Orgânica governamental

Em Portugal, nos dias que correm, não há ,verdadeiramente, ministros de áreas específicas com autonomia relativa e que respondam solidariamente pelas políticas do governo.

Há a ministra das finanças com o pelouro das finanças, há o ministro das finanças com o pelouro da saúde, a ministra das finanças com o pelouro da agricultura, o secretário de estado das finanças com o pelouro da cultura, o ministro das finanças com o pelouro dos assuntos sociais…

A Júlia procura noivo

vestido

Conheço a Júlia desde sempre. Lá na aldeia éramos vizinhas, mas até à altura da escola primária, contactávamos pouco uma com a outra.

Nos primeiros anos, era eu que andava a “conhecer mundo” (como se até aos 6 anos tivéssemos consciência disso), primeiro pela grande cidade, com os avós e, mais tarde, pela “estranja” com os pais e os avós, quando o único mundo que a Júlia conhecia era o da “bica” e do chafariz, para ajudar a mãe, a criar aquela prole de 10 filhos, já que a única irmã mais velha que tinha, não era muito amiga de trabalhar.

Na escola primária da aldeia, a Júlia dava nas vistas: os resultados escolares não eram os melhores e a coisa acabava normalmente à reguada ou a poder da cana-da-índia (mas isto só até surgir uma professora novinha, que tudo fez mudar). A forma da Júlia reagir era fazer xixi sentada na tábua da carteira, daquelas que tinham uma parte de cima inclinada, e que povoavam as salas de todas as escolas primárias do país, de frente para o quadro preto e as fotos do Marcelo Caetano, do Salazar e do crucifixo.
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Ganhar em vários campos ao mesmo tempo

Paulo Fonseca é mesmo um discípulo de Jesus, o tal que consegue ganhar em 3 campos ao mesmo tempo. Afinal, era disto que ele falava…

Duvidas

Há quem duvide que Sophia de Mello Breyner mereça o Panteão. Eu duvido que o Panteão mereça Sophia.

A onda da Nazaré: a perspectiva e o objectivo

Um excelente filme do Instituto Hidrográfico, a explicar o fenómeno da onda da Nazaré. Há uma perspectiva (“científica”) e um objectivo (“elucidar o público em geral numa linguagem acessível”). Óptimo.

É disto que o país precisa

Gastar dinheiro a trocar calçada. Aprovado por unanimidade, multiúsos e rotundas (com estátuas) têm sucessor à altura.

“O [meu] país está melhor”

Taxa de pobreza em Portugal é das mais elevadas da UE.

O relógio do CDS

relógio cds

O caso prático do Kit do Mar (sim, do Kit do Mar)

A equipa Kit do Mar (sim, Kit do Mar) – ontem recebida no Palácio de Belém, pelo Presidente da República – quer “facilitar a implementação”, etc., através do “recurso a ferramentas diversificadas e ao trabalho de casos práticos”.

Peguemos num caso prático – por exemplo, nas acções de formação do Kit do Mar –, para testarmos o estado actual de aplicação do Acordo Ortográfico de 1990.

kit do mar

Vejamos aquilo que acontece nos Professores a Bordo.

kit do mar2

Pronto, já testámos.

Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

Derrota para o FC do Porto? (II)

Calma, falta o recurso. Despachem-se. Queremos jogar à bola.

Bonobos: nova perspectiva

bonobo

Bonobo  ou  chimpanzé-pigmeu (pan paniscus) com cinco anos, na reserva de Kokolopori, República Democrática do Congo.

© Christian Ziegler / National Geographic Magazine/EPA (via National Geographic The Guardian).

Nótula: “Christian Ziegler ficou com o terceiro lugar na categoria Reportagem – Natureza do World Press Photo 2014 com as imagens feitas para a matéria Bonobos: nova perspectiva, publicada na edição de maio de 2013 de National Geographic Brasil“.

Comentário: Sim, perspectiva.

Derrota para o FC do Porto?

Pois, fica para a próxima. Lamentamos imenso.

O avozinho seduz

Rir com um dos melhores apanhados.

O sangue e a vida: os bons, os maus e os ladrões

sangue
Os dadores de sangue são um exemplo luminoso do que é o altruísmo, ou seja, a capacidade dar ou amar se esperar nada em troca. As suas insignificantes retribuições eram pouco mais que simbólicas: um sumo e umas bolachas -quando havia – isenção de taxas moderadoras e uma ou outra vantagem perfeitamente justa em marcações de actos médicos.

Este governo de psicopatas – que, por esse facto, desconhecem o que seja altruísmo ou simples empatia – conseguiu lembrar-se de uma medida de agressão a estas pessoas: obrigou-as (a elas que, por definição são, ainda por cima, geralmente saudáveis) a pagar taxas moderadoras, como se a isenção de que beneficiavam fosse um privilégio. A estupidez patológica da medida é evidente. Os atingidos sentiram-se, natural e justamente, ofendidos, tanto mais que muitos deles tinham já dificuldade, por brutalmente atingidos pela crise, em deslocar-se aos centros de colheita.

Há pouco ouvi, mais uma vez, o alerta dos serviços de saúde sobre a falta de sangue e a situação de emergência que está a ocorrer neste domínio. Porquê?- perguntavam-se. As entidades oficiais têm uma explicação: diminuíram as colheitas. Ou seja, mais uma vez, usa-se a argumentação tautológica como justificação. Que não é melhor que defender que “é assim porque sim”. Os ladrões da nossa vida nem sequer imaginação têm. Só lhes resta a condição de más pessoas.

Tordos

tordo

Esta semana aprendi que o Tordo do pimba de esquerda (ou social-cançonetismo, para haver precisão histórica) é pai de outro Tordo, de quem me sobra a recordação de um imenso tédio ao fim de meia-dúzia de páginas na tentativa de entender o mistério de alguns sucessos literários em Portugal; a desgraça numa família nunca vem só. Parece que o pai foi cantar para o Brasil.

Alguma esquerda choninhas lamenta e segue o drama familiar através de epistolas pregadas em jornais. Não li.

Sou da esquerda internacionalista, e nas presentes circunstâncias deixo aqui a minha solidariedade com o heróico povo brasileiro, desde 1974 a sofrer por nós, ao menos o Marcelo Caetano não cantava, estão feitos ao bife.

A confrangedora ingenuidade dos revisionistas

mulheres policia 1972

Há na Helena Matos historiadora (tomo aqui a palavra no sentido amplo, de quem investiga mas também daquele que divulga) uma candura e uma habilidade que me encantam. Ouço-a ainda ensonado na Antena 1 nos Sons de Abril, que nas metáforas mais poéticas dos meses tresanda a Sons de Dezembro, e apetece-me voltar para a cama, readormecido nos sonhos de uma realidade imaginada.

Talentosa, não se lhe escuta um erro, antes qual discípula do cientista político Rui Ramos nos enreda com palpitantes omissões, e o que não se conta é como se nunca tivesse acontecido.

Ouça-se a croniqueta  de hoje sobre as primeiras mulheres na PSP.  Saltita sobre a fonte (onde se disse que algumas tinham o actual ensino secundário brotam miraculosamente licenciadas) e explica tudo nada explicando: “como praticamente não havia desemprego…

Ah que saudades do Marcelo Caetano e seu  presidente de Deus Rodrigues Thomas. Bons tempos, os do anterior milagre económico ainda mais beato que o actual, faltou apenas reforçar que desemprego jovem, desse nem vestígios. A mobilização obrigatória para a guerra, a deserção e o emigrar massivo e maciço (em recorde que pouco falta para alcançarmos) são meros detalhes, uma vaga poeira que não pode estragar o retrato. Estava tudo tão bem como estava e só poderia ter ficado pior, era, não foi?

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Maria e o país das maravilhas: A primeira semana em S. Tomé e Príncipe

Praia de Água Izé - as roupas espalhadas pelo areal são de pessoas que não têm água canalizada em casa

Praia de Água Izé – as roupas espalhadas pelo areal são de pessoas que não têm água canalizada em casa

Maria Gomes Moreira*

Todas as pessoas novas que conhecemos, todas as pessoas de Portugal com quem falo, todas perguntam “e então as primeiras impressões de São Tomé”? A primeira memória é quando o avião começa a aterrar, e se começa a ver no meio do mar uma mancha verde. E depois, ao sair do avião, respirar pela primeira vez este ar, pesado, quente e com cheiro a terra molhada. Só o caminho do aeroporto até casa, sempre com o mar ao lado, já vale a pena uma visita a São Tomé.

O dia começou logo com uma ida ao centro da cidade. Se à primeira vista parece que estamos a aterrar em qualquer ilha deserta e paradisíaca, na cidade a agitação é mais que muita. Já não basta todas as motas, todas as bancas a vender comida na rua ou recargas para telemóvel (sim, é mais fácil carregar o telemóvel aqui do que em qualquer sítio em Portugal – em todas as esquinas há uma banquinha onde se pode comprar “saldo”), mas para além disso a presença de um branco não passa indiferente. Todas as pessoas nos chamam, mandam beijinhos, gritam “ééé brancaéé”. [Read more…]

O Amor é Lindo


Em qualquer parte do mundo, em qualquer língua mas sobretudo em português.

Kiev

Kiev, a candle with a flame
You’ll never be the same
Our hearts go out to you
And what you’re going through
They’ve thrown away your past
Just like an empty glass
Into the fire

Barclay James Harvest (declare-se Património Intangível da Humanidade)

Um rabo

musical. Épico.

O Estado é laico

o caraças!

Batalha naval

Tiro no tribunal. Submarinos a salvo.

Funcionou na perfeição

agora

Em cheio. O método de engonha que os tristes da JSD assumiram como seu, mesmo no culminar do processo, teve o desenrolar esperado. É isto a política portuguesa. Pelo caminho constata-se, mais uma vez, que não temos Deputados da Nação mas sim deputados do partido. Demitiram-se perante a desautorização? Claro que não. A vida custa a todos e a vidinha é demasiado preciosa a quem nada mais tem. Que se lixem as crianças.

TEDx Oporto


Outras informações aqui

Rave Party e Carnaval

em Kiev.

Se uma petrolífera provoca um morto e cinco dias de incêndio

Pede desculpa com pizza grátis.

A Coreia do Norte Tem Petróleo?


Não deve ter ou não tínhamos chegado a metade desta pouca-vergonha.

A Birdwatchers’ Guide to Portugal

birdwatchers_guide_portugalGonçalo Elias
No espaço geográfico português, que inclui não só o território continental ibérico mas também os arquipélagos dos Açores e da Madeira, ocorrem cerca de 550 espécies de aves. Entre elas contam-se algumas endémicas, inúmeras espécies divagantes oriundas da América, da Eurásia e do Norte de África e outras que, pelas mais diversas razões, se tornaram raras ou não existem no resto da Europa. Só por si, estes seriam motivos de interesse ornitológico mais do que suficientes para atrair visitantes. Se a isto adicionarmos as facilidades de deslocação, a tradicional hospitalidade do povo português, o clima ameno, a excelente gastronomia e os bons vinhos é fácil concluir que Portugal é, indiscutivelmente, um dos melhores destinos da Europa para observar aves selvagens. [Read more…]

Em directo, da Ucrânia

Via http://espreso.tv/

Precisa-se serviçal

perdão, voluntário para trabalho grátis.