E para o próximo, a senha pode ser esta

Grândola Vila Morena, arranjo de Vítor Rua

A Pascoela em Tadim

Depois da Páscoa, a Pascoela na Rua da Estação, Tadim, Ramal de Braga.

25 de Abril: deixaram-no para ontem, queremos outro amanhã

Deolinda – Movimento Perpétuo Associativo

25 de Abril, golpe militar, revolução popular

-Passam hoje 37 anos desde que um grupo de jovens oficiais decidiu levar a cabo um golpe militar corporativo, para terminar com um regime político que apodrecia incapaz de resolver os grandes problemas de então, o maior dos quais a guerra colonial, sem solução política ou militar à vista, na Guiné estava até praticamente perdida. Apenas um mês antes, outra tentativa de levantamento militar a partir das Caldas da Rainha, havia fracassado. As unidades que não pegaram em armas naquele dia, permaneceram neutrais, o caso mais flagrante terá sido a Força Aérea, que manteve os aviões nas bases, sem alinhar com o golpe, mas não mexendo uma palha para defender o governo que agonizava.

-Quando ouço militares afirmarem que fizeram uma revolução, já nem há paciência para ouvir sempre os mesmos figurões, alguns sem qualquer papel de relevo nas operações, fico com os cabelos em pé, revolucionário foi o povo de Lisboa que acorreu ao Terreiro do Paço, depois ao Chiado, onde se refugiaram o Presidente do Conselho e alguns ministros, o mesmo povo que se manifestou junto à sede da DGS, que inexplicavelmente não foi considerada por Otelo e seus pares um objectivo militar, facto que permitiu à polícia política do regime destruir inúmeros documentos, disparar sobre civis e provocar as únicas vítimas a lamentar naquele dia.  [Read more…]

Abril pode ser no mês que um homem quiser

Uma explicação:  à revelia dos meus colegas aventadores (sim, o 25 de Abril começou por ser um golpe de estado) espalhei hoje por aqui várias cantigas que têm sido armas, excluindo propositadamente os clássicos da música dita de intervenção. Comemorar o 25 de Abril é muito bonito, ficar pelo saudosismo (que o tenho) ou pela discussão sobre o que foi ou não cumprido, é feio.

O passado de nada nos serve no presente se no presente nada fizermos pelo futuro. Quase 40 anos de governos repetidos trouxeram-nos a mais uma crise (estamos em crise desde 1973, banalizámos a crise, mas ela existe). No mundo, admito a possibilidade de o capitalismo superar esta convulsão, que passa pela transferência do imperialismo dominante dos EUA para a China, mas ensina-nos a história que nunca tal sucedeu sem guerra.

É um tempo de guerra o que vamos viver na próxima década. Pode ser, e espero bem que seja, uma guerra lenta, espaçada, de veludo mais ou menos frio. É um tempo de miséria o que temos pela frente, tal como sucedeu na década de 30 do séc. XX (e já assim tinha sido no séc. XIX). Mas é também um tempo onde aos homens e mulheres competirá decidirem do seu destino. As revoluções hoje podem não se fazer como no século passado. Podem ter mais ou menos sangue. Podem ser Tunísias, mas também podem ser Líbias ou Sírias ou Bahreins. Mas fazem-se, e vão fazer-se. A história nunca viveu sem elas e a história não acabou.

Eu fui à rua em Março – Música Rui Rebelo, Letra Miguel Castro Caldas

Esta cantiga, e outras, descobria-as no facebook, essa invenção reaccionária que por vezes vira revolucionária, num grupo que uma amiga em boa hora criou: (Banda Sonora para) Uma R E V O L U Ç Ã O. Passem por lá, para matar saudades do passado mas também para terem saudades do futuro que aí vem.

25 de Abril quase sempre

Há 37 anos, no dia 25 de Abril, aconteceu-me uma coisa inédita: a minha mãe disse-me que eu não ia à escola, sem sequer estar doente ou estar a fingir que estava. Foi o que se chama uma verdadeira revolução. É claro que não tinha tido muitas oportunidades de faltar às aulas, até porque ainda só estava na quarta classe, mas, pela primeira vez, a minha mãe, a mesma que se esfalfava a lembrar-me da necessidade de fazer os trabalhos de casa, de ser responsável, de levar a vida a sério, a minha mãe, dizia eu, impediu-me de ir às aulas.

Na altura, vivíamos em Lisboa e alguém ligara a dizer que havia tanques na rua. Na altura, ainda pensei que eram tanques da roupa, o que seria muito estranho e até poderia atrapalhar o trânsito, mas eram dos outros, de guerra. Ora, com 9 anos, as únicas guerras que conhecia eram as dos filmes em que, obviamente, só morriam os maus. Quando soube que os homens dos tanques vinham lutar contra o senhor Américo Tomás, estranhei: um senhor tão simpático, tão respeitavelmente careca, não podia ser mau. Ainda por cima, era Presidente da República, cargo que não podia ser desempenhado por maus da fita. Para cúmulo, tinha achado muita graça, quando, algum tempo antes, o mesmo senhor, apesar da idade avançada, saltara alguns degraus no Estádio Nacional, para entregar a Taça de Portugal já não sei a quem.

A alegria evidente dos meus pais, no entanto, fez-me pensar que, das duas uma, ou eram ambos maus ou, afinal, o senhor Presidente não seria assim tão bom. Depois de reflectir maduramente, durante cerca de dois minutos, decidi que os meus pais não podiam ser maus, primeiro, porque eram meus pais, e, depois, porque, de qualquer modo, ainda tinha de viver com eles mais uns anos e não me convinha nada que fossem maus. Ficou, portanto, decidido que os maus eram os outros, incluindo, então, aquele velho hediondo. [Read more…]

o para sempre é uma coisa muito relativa

Onde é que estavas no 25 de Abril (de 2011)?

No Parlamento não estiveste, seguramente.

25 de Abril: tinha um defeito de fabrico, queremos um novo

Oquestrada – Se Esta Rua Fosse Minha

25 de Abril: estragaram-no, queremos um novo

Xutos & Pontapés – Sem Eira Nem Beira

Para onde vão os nossos impostos?

Compilo neste post alguns dados sobre a despesa do Estado.

Administrações Públicas: despesas por tipo , 1995 – 2010 Administrações Públicas: despesas por tipo , 1995 – 2010

Administrações Públicas: despesas por tipo , 1995 – 2010. Gráfico 1: 2010; Gráfico 2: evolução temporal
Fonte de Dados: INE–MFAP; Fonte:
PORDATA; Última actualização: 2011-04-06

A seguir, uma animação a mostrar a evolução do gráfico 1 no período 1995-2010:

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A Páscoa em Braga

O Compasso Pascal em Tadim, Braga.

25 de Abril: está velho, precisamos de um novo

Contemporâneos & amigos: Salvem os Ricos!

O Inevitável é Inviável

Somos cidadãos e cidadãs nascidos depois do 25 de Abril de 1974. Crescemos com a consciência de que as conquistas democráticas e os mais básicos direitos de cidadania são filhos directos desse momento histórico. Soubemos resistir ao derrotismo cínico, mesmo quando os factos pareciam querer lutar contra nós: quando o então primeiro-ministro Cavaco Silva recusava uma pensão ao capitão de Abril, Salgueiro Maia, e a concedia a torturadores da PIDE/DGS; quando um governo decidia comemorar Abril como uma «evolução», colocando o «R» no caixote de lixo da História; quando víamos figuras políticas e militares tomar a revolução do 25 de Abril como um património seu. Soubemos permanecer alinhados com a sabedoria da esperança, porque sem ela a democracia não tem alma nem futuro.
O momento crítico que o país atravessa tem vindo a ser aproveitado para promover uma erosão preocupante da herança material e simbólica construída em torno do 25 de Abril. Não o afirmamos por saudosismo bacoco ou por populismo de circunstância. Se não é de agora o ataque a algumas conquistas que fizeram de nós um país mais justo, mais livre e menos desigual, a ofensiva que se prepara – com a cobertura do Fundo Monetário Internacional e a acção diligente do «grande centro» ideológico – pode significar um retrocesso sério, inédito e porventura irreversível. Entendemos, por isso, que é altura de erguermos a nossa voz. Amanhã pode ser tarde. [Read more…]

25 de Abril: avariaram-no, queremos um novo

Barca do Inferno – Revolução dos (es)Cravos

a menina pianista e a irmã violoncelista deram-nos um 25 de Abril

a menina pianista

Para Helena Sá e Costa, a sua irmã violoncelista Madalena, discípula de Pau Casals, e ao povo de Portugal, roubado do 25 de Abril de 2011-04-17

Por felonias dos que nos governam, o nosso Portugal entrou em falência e deve pedir esmola aos países vizinhos, que a negam. Não temos dinheiro nem para comer, festejar o carnaval, oferecer ovos de Páscoa, comprar roupa ou comer como estamos habituados três vezes por dia. Temos apenas o café do pequeno-almoço com pão sem manteiga, um almoço de abstinência, de semana santa e um chá com papo-seco à noite.

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Filipe Santos, este rapaz tem talento…

e foi o vencedor de um concurso de televisão chamado precisamente Portugal tem Talento. Faz beatbox e parece mesmo uma máquina de ritmos.

Também gostei desta rapaziada chamada Momentum Crew. Dançar ao som da poesia de José Régio é obra. [Read more…]