Cavaco Silva remete suspensão da avaliação dos professores para o TC
Os inimigos da Educação detêm, há vários anos, o poder de decidir sobre a Educação. Com o Cavaco primeiro-ministro começou o descalabro da obsessão com o sucesso estatístico. O mesmo Cavaco, agora presidente, continua a pôr-se ao lado de uma política contra a Educação, porque, como demonstra aqui o Paulo Guinote, o pedido de verificação de constitucionalidade constitui uma machadada na primeira possibilidade de dar às escolar um primeiro momento de tranquilidade ao fim de seis anos, de conceder aos professores tempo para se preocuparem com o essencial, em vez de continuarem a andar preocupados com um modelo que pode ser de muita coisa, mas não é de avaliação, ao contrário do que afirmam todos os ignorantes atrevidos que insistem em escrever e em falar sobre o que não sabem.
As reacções de CDS e PSD são frouxas, o que não é de admirar, vindo de partidos que votaram a revogação por meros motivos eleitoralistas. A Isabel Alçada, essa insignificância, vê nisto uma boa notícia, mas outra coisa não seria de esperar de quem vê boas notícias em tudo o que seja nocivo para a Educação.
Portugal, no âmbito da Educação, vive em crise há dezenas de anos. Quando se esperaria que a Democracia viesse resolver esse problema, uma coligação negativa tem torpedeado aquilo que devia ser o fundamento de um país. Políticos incompetentes e desavergonhados, produtores de teorias educativas deslumbrados com a sua própria vacuidade vaidosa, comentadores ignorantes e sindicatos distraídos ou colaborantes fazem parte dessa coligação, mas o pior é que a Educação não é uma prioridade cívica de cidadãos que preferem indignar-se com os erros dos árbitros no futebol.
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