Por Jorge Jesus: «Se [fosse] possível, não tinha folgas, para estar sempre a treinar.». Resistência. Resiliência. Ao cuidado do João Mendes e do João L. Maio.
Não seja piegas, ministra Temido!
Porventura não, ministra Temido: a competência técnica dos médicos é aquilo que permite diagnosticar, prescrever soluções e salvar vidas dos utentes do SNS, essa coisa subfinanciada e com falta de operacionais em toda a linha que está sob sua tutela.
A solução não passa por mais resiliência. Essa solução, em tempos aventada noutras circunstâncias por Pedro Passos Coelho, não serve o país e os portugueses. Chamar piegas aos médicos não resolve nada. O que resolve é contratar mais profissionais de saúde, de todas as áreas, especializações e competências, para reforçar o SNS. É criar condições para garantir a exclusividade destes profissionais. É tratá-los com dignidade e valorizar as suas carreiras. É investir em vez de simular rubricas orçamentais para cativar.
Portanto, senhora ministra, faça lá o seu trabalho, para o qual lhe pagamos muito bem, com todas as condições e regalias com as quais funcionário público algum sonha, seja médico, professor ou técnico camarário, e não seja piegas, ok?
Os professores do privado também são piegas, Passos?
Numa célebre entrevista dos tempos sombrios em que presidiu ao Conselho de Ministros, Pedro Passos Coelho tem uma afirmação que ficaria para sempre ligada à sua acção governativa e que nos diz muito sobre a sensibilidade social do ex-primeiro-ministro. Líder de um governo que promoveu como poucos a precariedade na escola pública, Passos aconselhava os professores desempregados a emigrar. E muitos não tiveram outra alternativa que não fosse seguir o amável conselho. O tempo não estava para pieguices. [Read more…]
Rankings que lideramos
Segundo este artigo da Forbes, que cita um estudo da OCDE, Portugal é o membro desta organização que ocupa o terceiro lugar no ranking referente à percentagem da população nativa a viver no estrangeiro: 14%. Na União Europeia lideramos o ranking dos países com a taxa de população emigrada mais alta. Resta agradecer a Pedro Passos Coelho e restante tropa que fez o que pôde para expulsar a piegada toda daqui para fora. Já agora, aquela treta eleitoral do programa VEM, chegou a dar em alguma coisa ou confirmaram-se as previsões e não passava mesmo de propaganda barata?
“A dignidade dos portugueses não foi beliscada” (IV)
Nós, os piegas de Portugal
Já nem sei como nem porque escrevo. Custa-me tanto mexer os braços! Estou muito bem sentado no meu sofá, cheio de sono e de preguiça. Está-se tão bem sem nada fazer! É evidente que as minhas entradas deixam de existir, acaba o dinheiro e passo fome. Mas, só pensar que tenho que sair para comprar e me alimentar e assim sobreviver, eleva a pinha preguiça à raiz cúbica. [Read more…]
Portugal no bom caminho: fome nas escolas
No mesmo jornal, dois títulos: “Troika. Portugal “no bom caminho” e sem reajustamentos” e “Pobreza nas escolas. A fome sentou-se na primeira fila da sala de aula”. Assim, segundo os tecnocratas da troika, o facto de Portugal estar a cumprir as medidas impostas para baixar o défice e pagar os juros exorbitantes impostos significa que estamos a ir pelo trilho acertado, mesmo que, pelo caminho, seja necessário que as crianças passem fome. João Teixeira Lopes, aqui, comenta também o admirável mundo da troika.
Os marialvas da direita alegadamente católica e estranhamente darwinista levarão tudo isto à conta da pieguice e exultarão com os amanhãs que gemem, porque o sacrifício do luso preguiçoso e parasita é fundamental, para que a raça se fortaleça. Diante desse magno projecto que significam os estômagos vazios e os sonhos esvaziados das crianças?
Presidente Acagaçado
É verdadeiramente vergonhosa a atitude do senhor Presidente da República ao fingir que um impedimento de Estado, de última hora, o tenha impedido de cumprir a visita que estava programada.
Outro almoço Aventar
Hoje domingo, dia de descanso de trabalhadores, junto à ponte do Freixo, beneficiados pela tolerância de ponto dada pelo governo vigente, reuniram-se em assembleia ordinária os aventadores do Norte, que começa no Mondego, convenientemente acompanhados pelo mais genuíno lisbonense desta casa. Representantes de várias cores, do norte ao sul de África e até da terra onde nasceu D. Afonso Henriques.
Ficou decidido, a pedido de dois ilustres portuenses que, a partir de agora, o Aventar vai deixar de bater no Governo…… aos dias feriados. Por falar nisso, a conta ainda não veio. Estamos à espera da próxima declaração do Grande Gaspar a anunciar uma descida do IVA, a pedido da Ângela.
Um de nós tem mesmo fundadas esperanças de que o seu destacamento numa escola do Grande Porto se prolongue por mais 4 anos. Para não ter de voltar a Cinfães. E nesse sentido está disposto a tudo. Nuno, amigo, esta parte do Aventar está contigo.
Para memória futura, e enquanto dura o monárquico comboio e caminho-de-ferro, demos e vamos continuar a dar o mote: metade de nós chegou cá sobre carris; não há mesmo outro meio de transporte-cultura tão amigo de almoços bem conversados e regados com Douro. Ah, o Douro…
De comboio, viajei de Lisboa até ao Porto. Uma viagem que adoro, ainda por cima até à beira do Douro. Do Tejo ao Douro, para almoçar com os amigos aventadores. Que felicidade sinto ao visitar este Porto de um Portugal sem igual.
E como já não tenho mais tempo ou espaço para escrever, por aqui me fico, depois de todos os outros o terem feito.
Todos, não. Falto eu e gostava que ficasse aqui, devidamente, registado que acho que estas “tolerâncias de ponto” ao domingo são, manifestamente, “piegas”.
Mais um primeiro-ministro cábula e piegas
Pedro Passos Coelho foi dar uma aula e acusou os portugueses de serem piegas.
De caminho demonstrou uma profunda ignorância em coisas de senso comum, quanto mais de economia: pregar que a tolerância de ponto do Carnaval equivale a “dividir o PIB pelos dias de trabalho” além de ser de tolinho em geral é de tomar os outros por tolos em particular: o governo apenas pode mandar trabalhar a função pública (que não tem exactamente uma actividade produtiva), o privado rege-se por acordos de trabalho que na maior parte dos casos contemplam o dia como folga e nem vale a pena repetir que produtividade não significa trabalhar mais, mas sim produzir mais, coisa completamente diferente.
Ainda debitou uns disparates sobre a Grécia, logo quando se acaba de saber que a dívida pública cresceu durante o seu governo, e não foi pouco, e crescerá ainda mais, rumo à bancarrota final. Se ainda não percebeu porquê pode ler qualquer manual básico de História do séc XX, está lá tudo muito bem explicado.
Antes de dar aulas podia ter estudado a lição. Haja rigor, exigência de trabalho, imposição de sacrifício aos alunos, e temos mais um primeiro-ministro chumbado. O resto é pieguice.
Não Sejas Piegas, Ó Zé
NO PAÌS DOS CHORÕES, VIVEMOS DE NIQUICES E PINTELHOS
Apesar do que o título e sub-título deste texto podem sugerir, no lugar do senhor Primeiro Ministro eu teria usado termos mais duros e cáusticos.
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