Lar de Concentração

À atenção das polícias e da CNE, pois não quero crer nem num Lar de Concentração em Portugal nem na indústria do Voto Idoso, guiado pela mão, não de Jesus, mas de uma espécie de caciquismo esperto e avançado, movendo-se na coacção e na violência. Não quero crer, mas infelizmente a realidade pode superar a mais sórdida ficção.

Humor negro

José Maria Ricciardi é o banqueiro do ano.

Prova de Teimosia

O que prova que Passos Coelho é cegamente teimoso na sua obsessão de continuar a governar, não é o seu discurso patético após a derrota eleitoral, os sinais de que as suas receitas falharam, ou a observação de que o país está a ruir à sua volta. Não. O que o mostra broncamente teimoso é o facto de continuar a resistir à tentação de desfazer a cara de Paulo Portas à bofetada. Depois de tudo o que o pulha do vice lhe fez, o dia de ontem e o respectivo discurso paulista devia ser a última gota. Não foi. Isto não é teimosia. É patologia

Ainda há heróis

Parabéns Rui Costa.

Cratilinárias

CatilináriasRecentemente, Passos Coelho, licenciado em Economia, descobriu que as pessoas, por ganharem menos, gastam menos. Já Vilaça, personagem de Os Maias, comentava a formatura de Carlos, dizendo a si mesmo: “Grande coisa, ter um curso!” Grande coisa Passos Coelho ser economista, que, mais tarde ou mais cedo, chega quase a perceber o que se passa com os cidadãos. [Read more…]

a paixão, a vergonha, a culpa…

eu tinha 18 anos quando participei a sério, apaixonadamente, cheia de entusiasmo numa campanha partidária. a colar cartazes, a distribuir panfletos na rua e a falar com as pessoas, a vender autocolantes… o cavaco ganhou as eleições. e eu passei a noite inteira a chorar, numa sala escura da sede das palmeiras. mas a chorar a sério, com a mesma paixão e entusiasmo com que participei na campanha. de vez em quando entravam camaradas para me consolar naquela sala, mas o meu desânimo foi tão grande com aquele resultado que nunca mais me esqueci nem da sala, nem dos camaradas que me consolaram. isto foi há 28 anos. e eu nunca mais me esqueci daquela noite. duvido que me venha a esquecer daquela noite e da miúda que então era. e da sede das palmeiras e dos meus camaradas do psr.

ontem não chorei. apesar de ainda ser, de muitas maneiras, a mesma miúda chorona. não chorei. mas pensei que, se calhar, àquela hora havia outros putos que participaram apaixonada e entusiasticamente numa campanha pela primeira vez, a chorar. e se calhar houve outros camaradas que os consolaram. a mim, servir-me-ia de consolo hoje, apesar de não ter chorado ontem, que alguém me dissesse que estes resultados foram uma derrota e que é preciso repensar o que andamos a fazer nos últimos anos. que alguém me dissesse das más escolhas, da falta de critérios sérios na escolha de candidatos, na falta de criatividade em quase toda a parte no modo de chegar às pessoas, das associações à direita que se fizeram, por exemplo, na única ‘vitória’ que se obteve numa coligação que (me) envergonha.

Esta derrota não fragiliza nem derrota o governo*. continuamos na mesma, basicamente no que diz respeito ao essencial. não foi vitória nenhuma contra a troika, nem contra o memorando, nem contra a austeridade. em que país vivem os meus camaradas? deve ser noutro muito diverso do meu. 

eu não sou ninguém, nem sequer me sinto ‘aderente’, pelo menos não seguramente do mesmo modo apaixonado que há 28 anos. mas eu ando a dizer isto (não só no facebook, ou na blogosfera, antes que me venham acusar de o fazer apenas neste contexto, como já antes fizeram) há bastante tempo.

um partido que culpa a chuva, a abstenção ou a comunicação social pelo seu desastre político, não é o mesmo de há 28 anos. é outro. muito diferente. que reage aos desastres como se a culpa fosse dos outros. que não parece ter já capacidade de reflectir sobre si mesmo. enquanto for assim, enquanto continuarmos a por a arrogância e a defesa cega das nossas posições, que evidentemente não resultam, continuaremos sempre a ser outro partido. um partido em que ninguém vota. e olhem, camaradas, aderentes, militantes apaixonados ou não: a culpa não foi da chuva, nem da abstenção, nem da comunicação social, nem da troika, nem da austeridade. foi nossa. 

*derrota da direita foi brutal, dizem os meus camaradas. já eu, que tenho juízo,  não digo o mesmo.

Sobre o que separa José Rodrigues dos Santos

da literatura. Clara Ferreira Alves leu o romance “inspirado” na vida de Calouste Gulbenkian e chama os bois pelos nomes.

Os contratempos da hipocrisia

Ontem, a versão sincera. Hoje, no rescaldo, a versão hipócrita. Como querem à força toda adoptar o inaplicável, vêem-se obrigados a recorrer à cirurgia plástica. Contudo, quando o operador é inábil, o insucesso está garantido. Porque os factores de risco existem. Pois. Esqueceram-se dos factores. Sim. Ide lá buscar o bisturi. Bem-vindos ao mundo da aplicação do AO90.

RR 3092013

Gaia:YES, we WIN!

euevrConfesso que não são muitas as palavras que os dedos conseguem construir no teclado, não sei é se o problema é dos dedos ou do teclado. Há quem diga que é do cansaço.

Vivi ontem uma das noites mais felizes da minha vida.

Terei sido um dos que mais escreveu sobre Vila Nova de Gaia (a minha terra) nesta coisa a que alguns chamam blogosfera. Terei sido do primeiros (o único?) a mostrar o que era a gestão de Luís Filipe Menezes. Assumi o meu anti-Menezismo quase primário. Exagerado é certo, porque algo de bom estava feito. Mas, caramba, foram 16 anos! Recordo três exemplos:

falei do dinheiro entregue ao Centro de Estágio de uma equipa profissional de futebol;

– o desemprego em Gaia

– sobre o Marco António. [Read more…]

47,36%

abstiveram-se de votar (resultados ainda provisórios).

Ganhar e perder

Post escrito a 9 de setembro.

Autárquicas – Manual de Boas Práticas à Borla:

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Uma eleição autárquica não se ganha contratando duas, três, ou mais empresas de comunicação ao mesmo tempo;

Uma eleição autárquica não se ganha por se conseguir meter duas, três, dez ou vinte notícias nos jornais e outras tantas nas televisões;

Uma eleição autárquica não se ganha fazendo sondagens marteladas e delas dar conhecimento a todo o mundo e arredores;

Uma eleição autárquica não se ganha com camiões gigantescos, porcos a esmo e concertos às dúzias;

Uma eleição autárquica não se ganha em campeonatos de quem mete mais outdoors por m2;

E sabem o porquê de afirmar tudo isto?

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Gajos que são eleitos

O voto do povo de Leça elegeu  o Ricardo Santos

ricardo  santos

jovem, comuna, sexy, escreve no Aventar.

Parabéns Ricardo.