pais da UE iria fragilizar ainda mais a economia do Reino Unido e diminuir o seu papel no mundo. Cameron acusou Blair de não confiar nos britânicos e no seu julgamento. Eu acusá-lo-ia de chantagem.

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David Cameron, um dos muitos políticos pérfidos e farsantes

Costumam encontrar-se todos em Bruxelas e em outras cidades europeias. Impingem a mensagem de, em uníssono, se empenharem a favor dos povos que representam. Comportam-se, porém, em sentido divergente. Pérfida e hipocritamente.

Nunca o mundo, em especial os líderes da União, agora a 28, integrara um grupo tão homogéneo de sórdidos farsantes  – abro um parêntesis para acrescentar ao grupo os do outro lado do mar ou da fronteira, como Obama e Putin, e muitos mais poderia aglutinar. Reunir em massa esta gente tenebrosa que, protegendo o sistema financeiro e os detentores de obscenas fortunas, desprezam e trucidam milhões de seres humanos, com pobreza e miséria.

Cameron, o PM do país de sua majestade Isabel II, é dos amigos privilegiados de Passos Coelho. Juntam-se para conversações – e estratégias? – acerca de interesses bilaterais. Uma espécie de reedição tosca do Tratado de Windsor, de 1386, que instituiu, dizem, a mais velha aliança do mundo. Do País de Gales à Escócia, os cidadãos-comuns ignoram-no. Não é relevante para a História do Reino Unido, dominada pelo Império onde o Sol jamais atingia o ocaso.

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O conselho que vem das Falkland (sem taxa e sem termos que esperar pelo Natal)

00-why-they-they-talk-the-talk-and-dont-walk-the-walk-15-09-12David Cameron afirmou, no âmbito da Global Investment Conference – iniciativa que se enquadra dentro dos trabalhos da “UK’s Presidency – G8” –  que o Investimento Directo Externo  (IDE) é a alavanca para o crescimento económico e sublinhou que o Reino Unido já começou a percorrer o seu caminho, sendo exemplo claro as recentes medidas anunciadas pelo Ministro das Finanças, George Osborne, para estimular o crescimento por via do incentivo às empresas, reduzindo o imposto cobrado de 28% para 24%, sendo previsto ainda a redução desta taxa em 20%, em 2015, tornando-se deste modo a mais baixa do G20. Esta medida posiciona o Reino Unido como o território mais competitivo do Mundo para atrair IDE (Investimento Directo Externo).

Em Portugal é suposto o cenário ser mais ou menos o mesmo.

Segundo o nosso Ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, temos consciência de que é fulcral  a redução do IRC para nos tornarmos competitivos em termos ficais e conseguirmos ter capacidade de atracção para o tão esperado IDE. [Read more…]

Estenderemos o tapete vermelho aos ricos que fujam de França

O primeiro ministro inglês enviou ontem, num fórum para “dirigentes económicos” à margem do G20, um recado a François Hollande a propósito da vontade deste último taxar as grandes fortunas e rendimentos em França. E que recado foi esse? Precisamente o recado da direita, das grandes fortunas e do capital à escala global.

Numa fase em que o capitalismo mundial se reorganiza e se livra dos direitos e garantias que foi obrigado a conceder aos trabalhadores, Cameron, alto e bom som, advogando uma harmonização fiscal global (pela bitola da City londrina), veio dizer a Hollande que se deixe de veleidades porque o capitalismo não está para brincadeirinhas redistributivas.

Implícito nas palavras de Cameron está isto: a esquerda que se entretenha  em conferências mais ou menos inócuas como o Rio+20 ou em reuniões “alternativas” como o Fórum Social Mundial que, se alguém tem de empobrecer, não são seguramente os ricos.

Ou dito de forma mais clara: empobreçam os pobres, os trabalhadores, os desempregados, os reformados e toda essa traquitana, que os ricos não se podem dar a luxos desses.

François Hollande, o inimigo a abater por Merkel & Cia.

A notícia foi divulgada a partir do semanário alemão Der Spiegel:

François Hollande estaria prestes a ser boicotado por Angela Merkel e os parceiros italiano, espanhol e o Partido Conservador britânico.
Angela Merkel, Mario Monti, Mariano Rajoy e David Cameron estariam então “cometidos verbalmente” a não receber o socialista em caso de eleição, enquanto este último segue na frente das sondagens (58% das intenções de votos na segunda volta em relação a Sarkozy, conforme uma pesquisa mais recente LH2-Yahoo!).
De acordo com o semanário alemão, os líderes conservadores estão “indignados” com a vontade manifestada pelo candidato socialista para renegociar o Pacto Fiscal, uma peça central de resgate da zona do euro. A motivação de David Cameron, cujo país não assinou o Pacto Fiscal, seria mais de carácter ideológico.

Fonte: Le Huffginton Post

Angel Merkel, queira-se ou não, reedita o despotismo germânico, reiterando a tentação da hegemonia sobre a Europa. Nem sequer é, portanto, novidade histórica vinda daquelas bandas. Volta à actividade, em alguns políticos alemães, com a Sra. Merkel em destaque, o maldito e genético vírus do elitismo germânico.

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Pandas

Em 1998   após um referendo , e pela primeira vez desde o inicio do Sec. XVIII  , a Escócia voltou a ter um Parlamento  . Foram logo estabelecidas as regras para as futuras eleições    de maneira a impedir que qualquer partido obtivesse uma maioria absoluta , pensando sobretudo no Scottish National Party (SNP)  que , para os defensores da União , vinha aumentando de popularidade de forma preocupante .

Porém em Maio de 2011 , e sob a liderança de Alex Salmond , para muitos o mais brilhante , sagaz e astuto politico do ainda Reino Unido , o SNP obteve uma retumbante vitória e a tal julgada impossível maioria . E fê-lo prometendo ao eleitorado  referendar a independência da Escócia   , quase certamente em Junho de 2014 . A escolha da data é tudo menos inocente , pois  será nessa altura que se comemoram os 700 anos da famosa batalha de Bannockburn e a vitória do pequeno exército Escocês , comandado por Robert the Bruce , Rei da Escócia , sobre uma muito mais poderosa força Inglesa .

É verdade que o First-Minister Salmond propunha que nesse futuro referendo constassem além do Sim ou Não à independência , uma terceira alternativa que seria algo de intermédio , uma “devolução máxima” dos poderes do Parlamento de Westminster ao Parlamento de Holyrood  ; tudo suficientemente vago que permitisse negociar e negociando manter a integridade do Reino Unido . [Read more…]

Sarkozy (felizmente) irritado

Chegam notícias acerca de uma desagradável troca de palavras entre o Sr. Sarkozy e o primeiro-ministro britânico. Tal se deve à insistência deste último, em participar na reunião do Euro na próxima quarta-feira. Embora o R.U. não partilhe a nefasta moeda que acabou por arruinar a nossa economia, David Cameron tem todo o direito de estar presente, pois o que ali se discutirá será algo que transcede em muito, as actuais dificuldades financeiras dos países europeus. É que nem todos estão “pelos ajustes” quanto ao contornar de referendos e Tratados.

Para nossa tranquilidade, é bom que a Velha Aliada lá esteja e aja em conformidade, como contrapeso a certos apetites continentalistas de má reputação. Um breve olhar para o mapa acima, responde a qualquer questão.

Salaam Aleikum David, Salaam Aleikum Tony!

O fim-de-semana político, em terras de Sua Majestade, ficou subitamente acinzentado por forte nebulosidade islâmica. Com efeito, perturbações de ar denso, envergando ‘burqa’, abateram-se sobre conservadores e trabalhistas do ‘New Labour’.

Para começar, o conservador David Cameron, chefe do governo, sentiu-se coagido a proibir a ministra Sayeed Warsi a participar, hoje, na conferência em Londres, “Evento para a Paz e União Globais”; uma realização de dirigentes de comunidades islâmicas.

Quis o inesperado ‘fog’ que os mais indefectíveis fiéis do ‘New Labour’, ou seja Tony Blair e prosélitos, não se ficassem a rir da desgraça alheia. E assim, imagine-se, o próprio Blair foi contemplado com a conversão ao islão da cunhada, Laureen Both, meia-irmã da sua mulher. Dizem as notícias, entre o mais, que a Sr.ª Both tem vindo a criticar a falta de isenção de Blair para mediar as negociações de paz do conflito do Médio Oriente, por ser declaradamente pro-israelita.

Distanciado de qualquer exército religioso, não resisto à tentação de endereçar, aos dois políticos e respectivos séquitos, a saudação que me parece mais apropriada para a ocasião: Salaam Aleikum David, Salaam Aleikum Tony! Aceitem, pois, este humilde salamaleque de gozo incontido.