Já me tinha queixado recentemente do hábito muito português de deixar impunes as vigarices que se disfarçam em ciência histórica e entre nós abundam. Manuel Loff dá hoje um bom exemplo de sinal contrário, desmontando o labor revisionista de um tal de Rui Ramos, vendedor de banhas da cobra várias, com o objectivo muito claro de, neste caso, branquear Salazar e afins. Basicamente a História para Rui Ramos é uma narrativa fantasiosa elaborada sem qualquer rigor para defesa de um programa ideológico, algo à altura de um doutorado em… “ciência política”. Coisa que a esquerda já praticou, convenhamos, com a honestidade de a historiografia marxista sempre se ter assumido como… marxista.
A Joana Lopes publica o artigo saído hoje no Público. Helena Matos não refuta uma linha e diz que é inveja. Um argumento imbatível, ao nível da desonestidade intelectual que caracteriza a nossa extrema-direita.
Comentários Recentes