Tem sido tradição o Consilium Magum Aventarum, ou parte dele, reunir-se por obra do Caminho de Ferro. Em anterior iteração descobrimos que velhos hábitos de perder a ligação porque esta havia partido cinco minutos antes não se alteraram. Hoje descobrimos que um bilhete comprado na net não pode ser trocado caso se perca o comboio, contrariamente aos bilhetes comprados na bilheteira. Simplexicamente, há que ler as letrinhas miudínhas. Fora isso, tudo bem.
Aventalmoçar
Tudo à Lagareiro, e no monte das servas, na freguesia do Casino da Urca, almoçámos, conspirámos, elaborámos (o álcool é fodido), sem durex C, papou-me o texto, esta coisa no alentejo, é uma coisa chata, é um textículo (o Gil Vicente passou por aqui), não acrescento nada, mas retiro. E chega, que isto já tão está mal escrito que até parece um decreto-lei aprovado pelo tribunal constitucional.
Venha a revolução na Educação!
Um vídeo partido em dois. Uma conferência memorável de Ken Robinson sobre Educação. Ouvir pessoas inteligentes não faz mal a ninguém. Pensar também não.
O voto é uma arma dos professores, afinem lá a pontaria
No dia em que o PS perdeu o voto dos professores, e de muitos dos seus familiares, a cabeça de muito boa gente aqueceu. É natural, até na minha que já declarou publicamente o seu voto passou por uma fracção de segundo um desvio para os lados do PSD.
Como o tempo arrefeceu espero que passe aos os meus colegas. Serve este intróito para comentar o que ontem escreveu o Paulo Guinote e o Reitor resumiu assim
Pois é, para quem não quer o que está nem quer aquilo que não é solução, só pode votar no PSD ou no CDS. (Peço-te para não levares a mal o facto de ter dito claramente aquilo que apenas quisestes sugerir).
É uma leitura mais oportunista que oportuna, sabemos do que a casa gasta, mas quando Paulo Guinote escreveu isto:
Se for o PS, sozinho, coligado ao centro-direita ou à esquerda, duvido que os parceiros tenham força e interesse em tornar a questão dos professores um problema central no arranjinho.
pôs-se a jeito. Vamos lá a fazer contas à vida como ela é: não há coligação possível do PSócrates à esquerda. E se houvesse os parceiros fariam muita questão na questão dos professores, pelo simples facto de que seria uma das poucas coisas que um Sócrates imaginário deixaria cair: não lhe afecta os interesses económicos e sociais, e essa é a parte essencial do problema, é uma mera teimosia, bem menos relevante do que a sua natureza de ex-JSD que foi fazer carreira política para onde lhe pagavam mais. [Read more…]
Avaliação dos professores não é o único problema
Face à decisão do Tribunal Constitucional, o eleitoralismo falará ainda mais alto que o costume e o PSD já acorreu a prometer a revogação. Não me parece nada descabido que os professores pressionem, até dia 5 de Junho, os partidos, obrigando-os a assumir compromissos e concordo com o Paulo Guinote: não há que ter medo de sermos acusados de corporativismo.
O discurso simplório dos políticos atribui um valor completamente negativo às corporações (não por acaso, o blogue oficial clandestino do poder dito socialista tem o nome que tem). No entanto, o corporativismo é uma espécie de instinto de sobrevivência das classes profissionais: a perversão estará sempre no seu excesso ou na sua ausência.
De qualquer modo, é importante relembrar que a avaliação dos professores é um dos muitos problemas da Educação. Num país com um défice cívico que tem levado a população a alhear-se de tudo o que vá para além dos erros de arbitragem no futebol, num país tão desgovernado, tão longe de qualquer planeamento mínimo, a corporação docente deveria saber explicar à população quais são os problemas da Educação.
a familia
É um substantivo quase impossível de definir. Talvez se pudesse dizer que é um conceito que tem várias definições, todas elas certas por corresponderem às diferentes maneiras de se vincularem às pessoas.
Pela negativa, é mais simples falar da família todas as pessoas que não têm parentesco entre si, é dizer relações consanguíneas ou por afinidade. Se é consanguínea a relação, a definição é mais simples: automaticamente pensamos no pequeno grupo de pai, mãe e descendentes ou filhos. [Read more…]
O Comboio em Torre de Moncorvo – 1973
Na Linha do Sabor (Portugal, ainda que não venha nas notícias).
Chapéus há muitos, seu palerma!
Segundo os noticiários, somente a mulher de David Cameron não se apresentou de chapéu – para a próxima fica à porta da abadia, congeminou o intendente-geral da cerimónia.
Todas as outras adornaram as lindas cabecinhas com chapéus. O da Rainha Elizabeth II era o tradicional ‘tacho’. As restantes ‘ladies’ exibiram modelos para diversas preferências. Mais vanguardistas, menos vanguardistas. De bom e mau gosto, havia, pois, de todos estilos e géneros. Uns em redondo, outros tipo miniatura de batel, com proa e popa, outros ainda com aplicações surrealistas, inspiradas na pintura de Salvador Dali. Sei lá!
Em suma, como afirmava Vasco Santana, em ‘O Pátio das Cantigas’: “Chapéus há muitos, seu palerma!“. Mas eu confesso ter acreditado, sempre, tratar-se de mero exagero de guião de filme. Nunca me ocorreu ser possível ver tantas cabeças enchapeladas juntas.
O povo saltou, gritou e gostou. E até bebeu champanhe. Quanto a mim, já não sei se hei-de saudar o casamento ou os chapéus…. Saúdo tudo, pronto. Fico de bem com a monarquia e com a chapelaria.
(Obs.: Se quiserem mais, poderão ver aqui)
Comentários Recentes