Cecília Meireles: meltdown em directo na SIC

Cecília Meireles, como qualquer político profissional com uma longa carreira parlamentar, terá as suas clientelas. A grande distribuição, ao que tudo indica, será uma delas. Não vejo outra explicação para o meltdown a que se assistiu na SIC Notícias, em debate com Mariana Mortágua sobre a inflação artificial que alguns hipermercados estão a impor aos seus clientes.

No início desta montagem, temos uma Cecília Meireles cheia de certezas. E grita, como nunca a tinha visto, em defesa dos lucros da grande distribuição. Chega a ser comovente, tanta convicção, e uma pessoa até fica com a sensação de haver no horizonte um qualquer lugar num conselho de administração. [Read more…]

O PCP tem razão, mas…

O meme do PCP não diz mais do que a verdade. A questão é que voltar a colocar isto nas mãos de PS ou PSD terminaria com a história a repetir-se. E a gestão da empresa, a julgar pelo histórico, seria um desastre. Conseguem imaginar a Galp gerida por boys e girls formados numa “universidade” de Verão?

Eu também não.

É deixar a empresa quieta em mãos privadas. Taxem-se os lucros excessivos, imponham-se limites à usura e apertem-se as regras, à Galp e restantes membros do cartel das autoestradas, e já não estaremos muito mal. Recomprar é para dar merda. Uma TAP por geração é mais que suficiente.

A surpresa, o choque, o horror

“Lucros do banco Montepio quintuplicam para 33,8 ME em 2022” MAS “Montepio fechou 89 balcões e reduziu 527 trabalhadores de outubro de 2020 a dezembro de 2022”

Parasitas

O problema dos parasitas que vivem acima das suas possibilidades é que forrobodós como este tendem a terminar sempre da mesma maneira: com o Estado a enfiar lá o nosso dinheiro e uns quantos destes parasitas a acusar-nos a nós de viver acima das nossas possibilidades. Porque de facto vivemos? Não. Porque acabamos sempre a pagar a factura do parasitas, bem acima das possibilidades deles. Ainda bem que as taxas de juro estão a aumentar. A bolha que vai rebentar não se vai pagar sozinha.

A Sonae no país do sOciaLisMo

Em apenas dois dias, ficamos a saber que a Sonae bateu recorde de vendas trimestrais, na casa dos 1,7 mil milhões de euros, com lucros a ascender aos 42 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, e que se prepara para abrir um hotel de luxo nos Aliados, que custou qualquer coisa como 20 milhões de euros.

Ainda bem que o Estado injectou 450 mil euros no grupo, para o ajudar a suportar o aumento do salário mínimo. De outra forma, e a julgar pelas notícias que nos chegam, ainda corria o risco de declarar falência. A credibilidade do socialismo português está ao nível da existência do termo “democrática” na designação oficial da Coreia do Norte.

Os lucros da Sonae e a má despesa pública

Em 2021, segundo o jornal Expresso, a Sonae SGPS obteve lucros na ordem dos 268 milhões de euros, quase quadruplicando os resultados do ano anterior.

Também em 2021, segundo o Jornal de Negócios, a Sonae MC, sua subsidiária, recebeu 450 mil euros do Estado, sob a forma de apoio ao aumento do salário mínimo, decretado pelo governo.

Ainda em 2021, segundo o jornal ECO, a CEO do grupo, Cláudia Azevedo, viu a sua remuneração crescer 368.400€, de 1.239.200€ para 1.607.600€.

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O paleio dos “mercados” e a realidade

O preço do petróleo voltou a descer, mas os preços nas bombas de gasolina continuam em alta. Que tal os lucros das companhias petrolíferas serem colectados e utilizados para pagar apoios sociais e protecção do clima? É que “o mercado”, obviamente, não regula os preços.

Galp lucra €457M em 2021 e entrega aos accionistas €565M entre dividendos e recompra de acções.

Petrolíferas em festa com os Autovouchers.

UE aperta a trela do capitalismo hardcore

O Parlamento Europeu aprovou ontem uma importante medida, que se espera promotora de transparência, e que tratará para a luz do dia informação objectiva sobre os lucros que as multinacionais – comunitárias e extra-comunitárias a actuar no interior da União – obtêm em cada Estado-membro, bem como os impostos que aí pagam.

O universo de empresas abrangido engloba todas as multinacionais que gerem facturação superior a 750 milhões de euros, e o âmbito da lei irá para lá do espaço europeu, incidindo também sobre negócios realizados por essas empresas nas jurisdições offshore listadas nas listas negra e cinzenta ds UE, algo que sendo ainda limitado, é um salto significativo em relação àquilo que existe actualmente.

Vai ser interessante, perceber quanto “mamam” os grandes players que usam as nossas estradas, os nossos portos e aeroportos, as nossa redes de comunicação, as nossas universidades, os nossos benefícios fiscais, fundos europeus e apoios dos vários Estados, para, não raras vezes, pagar e tratar miseravelmente os seus funcionários. Nada como ver a big picture para perceber o quão fundamental é manter a trela curta dos pitbulls do capitalismo hardcore.

Como os bancos portugueses destruíram 40 mil milhões de euros

Banksters

e como essa factura chegou, quase na íntegra, ao seu bolso, é o que explica este vídeo apresentado pelo Pedro Santos Guerreiro, no site do Expresso. Resumidamente, a coisa funciona assim: os bancos são gananciosos e querem lucros estratosféricos para distribuir pelos accionistas. Então, permitiram que fossem concedidos empréstimos a torto e a direito, em muitos casos aos próprios accionistas do banco, mas uma boa parte desses empréstimos, por algum motivo, acabaram por não ser pagos na sua totalidade, gerando as tais das imparidades. Essas imparidades foram-se acumulando, resultando em perdas, também elas estratosféricas, que puseram a nu as fragilidades dos bancos, que viram os seus resultados cair a pique. No total, desde 2008, os bancos portugueses registaram cerca de 40 mil milhões de euros em imparidades. Depois da festa de crédito fácil, patrocinada pela avidez dos dividendos e pela irresponsabilidade dos gestores bancários, vieram os aumentos de capital. E quem os patrocinou? Nós, os suspeitos do costume, através do Estado que apoiou os bancos em cerca de 21,25 mil milhões de euros, dos quais apenas 4,48 mil milhões foram devolvidos. Lembre-se disto da próxima vez que lhe disserem que viveu acima das suas possibilidades.

O caso TAP

Paulo Pereira

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A venda do grupo TAP ao consórcio de David Neeleman e do grupo Barraqueiro. O encaixe para o Estado será de 10 milhões por 61% da companhia. Contrato obriga próximo governo a vender o resto do capital da TAP.

O que está incluido neste roubo:

Lucros apresentados pela TAP:

– Entre 2009 a 2013 a TAP apresentou lucros no valor de 183 milhões de euros.

– Em 2009, a TAP SA registou um lucro de 60 milhões de euros, em 2010 de 62 milhões de euros, em 2011 de três milhões de euros, em 2012 de 24 milhões de euros e em 2013 de 34 milhões.

Volume de Negócios

2.671,5 milhões de euros (segundo Jornal Negocios 13 Novembro 2014) No final de 2013 O volume de negócios do Grupo registou um incremento de 2% (mais EUR 50,8 milhões que em 2012);

2,8 mil milhões de euros de volume de negócios (segundo o Jornal I) em 2014.

Frota da TAP:

– 4 aviões Airbus A340-300 – 14 aviões Airbus A330-200 – 3 aviões Airbus A321-200 – 19 aviões Airbus A320-200 – 21 aviões Airbus A319-100

Só 1 Airbus A340-300 custa perto de 200 milhões de euros

Novos donos da TAP só garantem sede em Portugal e rotas estratégicas por dez anos

Apresentação do Movimento «Não TAP os Olhos» – Bruno Fialho:

Apresentação do Movimento «Não TAP os Olhos» – General Loureiro dos Santos: [Read more…]

É o ajustamento estúpido!

Lucros das empresas do PSI-20 sobem 82% no primeiro trimestre.

Pretende enriquecer? Dedique-se à aldrabice bancária

UBS

Como fazer: adquira um banco, se possível grande demais para cair, contrate meia dúzia de corruptos, preferencialmente políticos caso venha a precisar de um resgate patrocinado pelo dinheiro do contribuinte, e inicie já a sua carreira na área da aldrabice bancária. A aldrabice bancária, ao contrário de outras formas de aldrabice convencionais, permite-lhe a utilização de várias técnicas e/ou instrumentos considerados pouco éticos ou mesmo ilegais mas nada disso interessa. O que interessa mesmo é que você lucre, doa a quem doer. Caso surja algum problema de natureza legal ou financeira, basta colocar um dos seus corruptos a funcionar. Não existem garantias de imunidade absoluta pelo que poderá ter que participar numa encenação judicial em que o seu bom nome será colocado na lama com a mesma velocidade a que os seus bens serão colocados no nome da sua esposa ou filho. Não desespere. Trata-se de uma situação passageira. Em pouco tempo estará de volta ao seu iate.

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Os lucros e a criação de empregos

Lloyds aumenta lucros e anuncia nove mil despedimentos

Sempre que se alude à importância de aumentar os impostos sobre os mais ricos ou sobre os lucros das empresas, aparece sempre alguém a condenar essa intenção, defendendo que esse lucro dará origem a mais empregos.

A verdade é que ganhar mais dinheiro ou muito mais dinheiro não significa que se vá a correr diminuir a taxa de desemprego. Se assim fosse, por cada vencedor de um jackpot dos euromilhões apareceriam vários empregos.

Nada disto é simples e muito disto é fado, mas dá, no mínimo, que pensar a história do banco que, hoje, aumenta os lucros e amanhã despedirá nove mil pessoas, o que poderá afectar, pelo menos, outras tantas.

Talvez um banco não tenha de pensar nisso, mas a sociedade, essa forma humana de se ser solidário, não pode fingir que o desemprego não traz vários problemas e acabamos sempre por voltar ao papel do Estado e à importância dos impostos.

Horta Osório é o presidente do Lloyds Bank. Fez parte do Compromisso Portugal, onde estão cristalizadas muitas das ideias que este governo continua a impor. Recentemente, explicou que os salários dos portugueses podem subir se a produtividade dos trabalhadores aumentar. Pelos vistos, as reduções salariais dos últimos anos resultaram da diminuição de produtividade dos trabalhadores.

Pampilar não é só papel

Ontem ao jantar ouvi falar desta empresa de produção de artigos de papel para consumo doméstico (Vila Nova de Gaia): a Pampilar, nome difícil de fixar. Mas fica na memória a sua filosofia empresarial. Pensam nas pessoas, nos funcionários. É feita de gente que lhe dá as cores.

Em tempo de crise é um exemplo que chama a atenção, sem dúvida: divide os lucros anuais com os trabalhadores. Em média, a Pampilar oferece por ano até 5 mil euros aos funcionários.

“A empresa está a funcionar bem e pondera até contratar mais 20 pessoas.”

Queremos isto para todos os trabalhadores: o reconhecimento do seu trabalho; considerá-los como peças fundamentais do sucesso das empresas; um tratamento humano e justo, no fim de contas.

Disse um dos funcionários mais velhos da Pampilar: “esta é a minha segunda casa”.

Trabalhar tem que ser bom (ou suportável). Não pode ser um castigo, um inferno, «uma merda», uma prisão… Ninguém ganha com isso.

Trabalhadores satisfeitos, resultados alcançados.

Da próxima vez que fôr às compras, procuro a marca Pampilar!!

Falcão, Danilo, Álvaro Pereira

500 euros por mês!

Um centro de estágio que é municipal e por isso há quem pague para o usar. É uma não notícia, mas mais vale acabar com a coisa do que manter o financiamento que permite viver à grande. Que parte do meu subsídio de férias foi para pagar os 18 milhões que o Danilo custou?

A Alemanha e os 556.000 milhões de mitos explicados por S. Gabriel

É falso apresentar permanentemente a Alemanha como o pagador da União Europeia: não somos um contribuinte líquido, mas sim um ganhador líquido”, disse Gabriel. Desde a criação da união monetária a Alemanha ganhou 556.000 milhões de euros mais do que aquilo que destinou a ajuda financeira: somos o beneficiário líquido da UE e isto tem de ser dito alto e claramente”

O Gabriel que fala chama-se Sigmar Gabriel, não é um anjo anunciador é o presidente do SPD e, espera-se, o homem que vai correr com Merkel do governo alemão. Uma Europa à procura da verdade e mais que não seja desta aspirina, bem precisa.

via derterrorist

Grupo Mello encerra lar no Parque das Nações

Residentes sentem-se prejudicados – que chatice, aqui não há um estado para assegurar lucros grandes como nas PPP, chutam-se os clientes, pois claro.

Criança, totem e tabu. Ensaio de etnopsicologia da infância

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…para irmã Lúcia Aljustrel que nunca soube ler e escrever, exemplo do que não deve acontecer…Não sou homem de fé, mas em dia de defuntos, a etnopsicologia dee ser comentada na base de um totem

Há a necessidade da criança aprender como é a vida, material e cientificamente. É a maneira de ser um bom cidadão. Oh leitor! Não desmaie se ler mais uma vez esta minha teimosa ideia sobre o processo de aprendizagem das crianças.

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Fugiu-lhe a boca para a verdade

Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos.

Palavras do presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), Klaus Regling, ao Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Eu comentava isto, mas tenho uma dificuldade: a Norte do Mondego fala-se um português que abaixo da serra dos Candeeiros é visto como má educação, uma pouca vergonha, é só impropérios, etc. e tal. Como o Aventar é lido até no Algarve (incluindo o Alentejo que usa e abusa da porra mas se encolhe perante uma simplória merda), tenho o problema da geografia do palavrão (um texto que precisa de uma nova edição revista e acrescentada, vou pensar nisso).

Prontos, não comento.

A ajuda internacional

O internacionalismo monetário chegou, ganhou:

O FMI teve lucros em quatro dos últimos seis anos fiscais – entre 2005 e 2010 – e já reviu em alta de 63 por cento as previsões de resultados operacionais para este ano, graças aos empréstimos aos países europeus em dificuldades. Expresso

e os banqueiros vão à sopa dos pobres:

O Governo prepara-se para formalizar a constituição de um fundo de contingência para garantir a capitalização dos bancos portugueses. O objectivo, apurou o Negócios, é criar garantias que assegurem o sucesso nos testes de stress europeus, cujos resultados serão conhecidos em Junho. Jornal de Negócios

A esta última notícia roubo (também tenho direito a roubar qualquer coisinha) um comentário assinado Olisipone. Com algumas reservas, mas merece:

QUAL BANCA PRIVADA??? Para começar, se eles não têm dinheiro para respeitar os critérios de Basileia III, isso significa logo à partida que não têm nem 8% de capital!!! Depois, se como disse aqui há tempo o Min. das Finanças, com o novo imposto sobre os Passivos da Banca o Estado contava ter uma receita de 170 milhões, aplicando uma taxa de 0,00015%, isso significa que os Passivos são de 113,3 mil milhões!!! E em terceiro lugar, a Banca portuguesa tinha no mês passado 39 mil milhões emprestados pelo BCE!!! Ou seja, são apenas agiotas que cobram juros emprestando dinheiro que não é deles.

E quanto ao título desta notícia, “Estado-accionista de Bancos privados”, é um total absurdo que sequer se pense em tal solução. Eles devem é ser todos nacionalizados, até porque mais de 10% da Dívida Pública está nas mãos dos Bancos portugueses, que cobram ao Estado 5 a 9% de juros sobre o dinheiro que o BCE lhes emprestou a 1%!!!

A nacionalização permitiria logo anular esta fatia da Dívida. E ainda lhes vão emprestar mais dinheiro??? Ou comprar-lhes acções emitidas na hora e que não valem um tostão furado???

o debate desencontrado da greve de 24 de Novembro

a greve do 24 foi a maior dos últimos tempos

Como sabemos, as duas centrais sindicais de Portugal uniram-se para o protesto contra as felonias dos nossos legisladores. O Orçamento de Estado continua a levantar dúvidas entre os que querem aumentar os impostos e os que procuram na Assembleia alternativas para não ser a maior parte de Portugal a pagar as dívidas do Estado.
A intenção dos legisladores é conhecida por todos, leia-se um jornal num quiosque qualquer (quem pode comprar jornais hoje em dia?) e, de imediato, fica-se a saber quais os aumentos que estão projectados para os bens alimentar, para os fármacos, os impostos extras por escalão, a redução dos ordenados, o despedimento de trabalhadores da função pública e todas as outras doenças que aguardam a nossa estabilidade e divertimento fora de horas de trabalho.

O debate é aceso. Há a versão das centrais sindicais que diz que três milhões de trabalhadores aderiram à greve; há a conveniente do Governo, que fala em 28%. Mas, os que

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Os resultados da política de Lula no Brasil


(via comentadora Sandra)

Lá, no Brasil, um só Banco tem 1 bilião de reais de lucros por mês. Aqui, são 4 milhões de euros por dia.
Claro que nem era necessário este pequeno exemplo, que mostra que o Brasil não é assim tão diferente de Portugal. Bastava ler as palavras de Lula.

A crise à média luz

(Desculpem mas não resisto à transcrição deste texto de Marcos Cruz)

Não é de hoje que, para mim, a decifração da mensagem mediática devia constar dos programas do ensino básico. Todos os dias vejo pessoas a viver no passado e no futuro, atormentadas que estão pelo agoiro jornalístico, agora tão comprazido nesta possibilidade de chupar a crise até ao tutano, como se esta fosse não a madrasta que tanto lamentam, mas a costeleta mais apetitosa que já alguém lhes pôs na mesa. Desculpem os que acharem este discurso uma irresponsabilidade, mas estou plenamente convicto de que a melhor maneira de responder a todas as crises, e também de as evitar, é estar presente em cada momento, é aquilo a que comummente chamamos ter sangue frio. Só assim um piloto de avião pode pensar em aproveitar a percentagem mínima de hipóteses de salvação que se lhe apresentam se os motores do aparelho deixarem de funcionar. [Read more…]

Off shores a 5%

Já sabe só paga impostos porque quer. Quem sacou a massa e a escondeu nos off-shores agora pode lá ir buscá-la, lavá-la e investi-la. Paga 5% !

Quem tem lucros nas empresas e os mostrou, clarinhos como a água doce, paga 25%! E a pergunta é: se você tivesse muita massa num off-shore, escondido, sem possibilidade de lhe mexer, ou para lhe mexer ter que pagar por baixo e por cima comissões e silêncios, não pagaria 25% para ter o dinheirinho de volta?

Feita à medida para  resolver a “Operação Furacão” a tal que envolve grandes e importantes empresas, e que, como se vê , passou num ápice de um caso de prisão para um caso de receita para o Estado.

A iamginação é um instrumento poderoso na governação dos Estados modernos…

A banca ganha cinco milhões de Euros por dia.

Neste país, onde a riqueza não cresce há dez anos, e onde há desemprego, que não segura os cérebros jovens, em que os seus cidadãos são já os mais vergastados pelos impostos na UE, onde há, ainda, (vergonha!) dois milhões de pobres, a Banca ganha um milhão de contos por dia.

 

No país que se prepara para aumentar os impostos, que tem uma dívida externa colossal, um défice orçamental de 8% ( 3% é o défice aconselhável), que a sua balança comercial é deficitária desde sempre, e que é equilibrada pelas remessas dos que mais sentiram na pele, quanto madrasta  a sua terra pode ser, há ilhas de opulência e  níveis de captação de mais valias do trabalho de nós todos, indecentes.

 

O nosso país, que tem sido governado à vez por um partido que se diz social-democrata e por outro partido que se diz socialista, consegue ser o mais injusto da UE e o mais pobre!

 

Mas não satisfeitos com os lucros fabulosos, os bancos ainda têm um tratamento de favor

fiscal que roça o absurdo. Pagam de IRC menos de metade das pobres PMEs que asseguram trabalho a 80% dos trabalhadores portugueses, e que produzem 70% da riqueza e 90% das exportações ( valores indicativos).

 

Se entrarmos nos cálculos com os lucros obtidos nas off-shores e que desta forma fogem ao Fisco, os bancos não chegarão a pagar 10% de IRC, um terço do que pagam as PMEs

 

Mas são estes os gestores endeusados  que têm que ganhar milhões porque podem ir embora, não se sabe para onde, lá fora os países decentes são muito mais rigorosos e não os querem para nada. Quem tinha mercado de trabalho a este nível, há muito que já foi!

 

E é neste país nesta situação, pobre, injusto, com um futuro negro ( os próximos dez anos são de empobrecimento) que querem um povo taciturno, tontamente conformado !

 

É a  estes patetas incompetentes que nos levaram para esta situação de pedinte, depois dos milhões recebidos da UE, que devemos parcimónia nas críticas e respeito no tratamento !

 

Mereçam-nos!

 

 

 

 

 

Mais modernidades: Tudo pelo lucro, nada pelo roubo

Ao que parece estamos em crise, certo?

Como é que se explica que uma empresa que vende bens de primeira necessidade aos portugueses, nomeadamente à classe média e média baixa, consegue aumentar os lucros desta maneira. Repito – aumentar os lucros… Até manter seria vergonhoso… agora aumentar?!!

 

Sim, eu sei, eu é que vejo o mundo ao contrário

 

 

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