O governo israelita financia madrassas judaicas, tem um ministério da religião e vários partidários de uma espécie de sharia dos Macabeus a caminho do executivo mais extremista e corrupto de que há memória em Israel, que quer acelerar a construção de colonatos ilegais, alargar a ocupação da Cisjordânia e asfixiar ainda mais a Faixa de Gaza. Se Putin e Bin Salman tivessem um filho, seria o líder perfeito para este governo.
André Coelho Lima ARRASA a extrema-direita
Este tipo de intervenções pela real defesa do debate democrático são raras. Mas ainda existem. Vejam. pic.twitter.com/blz9WzMxhi
— Gaspar Macedo (@123Gasp) December 16, 2022
Este PSD tem que sair do armário e impor-se ao PSD que quer alianças com a extrema-direita. Ao PSD que faz fretes ao CH. Ao PSD que não aprendeu a lição de Angela Merkel. Ao PSD que, no fundo, deu à luz André Ventura. Ponham os olhos em André Coelho Lima. Nesta fase do campeonato, com o seu partido já tão comprometido com o CH, é preciso coragem para chamar os extremistas pelos nomes.
Johnny Depp e a derrota do extremismo feminista

Não acompanhei o caso Depp-Heard com a paixão que vi por aí – nada contra, cada qual com o seu futebol – mas ia ouvindo e lendo uma ou outra coisa aqui e acolá. E a sensação com que ia ficando, à medida que me ia esbarrando nessas informações avulsas, era a de que a versão de Depp era mais credível que a de Heard. Mas talvez fosse a minha condição de fã do Johnny que me estivesse a toldar o juízo, de maneira que me mantive calado e afastado do tema.
Sem entrar em análises muito profundas, vim ontem a saber que Johnny Depp ganhou o processo em tribunal. E das muitas conclusões a que cheguei, e outras tantas a que poderia ter chegado, destaco a estrondosa derrota do feminismo extremista, que a meu ver representa apenas uma franja minoritária daquilo que é o movimento, e que entende que basta a uma mulher apontar o dedo a um homem e acusá-lo, sem provas, de uma qualquer violência, para que esse homem seja imediatamente condenado sem ser submetido ao normal funcionamento do Estado de Direito.
[Read more…]Carlos Guimarães Pinto atropela a luso-Wehrmacht
Hoje senti-me profundamente representado na Assembleia da República pelo deputado Carlos Guimarães Pinto. Obrigado, @carlosgpinto por esta magistral intervenção. pic.twitter.com/iUCS0b39xO
— Tiago Matos Gomes (@TiagoMatosGomes) April 13, 2022
Há todo um oceano que me separa de Guimarães Pinto e da IL em matéria de relações laborais, Estado Social e opções macroeconomicas. Mas irrita-me, profundamente, quando se mete a IL no saco do CH, algo que de resto apenas contribui para normalizar a extrema-direita. Neste curto extracto de uma recente sessão parlamentar, está a prova de que, nas questões essenciais, como o são os direitos humanos e a decência em geral, a IL está na trincheira da democracia. E isso, nos tempos que correm, parece-me fundamental. Expor a xenofobia, o racismo, a manipulação, a demagogia e o extremismo putinista da extrema-direita portuguesa é, inequivocamente, um serviço ao país, no qual me sinto sempre representado.
O extremismo é isto, Dr. Rui Rio

Numa das várias vezes em que André Ventura entalou Rui Rio no lamaçal, durante o frente a frente na SIC, o líder do PSD não foi apenas incapaz de afirmar, de forma categórica, que o CH não entra nas contas do PSD, perdendo-se em ambiguidades e engasgando-se em “se’s” e “mas”. Dias depois, num outro debate, chegou mesmo a usar parte dos seus 12 minutos para defender a posição do líder da extrema-direita sobre a prisão perpétua.
Rui Rio foi igualmente incapaz de explicar aos espectadores em que medida o CH é extremista. Como não sei se foi por ignorância, cobardia ou tacticismo, aqui fica uma lista, com vários exemplos daquilo que é o extremismo do Chega, no improvável caso de se voltar a encontrar com Ventura para debater:
[Read more…]Na lama, com André Ventura
Depois dos debates com Catarina Martins e Rui Rio, ficou claro que a estratégia de André Ventura passará – sem grandes surpresas – por uma narrativa estruturalmente desonesta, pela manipulação grosseira dos factos e por provocações constantes, com vista a irritar os adversários, interromper as suas intervenções e raciocínios, e arrastar a discussão para o seu habitat natural, a lama, para de seguida tomar conta do debate, como aconteceu hoje com Rui Rio, perante uma Clara de Sousa que não soube moderar nem esconder o seu desprezo por André Ventura, acabando por prejudicar o líder do PSD.
Quando diz, a propósito do RSI, que nos Açores anda metade do arquipélago a viver à conta de quem trabalha, Ventura sabe que mente, como sabe que ele mente qualquer pessoa minimamente informada. Existe, contudo, uma indústria de propaganda por trás da desonestidade política e ideológica de André Ventura, que passa, essencialmente, pela criação de memes e conteúdos para as redes sociais, onde, sem necessidade de contextualizar, são despejadas todo o tipo de manipulações para consumo imediato daqueles que se revêm na agenda extremista do CH. É isso que acontece quando Ventura interpela os seus oponentes com prints que o tempo limitado do debate não permite desconstruir, ou quando lança uma bojarda que parece espontânea e genuína, mas que foi devidamente calculada e ajustada pelo gabinete de marketing e comunicação do CH, posteriormente transformada em “André Ventura esmaga” ou “André Ventura destrói”.
[Read more…]Alexandre Mota e o liberalismo iliberal
No Observador, jornal digital com uma coluna de opinião que dá guarida a alguma da direita mais radical deste país, por vezes a roçar ou mesmo a atravessar a fronteira do extremismo, tivemos ontem um momento extraordinário, e bastante abrilesco, até: um cronista, de seu nome Alexandre Mota, teclou um dos mais belos elogios ao Estado Novo e à PIDE:
Pod ser ou nem por isso – A democracia e a ascensão dos extremismos
Nesta edição do “Pod ser ou nem por isso”, arrancamos com o grande ciclo de debates sobre Liberdade durante todo o mês de Abril com convidados dos mais diversos quadrantes. Falámos do estado da democracia e da ascensão dos extremismos em Portugal e na Europa. Tivemos connosco Adolfo Mesquita Nunes e Rui Tavares, que nos mostraram duas visões diferentes e importantes sobre a liberdade, a democracia e o Estado de Direito. Com moderação de Francisco Salvador Figueiredo.

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Derrubar o Padrão dos Descobrimentos e outros talibanismos
Não é um fenómeno novo, mas ganhou uma dimensão mediática que, numa era sem redes sociais, não seria possível de forma tão fácil, rápida ou impactante. Falo na tentação dos diferentes poderes, para, em determinado momento, quererem destruir estátuas, edifícios ou registos históricos de uma era ou tempo que rejeitam, ou ao qual se opõem, pelos mais variados motivos, legítimos ou não, que não é nova nem particularmente surpreendente. Mas é, regra geral, uma pulsão que peca por inútil, e que apenas serve para alimentar ódios e divisões, e evitar que as feridas sarem, para que seja possível, de uma vez por todas, seguir em frente.
Não se apaga a história: aprende-se com ela. E a memória viva dos acontecimentos trágicos, sejam eles o Holocausto, a Inquisição ou as diferentes colonizações – e todas as ondas de choque que delas resultaram, até às descolonizações mais ou menos violentas, que levaram ao poder novos facínoras, outrora combatentes da resistência contra as forças ocupantes – devem, em todos os momentos, servir como faróis para que a Humanidade não volte a cometer os mesmos erros. Por muito que a história insista em se repetir.
A mentira e o lapso
A propósito da nomeação de José Guerra para a Procuradoria da UE, ficamos a saber que ao indicar dados falsos, com vista a fundamentar a nomeação de João Guerra em detrimento de outros candidatos, pelos vistos o Governo não mentiu: cometeu lapsos.
Ainda assim, apesar dos dados falsos invocados, o Governo continua a entender que a escolha está bem feita.
É cada vez mais notório, na sociedade coeva, que uma mentira rotulada de lapso é mais um passo para que a sociedade assimile a falsidade como normal. Ou, pior, como verdade. Tal como a administração Trump tentou implementar a lógica da verdade alternativa, para transformar a mentira em factos.
Donde se conclui que, neste aspecto, não há diferença ideológica na transformação da mentira em lapso, verdade, facto ou qualquer outra coisa que vise normalizar a falsidade e torná-la impune.
Este sinistro caminho, só serve para aumentar a descrença na governação e nas instituições. Bem como para alimentar os ódios que servem de pasto para os oportunismos mais extremistas e boçais que começam a mostrar força. Que serão mentirosos, inventores de patranhas e mestres do engano e da ilusão. Mas, jamais teriam oportunidade para vencer por tais meios, se outros antes tivessem sido, pelo menos, um pouco mais sérios.
Coletes amarelos: o povo saiu à rua
A batalha de Paris, que ontem levou a cena o seu quinto acto, não é uma versão moderna da tomada da Bastilha. É a entrada em cena, no núcleo duro da velha Europa ocidental, de uma forma muito particular de terrorismo, que há meses se manifesta ideologicamente em blogues e redes sociais, onde se formou um pequeno exército de indignados que, a meu ver inadvertidamente, serviu de cobertura para que um grupo de profissionais do distúrbio pusessem em marcha uma agenda de destabilização, focada no objectivo final de abater a Democracia como a conhecemos. E de colocar Marine Le Pen no poder.
Mas esse pequeno exército, que nem é tão pequeno como parece, nem se resume aos revolucionários gauleses que tomaram as ruas da capital e das grandes cidades francesas, é muito mais do que um grupo de delinquentes que professa ideologias extremistas. É a manifestação de um povo, cada vez mais consciente da sua condição de financiador das mais fabulosas fortunas do planeta, que assiste, indignado, à galopante precarização das suas condições de vida, perante a indiferença e escárnio da elite que os comanda. [Read more…]
O meu extremismo é melhor que o teu: a internacionalização do “ressabiadismo” da direita nacional
Perante o pânico e a agonia que se vivem por estes dias lá para os lados da São Caetano e do Caldas, a artilharia pesada da família europeia de PSD e CDS-PP saiu em defesa dos parentes pobres e descarregou as semi-automáticas no PCP. O Partido Popular Europeu (PPE), pela voz do francês Joseph Daul, acusou ontem o PCP de ter uma postura em Portugal e outra na Europa:
Estou certo que esta declaração arrancou uns valentes aplausos no congresso do PPE. Mas não trouxe nada de novo. É sabido que o PCP é defensor da saída de Portugal da União Europeia mas, infelizmente, esta constatação do óbvio pouco ou nada acrescenta à estratégia dos seus representantes portugueses. Não só porque o PS já deixou claro que a saída de Portugal da UE não está em cima da mesa como o próprio PCP já se mostrou receptivo à aliança de esquerda, o que pressupõe que tal questão integrará o conjunto de cedências que, tal como o PS e o BE, o PCP estará disposto a fazer. Uma não questão portanto. [Read more…]
Esquerda radical?
Existe uma crise cuja raiz está na desregulação de mercados e nas ligações cúmplices entre o poder financeiro e o poder político. Essa crise tem sido gerida – é o termo – por governos de centro-direita sempre muito pragmaticamente adversos às ideologias, mesmo que finjam o contrário e mesmo que se finjam o contrário (por exemplo, quando não estão no governo). A gestão dessa crise tem-se baseado em medidas consideradas inevitáveis e que têm provocado o empobrecimento, o desemprego, a precariedade, enfim, têm tornado pior a vida dos cidadãos.
Ninguém esconde que a solução esteja na austeridade, mas barrosos, merkeis e outros defendem a austeridade pura e simples, colocando as questões macroeconómicas acima da vida das pessoas. Mais radical do que isto só se se defender, frontalmente, o fim da democracia. Para isso, já não falta quase nada e podemos dar como exemplo as reacções musculadas da direita ao exercício da greve ou a criminalização dos funcionários públicos como raça responsabilizada pela crise. [Read more…]
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