As fundações e a cobardia do governo

A longa e polémica história da Fundação do PSD-Madeira que o Governo não extinguiu

A escola mortuária

A transformação de uma antiga escola primária em capela mortuária é o retrato de Portugal, pintado pela própria realidade, com o contributo inestimável de todos os artistas que têm passado pela política portuguesa.

Nuno Crato, na sua qualidade de coveiro, deverá rejubilar com esta confirmação de que, nas escolas, há professores a mais e agentes funerários a menos. Para além disso, com tantos mortos nas salas de aulas, será possível aumentar ainda mais o número de alunos por turma, porque é da natureza do cadáver ser sossegado. Esperemos, ainda assim, que não se caia no facilitismo humorístico de chamar ignorantes aos defuntos, por não terem levantado o braço no afã de responder a uma pergunta simples. [Read more…]

ocupam o passeio

O passeio é estreito. A mulher desce a rua com as crianças, três meninas. As crianças chalreiam, riem alto. A mulher não diz nada, tem os olhos postos nalgum ponto distante, no fim da rua. A mulher vai cansada. As crianças e a mulher ocupam o passeio todo. A rua é antiga, o passeio é estreito. A mulher e as três crianças são negras e ocupam o passeio.

O homem está parado à porta da mercearia. Tem à mão apoiada na parede e fala lá para dentro, para um merceeiro oculto nas sombras da mercearia antiga. Na outra mão leva um saco de plástico com uma lata de salsichas. O homem vira-se no pior momento e embate na mulher. A mulher espanta-se porque vai a pensar noutra coisa. O homem enfurece-se.

– Então, é assim?!

A mulher não diz nada, sustém-lhe o olhar. Ele repete, agora mais alto:

– É assim?! [Read more…]

Portugal, daqui a uns meses

Greve Geral em Atenas, em imagens.

A OCDE põe a nu afirmações falsas do ministro

Santana Castilho *

A OCDE publicou o seu habitual relatório “Education at a Glance”, com o qual pretende influenciar as políticas seguidas pelos países membros, em obediência aos dogmas da economia de livre mercado. Se é certo que a educação não pode ignorar as realidades económicas, não menos certo é que a sua missão primeira é desenvolver pessoas, que não mercados. Eis a razão por que olho com reserva o que a OCDE conclui sobre os sistemas educativos. Porém, é de estudos da OCDE, adulterados ou parcialmente lidos, que os detractores dos professores e da escola pública se socorrem muitas vezes para envenenar a opinião pública. Por isso, faz sentido trazer a público alguns dados que desmentem as últimas atoardas propaladas. [Read more…]

Liga mundial sob o signo da chuva

Armindo de Vasconcelos

A Liga Mundial começou sob o signo da chuva, mas a qualidade do piso sintético, que faz do complexo desportivo de Lousada um dos mais apetecíveis a nível internacional, permitiu que se disputasse ainda o primeiro jogo da primeira jornada, no qual Gibraltar venceu Marrocos por 1-0, num desafio sem grandes motivos de interesse e em que os gibraltinos dominaram quase sempre. Ficou, aliás, patente a diferença de ritmo entre ambas as selecções: Gibraltar, com mais contacto internacional, ao ataque desde o início; Marrocos, acantonado no seu meio-campo e lançando tímidos contra-ataques.

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Já o sentimos na pele, Sr. PM

Um português ou uma portuguesa dorme agora menos horas, mas estraga mais o colchão de tantas voltas que dá na cama. O sono não chega, não obstante o cansaço de mais horas de trabalho (para ganhar menos). É a ansiedade, a pressão, o stress, a insegurança, o futuro dos filhos, o futuro dos filhos, o futuro dos filhos.

Ontem tive mais três motivos que me tiraram o sono: o restaurante onde costumo almoçar (cada vez menos) está a trespassar (depois de reduzir o preço da diária há cerca de um ano); o testemunho na primeira pessoa de uma mulher com dois filhos que se vê desempregada; e o pedido de uma aluna na casa dos vinte («Professora, se souber de algum trabalho…»).

É a crise e o desemprego a tocar-nos na pele. Sentimos os seus cheiros.

Recordo, a este propósito, as palavras do jurista Paulo Marcelo (Económico, 29/5): “O desemprego está a tornar-se um lugar-comum; que o digam as mais de 819 mil pessoas que não encontram trabalho. O desemprego espalha-se como um cancro, atingindo 14,9% da população activa). Este valor foi ultrapassado no espaço de apenas 4 meses, estando a passos largos dos 16%, sendo Portugal o terceiro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde o desemprego mais cresceu desde julho de 2011.

Como prevenir esta doença? Não há ninguém imune.

Mas temos que seguir em frente. Levar com a nossa vida adiante!

(Dn online )

Batalha de Alcácer-Quibir

A presente unidade inicia-se com as dificuldades do Império Português do Oriente. Para além da concorrência internacional, diversas causas internas contribuem para essa crise. Uma delas é a crise política em que o país se vê mergulhado após o desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir. Dois anos depois, em 1580, Portugal perdia a independência. Este excerto de Non ou a Vã Glória de Mandar, de Manoel de Oliveira, retrata essa batalha.
Quanto ao filme completo, pode ser visto em post anterior desta rubrica.

Da série Filmes para o 8.º ano de História
Tema 6 – Portugal no contexto europeu dos séculos XVII e XVIII
Unidade 6.1. – O Império Português e a concorrência internacional

A fantochada

As fundações católicas nem sequer foram recenseadas. Deus é grande e o governo o seu profeta.

474 mortes civis desde 2004

incluindo 176 crianças, apenas 2% de baixas entre lideres militares de topo. É este o resultado da utilização de drones pelos EUA. E, claro, os ataques são ilegais… (em inglês)