Longa vida ao SNS!

Em Fevereiro, na unidade de Alfena do Grupo Trofa Saúde, uma mulher caiu nas escadas rolantes do hospital, que lhe exigiu 600 euros para suturas e exames de RX e TAC. A mulher, que não podia pagar os avultados valores cobrados pelo hospital, teve que chamar uma ambulância e fazer os 11KM que separam a unidade privada do Hospital de São João.

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O Sonho de uma Vida

Metropolitano em greve. Autocarros lotados por falta de oferta pública. Serviços privados de transporte a mais de 15€ (ah, a mão invisível a funcionar…). Lisboa está um sonho. Se estivesse a chover, como ontem, seria um sonho molhado.

O que nos vale é que temos a Web Summit. Viva! Viva! Viva!

Astrologia no tempo da RTP pela Verdade

A propósito da saída das redes sociais dos médicos pela verdade, em 2003 organizei uma petição com cerca de 40 investigadores, entre os quais o Prémio Nobel Georges Charpak, a Prof.ª Teresa Lago e o Prof. Rui Agostinho, que acompanhou queixas a vários órgãos de soberania e reguladores públicos contra a rúbrica de astrologia no Programa Praça da Alegria. Nesse ano, o serviço público de televisão pagava chorudamente a uma astróloga para desinformar os espetadores, que chegou ao ponto de descompor uma espetadora em direto alegando que esta não tinha nascido no dia que lhe tinha indicado, isto para justificar uma previsão anterior que não se tinha concretizado. O processo que se seguiu à queixa não foi nada fácil, com a agravante de ouvir as críticas de alguns dos meus pares porque achavam eles que se deveria ignorar os astrólogos, que só ganhavam força com a minha queixa, etc. Mais de um ano e meio depois da queixa a astróloga saiu mesmo da RTP, segundo o que foi dito saiu pelo seu próprio pé, sem que a própria RTP tivesse alguma vez justificado que serviço público providenciava essa rúbrica de astrologia ou tivesse formulado qualquer pedido desculpas aos espetadores.


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Serviço Público

Após a declaração do Banco de Portugal sobre o destino do BES, a SIC Notícias e a TVI24 logo analisaram ao pormenor com comentadores e analistas.
Já a RTP Informação continuou a debater futebol com o “Trio de Ataque”.
Serviço Público, dizem eles…

O mais completo aldrabão de que há memória em Portugal

Hoje estive na Universidade Nova a tentar explicar aos alunos de direito o que é o serviço público de media, para que serve e em que se distingue dos serviços estritamente comerciais. O direito de antena fora dos períodos eleitorais é obrigação do serviço público e só por isso esta peça informativa montada pelo principal partido da oposição, mas que poderia ter sido feita, com os devidos ajustes quanto ao prisma partidário, por qualquer órgão de informação independente, foi concerteza exibida pela RTP.

Caso não houvesse o direito de antena, o milhão de portugueses que a viu em directo permaneceria, acossado sob o jugo da propaganda do governo e da inércia da comunicação social, com a temerosa ideia de que a catástrofe que tombou sobre o país foi herdada e não criada por um governo corrupto e incompetente. [Read more…]

Serviço público e TDT

TDT_tv

Como é do conhecimento público, a transição para a televisão digital terrestre (TDT) em Portugal não foi exactamente exemplar. Depois de um falso arranque em 2001, o modelo que viria a ser lançado em 2008, contemplando uma componente gratuita irrisória face à oferta paga, continha os ingredientes certos para falhar. Falhanço anunciado não só pela experiência estrangeira (a falência dos modelos pagos em Espanha e em Inglaterra e a sua rápida substituição por bem sucedidos modelos de TDT gratuita, verdadeiramente atractivos e alternativos às implantadas plataformas de satélite e de cabo) como pela ausência de autênticos incentivos à migração ao nível da oferta básica. [Read more…]

Horários Zero: desregular e enfraquecer

No post anterior o JF já se referiu ao problema que por estes dias vivem milhares de professores do quadros, com anos e anos de experiência.

Para quem não é professor a equação parece simples: se existem Professores a mais, o país não tem dinheiro para os pagar, logo, têm que sair.

Mas, talvez se explique isto com o recurso a uma metáfora. Imagine, caro leitor, que o Presidente de uma equipa de futebol decide cortar na despesa. Exige então ao treinador que invente uma nova arrumação da equipa no terreno de modo a dispensar o guarda-redes. Será assim, com dez jogadores e sem o goleiro que o time entrará em campo.

É mais ou menos isto que se está a passar nas escolas – aumenta-se o número de alunos por turma (sim, essas mesmo, as turmas dos seus filhos!), reduz-se o alcance do Ensino Especial e dos apoios, fecham-se os cursos CEF e os profissionais e assim até parece que a equipa pode jogar sem guarda-redes. Poder, pode…

Esta medida do Governo coloca em causa o serviço público de educação – não é só uma coisa de “prof“.

É algo que vai MESMO mexer com a qualidade do serviço prestado nas escolas.

E chegamos ao fim do mês de julho, com a preparação do ano letivo 2012-13 toda esburacada apenas e só porque o sr. Comentador Nuno Crato resolveu dar uma de Ministro e está à vista o resultado: no parlamento, apertado pela rua, diz que até pensa em vincular Professores aos quadros, para logo a seguir corrigir o tiro e dizer que afinal não será bem assim.

Alguém, além dos contratados crentes, acredita que o sr. Comentador Nuno Crato, agora Ministro, vai meter professores nos quadros quando tem milhares dos quadros sem horário? Quer dizer, obriga a equipa a jogar sem guarda-redes e depois vai comprar guarda-redes que não vão poder jogar?

Será que ainda estamos no plano inclinado?

Escola Pública e serviço público de educação – livre escolha é uma mentira

Portugal tem tido ao longo dos anos uma política algo errante em relação à Escola Pública. Errante porque a cada nova (velha!) equipa no Ministério da Educação, temos velhas mudanças.

Governos do PS e do PSD, aparentemente com mais semelhanças do que diferenças, em muitos momentos, actuam como se não houvesse uma Lei de Bases do Sistema Educativo.

No entanto, nem tudo é assim tão igual, na desgraça partidária que tem governado a Educação e nem sequer equaciono as pessoas que nos lideraram sob pena de perder o apetite.

Com todas as malfeitoria que José Sócrates e Maria de Lurdes trouxeram aos professores, culpando-os por todas as desgraças, inclusive pelo terramoto de 1755, houve algumas apostas na Escola Pública que mostram uma diferença significativa entre um partido que entende a Escola Pública como algo bem diferente do serviço público de educação. Quais? [Read more…]

O serviço público de serviço público e os seus defensores

Os ilusionistas do costume continuam a acreditar que o Estado deve continuar a projetar e a planear tudo. Deve ser ele o grande pensador, deve ser ele que decide quais são as áreas onde se deve investir, deve ser ele a dizer o que é que se deve e não deve comer, deve ser o Estado a proporcionar aos cidadãos todos os serviços necessários, mesmo que a gestão pública seja má e que exista uma propensão enorme para a corrupção.

A propósito do serviço público de televisão e rádio, desta vez, os defensores daquele serviço conseguiram, por uma vez na vida, estar ao lado dos empresários e donos dos canais de televisão privados. Incoerência chocante. O Senhor Pinto Balsemão, como é evidente e normal, pretende defender os seus interesses (lucro fácil). Será que os defensores do serviço público de televisão ainda não verificaram que há canais privados, em sinal fechado, que prestam muito melhor serviço público do que a RTP? Um deles até faz parte do grupo do Pinto Balsemão (SIC N). Em vez de limitar a iniciativa privada, o Estado devia abrir a televisão à concorrência. Como se sabe, de acordo com a informação veiculada na comunicação social, há interessados na constituição de mais canais em sinal aberto. O Estado, como grande planeador que é, nunca o permitiu.

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Proposta (i)nocente

Já referi nesta casa que o actual Governo está com um problema de falha de comunicação.

Para melhor concretizar os grandes desígnios de mudança reivindicados pelo Governo, talvez fosse tempo de recuperar grandes comunicadores do passado. Algo de que, certamente, a ala mais Direita do Governo iria ficar babada de orgulho, e que daria a possibilidade do arquivo da RTP safar-se à privatização por verdadeiro serviço público:

Voluntários para S. Tomé

É mais um serviço público que o Aventar presta, esta divulgação de um pedido de voluntários para trabalharem com a Fundação da Criança e Juventude em S. Tomé.

Segundo o pedido de divulgação:

São Tomé e Príncipe é um pequeno País insular, situado no Golfo da Guiné, a cerca de 300km do Continente Africano, mais precisamente da Costa Gabonesa. O arquipélago é constituído pelas ilhas de São Tomé e de Príncipe que distam 150 km uma da outra, e por alguns ilhéus, somando uma superfície total de 1001 Km2.

A insularidade geográfica, associada à pequenez e à descontinuidade do território, a limitação dos recursos minerais e o fraco dinamismo e a pouca diversificação do seu tecido produtivo são factores que tornam o país vulnerável face às exigências do mercado além fronteiras e condicionam a sua integração regional e internacional.

A enorme dificuldade de acesso aos serviços sociais essenciais pela maioria da população, as infra-estruturas físicas em degradação, as instituições, os mecanismos para a implementação de programas e políticas existentes, assim como as capacidades humanas débeis, constituem grandes desafios para o Governo e para a sociedade civil. [Read more…]

A carta anónima da RTP

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A carta que hoje apresentamos anda a circular pelos corredores da RTP. Pelo conteúdo, vê-se claramente que foi escrita por um funcionário da empresa, revoltado pela sua situação laboral e, a par disso, pelas injustiças, ilegalidades e imoralidades do seu empregador.
Não é que haja propriamente novidades no que ali está escrito. Há muito que se fala da maior parte daquelas acusações e do tipo de comportamentos que a carta revela. A novidade, aqui, é essas acusações partirem de dentro, ou seja, de alguém que está claramente bem informado.
Ou seja, que há muito trabalho entregue a produtoras externas porque é preciso dar a ganhar a alguém, já se sabia; que há promiscuidade entre a Administração e o Poder, também já – acontece com todos os Governos e ainda mais com este. Agora, temos interessantes pormenores sobre a propriedade das empresas externas a quem é entregue trabalho (veja-se o caso de Paula Moura Pinheiro) e sobre as «viagens de trabalho» de alguns membros da Administração, incluindo as viagens a Moçambique do «senhor Presidente».
Curiosa é a forma como a carta se refere às «estrelas» da companhia. A par da descrição dos pornográficos vencimentos que auferem e de referências pouco abonatórias a José Alberto Carvalho e Judite de Sousa, uma interessante frase sobre José Rodrigues dos Santos: [Read more…]

GRIPE A

Quando ouvimos na TV que morreram quase 8 mil pessoas de Gripe A em todo o mundo, não temos sensações diferentes do que quando víamos o João Baião e o Macaco Adriano na SIC.

Trata-se apenas de um número e entra quase na definição de entretenimento… Só assim se percebe que um país como o nosso tenha a capacidade de ter três canais de TV com notícias nacionais. 24h.

Voltando ao tema, Gripe A.

Quando o vírus  bate à parte, deixamos o campo da TV e é a realidade crua e dura que nos entra em casa.

Hospital, linha 24, linha saúde pública – as perguntas que fazemos, sem respostas.

As dúvidas são SEMPRE mais que as certezas. O conforto que sentimos é zero.

E no meio disto tudo um pai, de uma criança asmática, com pneumonia… em fase de tratamento, com tamiflu já terminado e sem ver grandes melhoras… faz  o quê?

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