“O STOP e a cidade que queremos construir“, artigo aberto, no Público.
E eu e tu o que é que temos que fazer? Mandar foder o Putin.
Esteve bem, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a repudiar o tom e o conteúdo do comunicado da Embaixada Russa em Portugal, que visa Pedro Abrunhosa. Senti-me duplamente representado. E é curioso que o tema da polémica, que se não me falha o Google é de 95, já na altura fazia referência à presença de fascistas em Moscovo, ainda o Adolfo de São Petersburgo estava na sua terra natal:
Há fascistas em Berlim e em Moscovo
É o discurso que de velho se faz novo
E eu e tu o que é que temos que fazer?
Talvez fo(der)
“Vladimir Putin: go fuck yourself”
Há fascistas em Berlim e em Moscovo
É o discurso que de velho se faz novo
E eu e tu o que é que temos que fazer?
Talvez fo(der)
A susceptibilidade e os espectadores
Em vez de se preocupar com a *suscetibilidade dos *espetadores,

convinha que a RTP prestasse mais atenção à susceptibilidade dos espectadores. E dos telespectadores.
Ou há ortografia

ou comem todos.

No sítio do costume, ’tá tudo bem:


Efectivamente, tudo bem. Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.
Pedro Abrunhosa lança cântico de apoio à selecção brasileira
Segundo a TSF. Efectivamente, como sabemos, ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
Ricoré, a Gaiola Dourada e Pedro Abrunhosa
Numa daquelas coincidências felizes, vi o filme “Gaiola Dourada” ao mesmo tempo que no iTunes ficava disponível o novo álbum de Pedro Abrunhosa.
Ao ouvir a fantástica “Para os Braços da Minha Mãe” (dueto entre Abrunhosa e Camané) e ao ver a “Gaiola Dourada” dei por mim a pensar nos milhões de portugueses que vivem e trabalham fora de Portugal.
Cavaco e a petição, talvez destituir
Tirando o caso de se manifestar doença grave na pessoa do ocupante do cargo de Presidente da República, coisa que não lhe desejo, não estou a ver como pode Cavaco Silva cair através desta petição, que assinei e vos convido a assinar. Mas estou a vê-la a crescer tanto (quando a divulguei ontem a partir do 5 Dias não estava à espera de hoje já ir nas 5000 8255 assinaturas) que serve muito bem para outra objectivo: pressionar. Encostar o homem à parede. E este homem é por natureza um cobarde, capaz de denunciar a sogra à Pide, não esquecendo que já caiu na rua, ou melhor, numa ponte, com esta cantiga em banda sonora:
Na altura acrescentou Pedro Abrunhosa, num concerto para a história: e hoje o que vão o Aníbal e a Maria fazer?
O que ele tinha feito à economia nacional. Não tivemos orgasmos. Sexo assim não vale a pena, é altura de retribuirmos.
Capitão da Areia #2:
A cidade de Vila Real ficava aos poucos para trás. Estava a subir o Marão por entre curvas de asfalto enganador que o túnel nunca mais está pronto nem construída a prometida auto-estrada. A noite estava escura como breu.
No esforçado automóvel estava a “patroa” a dormir e a minha criança lá mais atrás ensonada. Pensava eu. Pelas colunas ecoava “Capitão da Areia”. Baixinho, eu respeito o sono dos outros. Nestas coisas de viajar com filhos folgam os pulmões e prejudica-se a Tabaqueira Nacional e o Ministério das Finanças. De repente, ouço a minha Mafalda:
“O Super-homem está a caminho,
Traz o Panda e o Soldadinho,
Fecha os olhos e verás.
Às vezes
Há dragões que têm medo
E é esse o seu segredo,
Cuidado!
Vivem debaixo da cama,
Brincam com o Homem-aranha,
Vais levá-los no teu sono”.
Um dueto imprevisto com o Pedro Abrunhosa! A minha mulher já me tinha dito que desconfiava que o PA tinha escrito esta letra para os filhos. Sinceramente, não sei nem faço a mínima ideia. Já não vou a nenhum consultório há tempo suficiente para não estar actualizado. Só sei que a minha, com tão só seis anos, já sabe de cor a letra de “Capitão da Areia”.
O Marão começou a ficar para trás e aqueles pontinhos de luz ali indicam que Amarante está perto e a A4 aproxima-se. O regresso ao Porto com um dueto surpreendente. Eu amo esta cidade.
Capitão da Areia
À noite,
Há fadas pelo céu,
Gigantes como eu,
Cuidado!
Há sombras na janela,
Peter Pan dança na estrela,
Não acordes na viagem.
Conta-me uma história
De tesouros e luar,
És capitão da Areia,
E pirata de Alto Mar
Agora,
As cortinas têm rostos,
São fantasmas bem-dispostos,
Cuidado!
O Super-homem está a caminho,
Traz o Panda e o Soldadinho,
Fecha os olhos e verás.
Às vezes
Há dragões que têm medo
E é esse o seu segredo,
Cuidado!
Vivem debaixo da cama,
Brincam com o Homem-aranha,
Vais levá-los no teu sono.
Conta-me uma história
De tesouros e luar,
És capitão da areia,
E pirata de alto mar
Conta-me uma história
Onde eu entro devagar,
És capitão da areia
Diz-me onde me vais levar
Gisberta
Foi no 5Dias que reparei que já passaram quatro anos sobre um dos mais vergonhosos crimes a que o meu Porto assistiu. Fica a homenagem através da música.
Pedro Abrunhosa cai nos Ídolos
Por uma vez, o Aventar ficou em casa a ver os Ídolos. Aconteceu de tudo. Pedro Abrunhosa foi cantar com os finalistas mas, antes disso, deu uma queda no palco. Espectáculo é espectáculo.
Pedro Abrunhosa…
…para ali aos tombos no Ídolos com a Diana e o Filipe e eu aqui à espera do novo álbum que ele me prometeu no Teatro S. João!
E já agora, a Obra-prima:
Pedro Abrunhosa #2
O Concerto do Pedro Abrunhosa foi muito bom, como quase sempre.
Claro que passou toda a noite a criticar o Rui Rio, o que me deu um gozo especial por ver o ar atrapalhado de um ilustre sentado ao meu lado. Pois que não havia necessidade, eheheheheh. Pelo caminho fez o favor de apresentar uma música do seu novo trabalho, previsto para este ano. Muito boa e mexida. O PA é um provocador e fez jus a essa característica ao longo de todo o concerto que, por sinal, teve momentos absolutamente geniais.
O Pedro é um dos meus “cantautores” preferidos e aqui incluo os internacionais. Claro que já sei que me vão dizer que não tem voz, que é um facínora e mais do género. Como não o conheço pessoalmente nem tive hipótese do contraditório (as coisas que me pintam sobre o homem!), fico-me pelo autor de letras e músicas magníficas. Que canta como ninguém a minha amada cidade do Porto, que criou um dos melhores álbuns da história da moderna música portuguesa (Viagens). Que cantou Gisberta de uma forma comovente e corajosa; que defendeu o Coliseu como poucos se atreveram e lembrando que nós somos assim, de antes quebrar que torcer e muito senhores do nosso nariz, da nossa cidade, do que é nosso.
A música de Abrunhosa é poesia, é um cantar sentido, vindo das profundezas do ser e que nos toca, que nos leva rumo aos nossos fantasmas. É um génio. Uma vez, num artigo de opinião, escrevi que ele é o nosso Brel, o nosso Chico Buarque. Aqui “D´el Rey” gritaram alguns e insultaram-me outros tantos. Caguei. Só discuto com quem quero e no tocante a música, a poucos reconheço validade para uma discussão. Quem escreve músicas como “Será”, “Momento”, “Quem me leva os meus fantasmas”, “Se eu fosse um dia o teu olhar” ou “Balada de Gisberta” merece o Olimpo.
Aliás, “Balada de Gisberta” é uma das mais comoventes músicas algum vez escritas e cantadas em língua portuguesa e ficará, estou certo, na história. A coragem de Pedro ao criar este verdadeiro hino ao direito à diferença, ao chamar a atenção para esta profunda injustiça e para esta vergonha que se passou na nossa cidade merece mais que palavras. Fico-me com as suas “O Amor é tão longe e a dor é tão perto”.
Obrigado Pedro.
Pedro Abrunhosa – Outros #1
Ontem à noite assisti a um concerto intimista fabuloso de Pedro Abrunhosa no Teatro Nacional de S. João.
Como ainda estou a ressacar do concerto e, sobretudo, do pós-concerto, guardo para breve umas palavras sobre este grande momento, as tiradas sobre o Rio Rio e o estado do Teatro Nacional S. João.
(Info: Aqui)
Comentários Recentes