Num país governado por gente civilizada, uma turma teria, no máximo, vinte alunos, tal como defendia o secretário de Estado João Grancho, até chegar ao governo, o mesmo governo que aumentou o número de alunos por turma, o mesmo governo dos cortes em nome da troika, dos mercados e de uma dívida pública sempre mal explicada (ou por explicar), o governo liderado por um Passos Coelho que ganhou eleições afiançando que não faria cortes ou que não aumentaria impostos.
(Haverá gente incivilizada – até entre comentadores habituais cá de casa – que dirá que até estudou em turmas de 40 alunos e conseguiu aprender e arranjar um bom emprego. São os mesmos que se orgulham de ter apanhado porrada de cinto do pai violento para defender que uns safanões de vez em quando nem fazem mal. É a miséria dos que não querem o melhor para os outros apenas porque não tiveram o melhor.)
Os governos de Costa, no que se refere à Educação, limitaram-se a um folclore que não tocou no essencial das políticas passistas, nomeadamente no que se refere à manutenção do número de alunos por turma. Há pouco, procederam a uma diminuição cosmética. O verdadeiro objectivo de Costa, no seguimento dos seus irmãos siameses Sócrates e Passos, é cortar na Educação – manter turmas grandes é uma maneira de não contratar mais professores (no tempo de Passos, serviu para despedir professores). [Read more…]
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