Gianluca Vialli (1964 – 2023)

Gianluca Vialli foi um dos grandes craques que marcou a minha infância, para sempre ligado a uma Sampdoria que já “não existe”, mas que era adversário temível nos anos 90.

Foi com o seu talento, numa época quase perfeita, que emblema de Génova ganhou o seu primeiro (e único) campeonato, em 90/91, ano em que foi o melhor marcador da Série A.

Morreu hoje, cedo demais, aos 58 anos. Vítima do suspeito do costume. Que descanse em paz.

Ou vem com botas cardadas ou com pezinhos de lã

Galeazzo Bignami, o nome vice-ministro das infra-estruturas italiano, indicado por Giorgia Meloni, em 2016.

Senhoras e senhores, apresento-vos Galeazzo Bignami (Fratelli d’Italia) o novo Vice-Ministro das Infra-estruturas e da Mobilidade Sustentável de Itália, do governo de Giorgia Meloni.

Aqui fotografado em 2016, numa despedida de solteiro.

Já sei que é tudo uma brincadeira, que o facto de ter feito parte, tal como muitos dos militantes dos FdI, do Movimento Social Italiano (os herdeiros de Mussolini), não vem ao caso, que o facto de os FdI terem, no seu símbolo, a mesma chama que o símbolo do Movimento Social Italiano, é apenas coincidência e os fascistas não são eleitos (tirando aqueles que o foram). No entanto, deixo aqui, para memória futura.

 

 

 

NOTA: aquando da redacção do texto, o autor foi induzido em erro pela notícia que leu e que referia o ano de 2016 como sendo o ano em que a fotografia foi captada. No entanto, 2016 foi o ano em que a fotografia foi tornada pública, uma vez que a mesma é de 2005.

Salvini, Meloni e Luís Montenegro ocupam o mesmo espaço político. SIC Notícias dixit

Em Itália, sem grandes surpresas, a extrema-direita triunfou. A única surpresa foi ver órgãos de comunicação social portugueses, alegadamente sérios, a referir-se à falange de Meloni como “coligação de centro-direita”. Que é mais ou menos a mesma coisa que dizer que entre a Lega de Salvini, os Fratelli di Italia de Meloni e o PSD da São Caetano não existem diferenças. Bem sei que estes últimos se têm esforçado por normalizar a extrema-direita, mas ainda existe uma diferença considerável entre normalizar e ser.

Dito isto, recordo que vivemos num país onde, frequentemente, nos é dito que a imprensa bate continência à esquerda, em particular os OCS do Grupo Impresa. Curiosamente, foi a SIC Notícias quem ontem insistiu na ideia de que uma coligação entre Salvini, um fascista de créditos firmados, Berlusconi, um populista corrupto, e Meloni, uma admiradora de Mussolini com o slogan Deus, Pátria, Família representa o centro-direita. Em nome do rigor jornalístico, seria de bom tom que a SIC Notícias dissesse a verdade. E a verdade é esta: sempre que o centro-direita cede à extrema, é comido e desaparece. Foi isso que aconteceu em Itália, em França e na Hungria. Não aconteceu na Alemanha porque Merkel aprendeu as lições da história e soube gerir a situação, quando, por exemplo, preferiu entregar o poder ao Die Linke, na Turíngia, ao invés de governar a região com o apoio da AfD.

Contudo, é preciso ser claro: quando a extrema-direita destrói o centro-direita, a primeira não passa a ocupar lugar do segundo. O que acontece é que o segundo desaparece. A extrema-direita será sempre extrema, mesmo nas situações em que o espectro a tem apenas a ela.

Propagar, enforcar, ressuscitar

A contradição do costume voltou em força: em Democracia todos os fascistas votam. E, se nem todos os que votam em neo-fascistas (dos Fratelli ao Lega, em Itália, do CHEGA, em Portugal, ao Vox, em Espanha, do Fidesz, na Hungria, ao PiS, na Polónia, passando pelo SD, na Suécia) são neo-fascistas, a verdade é que a “moderna” extrema-direita europeia se soube re-inventar e aproveitar os fracassos dos partidos democráticos, sobretudo de esquerda, catapultando-se para o poder.

O aproveitamento populista de certos temas, o cultivo do ódio e do ressentimento pelos próximos e por quem é pobre e/ou diferente, a cultura do “contra tudo-contra todos” não são factores novos nem foram inventados pelos que, agora, se chamam “iliberais”; ao invés, são fotocópias ajustadas aos tempos de hoje, daquilo que foi a estratégia dos – outrora – fascistas dos anos 20 em diante para tomar o poder. E é sabido que quando a coisa aperta, o fascismo aperta também. O povo vai atrás, porque se revê na ideia do “Salvador”, na imagem do deus supremo que tudo resolverá e, também, porque os partidos democráticos lhes falharam e continuam a falhar.

Dizia Pepe Mujica, antigo presidente do Uruguai, que o Ser Humano é provável que seja o único animal que é capaz de tropeçar vinte vezes na mesma pedra sem aprender a desviar-se dela. A onda fascista que ameaça, de novo, a Europa é prova dessa mesma incapacidade de nos tornarmos sagazes.

A Itália propagou o fascismo, enforcou-o e agora ressuscita-o. As melhoras, Itália.

Ah, só mais uma coisa: hoje, Vladimir Putin também ganhou.

Giorgia Meloni. Fotografia: Getty

Tudo indica que Vladimir Putin vencerá as Legislativas

em Itália.

Faz de conta

Na Bélgica, onde o governo é liberal (partido Open VLD, do grupo dos Democratas e Liberais na UE), decidiu-se, tal como em Espanha, Reino Unido e Itália, taxar as margens de lucro das empresas de energia e dos bancos.

Aqui, em Portugal, onde o tão afamado governo “socialista” impõe uma ditadura maoísta, segundo alguns dementes liberais, parece que PS é o melhor amigo das grandes empresas e dos grandes grupos económicos.

E assim se prova que os nossos social-democratas e os nossos liberais são de marca branca. Não servem nem para lavar canos.

Mais uma girl no posto

Lá está, Ana Paula Vitorino empoleirada no cargo de presidente do Conselho de Administração da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT). O mandato tem a duração de seis anos e o Conselho de Ministros considera que a deputada do PS tem “idoneidade, competência técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequadas ao exercício das respetivas funções”, evidenciadas pelo seu currículo.

Pois APV terá a maior competência técnica, mas, para um cargo destes, isso não basta. Segundo a associação Transparência e Integridade, está em causa um “conflito de interesses” por “Ana Paula Vitorino poder vir a pronunciar-se sobre o que a ministra Ana Paula Vitorino fez. Ainda que já esteja fora do Governo há cerca de ano e meio, ainda poderá ter que tomar uma posição relativa às suas anteriores decisões no Executivo”, defendeu, em declarações ao Expresso, Susana Coroado, presidente da associação.

Por outro lado, o deputado do PSD, Carlos Silva veio denunciar a promiscuidade de interesses pela ligação da ex-ministra ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Não é só o facto em si; é chocante a argumentação apresentada por APV em resposta à acusação: “Enquanto mulher não aceito nem aqui nem em qualquer sítio que ponham em causa a minha capacidade e independência por viver seja com quem for [com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita]”. “Isso chama-se machismo e misoginia”.

Ora, aproveitar a boleia de uma causa justa, como é a do necessário combate ao machismo, para escamotear a questão colocada, a saber, a promiscuidade de interesses, dá-nos uma dimensão dos critérios da sra. ex-ministra. [Read more…]

O choque de ventiladores

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Primeiro foram os chineses, que, “tendo o problema controlado” (so they say), começaram a enviar ajuda para países europeus. Depois vieram os cubanos, com os seus médicos comunistas, infectados até ao tutano de perigosíssimo marxismo cultural, seguindo-se os russos, que enviaram ajuda médica para Itália.

Perante a multiplicação dos gestos de “solidariedade”, que se estenderam também aos EUA, pela mão do amigo Vladimir, Donald Trump ter-se-á apercebido do seu atraso na corrida pela instrumentalização oportunista da solidariedade da treta, e lá foi ele, esbaforido, a correr atrás do prejuízo. [Read more…]

No país de Salvini, solidariedade é crime

Domenico Lucano, o autarca que permitiu que centenas de refugiados dessem nova vida à pequena vila de Riace, foi hoje detido por “auxílio à imigração ilegal”.

Liberal-fascismo não-democrático voltará a governar Itália

Depois de Mário Monti, eis que Itália se prepara para ser novamente governada por um tecnocrata da escola do FMI. A democracia italiana vive dias arrepiantes.

Medo e democracia

Sim, o referendo italiano era uma distorção redutora e maniqueísta de um conjunto complexo de problemas. Um golpe, portanto. Que, entre outras questões, evidencia a impossibilidade de discutir em profundidade o mérito das propostas em confronto, já que elas jamais se reduziriam a uma dicotomia tão simplória.

Terminados os actos, vejo, não sem surpresa, muitas pessoas a verberar aqui os votantes que escolheram o “não”, acusando-os de abrir as portas a eleições e, portanto, à ofensiva eleitoral da extrema direita. Ora, se nos lembrarmos que a Itália era governada por um comissário político não eleito e imposto pela força hegemónica na União Europeia, pergunto: desde quando este terror pela possibilidade de eleições tomou conta da nossa razão? O que vale o argumento segundo o qual os votantes do “não” estão ao serviço da extrema-direita pelo facto de quererem eleições?

Perguntando de outro modo e tentando compreender estes receios: o que é, agora, a democracia? Ou: o que vamos fazer do que fizemos da democracia? Era bom trocarmos umas ideias sobre o assunto.

Europa ou Morte

Europe or die - Vice News

Desde 2000 mais de 27 000 migrantes e refugiados morreram ao tentar fazer a perigosa viagem para a Europa. Desde 2014 um número sem precedentes de pessoas tentam, e muitos conseguem, entrar na Europa. A “Europa”, sem rumo, de mente embotada, não consegue reagir. Não acolhe os migrantes e refugiados, não financia os países de fronteira para que consigam conter e lidar com a situação. No meio disto tudo o populismo cresce e as pessoas morrem.

Esta reportagem da Vice News em quatro partes mostra o que se está a passar nas fronteiras mais sensíveis. A reportagem é de 2015 mas, infelizmente, continua muito actual.

Depois do corte veja como ligar as legendas (espanhol, francês ou italiano), assim como a ligação para cada um dos episódios.

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Elena Ferrante: as pessoas têm o direito de saber?

transferir-3Elena Ferrante é autora de uma tetralogia que anda a entusiasmar leitores do mundo inteiro. O nome da escritora é, na realidade, um pseudónimo. Tendo manifestado a vontade de manter o anonimato, respondeu sempre por correio electrónico às entrevistas que concedeu.

Recentemente, Claudio Gatti, um jornalista italiano, terá desvelado a identidade de Ferrante. Sabendo-se que isso vai contra a vontade de autora, parece-me que esta investigação, na melhor das hipóteses, pisa uma fronteira ética. Se um escritor quiser ser apenas um nome ou um narrador, está no seu direito.

Claudio Gatti, no entanto, resolveu complementar a sua descoberta com argumentos a favor da sua investigação. A ser verdade o que se lê no Diário de Notícias, oscilam entre o oco e o disparatado.

Em primeiro lugar, recorre ao estafado as pessoas têm o direito de saber. Não é sequer invulgar ouvir jornalistas de rádio e de televisão usarem a pergunta “O público não tem direito a saber?” Sendo certo que um jornalista presta (ou deveria prestar) um serviço público, a verdade é que esta pergunta é apenas sensacionalista e/ou provocatória, porque a realidade é que há assuntos que as pessoas não têm o direito de saber, especialmente a partir do momento em que alguém não quer que se saiba. [Read more…]

Easter athletics

Com uma semana de atraso mas digno de ser visto.

Medalha de bronze para Portugal

na modalidade de dívida em percentagem do PIB na zona euro.

Os esquecidos

No meio de todos os debates cá e lá, das tempestades noticiosas, dos ruído dos predadores tentando dilacerar as presas, não se ouvem novas desta singela e nobilíssima realidade: na hecatombe trágica dos salvos e mortos do Mediterrâneo, muitos deles vítimas das “primaveras” patrocinadas pela gula imperial, quase todos os náufragos são recebidos pela Grécia e pelo Sul de Itália, áreas de que sabemos bem as carências e o desespero, mas também uma capacidade de solidariedade que é uma lição para as fortalezas do Norte, cujos navios chegam a recolher refugiados que, em vez de serem conduzidos para o país “salvador”, são imediatamente entregues a estes dois países e esquecidos, melhor, recalcados. Assim, Grécia e o Sul de Itália vão acumulando um número gigantesco de refugiados, enquanto a Europa finória vai garantindo que pensará no assunto. Quando tiver tempo e uns trocos nos bolsos.

Ou meios para construir muros, que é sempre um recurso dos imbecis. Enquanto sangram a vitalidade dos acolhedores em operações da mais vil chantagem.

Dos nobres valores alardeados pela Europa, vai sobrando só o da moeda que – ironia do destino – foi inventada pelos gregos ancestrais. Entretanto “os tiranos fazem planos para mil anos”, como dizia o poeta. Sem ver que o fim pode estar para muito mais cedo. Se deixarmos.

O défice ou a vida?

França e Itália pedem alívio no défice, Portugal demarca-se

O escuro é muito grande, o tempo é muito frio

Os imigrantes africanos que morreram no mar de Lampedusa, a ilha cemitério, tiveram direito à nacionalidade italiana póstuma. Os que chegam vivos vão parar a “centros de acolhimento”, onde não fazemos ideia de como estarão a ser tratados. O vídeo que agora se tornou público, gravado com um telemóvel e exibido ontem à noite na RAI, obriga-nos a lembrar o pior de que a Europa civilizada foi capaz.

Em fila, nus perante toda a gente, ao frio, os imigrantes são lavados à mangueirada, um procedimento de desinfecção alegadamente por causa da sarna. Qualquer semelhança com campos de concentração nazi será apenas porque, para nossa desgraça, é deles que nos vamos aproximando.

Nota: O seu a seu dono, o título pertence ao Fausto e a outros naufrágios.

Mulher admirável

É grande e admirável a MULHER que reage assim à estupidez.

Bella Italia!

Un bel pasticcio! Ma fortunati in amore…

Aprender a Matar Políticos é em Itália

Luigi PreitiQuando se vai mais fundo para perceber o tipo de desespero do manuseador de armas que, em Itália, disparou sobre polícias quando visava políticos, percebe-se como, qualquer dia, qualquer um, sob qualquer pretexto, disparará. Cá nesta Doce Brandura. Pelo menos quem sintonize a Rádio Carbonária Instigadora do dr. Soares.

Desta vez, o dedo desastroso no gatilho foi o de Luigi Preiti, um desempregado de 49 anos, separado pela segunda vez, que tinha voltado a viver com os pais, sem antecedentes criminais, e que se havia viciado no jogo electrónico videopoker, no qual perdeu as suas economias, de acordo com o La Repubblica. Ontem, o Luigi. Amanhã, outro otário qualquer. Veremos. Desesperado! Pois. [Read more…]

Eurogrupo – comentário de valor acrescentado

É justo e gratificante saber que o ‘Aventar’ é lido em vários cantos do mundo – o mérito, necessariamente partilhado, deve ser reconhecido a vários companheiros do blogue, esses sim, activos ‘aventadores’ que abordam com perspicácia vários temas de interesse geral ou, em outros casos, beneficiam de fértil imaginação que lhes permite ficcionar histórias que, bem vistas as coisas, reflectem episódios da vida real e colhem o natural proveito de vastas audiências – não é o meu caso, nem refiro nomes.

Ontem publiquei um ‘post’ sobre o sinistro Eurogrupo. Como habitualmente, recebi comentários diversos. Com o respeito devido a quem, em desacordo ou concordando, se referiu de forma civilizada ao conteúdo do ‘post’, permito-me destacar as palavras de um deles: o comentário feito por um português, residente algures na Europa, que escreveu exactamente o seguinte:

Há um pequeno detalhe que merece ser lembrado:

 O Art.º 63 do tratado da UE estabelece o princípio do livre-trânsito de pessoas e bens (financeiros) entre os Estados-membros:

«…On the basis of these provisions and of those liberalizing banking, stock-exchange and insurance services [see sections 6.6.1, 6.6.2 and 6.6.3], the EC/EU financial market has been completely liberalized since January 1, 1993. European businesses and individuals have access to the full range of options available in the Member States as regards banking services, mortgage loans, securities and insurance. They are able to choose what is best suited to their specific needs or requirements for their daily lives and for their professional activities in the large market…. » [Read more…]

Sobre a Itália

Uma dor de corno com 5 estrelas.

A austeridade rechaçada. Mas em vez de Syriza está Grillo.

Salvatore Cannavó*
A crise italiana estala com as eleições de 25 de Fevereiro  De facto, apesar de todos os prognósticos, não se retira do voto nenhuma hipótese de governo credível e abre-se caminho com ímpeto para a necessidade de uma alternativa às políticas de “rigor e austeridade”, que se manifesta hoje através do Movimento 5 Estrelas (M5S), que na Câmara de Deputados supera 25% dos votos.Foram rechaçados o governo Monti e o partido que o apoiou mais fielmente, quer dizer, o Partido Democrático (PD). As políticas de “rigor e austeridade” não convencem e não suscitam o consenso. Os que se distanciaram a tempo (Berlusconi), salvam a pele (ainda que o centro-direita perde cerca de 16 % em relação a 2008), e os que se imolaram no altar do Banco Central Europeu foram derrotados. Em particular, foram derrotados Bersani (e Vendola, antigo dirigente da Rifondazione Comunista, presidente da região de Puglia, dirigente da Sinistra, Ecologia, Libertá, SEL, principal aliado do PD) e Monti, quer dizer, os mesmos que, segundo o Financial Times, eram os artífices do único governo possível depois das eleições. O governo que merecia a confiança da União Europeia, do FMI e dos EUA. [Read more…]

Eleições italianas: um dia para a história

Beppe-Grillo

O Movimento 5 Estrelas, um espaço de cidadania num país onde a esquerda há muito se tornou residual, é o grande vencedor das eleições italianas (em 3º lugar com 25%).

O homem da Goldam Sachs, Monti, é derrotado em toda a linha. Berlusconi perde qualquer relevância política (sim, ainda existe, como uma vez me explicava um amigo italiano, “é aqui que vive o Papa”). Em 1º ficam aqueles que nem uma coisa de esquerda sabem dizer, e a quem agora cabe o ingrato papel de deixar arrastar o sistema político italiano, até próximas eleições (o caos, que horror, escreve-se no Público, como se a austeridade liberal não fosse mais caótica do que isto).

Parabéns Beppe Grillo, afinal é possível devolver a política aos cidadãos.

Depois da Grécia, a Itália.  O caminho demora a ser trilhado,  mas basta ver os resultados nas sondagens da Syriza depois de uma votação com uma pistola germânica apontada à cabeça dos gregos para entender que é esse o caminho da Europa atacada pela especulação financeira,, por um Euro à medida de alguns, e pela inevitável austeridade deliberadamente apontada ao estado social, aos direitos conquistados pelos europeus ao longo de dois séculos.

Nós por cá votamos no sábado, caminhando pelas ruas, primeira etapa: correr com eles. O resto logo se vê.

E se de repente…

…um tsunami varresse hoje a Itália chamava-se 5 Estrelas. Era bom.

Bravo, Sílvio, se não existisses, tinhas de ser inventado

Lembro de, quando pequeno, ser brindado com um “se não existisses, tinhas de ser inventado, rapaz”. Ocorria quando fazia uma daquelas graçolas que só as crianças são capazes quando a inocência não é uma palavra vã. Estou certo que também ouviram isto.

Não sei se esta frase de mimo, de carinho, também existe em Itália ou se, por lá, há uma qualquer variação.

Se houver, tenho quase a certeza que Sílvio Berlusconi passa a vida a ouvi-la. Mesmo sendo já um marmanjo.

Sílvio Berlusconi é um homem de coragem. Não pactua com suspeitas de corrupção, algo de que a Itália está farta, como se sabe, e vai daí faz uma limpeza. Profunda, daquelas que era bom tom realizar por alturas da Páscoa.

Sílvio Berlusconi

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Mundial de Futsal – Final é entre o Brasil e a Espanha

Se conseguisse adivinhar assim os números do Euromilhões.

A Espanha venceu a Itália e o Brasil, de Falcão, bateu a Colômbia.

A final é para ver no Domingo de manhã.

Mundial de Futsal: chorei contigo Mágico

O Ricardinho não merecia.

A equipa não merecia, mas a incapacidade, em vantagem, de jogar 4 x 5, bem como o inverso (jogar 5 x 4 em desvantagem) não deixaram a nossa equipa de futsal ir mais longe.

Vou guardar na memória o jogo fantástico do melhor jogador do mundo, que marcou um golo que é de outro planeta. Veja os melhores momentos.

Nas meias-finais vamos ter um Espanha – Itália e um Brasil – Colômbia, pelo que, tudo indica, Brasil e Espanha irão discutir o título.

Campeonato Mundial de Futsal: Portugal – Itália

Portugal entra em campo daqui a meia hora (11h30) para os quartos-de-final do Campeonato do Mundo de Futsal. A história não está do nosso lado e a armada brasileira da equipa italiana é uma das mais fortes do mundo. É um jogo em que não dá para arriscar um prognóstico – mas a confiança no melhor do mundo é total!

Mas hoje não é um dia qualquer para o futsal – é, sem qualquer tipo de dúvida, o dia com mais jogos do outro mundo: além do Portugal – Itália, um Brasil – Argentina (a oito minutos do fim os brasileiros perdem por 2-0, mas já acertaram 4 bolas nos postes e o Falcão parece que vai jogar afinal parece que vamos ter prolongamento depois do empate a 2. Acabou o prolongamento e o Brasil ganhou 3-2) e um fabuloso Rússia-Espanha. Sobra um Colômbia – Ucrânia um pouco menos apelativo.

O jogo de Portugal passa no serviço público de televisão (RTP2), sendo que no site da Fifa podem também acompanhar todos os jogos.