Deixem os impostos em paz

Portugal está em ebulição com os mais recentes aumentos do preço dos combustíveis, que se juntam a toda uma factura fiscal para lá de obscena, que já o era, bem antes das últimas subidas. Não pela sua dimensão, que continua a ser, no global, inferior à de algumas das nações mais prósperas do planeta, mas porque o retorno que os contribuintes recebem do Estado português está longe, a anos-luz, de ser proporcional ao esforço fiscal a que são submetidos.

Em bom rigor, e olhando para os números e para os factos, não para alguma propaganda libertária ou ultraconservadora anti-Estado, parece-me inegável que as democracias mais prósperas do planeta, a todos os níveis, nomeadamente aqueles que verdadeiramente interessam ao grosso das populações, como os sistemas de saúde, a educação, a segurança social, o auxílio a trabalhadores desempregados, o apoio às franjas mais desfavorecidas e/ou excluídas e, claro, o bem-estar geral e índices de felicidade, são aquelas que aplicam taxas mais elevadas sobre os rendimentos do trabalho e/ou de capital, com o caso dos países nórdicos à cabeça. Não há como contornar isto. A diferença, claro está, reside na proporcionalidade e no rigor da gestão da coisa pública.

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Esquerda Direita Volver 3 – Esquerda e Direita face ao Centro que governa

Mais um debate “Esquerda Direita Volver”, desta vez com Carlos Araújo AlvesJosé Mário Teixeira, Fernando Moreira de Sá e António de Almeida.
Moderação de António Fernando Nabais.

Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver
Esquerda Direita Volver 3 - Esquerda e Direita face ao Centro que governa







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A mentira e o lapso

A propósito da nomeação de José Guerra para a Procuradoria da UE, ficamos a saber que ao indicar dados falsos, com vista a fundamentar a nomeação de João Guerra em detrimento de outros candidatos, pelos vistos o Governo não mentiu: cometeu lapsos.

Ainda assim, apesar dos dados falsos invocados, o Governo continua a entender que a escolha está bem feita.

É cada vez mais notório, na sociedade coeva, que uma mentira rotulada de lapso é mais um passo para que a sociedade assimile a falsidade como normal. Ou, pior, como verdade. Tal como a administração Trump tentou implementar a lógica da verdade alternativa, para transformar a mentira em factos.

Donde se conclui que, neste aspecto, não há diferença ideológica na transformação da mentira em lapso, verdade, facto ou qualquer outra coisa que vise normalizar a falsidade e torná-la impune.

Este sinistro caminho, só serve para aumentar a descrença na governação e nas instituições. Bem como para alimentar os ódios que servem de pasto para os oportunismos mais extremistas e boçais que começam a mostrar força. Que serão mentirosos, inventores de patranhas e mestres do engano e da ilusão. Mas, jamais teriam oportunidade para vencer por tais meios, se outros antes tivessem sido, pelo menos, um pouco mais sérios.

António Costa, orgulhosamente só

Foto: Global Imagens@Notícias ao Minuto

Após as Legislativas de 2019, António Costa recusou acordo formal à esquerda, e optou por sujeitar o seu governo minoritário ao geometria variável do parlamento.

Meses mais tarde, afirmou, de forma categórica, que, se que se precisasse do PSD para governar, o governo caia, derrubando a única ponte possível à direita, ainda antes da venturização de Rui Rio, que, até então, se ia mostrando aberto a alguns entendimentos.

Agora, isolado por culpa própria, totalmente dependente do PCP, do PAN e das deputadas não inscritas, já que o entendimento com o BE se tornou praticamente impossível, dispara em todas as direcções e acusa os restantes de empurrar o país para a ingovernabilidade, quando é o próprio António Costa o principal responsável por este desfecho. E eu que cheguei a pensar que era Rio quem queria eleições antecipadas.

«Seguir-se-á talvez aquilo que Costa repete:

não fará cair nenhum governo se não tiver alternativa para apresentar.»
[Uma análise de António Pinho Vargas]

Estados Gerais do PSD – “Mais sociedade …” ou “Mais do mesmo”?

antonio carrapatoso_

Segundo o ‘Expresso’, António Carrapatoso liderará a organização dos Estados Gerais do PSD, a realizar em Março próximo. Terá a colaboração do historiador Rui Ramos.

Desde as célebres e estéreis conferências do ‘Compromisso Portugal’, no início da década terminada em 2010,  o chairman da Vodafone tem  indisfarçável ambição  de ser  Ministro do Governo da República. Em  ‘Ano do Coelho’, é natural o recrudescimento das suas expectativas, no sentido de  ver concretizado o sagrado objectivo de coroar a carreira. E liderar os Estados Gerais do PSD é um excelente início do caminho para atingir a meta, há tanto almejada.

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Passos Coelho – hoje é apenas o dia da partida…

Umas centenas de milhares de portugueses, em que me integro, encaram os políticos com grau de desconfiança elevado. Pedro Passos Coelho (PPC), como qualquer outro, não se furta a este estigma.

O jornal ‘Público’, perfil de Passos Coelho, disponibiliza detalhado historial da vida do dirigente social-democrata, incluindo aspectos de âmbito privado. O jornal cita amigos, com destaque para Miguel Relvas, Ângelo Correia e Vasco Rato, classificando PPC como líder natural, racional, gestor, tímido e barítono – uma salada interessante, a que se adiciona o epíteto de ‘liberal’, esse amplo vazio ideológico, cujos contornos e conteúdos são sempre incognoscíveis quando restringidos a intenções e propósitos de um político, em sentido prático.   

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O jargão político

Existe um instrumento linguístico, de comunicação, usado pela classe política, que se sustenta numa lógica já conhecida: quanto mais se falar de um assunto, mais se afasta o interesse por via da exaustão ou, pura e simplesmente, banaliza-se o que deveria ser importante. As pessoas ficam cansadas e desistem. Tanto mais que têm as suas difíceis vidas para viver.

Faz parte dos velhos manuais de táctica de guerra política, as duas principais manobras a fazer quando se quer pôr fim a um certo assunto incómodo: a par de uma outra: cria-se uma comissão de inquérito o mais complexa possível.

Nada de novo, portanto.

A isto, soma-se a manipulação de conceitos, de acordo com as conveniências.

E, assim, temos um jargão, usado e abusado.

Nos últimos 10 anos, nunca a classe política usou tantas vezes o termo “responsabilidade”, ora no singular ora no plural. Usou e usa sistematicamente o termo que define aquilo que nunca é devidamente apurado neste país: obrigação de se responder pelas acções próprias ou de terceiros, ou por aquilo que nos é confiado.

No entanto, não deve haver dia que não haja um político a falar de “responsabilidade”.

Como se pode ver num claro exemplo, partindo daquele mesmo termo, “responsabilidade”, sempre cheio de actualidade:

Aquando das eleições legislativas de 2005, o apelo do PS à maioria absoluta, para fazer face a “tempos difíceis”, foi insistente, e a fórmula era simples:

Maioria relativa = responsabilidade relativa.

Maioria absoluta = responsabilidade absoluta.

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Manifesto pelo fim da divisão na carreira VI

No seguimento de alguns dos posts anteriores, permitam-me que aborde uma questão central nesta discussão: de um lado os professores. Do outro o país.

Esta foi a formulação básica (em todos os sentidos) que o ME usou – dizem agora, os que estão de saída, que a culpa foi do assessor, mas eu, que vejo muitos filmes, acho sempre que o Mordomo nunca é o culpado.

Vamos imaginar que o modelo de avaliação (que não está em prática porque o que existe é uma anedota) e o estatuto (outra aberração) são os melhores do mundo.

Sim, eu sei que é um esforço grande, mas tentem.

O.k. Está a ser complicado… deixa ver… conseguiram? Não…

Mas, vamos fazer de conta, a sério… Mesmo a brincar, do tipo, é a sério.

 

O que é que melhorou na vida e nas aprendizagens dos nossos alunos com esta trapalhada toda?

Depois de 4 anos de um (des)Governo maioritário e ditatorial na Educação, o que é que melhorou na Escola Pública?

Quantos Pais, hoje, depois de 4 anos, preferem meter os filhos na Escola Pública do que numa instituição Privada?

Porquê?

Um lobo em pele de cordeiro

CORAÇÃO LIMPO

O sr José Pinto de Sousa, mandou limpar profundamente, por ajuste directo, o coração. Não quereria por certo, aparecer na nova legislatura, que arranca na próxima quinta feira, 14 de Outubro, com o órgão conspurcado. Aproveitou a presença da empresa de limpeza e mandou abrir o espírito, para que qualquer um o possa ver como ele é, de uma transparência imaculada. E, não querendo colocar seja o que for de lado, mandou vir vários contentores de diálogo, esperando-se que de boa qualidade.
Após isso, apresentou-se em casa do Sr Presidente da República e foi por ele indigitado Primeiro Ministro.
À saída, falou aos jornalistas, sabendo que as suas palavras iriam ser retransmitidas por eles para todo o mundo Português, e arredores. Anunciou reuniões, durante a semana que atravessamos, com os partidos da oposição, com vista à formação do novo governo, e prometeu diálogo, diálogo e ainda mais diálogo. Coisa a que, aliás, “sempre” nos habituou. Chegou ao ponto de dizer que não iria pensar na composição do governo, antes das conversações com os restantes líderes partidários.
O, agora e de novo, nosso Primeiro, Sócrates II (o dialogante), sucessor de Sócrates I (o arrogante), depois da derrocada das eleições legislativas, terá ido aconselhar-se com amigos, antigos alfaiates e outros, e mudou de roupa e de estilo. Mas não é convincente no seu novo papel. A arrogância que sempre lhe vimos, a determinação obsessiva que lhe conhecemos, não é compatível com o diálogo que agora quer implementar. Mais cedo ou mais tarde, a sua verdadeira natureza virá ao de cima.
Por agora, vai engolir sapos, esconder reacções, retrair emoções, simular sorrisos e condescendências, reservando os seus verdadeiros sentimentos para a intimidade da família, dos amigos chegados, ou tão somente para os momentos de solidão.
Depois… logo se verá.

(Citado no “Público”, caderno 2, 14-10-2009)

Pobrecitos…

Na Sábado, o Pedro Santos Guerreiro

Para o El País, somos assim: ” Um governo frágil e extremamente dependente, deverá lidar, no país mais pobre da União Europeia, com alarmantes níveis de dívida, déficit público e desemprego” Quem, nós?

Mas então este não é o país de Sócrates ? O país maravilhosamente governado?

E segue o director do Jornal de Negócios “… o déficit orçamental vai mais que duplicar este ano para 5.9% do PIB….olhando para a dívida pública (75% este ano, 80% no próximo) ficamos a saber que Portugal nunca deveu tanto dinheiro. Só nos juros que pagamos todos os anos gastamos mais dinheiro que todo o investimento público. …um rol da desgraça que os políticos calam porque dizem que o fundamental é pôr a economia a crescer, isso diluirá o peso da dívida e dos déficits. É verdade ! Mas como se põe a economia a crescer? Como, se não damos estímulos fiscais e em vez disso temos de subir sucessivamente os impostos para obter receitas?

Em Espanha acaba de ser apresentado um Orçamento de Estado que agrava, em muito,os impostos. Na Alemanha, o grande objectivo é chegar a zero no déficit orçamental para 2015. Na Holanda, o governo prepara-se para cortar 20% nas despesas públicas, incluindo pensões e habitação social.

E nós? TGV, Aeroporto, Terceira Ponte, autoestradas, Contentores de Alcântara…

Isto é tudo muito mau mas a gente diverte-se imenso com estes estadistas…

Veio das jotas!

Hoje estive numa reunião de trabalho que, bem à maneira portuguesa, demorou imenso tempo.

Falou-se de tudo, da política, das empresas, do Sporting, e de vez em quando voltavamos ao assunto. O problema é que logo que alguem conta uma história, fora da agenda, todos se vêm na obrigação de contar a sua e aquilo torna-se numa roda de vaidades.

Eu fiz, eu sou, eu vou, e é um fartote de egos à sobremesa, sobrepondo-se com a pressa de dizer primeiro, ou antecipar-se a uma história que todos conhecem e, quando alguem tem o bom senso de voltar ao assunto que ali nos trouxe, temos que começar tudo do principio.

Depois há sempre uns gajos muito cheios de trabalho que aparecem duas horas depois do combinado que em vez de irem para casa, ou irem beber um café à pastelaria da esquina e ficarem por lá, não, acham que são imprescendíveis e vá de arranjar cadeira com o ar mais sério deste mundo, enquanto os cumpridores, que estão lá a tempo e , que fazer um resumo, e tudo volta ao principio.

Ao fim de três horas, já ninguem ouve ninguem sendo preciso que alguem com alguma autoridade, faça um ponto de ordem à mesa e rabisque algo parecido com umas conclusões que depois se hão-de ver daqui a uma semana em próxima reunião.

Mas hoje estava-me reservada uma para o final da reunião que me envergonhou. Um dos presentes é um homem que é empresário em Angola e no Maputo, e para dar uma ideia do nível de pessoas que nos representam a nível de governo, contou-nos que um secretário de estado foi a Maputo entregar um prémio literário a Mia Couto e só descobriu que o escritor era um homem quando se confrontou com ele fisicamente.

Isto é verdade ou foi para me (nos ) achincalhar?

PCP + BE = serão responsáveis ?

Cada um por si pouco valem. Os dois juntos podem ser uma força poderosa e a chave das políticas do próximo governo.

Chegou o momento que mais tarde ou mais cedo, todos temos que confrontar. Ou nos escondemos ou partimos para a luta, para a solução dos problemas. Não podemos aceitar que o PCP venha com a velha história do “abraço do urso” eufemismo para dizer que não quer contribuir para encontrar as soluções para o país, a não ser que sejam as suas.

Ou o BE com a “super visão” da Esquerda sem Sócrates, mas com Alegre e o seu milhão de votos, o que quer dizer que só após partir o PS.

Quem quer um governo de Esquerda, os que navegam nas águas do PCP ou do BE ,defendem essa solução como se fosse a única, o que obviamente não é, pois o PS faz maioria com o CDS. Mas disfarçam , clamando a solução como se Sócrates fosse o único responsável para se se concretizar.

É mau sinal porque aqui a responsabilidade é de todos. Se não o fizerem é porque têm outros interesses que não os nacionais e de esquerda, preferindo ficar pelas tamanquinhas de “aquele menino é que é mau”. A posição, à partida, é como se não houvesse necessidade de negociação, onde se ganha e se perde para que o país saia vencedor.

Não aceitamos essa ligeireza e essa irresponsabilidade. Se querem uma maioria de esquerda façam por isso!

PORTUGAL DE COSTAS PARA O MAR

NÃO QUEREMOS SUBMARINOS

Olhando para terra, de costas para o mar imenso que em tempos idos muitas alegrias nos deu, o presidente do partido socialista, disse que não precisamos de submarinos para nada.
Ainda, digo eu, se tivéssemos muito mar, assim como umas centenas de quilómetros de costa, ainda vá, mas com o nosso, que quase ninguém sabe que existe a não ser para ir à praia, não se justifica. É assim “a modos como”  com os barcos de pesca, que até nem precisamos de ter uma frota em condições, pois que cada vez pescamos menos.
Precisamos é de armas, disse o sr presidente do partido socialista, pistolas e assim. Segundo o sr dr Almeida Santos, devemos, e depressinha, vender os submarinos que ainda nem chegaram e comprar armas para combater os traficantes de droga que vêm ter connosco pelo mar.
Nem precisamos, digo eu, de defender com eles, os submarinos, a nossa ZEE. Umas pistolinhas chegam e sobram. E até aproveitávamos para, com as pistolinhas, defender a ponte entre Lisboa e o deserto, que os terroristas andam por aí.
Talvez o negócio de armas seja mais proveitoso que o negócio de submarinos, não sei. Há por aí negócios proveitosos em tudo quanto é sítio.
Já uma vez partiram os óculos a este sr, quando foi em visita a uma ilha que hoje é da cor da rosa, será que mesmo com um par novo o sr dr não vê bem?
E depois ainda dizem que não nos deveria apetecer emigrar?

PORTUGAL, UM PAÍS ADIADO

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2009, O ANO EM QUE TUDO SE ADIOU
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.Neste ano da graça de 2009, o meu País parou. Praticamente desde o início do ano que nada se faz, nada se pode fazer, e ai de quem faça.
Este é o ano de todas as eleições. É o ano em que todos jogam tudo para ter alguma coisa durante mais quatro anos.
Por isso ninguém quer que se faça seja o que for que ponha em risco o que eles, se forem eleitos, querem fazer depois.
Tivemos eleições para as Europeias, para as Legislativas e agora para as Autarquias.
Desde o princípio do ano que estamos em pré-campanha ou em campanha eleitoral.
Desde essa altura, o governo quase deixou de governar, e as autarquias quase deixaram de trabalhar.
Os mais altos representantes da Nação, como por exemplo o Presidente, e os líderes dos diversos partidos políticos, exceptuando como é evidente o do partido do governo, entenderam que, até às eleições para o novo governo no final de Setembro, qualquer decisão governamental, qualquer diploma a apresentar na Assembleia da República, ou mesmo qualquer acto “fracturante”, não deveriam nunca, empenhar os vindouros governos.
Nas autarquias, ninguém se atreveu a fazer seja o que for.
Mais de quarenta por cento dos orçamentos das Câmaras vem do Estado, e não se sabe se o próximo governo é da nossa cor ou de outra que nos vá retirar verbas, ou atrasá-las.
E como, dos 308 Municípios Portugueses, mais de 25%, se fossem empresas particulares, estariam em situação de falência técnica, devido a má gestão, o melhor é estar quietinho e esperar que se se for eleito de novo, se consiga colocar as contas no são, e se forem outros, que se amanhem.
Por tudo isto e mais algumas coisas, como por exemplo, os normais e costumeiros erros com que todos os mandantes do meu País nos costumam brindar, atrasando a evolução por causa de interesses privados, Portugal é este ano, mais do que em qualquer outro, um País adiado.
Vai haver novo governo da Nação. O anterior já lá vai. O novo ainda não existe porque não está sequer formado, o velho nada pode fazer entretanto. E por sorte ganharam os mesmos, pelo que não se irá perder tempo a “passar” dossiers, quando chegarem os elementos do novo governo.
Nas Câmaras e Juntas de Freguesia, tudo se passa e passará de igual forma.
Tudo parado. Com a agravante de tudo estar parado vai para muitos meses.
Portugal, o País profundo, o País das pessoas invisíveis que os governos só vêm em ano de eleições, também parou. Já ninguém se importa seja com o que for.
Nas duas últimas eleições, a abstenção foi enorme. Portugal cansou-se da depressão, dos disparates e da porcaria e, com o desemprego a continuar a subir, entendeu ir de férias. O maior problema é que parece que ainda não voltou. Costumava regressar em meados de Setembro, mas este ano também atrasou o regresso. Só por cá andam os políticos em contínua campanha eleitoral, e os jornalistas que precisam de coisas sobre que falar para sobreviver.
Só o futebol da liga vai animando a vida do dia-a-dia, com os seis milhões a exultarem cedo de mais, e os arsenalistas a ir mostrando como se faz, que o da selecção, está como todo o País, parado e desiludido.
No resto, o melhor é esperar para ver, já que nada mais resta para fazer.

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JM

(In O Primeiro de Janeiro, 07-10-2009).


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