Oito sanitas às direitas

Montenegro não declarou ao Tribunal Constitucional o valor de casa com seis pisos: tem 800 m2, um elevador e oito casas de banho

Tendo em conta que Luís Montenegro sempre foi adepto da política de casa-de-banho, não é de estranhar que tenha uma casa com oito sanitas.

Resta saber, uma vez que, ontem, os líderes do PPD e do IL reuniram, se as mesmas dispõem de bidé ou não; é que se houver bidés, a coligação com os liberais cairá por terra. Uma parvoíce, digo eu, porque todos precisamos de usar o bidé de vez em quando, para evitarmos o selo. Para já, está a correr bem: o presidente dos laranjas não declarou uma mansão, o que vai de encontro às boas práticas dos queques que guincham.

Um queque de laranja que guincha “António Costa, vai para o caralho”. (imagem retirada do site da SIC Notícias)

Iniciativa Chavascal

Há uma semana, o líder da Iniciativa Liberal indignou-se com Augusto Santos Silva, que, à margem das comemorações do 25 de Abril, acusou a IL de falta de integridade política. Caiu o Carmo e a Trindade e foi grande a choradeira.

Claro que a internet não perdoa e logo surgiram uma série de pérolas, com os mais variados insultos de dirigentes da IL a várias figuras da política portuguesa, como este em que Rui Rocha apelida Marcelo Rebelo de Sousa de imbecil.

Mas a pérola das pérolas foi revelada hoje. A convite da IL, o YouTuber Tiago Paiva teve direito a visita guiada na AR, conduzida pelo deputado Bernardo Blanco. No plenário, o YouTuber subiu ao púlpito e mandou António Costa para o ca*alho.

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ÚLTIMA HORA

O deputado Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, acaba de convocar uma conferência de imprensa para condenar as declarações do deputado Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal.

Melancia Azul

O terror da Iniciativa Liberal, de Nuno Simões de Melo, pelo menos, é tornar-se numa “melancia azul, liberal por fora mas bloquista por dentro”. Bem, para já, o novo líder, Rui Rocha, promete uma manifestação – imagino que seja uma manifestação com KPIs bem definidos e suportada por um business case. Nada dessas coisas grotescas de incomodar pessoas.

Rui Rocha…

é o novo líder da Iniciativa Liberal.

O homem que há uns meses assumiu, com a maior das naturalidades, contrariando assim o que diz a Constituição, que saiu da Sonae pelo próprio pé para não ser despedido por ser candidato político, tem agora a missão de tornar os liberais “mais populares”.

Estaremos sempre nos antípodas, no que ao pensamento político e ideológico diz respeito, mas desejo-lhe boa sorte – até porque a opção “Carla Castro”, nem tanto pela própria mas por quem a ela se colou, era (ainda mais) perigosa (para o partido e para o país).

Agora, e como já avisou, começa a purga.

Rui Rocha. Fotografia: Paulo Spranger/Global Images

Nota: diz a Constituição que “Ninguém pode ser prejudicado na sua colocação, no seu emprego, na sua carreira profissional ou nos benefícios sociais a que tenha direito, em virtude do exercício de direitos políticos ou do desempenho de cargos públicos”.

Quem não tem confiança nos outros não lhes pode exigir confiança

Lavagem de roupa encardida, acusações de traição e portas trancadas para a votação: assim está a ser convenção para eleger o novo CEO liberal.

Já sabem: quando a IL chegar ao governo, nada de ir lanchar ou mijar no horário da votação. Esta gente não confia nela mesma, devemos confiar neles?

A IL e quem racha lenha

Quando era mais novo dizia-se “quem está fora, racha lenha” (traduzindo: expressão popular utilizada para colocar alguém no seu devido lugar, quando dita pessoa procura intrometer-se numa discussão ou situação alheia emitindo a sua opinião). Ora, eu vou dar a minha opinião sobre o que se passa na Iniciativa Liberal (IL) não sendo seu militante  e por isso serei mais um mero rachador de lenha.

O que me leva a pegar no machado e posicionar o toro de madeira é o intenso cheiro a Braga 1998. E o que foi que aconteceu em Braga nos idos de 98? Um congresso do CDS. O que dividia a maioria dos congressistas do CDS em 1998? A ideologia? Mais ou menos democracia cristã? Não. O que dividia as hostes era um ódio escondido. Era mais o que os separava em termos pessoais que aquilo que os unia em termos ideológicos. Boa parte dos “portista” odiavam os “monteiristas” e vice-versa. Era o ódio que alimentava as tropas. Um ressentimento que foi crescendo ao longo dos tempos.

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Rui Rocha: Quem vigia o Estado quando o Estado vigia os cidadãos?

(Rui Rocha, Membro do Conselho Nacional da Iniciativa Liberal)

De onde vem e para onde vai? Estas perguntas, repetidas vezes sem conta pelos agentes da autoridade ao longo dos já inúmeros estados de emergência sucessivamente decretados durante a pandemia, são provavelmente o melhor exemplo do nível de intromissão que, enquanto cidadãos, tivemos de tolerar no decurso do último ano.

Mas, admitindo que esta violação do nosso espaço de reserva teve justificação na necessidade de preservar a saúde pública, há ainda assim uma assimetria entre aquilo que o Estado exigiu aos cidadãos e aquilo que os cidadãos puderam exigir do Estado. Numa relação equilibrada, a vigilância a que os cidadãos são submetidos pode eventualmente ser reforçada em função de circunstâncias excecionais como as que vivemos. Mas tem de ser recíproca.

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A Operação Marquês e os obcecados pelas selfies

Fonte: Rui Rocha.