Palhaço rico, palhaço pobre

Um ministro prostrado e sem futuro neste governo.

Convenhamos: este confronto António Costa-Pedro Nuno (agora sanado com a humilhação pública a que o ministro das infra-estruturas e da habitação se submeteu) nada tem a ver com o aeroporto ou com os problemas do país.

Tem a ver, sim, com jogos partidários típicos do Partido Socialista. E é assim desde que António Costa sabe que, no futuro, poderá ver o seu legado destruído por uma futura vitória que coloque Pedro Nuno Santos à frente dos destinos do partido. E é por isso que António queima Pedro e Pedro desautoriza António.

Isto não tem nada a ver com o País. Nunca teve.

FC Porto x Sporting CP: Ensaio sobre a humanidade

 

Foto: CMTV

Ontem, mais uma vez, apesar de ser um hábito que, para mim, cada vez tem menos força, desloquei-me ao sítio do costume para ver o meu FC Porto jogar. Cerca de 120 minutos depois, tudo o que me estava na cabeça era o ser-humano. A Humanidade como um todo. Lembrava-me de um ou outro lance do jogo mas, essencialmente, era o extra-futebol que me deixava a reflectir.

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A imagem assimétrica de José Sócrates?

Rui Naldinho

Acredito que a obra Dom Profano seja um bom trabalho na área da Liderança e do Carisma. Tudo temas que devem deixar Sócrates com a libido em alta.
Não deixa de ser irónico, para alguém que começou a vida como licenciado em Engenharia fazendo projetos de duvidosa qualidade urbanística, passando por quase todos os lugares da política, ele ter acabado após uma derrota eleitoral, a estudar filosofia em Paris.

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From Lisbon with tactics

CULTURA - Antonio Costa presidente da Camara Municipal de Lisboa na a

Apesar do desastre, este PSD diverte-me. Sempre feroz quando o PS puxa da cartada da antecipação das eleições, reforçando que este governo exerce funções no âmbito da legitimidade que lhe foi concedida pelas urnas, e que é inegável, o PSD-Lisboa reagiu imediatamente à intenção de António Costa em disputar a liderança do PS pedindo eleições antecipadas na Câmara Municipal de Lisboa. Ainda não há data para o congresso e as laranjas lisboetas já estão a contar espingardas. Já agora, onde estava mesmo Pedro Santana Lopes antes de ser nomeado (não confundir com “eleito“) para Primeiro-Ministro? Ganda nóia, estava presidência da CML. Claro que tal constatação não passa de um detalhe curioso e pouco relevante.

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Nuno Melo fora de portas!

É uma ordem: Nuno de Melo fora de portas! – Mas uma ordem de quem? – interroga o idoso militante, daqueles que é tão dedicado ao partido quanto obediente. Ó homem do Dr. Paulo Portas, de quem haveria de ser? reagiu o outro com ar impaciente.

A conversa decorria em instalações do CDS-PP, entre dois ditos militantes de base. Sentaram-se depois no sofá e olhavam para o televisor, assistindo ao programa do Goucha, da Fátima Lopes ou de outra qualquer estrela televisiva do género. Ou seja, os idosos do lado de cá, que resistiam no máximo 20 minutos à apneia do sono, ouviam parte de histórias e revelações de vida dos idosos do lado de lá.

Excluindo as ilusões destes dois amigos de sofá partidário, quais os benefícios esperados para os cidadãos comuns de ser Nuno Melo o número um da lista do CDS às próximas eleições europeias, na coligação com o PSD? Nenhuns! Ou por outra, as vantagens restringem-se ao sucesso do carreirismo do próprio Nuno Melo e à defesa da liderança de Paulo Portas. [Read more…]

Crise nas Lideranças dos Partidos

Rio em grande.

Costa e Louçã também.

Mais uma pitagórica sondagem.

Governo com nota muito baixa.

Sondagem ou propaganda?

O lugar da mulher é ao fogão

Não há mulheres na política chinesa porque o seu lugar é ao fogão“. Este título chama a atenção a qualquer mulher.

“Quanto mais se sobe na hierarquia política chinesa, mais a  presença das mulheres se torna rara. No Comité Central do partido apenas 6% dos membros são mulheres; no Bureau político, um órgão de 25 elementos, há apenas uma mulher; o Comité Permanente (o mais poderoso na hierarquia) nunca integrou uma mulher.”

Mas Mao Tsetung disse que elas são “metade do céu”!!!!!

O nosso lugar já não é ao fogão. Nunca foi. Embora eu escreva muitos posts com o computador sobre o micro-ondas!!

 

O que é uma boa escola? – a iluminação de Manuel Queiroz

Manuel Queiroz, tal como muita opinião publicada, e a propósito da recente polémica das escolas com contrato de associação, resolveu explicar o que é uma boa escola, usando as duas doses do costume: pouca informação e muita generalização.

Depois de reconhecer que há boas escolas privadas e boas escolas estatais, afirma que “as escolas privadas dão mais segurança aos pais, têm normalmente um ambiente mais familiar e uma liderança mais clara que as públicas.” Ora, na realidade, a grande vantagem das privadas, em termos de segurança, está na possibilidade de seleccionar alunos, para além de poderem sempre convidar os casos problemáticos a sair, algo que as públicas terão muito mais dificuldade em conseguir, graças a um Estatuto do Aluno que serve, entre outras coisas, para ajudar a falsear as estatísticas de indisciplina e de abandono escolar.

Após a sensata afirmação de que há bons professores em ambos os sistemas, Manuel Queiroz descobre que a diferença está no “contexto”, passando a explicar: “E com isso deviam aprender as escolas estatais, que têm sempre melhores resultados quando têm lideranças fortes, claras e ambientes mais controlados. Mas na maioria delas um director que dá ordens é um fascista e criar condições para fazer coisas fora do horário é uma complicação e um atentado aos direitos, porque tudo – ou quase – tem de ser decidido a nível central, em Lisboa, às vezes sendo precisar decifrar instruções contraditórias do ministério.” [Read more…]

Aguiar-Branco: o preço da lealdade

É voz corrente, dentro e fora do PSD, que a escolha do próximo líder social-democrata, será também, a escolha do próximo Chefe de Governo.

Futurologia à parte, aquilo que, para mim, está em causa, além da escolha do líder do PSD, são os valores dominantes dos seus militantes. E nesse aspecto, devo dizer que as previsões disponíveis não são muito agradáveis.

Pelo terceiro lugar ocupado por Aguiar-Branco, conclui-se facilmente que o valor da lealdade não suscita admiração por banda dos militantes do PSD. Porque foi e é esse o sinal distintivo de Aguiar-Branco ao longo dos últimos tempos: o da lealdade para com a liderança do partido mesmo quando não estaria de acordo, o da lealdade no exercício das funções de líder da bancada parlamentar não trocando o sentido de responsabilidade na discussão do Orçamento do Estado a troco de protagonismo, e o de lealdade para com o compromisso assumido de só avançar como candidato para a liderança do PSD após findo o debate do Orçamento.

Nas sucessivas previsões, vejo à sua frente Paulo Rangel, que repetindo o ambíguo chavão da ruptura, deu o dito por não dito e mandou à fava  o compromisso de ficar no Parlamento Europeu, e passou uma rasteira a Aguiar-Branco para se candidatar primeiro do que este a todo o vapor.

Resta a liderança, por enquanto, de Pedro Passos Coelho, que não sendo para mim o melhor dos quatro candidatos, a sua eleição sempre poderá revelar-se uma manifestação dos militantes em se desembaraçarem de barões e de traições.

Se a lealdade não for premiada, que seja a do arrojo em tentar algo diferente. Se Rangel ganhar, o PSD voltará a prestar ao país mais um péssimo serviço: o de premiar a ganância sem escrúpulos, enterrando de vez a lealdade no cemitério dos princípios.

O Regresso A Um Certo Passado

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MARCELO DEIXA ANTEVER UM REGRESSO

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A ala caquética do PSD anda contente. O Professor Marcelo deixa, nas entrelinhas e em privado, perceber, que em Janeiro, quando a actual líder marcar as directas, avança para lutar pela liderança.

Passos Coelho, não vai ter vida fácil nessa luta.

Não estou convencido de que Rebelo de Sousa seja o melhor para o partido, e muito menos para o País, do mesmo modo que me parece que Passos Coelho, também o não é. Mas pelo que se vai vendo, não aparece ninguém, com perfil e capacidades para se candidatar, e mudar radicalmente o PSD. Este partido tem de deixar de seguir, para ser seguido, ou corre o perigo de, aos poucos, passar a ser um partido marginal. E nem um nem outro dos candidatos, parecem ter o necessário para o conseguir.

Com o sr Professor Marcelo, regressamos a um certo passado que não tem muita glória. Com o sr dr Pedro, avançamos sem a força e o carisma necessários para fazer a diferença.

Os deuses nos ajudem, antes que o céu nos caia em cima da cabeça.

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