O caso do vídeo da muçulmana que já não o é


Circula por aí um vídeo onde supostamente uma advogada egípcia, conhecida como activistas dos direitos humanos em geral e das mulheres em particular, afirmaria o direito de os árabes violarem mulheres israelitas.

Supostamente porque embora legendado em castelhano o dito vídeo é  falado em árabe, e ainda não li nenhum falante dessa língua atestar da qualidade da tradução.  Sabendo que a máquina de propaganda israelita é capaz de tudo, é sempre de aplicar o princípio da duvida sistemática.

Certo é o facto de entretanto Nagla Al-Iman se ter convertido ao cristianismo, e por via disso ter sido presa e sequestrada, e negar aqui o tal depoimento sobre violações que afirma truncado.

Curioso também o facto de muitos vídeos com declarações da dita senhora terem sido retirados do youtube. E de neste que aqui publico, onde canta e reza com os seus filhos, ter toda a aparência de ter sido espancada.

Moral da história: desconfiar sempre das aparentes evidências, sobretudo quando passam pelos complicados caminhos das religiões e das propagandas de guerra.

Adenda: o facebook de Nagla Al-Iman:

A coerência do candidato Manuel Alegre


Não, este não é um video da campanha de 2010. Este é um vídeo de uma altura em que Manuel Alegre se esforçava por parecer um político livre, independente e quase sempre contra o seu próprio Partido.
Esforçava-se. Agora já nem isso.
«Coragem para estar ao lado dos desempregados e desfavorecidos». Sim, tinha uma boa oportunidade no próximo dia 24 de Novembro.

O Diário do Professor Arnaldo: 4 de Novembro – Os cromos

Não, não vou chamar cromos aos alunos. Apesar de o serem.
Vou apenas referir-me ao principal divertimento dos putos por estes dias. Pegam em cromos virados ao contrário e batem-lhes com uma palmada, tentando fazer com que fique visível a parte da frente. Depois, parece que os colam em cadernetas, não sabendo poruqe razão têm de lhes dar uma palmada primeiro. No meu tempo, era mais simples. Colávamos na caderneta e pronto, estava despachado.
É algo de profundamente irritante. Entro na escola, estão eles espalhados pela entrada a dar palmadas nos cromos. Vou a passar pela sala de convívio, só ouço «pum», «pum», que é o barulho deles a baterem-lhes. Vou a entrar na sala de aula, lá estão eles sentados no chão a fazer o mesmo. Até dentro da aula, se os deixassem, eles jogavam com os cromos. Aliás, chegaram a fazê-lo numa aula de substituição. Claro, tive de os apreender.
Pelos vistos, é este o principal divertimento das crianças de hoje em dia. Isto e a fornicação, claro.

Três cores, um destino


Conhece-se o refinado bom gosto do marido da Senhora Doutora Maria de Cavaco Silva. Por isso mesmo, há que ver num simples logo de campanha eleitoral, algo mais que a imagem que atrai como traças em torno de uma lâmpada, os eleitores que procuram um destino. De facto, o staff do presidente escolheu três cores que tudo dizem: Etiópia, Bolívia, Congo, Camarões, Guiné-Conacri, Guiana, Gana, Burkina Faso, Togo, Benim, Senegal, Mali, “República Portuguesa” e… CAVACO SILVA.

Um programa do futuro que nos bate à porta.

Saudade um mês depois:

Não se justifica o apoio ao ensino privado

Actualmente, são quase 100 as escolas privadas que contam com o apoio do Estado através da concessão de subsídios aos seus alunos. No total, cerca de 300 milhões de euros do Orçamento de Estado são todos os anos canalizados para essas instituições.
Há uma razão histórica. Os contratos de associação começaram numa altura em que a rede pública não cobria a totalidade do território nacional. Hoje em dia, essa razão já não se justifica. Há escolas em todo o país e a sobre-lotação é um problema que se coloca cada vez menos, sobretudo no interior e nas grandes cidades, em que o número de alunos é cada vez menor.
Contribuir para o ensino privado é desvalorizar a escola pública. Como se pode entender que o Estado pague a elevada mensalidade a um aluno quando haveria lugar para ele, sem acréscimo de custos, numa escola oficial?
Dou um exemplo entre muitos que poderiam ser dados: no centro do Porto, no eixo Batalha / Campanhã, fechou nos últimos anos o histórico Rainha (Escola Secundária Rainha Santa Isabel) e a Escola Secundária Carlos Cal Brandão. Mesmo em frente, virado para a Biblioteca Municipal, o Colégio de Nossa Senhora da Esperança, um dos mais miseráveis estabelecimentos de ensino que conheci, propriedade da Misericórdia do Porto, continua com o contrato de associação e até alargou a sua oferta do 9.º para o 12.º ano.
Numa época de cortes a torto e a direito, são 60 milhões de contos que vão direitinhos para os bolsos dos privados. Enquanto isso, escolas públicas fecham, professores com horário zero continuam sem trabalho (mas com salário) e milhares de professores profissionalizados pelo Ministério da Educação continuam no desemprego. É por tudo isto que saudo a iniciativa do Governo de rever completamente estes contratos.
Assumo que esta é, acima de tudo, uma questão ideológica.

Carta aberta aos deputados

Respondendo à minha própria pergunta sobre como podemos contribuir para que escândalos como os que foram referidos ontem sobre a EDP e outras PPP deixem de ser possíveis, lembrei-me que umas das formas que temos de relembrar aos nossos eleitos que eles trabalham para nós é mesmo falar com eles.

Nesse sentido vou enviar o texto que incluo em baixo para os diferentes grupos parlamentares e para os deputados eleitos pelo meu distrito.
Se acham uma boa ideia façam o mesmo.
Os emails dos grupos parlamentares estão nesta página e são os seguintes
Partido Socialista: gp_ps@ps.parlamento.pt
Partido Social Democrata: gp_psd@psd.parlamento.pt
Partido Popular: gp_pp@pp.parlamento.pt
Bloco de Esquerda: bloco.esquerda@be.parlamento.pt
Partido Comunista Português: gp_pcp@pcp.parlamento.pt
Partido Ecologista “Os Verdes”: pev.correio@pev.parlamento.pt
para enviar um email aos deputados eleitos pelo seu distrito terá que ir a esta página e seleccionar o deputado que pretende.
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Irresponsabilidades

Carlos Moreno no último Negócios da Semana

Os encargos acumulados com PPP que têm que ser pagos nas gerações futuras (…) atinge os 50 mil milhoes de euros.
A partir de 2014 só para pagar os encargos com as PPP, o orçamento de estado tem que prever por ano 2000 milhoes de euros.
Junte os encargos a pagar com ppp, juros e amortização de emprestimos da divida publica global e os nossos orçamentos de estado no futuro vão se limitar praticamente a uma gestão de tesouraria para pagar os encargos, não havera concerteza dinheiro para o estado social minimo que seja.

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Tenho 35 anos. Já tenho como adquirido que vou trabalhar até aos 70.
Também tenho como adquirido que não irei ter uma reforma nos mesmos moldes que a minha mãe, que se reformou aos 62 e recebe o equivalente a uns 90% do último salário.
O que me preocupa no entanto é que me parece que vamos num caminho em que nem vou ter reforma nem vou ter nenhum tipo de apoio social para mim e para a minha família caso necessite.
Gostava de poder fazer 2 coisas:
1. responsabilizar quem por desleixo, incúria, incompetência, populismo nos levou a este estado
2. saber como posso contribuir para mudarmos de rumo.
Se alguém tiver sugestões avisem-me.

Como ganhar dinheiro mesmo em tempo de crise PPP2

Uma das dificuldades dos empresários é programar os investimentos. Garantir que aquilo em que se vai investir vai trazer um retorno positivo para a empresa e ajudar a garantir novos investimentos.

Implica por isso um risco óbvio que é investir em algo que não vai funcionar, que se vai tornar um encargo, enfim fazer uma má aposta e eventualmente ter que fechar a empresa… por isso é que nem todos somos empresários, ou pelo menos empresários de sucesso.

Mas há uma forma fácil de contornar este problema. Se tivermos construído uma infraestrutura que nos está a dar prejuizo (por exemplo uma fábrica) só temos que vendê-la ao Estado e depois passar a cobrar-lhe uma renda pela sua utilização.

Pelos vistos é isso que se quer fazer na renegocioação que se está a fazer das Autoestradas do Douro Litoral e Litoral Centro.

Não acreditam em mim? Vejam o que diz Carlos Moreno no último Negócios da Semana.

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Como ganhar dinheiro mesmo em tempo de crise – PPP1

Em tempo de crise é normal que haja menos consumo. Isso pode ser um problema para as empresas que dessa forma reduzem os seus lucros ou até aumentam os prejuizos.

Como ultrapassar esse ajuste automatico do mercado que tudo decide? Fácil, basta definir no contrato com os seus clientes que se eles consumirem menos então podemos automaticamente aumentar o preço do produto para dessa forma manter o resultado final.

Parece uma solução um bocado rebuscada mas foi isso que a EDP conseguiu do Estado português.
Nós individualmente até podemos estar a consumir menos e a pagar menos na nossa factura da EDP mas os nossos impostos irão cobrir essa diferença de qualquer forma. O que não queremos é que a EDP passe dificuldades.

Não acreditam em mim? Vejam o que Ventura Leite disse no último Negócios da Semana.

“Não é admissivel que o Estado tenha uma clausula de garantia de lucros aos accionistas da EDP no caso dos portugueses reduzirem o consumo para se defenderem (…).
Há uma clausula que permite aumentar o tarifário para compensar a queda dos lucros.”

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Materialismo e Espiritualismo

(adão cruz)

(Este trabalho, embora ligeiramente alterado e com outra disposição, é uma repetição no Aventar. Todavia, por ser matéria que me parece extremamente importante nos dias de hoje, atrevo-me a enviá-lo de novo. A quem achar mera redundância, as minhas desculpas).

 

Materialismo e Espiritualismo

                                                           I

O indivíduo materialista, no sentido filosófico e científico do termo, é aquela pessoa que acredita no ser humano como um todo, um todo indivisível, indissociável, uma única substância como dizia Espinosa. Aquela pessoa para quem não há qualquer fronteira entre a pele e a carne, entre a carne e o sangue, entre o sangue e o cérebro, entre o cérebro e a mente, entre a mente e o pensamento, do qual decorre toda a vida dita psíquica do indivíduo.

Assim como o aparelho circulatório se encarrega de toda a distribuição de fluidos no organismo, assim como ao aparelho respiratório cabe toda a oxigenação dos tecidos, assim como ao sistema endócrino pertence todo o complexo mundo hormonal do organismo, assim ao sistema cerebral corresponde toda a vida “psíquica” do ser humano. O cérebro é o receptor e emissor de todos os estímulos, exógenos e endógenos do organismo. É ele que, através de tais estímulos cria imagens, das quais decorrem emoções que, por sua vez, geram sentimentos que levam à consciência, à reflexão, à vontade e à decisão. E o pensador materialista baseia os seus conceitos numa intuição natural, numa investigação científica permanente, progressiva, dia a dia mais convincente, e, a não muito longo prazo, pensa ele, acabando por atingir verdades irrefutáveis.

A realidade de uma vida psíquica em nada se encontra em contradição com o materialismo. A vida psíquica, entendida como a vida decorrente da actividade cerebral, e, logicamente, de toda a actividade pensante, não contradiz, de modo algum, o pensamento materialista. O termo “psíquico” está de tal modo enraizado na nossa linguagem e na nossa sociedade que não é possível eliminá-lo, nem interessa. Quando um materialista diz, por exemplo, em conversa ou num texto literário, “a alma do poeta ou do pintor”, quer dizer o íntimo, o mais nobre do poeta e do pintor, e não, como é óbvio, se refere à alma do poeta ou do pintor em sentido espiritualista. Quando um materialista diz “ele é um espírito vivo”, logicamente que quer dizer que ele tem uma actividade psíquica intensa, perspicaz e arguta, e, de modo algum, se refere ao imaterial espírito contido no conceito espiritualista.

Para o espiritualista existe um dualismo corpo-espírito. Há duas realidades distintas no todo do ser humano, o corpo e o espírito, ou alma, interligadas em vida mas separadas depois da morte. Logo que a alma se separa do corpo, este vê-se reduzido à sua condição de matéria, logo putrefáctil, sem vida, enquanto a alma segue por outros insondáveis caminhos. Enquanto o materialista baseia os seus conceitos nas poderosas investigações científicas, sobretudo na área da Evolução e das Ciências Neurobiológicas, o espiritualista, sem qualquer base racional científica e convincente, baseia os seus conceitos numa crença, apenas numa crença, legítima, mas uma crença. Mas é assim e quem sou eu para tentar convencer alguém da “minha” verdade?

Não queria terminar esta primeira parte sem deixar aqui bem explícita, a finalidade deste artigo. E esta resume-se no seguinte: Perpassa por aí a ideia de que o materialismo, em termos de sentimentos, está a léguas do mundo sentimental do espiritualista. Disparate total! Disparate absoluto! Faz lembrar aquela pergunta de uma amável e intrigada senhora: como é que o senhor, sendo materialista, pinta, escreve, faz poesia e tem sentimentos tão bonitos?

A vida psíquica, isto é, a actividade cerebral e mental de qualquer ser humano , não pessoalizada, evidentemente, é idêntica, seja materialista ou seja espiritualista. Um e outro pensam, raciocinam, amam, choram, riem, fazem poesia, são capazes das mais profundas emoções e dos mais nobres sentimentos. Quantas vezes um materialista tem sentimentos e vivências “espirituais” muito mais profundas e mais nobres do que um espiritualista e vice-versa! A única diferença reside no conceito de “esfera psíquica”que cada um tem. No primeiro caso, materialista, esta faz parte integrante, material, do ser humano no seu todo biológico, conceito bem firmado na dificilmente negável investigação evolucionista e neurobiológica, e, no segundo caso, pertence a um ser humano feito de duas partes, uma terrena e outra sobrenatural, mera questão de crença, legítima, repito, mas sem qualquer base racional e científica.

Acabemos de vez com o sentido pejorativo atribuído, de ânimo leve, tantas vezes acintosamente e irracionalmente, ao materialismo científico. Tal atitude, sobretudo nos dias de hoje, não eleva nem dignifica ninguém. [Read more…]

Os resultados da política de Lula no Brasil


(via comentadora Sandra)

Lá, no Brasil, um só Banco tem 1 bilião de reais de lucros por mês. Aqui, são 4 milhões de euros por dia.
Claro que nem era necessário este pequeno exemplo, que mostra que o Brasil não é assim tão diferente de Portugal. Bastava ler as palavras de Lula.

Sócrates já mentiu 14.802.375 vezes desde que foi eleito

Desde que tomou posse pela primeira vez, em 12 de Março de 2005, José Sócrates terá mentido perto de 15 milhões de vezes.
As contas são fáceis de fazer. À razão de 5 mentiras por minuto (mesmo quando está a dormir), temos 300 mentiras por hora e 7200 mentiras por dia. Ao fim de um ano, são 2 680 000 as mentiras contas. Ao fim de 5 anos e meio, bom, é fazer as contas.
Estes números não contabilizam a entrevista de hoje à TVI (a primeira desde que conseguiu livrar-se de Moniz e Manuela), porque o sistema de contagem de mentiras do Aventar simplesmente não aguentou.