Gastar Cera com Defuntos

Mais do Mesmo?

Erecções a Gosto

ereccoes-a-gostoNada será como antes. Em Braga, o novo executivo municipal, e por proposta da CDU (contra a estátua), votou hoje a permanência ou remoção da estátua do cónego Melo de espaço público. A mesma havia sido permitida pelos votos maioritários do PS a poucas semanas do fim do último mandato de 37 anos de Mesquita Machado. Repetida a votação – por entre abstenções e ausências – de uma figura nada consensual na cidade, a decisão de manter esta estátua no espaço público abre o caminho a todo o tipo de manifestações “artísticas” nas ruas e praças da cidade.
Ora, considerando que não são claras nem unânimes as razões por que o prelado deva ter um monumento levantado num espaço público, não é de desconsiderar que, por exemplo, um grupo de cidadãos reclame igual direito de laudar na praça pública os seus heróis, os seus benfeitores, os seus ícones. Para quando, pergunto eu, uma merecida homenagem ao pato Donaldo, ao rato Micke, ao Pluto, ao Sandokan?
Deixo a minha visão ©  sobre o que poderia ser o louvor ao Picaxu no jardim de Santa Bárbara… Doravante… tudo é possível.

Na minha montra não te sentas

montra blindada

Largo das Ameias, Coimbra, 2013.

Provavelmente, o melhor golo do ano

O excelente golo de Matic, marcado ao F.C. Porto, durante a 14.ª jornada da época passada, é um justíssimo candidato ao prémio Puskas deste ano.

No dia 9 de Dezembro, serão divulgados os três finalistas. A ver, a rever e, principalmente, meu caro Matic, a repetir daqui a dois meses

Post scriptum: Infelizmente, a organização chefiada pelo Sr. Blatter não permite que este golo seja apreciado directamente no Aventar.

A elegia do fascista

Querendo elogiar Álvaro Cunhal um salazarista compara-o a Salazar. Insulta os dois, mas deus, como não existe, distribuiu a inteligência e a cultura em forma de mijo: uns ficaram só com os pingos.

Marinho e Pinto: Por quem os sinos dobram

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O ainda bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, escreve no JN sobre “O crime de corrupção jornalística (2)”.

Eu hesitei no título deste post. A dúvida foi entre “Eu sei o que fizeste no verão passado” e “Por quem os sinos dobram”. No primeiro caso por um conjunto de motivos que considero importantes para o caso: o facto de, pelo que vi escrito por um dos principais consultores de comunicação nacionais, Marinho e Pinto já ter exercido, no passado, funções na área da consultoria/assessoria de imprensa; por o autor do artigo do JN já ter sido jornalista; por saber que a sua revolta actual nasce da fraca adesão da imprensa aos momentos (supostamente) mediáticos da candidata que apoia e, relevante a meu ver, por ter apoiado Marinho e Pinto no passado na chamada “comunicação 2.0”.

Acabei por escolher “Por quem os sinos dobram” graças à semelhança entre Marinho e Pinto e o “Jordan” de Hemingway. AMP começou, cedo, a aprender a mexer em explosivos e não hesita, nem por um instante, em fazer explodir seja uma ponte, um simples veículo de quatro rodas ou mesmo um canídeo. Em suma, ele faz explodir tudo o que mexe. No caso em apreço: jornalistas, jornais, consultores de comunicação, consultoras, políticos, candidatos a tudo e mais qualquer coisa. Tudo corrido à bomba.

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Aufsteigen, bitte!

Aufsteigen, bitte!

Maldita cocaína

Perante uma crise financeira duríssima (…), Portugal vai conseguir, assim como a Colômbia conseguiu ultrapassar a ameaça do terror e do narcotráfico snifou Paulo Portas.

Não me apetece

Não me apetece isto. Não me apetece mesmo. Da mesma forma que cumprimentei ao entrar, cumprimento ao sair. Não me apetece. Não me apetece a condescendência, que me irrita tanto. Sou a favor do insulto claro e limpo, do confronto de ideias, da luta das palavras e de tudo o resto, mas não me apetece. [Read more…]

Cunhal, Papel Químico de Salazar

alvaro_cunhalCunhal foi-nos perigoso na sua servil e irredutível fidelidade à URSS e depois, com o passar do tempo, transformou-se apenas em mais um venerável e inócuo idoso pré-mumificado, ainda carismático, coerentemente petrificado, enquanto a URSS desaparecia e ficavam apenas as deletérias cinzas dela, milhões de mortos, presos políticos, silenciados, estrangulados nas liberdades mais elementares. O Político falhara. Surgiu o Artista. Avultou o Romancista. E esses são para amar e venerar, sem lentes nem peias, porque é sobretudo a humanidade, mais que a fria postulação política, a manifestar-se. [Read more…]

O Wando da blogosfera

Renato Teixeira, aka Wando da esquerda blogueira, no seu melhor. Tão relevante como salpicos nas sanitas.

S. Martinho tomado de repulsa e pena

Na Lenda do S. Martinho, versão MRP, o pobrezinho não só não leva nem um terço da capa, como ainda tem de ouvir o S. Martinho a gritar-lhe, do alto do seu puro-sangue de Alter do Chão:

– Ouça lá, levante-se já daí e pare imediatamente com essa falta de civismo. Não vê que tá a irromper e a perturbar o trabalho das pessoas que tão a tentar governar o país?!

E em sinal de aprovação divina, no céu irromperia um magnífico sol de Outono, ideal para um fim de tarde com um cocktail na esplanada do BBC, sei lá.

Braga, Cidade Medieval

Estátua do cónego Melo vandalizada em BragaA dita terceira cidade de Portugal regressa à Idade das Trevas.

O Álvaro vende bem

Álvaro Cunhal vende bem, dentro e fora da www. Na passagem do centenário do seu nascimento, não faltam artigos que valem cliques que valem publicidade, como não faltam livros sobre livros sobre diz-que-disse Cunhal.

No vídeo acima, Odete Santos é clara e desmonta os mentiras que este livro contém. Não faltam convidados para falar de Cunhal como frio, calculista, sectário. Um monstro, ao que parece, e a quem a ideologia dominante não perdoa o carisma, a simpatia popular de que gozava e a admiração que alguns, mesmo adversários, lhe tinham. Não podem, que os tempos não são fáceis quando o tempo prova que o PCP teve razão antes de tempo, sobre o euro, sobre a UE, sobre as políticas desastrosas de PS, PSD e CDS que levaram o país a um estado de não Estado.

Nos dez minutos do vídeo acima, Odete Santos arrasa autor e imprecisões do livro. Talvez por isso sejam poucos os militantes do PCP convidados para falar nas apresentações dos muitos livros que foram e serão lançados em torno de Cunhal: [Read more…]

Matrículas por sorteio puro

Agrada-me a ideia do João:

Para todos os efeitos tal obrigaria a um sistema de matrículas único. E aí está o argumento com que deve ser confrontado a partir de agora Nuno Crato: cheque-ensino? vamos a isso, mas incluindo a obrigatoriedade de as escolas aceitarem aleatoriamente os alunos candidatos à matrícula, sem qualquer possibilidade de selecção humana. Depois veremos como ficam os rankings e quantos colégios aceitam jogar de igual para igual com as escolas públicas.

Num comentário a um post anterior sobre este tema alguém questionava qual seria o problema deste tipo de informação ser tornada pública:

Os pais, se puderem, colocam o filho na escola que melhores garantias de futuro lhe dá. Sinceramente, nunca entendi esta polémica toda que todos os anos se verifica com os rankings. Desde quando ter informação é algo de negativo? [Read more…]