Our country sinking

No pantanal.

O actual SG da ONU não estará de acordo com isto:

«Já sabíamos que as eleições autárquicas não resolvem problemas nacionais, não definem o panorama político legislativo e parlamentar, nem têm directa interferência no governo» (António Barreto, Público, 27/09/2021).

António Guterres tem razão…

Na origem do Monte do Templo em Jerusalém esteve o Templo de Salomão. Os Judeus andam no negócio da religião há 5 milénios, os cristãos há 2 milénios, enquanto os muçulmanos ainda não chegam a milénio e meio. O seu a seu dono e não vejo porque terá o secretário-geral da ONU de pedir desculpa, seja em nome do politicamente correcto ou qualquer outra coisa. Factos são factos, o seu a seu dono. Nestas matérias sou pela verdade dos factos e apenas isso, o resto é conversa da treta…

Prémio de consolação

kg

Kristalina cumpriu os serviços mínimos. Convocada tarde e a más horas, foi a candidata possível para a derrota quase certa, perante um Guterres que acumulava vitórias e reunia consenso. Nem a aliança germano-soviética, perdão, germanorussa, soviéticos são os governos português, grego, o Corbyn, o Renzi e o Iglésias, deu conta do recado. A búlgara foi à luta, com a bênção do PPE, apesar do aparente espanto e indignação dos seus representantes locais, mas saiu pela porta pequena, apenas para dar de caras com os portões do Banco Mundial, onde será directora executiva. Já vi prémios de consolação piores. Até a senhora ficou boquiaberta.

 

Carta do Canadá – Estes dias inquetantes

Há uma menininha em Alepo, obrigada a viver no meio da guerra, que escreve um diário e conta como corre o seu tempo de martírio. Um dia destes, em pleno bombardeamento, pôs as mãozitas a tapar as orelhas e perguntou ansiosa: “Deus, estás a ouvir”? A imagem correu mundo e devia pôr de rastos os que fazem a guerra, dum lado e do outro da trincheira, se eles ainda tivessem um resquício de consciência, de pudor, de vergonha. Mas a guerra continua no desgraçado Médio Oriente e um pouco por onde recursos naturais são motivo de cobiça, um pouco por todo o lado onde se dá largas ao fanatismo mais criminoso.  Dolorosas as reportagens que mostram os milhões de refugiados desses países a encherem os caminhos do mundo, os acampamentos de acaso, as crianças violadas e raptadas, o abandono por parte dos países ricos, a intolerância e a raiva pregada por arautos ansiosos de ditadura. Apenas os países mais economicamente fragilizados, como Portugal, a Grécia e  Itália, os acolhem com o pouco de que dispõem.  A Europa, que se quis exemplo de democracia e civilização, ergue muros e dá largas à discriminação. Fora da Europa, também os Estados Unidos exibem um muro e ouvem promessas doutro por parte dum candidato a presidente da República, o Trump da ignorância, da estupidez, do descaramento, o membro dum partido que não se afligiu com isso e apenas se sobressaltou quando vieram a lume sórdidas aventuras sexuais. Este é o Partido Republicano e a sua bitola moral.

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Guterres é (quase) o maior

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Tem sido muito interessante ver as mais destacadas personalidades dos partidos de direita, que passaram anos a malhar no antigo primeiro-ministro, a transformar António Guterres no ultimo grande herói. Todos elogiam o homem, o político, a “picareta” da retórica. Todos exaltam as virtudes, os valores e as capacidades diplomáticas do socialista. Já ninguém fala nas contas de cabeça do PIB ou no “pântano”. Tudo é belo. Guterres é o maior e a opositora de última hora, proposta pelo partido europeu que agrega PSD e CDS-PP, não merecia o cargo. A hipocrisia, como a dívida pública, não pára de aumentar neste país. [Read more…]

Xeque-mate

xeque-mate

Marco Faria

Atribuir a eleição de Guterres ao esforço da diplomacia portuguesa é um exagero e é, sobretudo, desvalorizar o mérito 100% da responsabilidade do candidato. Afastou-se década e meia da vida política doméstica, venceu inequivocamente seis votações, teve as melhores prestações cara a cara com as representações dos 193 estados e para quem quis ver “on-line”, apresentou-se desde a primeira hora como um candidato com determinação e voz próprias (“Líderes e valores”), não tirou uma licença profissional de sete dias, não fez fretes a blocos ou países, não cedeu às pressões “last minute”, não entrou no circo de ver um estado a dividir-se entre o apoio a duas candidaturas, contrariou os supostos requisitos formais para a eleição (mulher e originária da Europa de Leste)…
Insisto: onde esteve a diplomacia de Portugal entre Junho de 2005 e Dezembro de 2015, quando Guterres liderava o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)? Basta acompanhar 5 minutos as cadeias internacionais para perceber que todos se referem às qualidades do candidato e não vi nem ouvi uma única vez falarem da diplomacia de Lisboa. Porque o que esteve em causa foram os atributos da pessoa. [Read more…]

Oh meu Deus! A Kristalina perdeu!!

merkel
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Amanhã, regressa o Diário da República

Hoje, entre duas aulas, liguei o telemóvel e li a mensagem: “o Guterres foi eleito!”.

Entrei no elevador e comecei a imaginar um grupo de fervorosos adeptos plantados no cruzamento da 1.ª Avenida com a Rua 46 e, vá lá saber-se porquê, lembrei-me de Valentim Loureiro.

Efectivamente: haja claque e haja ânimo, pois hoje é feriado em Portugal. Sim, porque amanhã… Amanhã, regressa o Diário da República.

Parabéns, António Guterres.

Barroso, de cherne a escorpião

Durão Barroso apoia Guterres para secretário-geral da ONU (Fevereiro 2016)

Durão Barroso apoia candidata búlgara a Secretária-geral da ONU (Junho 2016)

Barroso desmente apoio a vice da Comissão para secretária-geral da ONU (Junho 2016)

… do papel do PPE [centro-direita] para levar Georgieva a Bielderberg e foi também “claro” que Jean-Claude Juncker tentou “promover a búlgara junto dos russos, ao tê-la levado consigo a Moscovo, num contexto sem sentido”. Mais recentemente, recorda, o chefe de gabinete da Comissão Europeia declarou na sua conta oficial nas redes sociais o forte desejo de ver Georgieva na ONU.
“Last but not least, sabe-se agora da campanha desenvolvida por Angela Merkel, durante o recente G20 na China, no sentido de tentar criar uma onda de fundo em favor da ainda comissária, por forma a conseguir travar Guterres”, afirma ainda Seixas da Costa no seu blog. (Setembro 2016)

… voltaram a surgir na imprensa referências ao alegado apoio de Durão Barroso a Giorgieva numa reunião do grupo de Bilderberg em junho – desmentidas na altura pelo ex-presidente da Comissão Europeia. (Setembro 2016)

O engraçado disto tudo é o tal grupo de Bielderberg ser muito mais do que uma teoria da conspiração.

https://aventar.eu/wp-content/uploads/2013/11/manifestac3a7c3a3o-mrpp-1975.jpg

Bilhete do Canadá: Um Debate

guterres e barroso

O debate entre António Guterres e Durão Barroso só podia ter sido o que foi: morno e sem o impacto desejável. É que há misturas que não se fazem. [Read more…]

A natureza afectiva e o cumprimento afectuoso

marcelo cavaco

© Presidência da República Portuguesa (http://bit.ly/1Sf7vhO)

Ontem, depois do acto, ouvimos Marcelo Rebelo de Sousa a dizer que a escolha da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa para o discurso da noite eleitoral fora «de natureza afectiva». Não compreendo a razão pela qual alguns órgãos de comunicação social decidiram transmitir a ideia de que Rebelo de Sousa dissera “de natureza afetiva”. Afetiva ([ɐfɨˈtivɐ])? Não disse. Verifique-se:

Efectivamente, afectiva [ɐfɛˈtivɐ].

Marcelo Rebelo de Sousa, ao contrário daquilo que se lê por aí, não referiu qualquer “cumprimento muito afetuoso”. Não. Rebelo de Sousa mencionou um “cumprimento muito afectuoso”:

Exactamente, afectuoso. E especial.

E hoje? Hoje, ficámos a saber que, no sítio do costume, não houve nem sobressaltos, nem perturbações, nem estrangulamentos, nem constrangimentos.

dre25012016

Aventar Podcast
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A natureza afectiva e o cumprimento afectuoso
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António Guterres e os contactos

guterres ONU

© REUTERS/DENIS BALIBOUSE (http://bit.ly/1KyeIU3)

No chance for contact

— Queensrÿche, “I don’t believe in love

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Segundo Público,

o Governo está a levar já a cabo os contactos internacionais e diplomáticos para assegurar apoios para a eleição de António Guterres como secretário-geral da ONU. Isto significa que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a mobilizar a máquina diplomática e os contactos têm sido estabelecidos de modo a que a candidatura de António Guterres tenha hipóteses reais de poder tentar o sucesso na eleição do nome que irá substituir o sul-coreano Ban Ki-moon a 1 de Janeiro de 2017.

Contudo, as fontes X, Y e Z desmentem a realização de contactos: [Read more…]

Tesourinhos Presidenciais – Tino de Rans – Congresso PS 1999

Mais vale tarde do que nunca

Guterres: “Vou aproveitar as experiências que tenho para fazer algo de útil” [Expresso]

Damm! Os comunas tinham razão…

Euro PCP

Nesse maravilhoso mundo das redes sociais, encontrei esta montagem interessante que nos mostra esse distinto cidadão português que liderou os destinos do país até ser engolido pelo pântano que entretanto se criou à sua volta e que hoje exerce funções na ONU. A sua previsão, pouco antes do advento do euro, era a de que a moeda única colocaria Portugal no pelotão da frente de UE. Passados 17 anos, Portugal continua a ser um carro-vassoura, disputando com a Grécia a liderança da cauda da Europa. Boa Guterres, acertaste em cheio!

O outro protagonista desta montagem é Carlos Carvalhas, antigo líder do PCP e reconhecido perigoso comunista. Daqueles que, suspeitamos, poderá alimentar-se de criancinhas ao pequeno-almoço. A sua premonição, contudo, parece encaixar como uma luva no triste fado que a adesão ao euro se revelou para o nosso país. A coisa é tão certeira que chega a ser chocante. São cassetes.

É só uma questão de ética

Pedro Correia relata uma certa versão de um caso jornalístico  que passo a citar:

 E nada ilustra tão bem isto como um episódio há pouco recordado no Jornal da Noite especial evocativo deste 20º aniversário: a atrapalhação do candidato socialista António Guterres ao fazer uma promessa eleitoral nas legislativas de 1995.

Dizia Guterres: “Desejavelmente, nós deveríamos poder atingir, num prazo tão curto quanto possível, um nível da ordem dos 6% do Produto Interno Bruto em despesa de saúde.” [Read more…]

Nos Braços da Alforreca Passos

Especialistas honestos acordam neste facto de límpida transparência: à grave crise internacional eclodida em 2008 somou-se a festiva dissolução imprudente, para não dizer amadora, dos recursos públicos perpetrada pelos Governos Socratesianos. Os dois factores conjugados tramaram Portugal. Álvaro Santos Pereira recorda, e bem, que a economia portuguesa começou a padecer de desequilíbrios graves sobretudo a partir do momento em que, sem o nomear, o Coração de Guterres veio distribuir o que não havia e habituar um Povo autónomo e capaz de se desenrascar às delícias da facilidade rendosa e do ócio fácil. [Read more…]

Quantas pontes precisam de cair?

Entre-os-Rios foi há 10 anos. Mas à excepção dos mortos e das suas famílias, ninguém pagou.
O presidente da república de então, Jorge Sampaio, limitou-se a pedir um inquérito. A queda de uma ponte, com morte de 70 pessoas, não foi para ele motivo para demitir um Governo minoritário que, na prática, já tinha deixado de existir. Importava manter no Governo os amigos socialistas, os mesmos que, logo que pôde, voltou a conduzir ao poder.
O primeiro-ministro de então, António Guterres, tem hoje um salário principesco no ACNUR. Enriquece a cada dia à custa dos refugiados, da miséria alheia. Cada genocídio, cada fuga de milhares representa para ele um orgasmo milionário. Os milhões estão no papo. Há 10 anos atrás, a queda de uma ponte, com morte de 70 pessoas, não foi motivo suficiente para se demitir. Perder umas eleições foi motivo para se demitir. A morte de 70 pessoas não.
O ministro do ambiente de então, José Sócrates, é hoje primeiro-ministro. Um dos maiores criminosos do Portugal democrático deixou o país no estado que todos conhecemos. Há 10 anos atrás, a inacção do seu Ministério em relação à extracção ilegal de areias do rio (os Godinhos sempre existiram e Sócrates sempre gostou de ser besuntado) não lhe pareceu motivo suficiente para se demitir após a morte de 70 pessoas. Porque não há coincidências, um dos Secretários de Estado desse Governo, Ricardo Magalhães, é hoje em dia o Presidente da Estrutura de Missão do Douro e principal promotor da Agência Regional de Desenvolvimento do Tua – por outras palavras, um dos lacaios do poder incumbido de destruir definitivamente o Vale do Tua e a sua via férrea ÚNICA. [Read more…]