Hoje, o Bastuço São João defrontou o Vila Cova e sagrou-se já campeão da II Divisão do distrito de Braga em Iniciados. As coisas que eu sei de futebol ressuscitam qualquer defunto…
“São todos a mesma treta” e Fernando Nobre faz parte dela
Fui daqueles que saudou a candidatura de Fernando Nobre à presidência da República, enquanto emanação da sociedade civil. No entanto, em abono da verdade, cedo lhe descobri limitações políticas e pessoais.
Ainda não me pronunciei sobre o aparecimento do seu nome nas listas do PSD porque tenho esperado que a poeira assente um pouco para desfiar os meus argumentos. Acontece que todos os dias se levanta pó, cada vez mais pó, e decidi não esperar mais.
Vamos lá a ver: a mim tanto se dá que o PSD o convide ou não, é assunto que diz respeito à máquina pê-ésse-dista e a quem nela vota. Acho legítimo, apesar de pensar que o oportunismo e as contas de merceeiro -ainda por cima furadas porque, nestas circunstâncias, Nobre não “vale” os votos que obteve- não fazem boa política. [Read more…]
Tardia homenagem a Charles Spencer Chaplin
Irresistível, a vontade de homenagear Sir Charles Spencer Chaplin, personagem popularizada através dos pseudónimos Charlie Chaplin ou Charlot. Tardio de apenas um dia, é um acto cujo merecimento excede a oportunidade temporal. Charlot é e será sempre figura imortal, independente de se falar dele em dia de aniversário, uma semana ou um mês antes ou depois da data de ter nascido ou falecido.
A Google, como muita gente, recordaram-no ontem. Havia nascido 122 anos antes, em 16 de Abril de 1889, no bairro Lambeth de Londres, Kennington Road, 287 – não confundir com a cosmopolita Kensington.
Filho de dois actores populares, Charles e Hannah Chaplin, cedo ficou órfão do pai; com a mãe e o meio-irmão Sydney enfrentou grandes dificuldades, em plena época vitoriana, marcada por generalizada pobreza e lutas sociais na Velha Albion – uma prolongada greve de mineiros é um dos exemplos. [Read more…]
“CDS, o voto que apetece!” (?)
Lembram-se do famoso debate entre Mário Soares e Basílio Horta? Ambos faziam o frete pro forma, pois o PS e o PSD de Cavaco Silva, eram aliados na reeleição de M.S. à presidência. A certa altura, Basílio Horta, um estulto conhecedor em matéria de negócios, atirou à cara de M.S. o caso Emaudio/Macau. Mais ainda, referiu-se ao seu contendor como “um padrinho”. Ainda hoje, retenho na memória a surpresa de Mário Soares, cuja face manifestava o choque de um murro no estômago.
Mas agora, sopram outros ventos na estória: José Sócrates anuncia que o antigo secretário-geral do CDS, o Sr. Basílio Horta, é candidato a deputado. Pelo PS.
Fica refeito o equilíbrio. O PS arranjou “o seu Nobre”.
* Na foto: Luís Beiroco, Adriano Moreira, Basílio Horta, Abel Gomes de Almeida, nos tempos do “grande CDS” de 42 deputados. Naquela altura, Basílio gritava nos comícios que “CDS é o voto que apetece!”
Dicionário do futebolês – levantar a cabeça
Esta frase é muito usada por quem acabou de levar na cabeça ou por quem costuma levar na cabeça. Faz parte de um rol de muitas frases pré-cozinhadas que qualquer jogador, ofegante ainda de uma derrota, produz instintivamente.
É certo que, muitas vezes, é difícil levantar a cabeça, porque as derrotas podem levar a que se perca exactamente a cabeça, que, uma vez perdida, é dificilmente recuperável, como já demonstrou Luís XVI. Aliás, numa prova de que o mundo do futebolês está carregado de lógica, é vulgar ouvir os treinadores, nos momentos difíceis, dizerem “É preciso jogar com cabeça.”
Entretanto, julgo que, face aos dislates que tantos idiotas incendiários e incendiados produzem, seria importante que o futebolês passasse a incluir a expressão “É preciso baixar a cabeça”, sinal de arrependimento ou, pelo menos, de vergonha. [Read more…]
Construir soluções novas
Num momento dramático como o que vivemos, a sociedade portuguesa precisa de debate e de convergências democráticas. Precisa também de reconhecer que a crise do liberalismo económico, de que a acção dos programas patrocinados pelo FMI tem sido uma expressão, obriga a reavaliar opiniões e prioridades e a construir soluções novas, assentes em ideias e escolhas claras e num programa explícito, sabendo que na democracia nunca há a inevitabilidade de uma escolha única, porque a democracia procura as melhores soluções da forma mais exigente.
É indiscutível que o estado das finanças públicas, que é em grande medida o resultado da profunda crise económica, exige um conhecimento e avaliação exigentes de todos os compromissos públicos. E que se torna urgente identificar a despesa pública desnecessária, supérflua e geradora de injustiças sociais, distinguindo-a da que é indispensável, colmata problemas sociais graves e qualifica o país. É também útil que se reconheça a importância do trabalho, dos salários e dos apoios sociais na sociedade portuguesa, se admita a presença de carências profundas, sob a forma de pobreza e de desigualdades crescentes, e se considere que os progressos alcançados na nossa sociedade são o resultado da presença de mecanismos de negociação colectiva e de solidariedade cujo desmantelamento pode significar uma regressão socioeconómica que debilitará o país por muito tempo. [Read more…]
Sim, isto foi dito num canal de televisão
Já desconfiava. Impõe-se uma limitação à liberdade de expressão: permitir que clubes de futebol tenham canais de televisão ia dar nisto.
Particular atenção ao que é dito ao minuto 2’40. E depois nos blogues é que se escrevem barbaridades, coiso e tal.
o saber das crianças e a psicanálise da sua sexualidade (V – Anexos)
Beethoven, sinfonia N 9, coral, em D Minor
Texto de Klein Le psychanalyse des enfants 1933.
Em Londres, Melanie Klein (Viena, 30 de Março de 1882 – Londres, 22 de Setembro de 1960) psicoterapeuta austríaca, geralmente tida como psicoterapeuta pós-freudiana, encontrou o seu lar intelectual. Dividia o seu tempo entre os psicanalistas britânicos que acolheram as suas (novas) ideias e que aderiram entusiasticamente à aprendizagem das suas técnicas, e o desenvolvimento, na Grã-Bretanha, de uma escola ligada às novas correntes da psicanálise. [Read more…]
Novidade mundial: a nova CRIL
Hoje foi inaugurada com a pompa e as fanfarras da campanha eleitoral a chamada CRIL, no seu último troço de escassos 3,6 km entre a Buraca e Pontinha. Terá custado entre 111,6 (Público) e 153 milhões (Sol), dos quais 70 ou 73 foram para 1400 expropriações. Sobre os trabalhos a mais falaremos depois das eleições.
Afinal ninguém sabe quanto custou, mas o FMI vai descobrir e por todos a pão e água até cobrar o último cêntimo.
“Presume-se que os condutores que utilizem a nova estrada possam ganhar diariamente cerca de 4.000 horas.” [Read more…]
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