Há coisas assim

Ser Professora (ou Professor!) em Portugal é, sem dúvida, uma profissão de risco.educarmata

São assustadoras as notícias dos últimos dias.

Obviamente há, nos casos mais recentes, muitas coisas por explicar, mas estas situações são sinais extremos de que há algo de muito mau nas escolas – e quem lá anda sabe isso!

Não há muitas palavras que permitam explicar a sensação de desconforto, a ideia de que se trabalha atrás do nada, a preencher papeladas sem sentido, para justificar insucessos de alunos que teimam em não aprender, para proteger o profissional dos ataques dos pais. Direcções que incomodam, regras que mudam todos os dias, e o desemprego e o roubo nos salários, e…

Tradicionalmente, o trabalho dos Professores continua em casa, invade e prejudica o ambiente familiar – são fichas para realizar, para corrigir, actas para elaborar e sei lá o quê mais! E os filhos, ali ao lado, entregues à solidão de quem se volta para onde não devia, digo eu.

A pasta, essa maldita – confesso que me consegui ver livre dela ao fim-de-semana: escondo-a na mala do carro. Foi uma atitude de defesa que recomendo! O trabalho? Espera! É mais saudável assim.

Mas, o ambiente está duro, pesado e talvez seja interessante  cruzar informações, abrir os olhos e dar um olá a quem se esconde. Vale a pena estudar isto e talvez esteja aqui a guerra que todos os professores e todas as professoras quererão comprar.

 

Não se trata de Saudade

Mas, onde é que anda o sr. Silva? Estava com alguma expectativa de o ver na reportagem sobre o BPN.

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Mesquita Machado e as Opiniões Diferentes

MESQUITA MACHADO - OFICIAL© Município de Braga

Eleito em 1976, Mesquita Machado está agora a poucos meses de cumprir o seu último mandato; e, como corolário de mais de três décadas de políticas de fachada, negação do património, vias rápidas e velozes e um frequente desrespeito pela dignidade que as Assembleias Municipais deveriam ter, o autarca prepara-se para legar à cidade uma centena de ruas com parcómetros… em favor de uma empresa privada.
E porque mexer com o status autobilílistico dos cidadãos é mexer-lhes na alma, a medida promete animar as conversas nos próximos tempos. Como nenhum outro tema o conseguiu ainda!
Hoje, e porque quem manda na cidade é Mesquita Machado, os bombeiros foram chamados a acudir a uma emergência… dele: remover cartazes que mostram indignação contra um dos seus últimos actos governativos.
A decorrer há também uma petição.

ps: fotografia não editada, a matiz azul é mesmo uma opção estética que alguém entendeu adequada. E eu até gosto de boa fotografia!

Há assaltantes menos iguais do que outros

FPF Notícia do dia:

Sede da Federação Portuguesa de Futebol foi assaltada

Segundo o divulgado, os assaltantes rapinaram apenas os computadores do presidente, Fernando Gomes, e da sua assistente, Materialmente pouca coisa, digo eu. O pior é o furto dos ficheiros. Sim, que dados, informação e conteúdos terão? Comprometedores ou não?

Mas, também questiono: a ‘sede e outros poderes da FPF’ andam a ser assaltados há décadas, sem que tais violações tenham sido objecto de notícia, em qualquer órgão da comunicação social.

Das duas, uma: ou, adaptando o conceito de George Orwell: “ Todos os assaltantes são iguais mas alguns são menos iguais do que os outros’; ou, outra hipótese, todos pertencem a históricos gangues, calhando aos autores deste roubo o ‘óscar’ dos 1.ºs denunciados.

Complexos sociais

Segundo o The New York Times (NYT), e a propósito do plágio da Ministra alemã que pediu ontem mesmo a demissão, a Alemanha é o país da UE com mais doutorados/ano: 25.000, o que diz do valor atribuído aos títulos académicos, pelos quais os alemães têm, diz o NYT, verdadeira obsessão. Se os alemães são obcecados, o  que são os portugueses?

Aí está o partido unido

Novamente se comprova que a história se repete. Falta ver a dança dos nomes.

A falência dos partidos: o caso do PS em Matosinhos

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© Lusa

O actual Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, o socialista Guilherme Pinto, desfiliou-se daquele que foi durante perto de 40 anos o seu partido, e anunciou que em Outubro concorrerá como independente. “Candidaturas dos partidos são desastrosas para as dinâmicas de desenvolvimento”, afirmou com coragem, enfrentando a ira dos homens do aparelho do PS, que se apressaram a acusá-lo de ter desrespeitado “as regras democráticas do PS”, e de  ter ofendido “a credibilidade dos esteios do Estado de Direito democrático”.

«(…) Entendo que os Partidos são essenciais às democracias. Mas não são exclusivos. (…)», escreveu Guilherme Pinto em carta endereçada ao Secretário-Geral do PS. «(…) Pretendo defender o que construímos (…) E impedir um desastre. (…) O que é incompatível com o contributo ao partido no qual ingressei aos 16 anos e que servi com empenho.(…). Queira por isso aceitar a minha desvinculação do PS. (…)»

Enquanto isso, António Parada, o candidato escolhido pelo PS para tirar Matosinhos a Guilherme Pinto (objectivo difícil de atingir, atendendo ao apoio que o actual presidente da Câmara parece ter de parte significativa da população), pediu ontem maioria absoluta, mediante o apoio de todos os presidentes de junta eleitos pelo PS – como se fossem eles os eleitores, num raciocínio abjecto, de política baixa, na linha daquilo que por estes dias justamente se combate, por não mais ser possível tolerar-se em Portugal as máquinas partidárias de fazer corruptos e mais subdesenvolvimento para as populações.

[actualizado às 18h00]

Cabritismo de Luxo na Sonangol

Rafael Marques | MAKA ANGOLA

Francisco_Lemos-150x150Para a aquisição de prendas de natal para os membros do seu Conselho de Administração, a Sonangol disponibilizou, na quadra festiva, US $2.2 milhões.
Os sete membros executivos e quatro não-executivos da Sonangol usaram a milionária verba para comprar artigos de luxo para se ofertarem entre si e, também, para contemplarem alguns membros do governo. Entre os artigos eleitos achavam-se relógios, malas e outros acessórios de luxo de marca Cartier, Hermés, Louis Vuitton, Gucci, entre outras.
Além de Francisco de Lemos José Maria, que o preside, os restantes membros executivos do Conselho de Administração da Sonangol são Anabela de Brito Fonseca, Baptista Sumbe, Fernando Roberto, Sebastião Gaspar Martins, Mateus Morais de Brito e Raquel David Vunge. São administradores não-executivos Albina Assis Africano, André Lello, José Gime e José Paiva.

Feitas as contas, cada administrador dispôs de US $250,000 para gastar em artigos de luxo. [Read more…]

Boa

miss-benficafotografia é no concurso Miss Benfica.

 

Unir o Partido

Na sequência do quase avanço de António Costa para candidato a candidato a primeiro-ministro, transcrevo parte do programa Contraditório, da Antena 1, no qual Ana Sá Lopes disserta sobre o conceito “unir o partido” (edição de 1 de Fevereiro de 2013, após o minuto 25:33 – áudio). A história é interessante, pelo que achei que valia a pena passar a escrito o que como tal não foi pensado.

Unir o Partido, o que é que é unir o Parido? Quando o Raul era meu chefe no Público costumava-me mandar às vezes aos sábados para as reuniões dos Sampaístas  Os Sampaístas – houve uma guerra terrível, fratricida. O Guterres ganhou as eleições,  houve uma guerra terrível e os Sampaístas tinham um grupo organizado. Mas era mesmo organizado, não era como estes que se reúnem nos almoços, nos jantares e nas esquinas. Faziam reuniões onde os jornalistas iam e falavam no final. O Sr. João Cravinho liderava, estava lá o Dr. Ferro Rodrigues, o Dr. Alberto Martins, várias pessoas.

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Pain de Cona

pain de cona

Moedas, o mensageiro

Carlos MoedasComo se depreendia, e ao contrário do afirmado previamente por Passos Coelho no estilo de torpeza que lhe é próprio, a reunião deste Sábado do Conselho de Ministros teve, como principal ponto da ordem de trabalhos, ‘o corte dos 4 mil milhões de euros para efectivação da ‘reforma do Estado’.

No final, e desta vez sem o auxílio da censora Galvão, lá apareceu o Moedas na função de ‘mensageiro’. O jovem engenheiro-financeiro, a quem até nem ficaria desajustada a designação de ‘moço de recados’, traz-me à memória ‘O Mensageiro’, de Oren Moverman.

No filme, dois oficiais estão incumbidos de anunciar às famílias a morte de soldados em combate. A Carlos Moedas também foi cometida pelos chefes, Gaspar e Coelho, a tarefa de anunciar desgraças às famílias portuguesas. Haverá apenas uma ínfima coincidência sinóptica. Moedas não foi autorizado a divulgar pormenores do ‘dossier’. –Assuste-os apenas! – ter-lhe-ão ordenado os chefes.

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