O Pico do Petróleo Fácil de Compreender

O vídeo seguinte faz uma introdução, muito suave, à questão do pico do petróleo e as implicações dai resultantes.

Enquanto os políticos andam entretidos com a campanha eleitoral, existem problemas, já perfeitamente conhecidos, que vão atacar o país de uma forma dramática nos próximos anos. Vai acontecer mais ou menos como aconteceu com a crise financeira, em que tanto o primeiro ministro, como o próprio ministro das finanças se desdobraram em declarações, assegurando que tudo está bem, quando os especialistas e pessoas interessadas sabiam, desde há muito, o que se estava a preparar.

 


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Bill Gates sobre a energia

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Momentos de mudança

Em 1971 saiu no San Francisco Chronicle a frase enigmática “A Comissão dos Caminhos de Ferro do Texas anunciou uma admissibilidade de 100% para o próximo mês“. Para decifrar esta frase, temos, em primeiro lugar, de saber que a Comissão dos Caminhos de Ferro do Texas tinha por missão definir a produção máxima admissível das empresas extractoras de petróleo. Adicionalmente, uma admissibilidade de 100% queria dizer que os produtores estavam autorizados a produzir tanto quanto conseguissem.

A frase também contém, ainda, um segundo significado, esta frase pode ser entendida como o marco da chegada do pico da produção de petróleo aos 48 estados continentais dos EUA. Antes ou depois dessa data nunca se produziu tanto petróleo nos Estados Unidos (por coincidência mesmo que juntemos o petróleo do Alasca e as descobertas em águas profundas esse pico nunca foi ultrapassado). Este tipo de comportamento é observável na extracção de produtos não renováveis – especificamente com o petróleo este comportamento já foi observado em várias províncias.

Seria de esperar mais do que um enigmático apontamento para marcar o pico da produção de petróleo nos EUA. No entanto, talvez a história se esteja a repetir.

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Quanto Mais Me Batem…

O Jornal de Notícias diz que Portugal terminou 2010 com uma inflação de 1,4%, perante uma média da zona euro de 1,6%.

A EDP vai aumentar a electricidade 3,8% em 2011 e António Mexia “alerta para fim do crescimento baseado na energia barata“.

Isso, energia barata! – com um aumento de preço “legal” quase três vezes acima da inflação e num ano em que os salários vão baixar abruptamente. Energia cada vez mais barata…! Sinto-me um pouco baralhado. Ou isso ou estão a fazer de mim burro… que os carregue.

Que energia usamos?

Existe uma representação muito interessante dos fluxos de energia que torna imediatamente evidente a origem e utilização da energia, bem como as perdas associadas. O Lawrence Livermore National Laboratory disponibiliza um desses gráficos para os EUA:


Fluxos de energia EUA 2009Clicar na imagem para aumentar

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Zangam-se os compadres…

As relações entre o Primeiro Ministro e o Dr. Mexia já tiveram melhores dias. Uma compra de tecnologia de muitos milhões a uma empresa estrangeira, sem contrapartidas para o cluster nacional, azedou o Engº Sócrates. E desta vez com razão. O Dr. Mexia anda em roda livre, investe milhões nos US e no Mar do Norte, nada lhe importando que o cluster que nasce em Viana do castelo, seja um pilar essencial da estratégia de modernização do país.

Acresce que esse dinheiro investido lá fora, faz falta cá dentro, e uma empresa pública monopolista que pratica preços superiores à média europeia, não pode utilizar o “cash flow” assim obtido fazendo de conta que não tem nada a ver com as políticas do governo. Até porque deve grande parte desse dinheiro ao facto de estar encostado ao governo e operar num mercado que não encontra em mais lado nenhum. Monopolista com preços ao consumidor mais caros e gozando da cobertura do Estado.

Eu gostava era de ver estes gestores armados em gestores internacionais, investir com o dinheiro deles, dos próprios, isso sim, seria caso para admirar. Aposto que telefonava primeiro ao primeiro ministro, não fosse o seu (dele) dinheiro desaparecer com o vento dos aerogeradores que compra lá fora sem cuidar do interesse nacional.

O 11 de Setembro do ambiente

http://static.publico.pt/imagens.aspx/302914?tp=UH&db=IMAGENS&w=350Foi assim que o Presidente Obama classificou o desastre que está a ocorrer no Golfo do México. Nada será igual depois deste desastre tal como o mundo mudou com os aviões contra os edificios do World Center.

Um inferno, contam as pessoas habituadas a lidarem com furacões e a recomeçarem tudo no dia seguinte. Já tiveram derrames mas contidos, nada que se pareça com o actual que vai acabar com a sua  vida que apreciam nm lugar fantástico. O sétimo melhor lugar do mundo para a pesca desportiva cujo festival anual foi já cancelado.

Mas a o tipo de desenvolvimento económico a que estamos habituados, montados na energia proveniente do petróleo, vai cada vez mais trazer-nos problemas, até que se encontrem verdadeiras alternativas. Dizem-nos que as energias verdes não são ainda alternativas em eficiência e em preço, mas a verdade é que é dificil encontrar energia mais ineficiente que a proveniente do petróleo. Basta ver que um automóvel, precisa de pesar cerca de 2 000 kgs para transportar uma pessoa que pesa em média 70 kgs. Isto é, um carro gasta o combustível correspondente a fazer mover 2 000 kgs quando bastaria gastar o necessário para movimentar 70 kgs.

O que realmente está em equação há muitos anos são os poderosos interesses ligados ao petróleo e não a inexistência de energias alternativas provenientes de processos tecnológicos há muito conhecidos.

Infelizmente, só um desastre desta dimensão e às portas dos US poderá contribuir para a mudança de mentalidades! Será desta que a indústria vai apostar em força na energia verde?

Valor estratégico – a EDP a Galp e a PT

Enquanto se anuncia a privatização do resto da Galp e da EDP, Sócrates e a fina flor juram a pés juntos que não venderão a PT! Porquê? Valor nacional estratégico!

É preciso compreender os grandes interesses nacionais, o verdadeiro objectivo nacional, seguir a célebre frase da política e da gestão: ” ter a coragem de mudar o que tem que ser mudado, ter paciência para deixar estar o que não pode ser mudado e ter a inteligêngia para saber escolher”!

Privatizar a Galp e a EDP e defender com unhas e dentes a PT é, à luz  daquele principio, uma prova de coragem, de paciência e de inteligência. Se os combustíveis faltarem não há problema nenhum, as refinarias existentes em Portugal são da Galp por isso, basta importar de Espanha .O mesmo se diga da EDP, a electicidade não tem qualquer significado, nenhum interesse estratégico, se faltar basta importar de Espanha. Isto, naturalmente, se a Espanha tiver em excesso e, em caso de zaragata, mesmo diplomática, estiver interessada em nos fornecer. Porque não há outro fornecedor!

Mas as chamadas, as telecomunicações, quem pode dizer o mesmo? No caso de um problema sério podemos nós contar com a Vodafone e com a Sonae? Sim, a Sonae que é a empresa que mais emprego oferece no país, que tem fábricas e centros comerciais, que não foge mesmo que quisesse? Aí sim, não teríamos saída nenhuma, sem telemóveis, sem escutas, sem os accionistas estrangeiros, sem fundos internacionais que ninguem conhece.

Estratégico? Perceberam agora a inteligência, a coragem e a paciência que são precisas para não ficar nas mãos de potenciais inimigos ou adversários mesmo que momentâneos? O país pára sem combustíveis?O país pára sem energia electrica? Pois bem, é por isso que podem ser privatizados!

O valor estratégico da PT está nos 46 milhões de clientes que tem na Vivo, está no seu enorme potencial de crescer e ganhar dinheiro para os accionistas. Dinheirinho! Nada mais do que dinheiro!

O petróleo está a 85 USA dólares /barril

O petróleo com avanços e recuos não cessa de subir, já vai nos 85 dólares e com a desvalorização da moeda verde dos USA, as nossas economias têm aí um factor de perturbação muito forte. Sempre que o petróleo tem uma escalada no preço, não falta quem jure que agora é que se vai investir em energias alternativas,  nos automóveis electricos e na energia nuclear. Logo que o preço dá sinais de estabilidade,  lá vem novamente a ideia que vamos ter petróleo fácil e barato.

As guerras em várias partes do Mundo só se justificam por causa do ouro negro, os novos poços encontrados são de extração dificil e cara e todos, produtores e consumidores, não têm dúvidas que o petróleo vai ( já está)  inclinar o eixo económico para vários países emergentes. Os que têm petróleo e os que para saírem do subdesenvolvimento precisam tanto dele como de pão para a boca de grande parte da sua população faminta. E não se peça a estes países que contenham por mais tempo as legítimas expectativas de melhor nível de vida da população, sob pena de se iniciarem gravíssimas perturbações mundiais. Já há quem aponte o desmembramento da China, a prazo, se o seu sistema não der resposta satisfatória às necessidades da população.

A procura, com as necessidade cada vez maiores da China, do Brasil e da Índia, vai sofrer grandes incrementos com a concomitante subida do preço e a UE, sem matérias primas, vai ter que estar na cabeça do pelotão na inovação, na procura de novas fontes de energia, na tecnologia “massa cinzenta”, nos serviços…

Mas quando o petróleo por algum tempo admite alguma estabilidade no preço, logo aparecem os que acreditam que as energias alternativas ainda são demasiado caras e o nuclear demasiado perigoso!

Caro e perigoso é o petróleo!

Contra as renováveis ou a favor do nuclear ?

Um grupo de personalidades apresenta hoje um manifesto contra a política energética assente nas energias verdes. Razões de elevado custo estarão na origem da sua posição, só a subvenção dos preços permite que sejam competitivos.

Mas estas personalidades são tambem conhecidas por serem a favor da energia de origem nuclear, que após todos estes anos de experiência com centenas de centrais a funcionar, se tornou segura . Os desastres nucleares vieram dar uma contribuição extraordinária para o estudo dos níveis de segurança e seus efeitos nos humanos e no ambiente, considerando-se hoje que a indústria nuclear tem um nível de segurança superior à maioria das outras indústrias.

Há mais de 30 anos que numa visita à Baviera, andei todo o santo dia a ver uma central nuclear, andasse por onde andasse a sua presença visual era imponente. À sua volta a vida continuava e que se saiba, pelos estudos feitos à população residente ,não há índicios preocupantes quanto à saúde.

Poderá Portugal continuar afastado da energia nuclear?

Barragens tambem não!

Contra as barragens no Tâmega, Tua e Paiva, porque  a sua contribuição é muito pequena para a energia necessária, não substituem a importação de petróleo e têm um impacto irrelevante ao nível da emissão de poluentes. Por outro lado, uma vez construídas, as barragens não vão contribuir para manter postos de trabalho. O problema é que dizem o mesmo para todas as barragens mas  todas juntas terão as vantagens que não se reconhece quando  se analisa uma só!

Podemos viver sem barragens? A água, como se sabe vai ser ainda mais uma necessidade estratégica no futuro, sem água não vamos a lado nenhum, não podemos deixá-la correr livremente para o mar, porque recuperá-la custa muito dinheiro (dessalgar por osmose inversa) em energia que temos que importar.

Implica uma destruição ambiental imensa, milhares de hectares de reserva agrícola e ecológica vão ser submersos, a qualidade da água vai deteriorar-se, o sistema piscícola será alterado e os lobos deixarão de poder movimentar-se. Bem, a pata do homem, neste caminho que nos leva a ter muitas coisas materiais, foi e será sempre um factor de destruição da natureza. Os próprios desenhadores das grutas do paleolítico (neolítico)? de Foz Côa foram os primeiros a deixarem a sua marca na paisagem. Não há como evitar isto mas, evidentemente, devemos lutar para que as coisas se façam com conta, peso e medida.

A primeira opção é saber se estamos dispostos a trocar o confortozinho pelas belas paisagens. Eu acho que a coisa mais bela, são as margens de um rio, mas não sei se as posso ter todas assim selvagens, ou se tenho que contentar-me com menos.

Mas sei que não podemos deixar a água perder-se no mar !

MUDAR – investimentos não estratégicos #4

(Continuando a análise ao livro “Mudar” de Pedro Passos Coelho)

Após termos tratado os investimentos estratégicos com primeira prioridade, temos:

Não são estratégicos os projectos de multiplicação de linhas ferroviárias de alta velocidade (Lisboa-Porto, Porto-Vigo, Évora-Faro,Huelva) nem a maioria das novas sub-concessões de autoestradas incluídas no Plano Rodoviário Nacional.

Atendendo às pequenas distâncias, às inúmeras paragens, a alternativa de velocidade elevada tem inúmeras vantagens em relação ao TGV, já que a velocidade elevada permite médias de 250 Kms/hora.

A diferença de custos é de um para três; a solução TGV impõe uma dependência tecnológica superior aos produtores europeus, enquanto a velocidade elevada já é nossa conhecida e permite o desenvolvimento de um cluster ferroviário; ao nível de projecto o TGV funciona no modelo chave- na -mão e funciona com elevados custos de exploração. Nestes termos o TGV deve ser convertido em velocidade elevada e serem reescalonados no tempo. [Read more…]

MUDAR – investimentos estratégicos

Continuando com o livro de Pedro Passos Coelho:

Quanto ao plano das grandes obras públicas é preciso distinguir entre o que é estratégico e as que não têm esse alcance, reescalonar os estratégicos no tempo em razão do seu enorme custo de oportunidade, e encontrar soluções mais baratas para os não estratégicos.

Estratégicos são:

– os que diminuam a nossa dependência externa no plano energético, que facilitem as exportações e que promovam a acessibilidade da procura turística.

aqui teríamos as barragens hidroeléctricas e o aumento de potência de algumas das existentes. O próprio desenvolvimento do cluster eólico obriga a aumentar o armazenamento em barragens porque a energia verde não é regular; conservar a energia produzida e não consumida, bombeando-se a água das albufeiras para as barragens e utilizando-a novamente; investimentos  em eficiência energética, tanto no sector residencial e nos serviços, como nos transportes e na indústria.

Baixar a factura energética ao exterior é fundamental, anda à volta dos 50% do nosso déficite externo corrente. Estes investimentos têm que avançar desde já.

Segundo lote estratégico, aposta pública no transporte ferroviário de mercadorias, em íntima ligação com as plataformas logísticas, a malha produtiva nacional e as infra-estruturas marítimo-portuárias, com ligações a partir de Sines e Aveiro. Porém, não faz qualquer sentido que tais ligações se façam na base da alta velocidade, o objectivo é baixar o custo de transacção e o TGV tem o efeito oposto.

Por fim, o NAL (novo aeroporto de Lisboa) em Alcochete. Trata-se de uma infra-estrutura essencial, ditada quer pelo congestionamento do actual aeroporto quer para melhorar a acessibilidade turística. O desenvolvimento deste projecto deve fazer-se a par com a privatização da ANA.

Este projecto como é modular não tem grande impacto financeiro.

Amanhã avançaremos com os investimentos não estratégicos.

(Adenda: para ajudar à leitura, alguns links de notícias económicas que podem servir de suporte a esta análise: Orçamento 2010, Economistas, Desemprego, Empresas e que devem servir de análise para quem defende grandes investimentos públicos)

A radioactividade pode ser benigna

Ontem iniciamos esta conversa, tendo como pano de fundo o livro “Radiation and Reason” do Prof Wade Allison da Universidade de Oxford.

Sustenta este físico que os desastres de Hiroshima, Nagasaki e Chernobil foram a pior demonstração da perigosidade da radioactividade em altas doses e, que isso, não deixa margem para dúvidas. O que não está demonstrado é o efeito das radiações em baixas doses.

A maioria dos especialistas acredita que a radioactividade mesmo em baixas doses e ultrapassando um determinado limite, pode influenciar o comportamento do nosso ADN. Segundo o modelo matemático linear, a exposição acima de certo limite tem efeitos, e quanto maior for a exposição, maior a probabilidade de indução de efeitos biológicos.

Contrariamente a este postulado, Allison considera que abaixo dessas doses não há qualquer efeito. Será que quando as doses são baixas não há essa proporcionalidade”? Este problema é um dos assuntos mais controversos para a ciência.

O Prof Wade defende que “há uma grande ignorância científica sobre a forma como os mecanismos do organismo reagem às radiações, pelo que o modelo linear adopta uma postura defensiva e de precaução” …” o modelo linear que não concebe a radiação sem riscos está na base da regulamentação em torno quer do nuclear, quer dos aparelhos médicos e industriais que utilizam radiação ionizante”, assim se encarecendo o progresso e se tornando mais dificeis as decisões dos políticos.

Esta percepção está a hipotecar o papel do nuclear em problemas como o aquecimento global e, a continuar assim, o nosso destino não será melhor que o do urso polar!(sic)

PS: bem me lembro quando eu e o meu irmão íamos ao médico e fazíamos exames de “radiocospia”. Além da minha dose levava a do meu irmão para ver as costelas dele…
E, já agora, o Radão, que enche de radioactividade as casas de granito nas Beiras…

A informação é que é nuclear e radioactiva

Como última fase do processo, a polémica lançada pelo livro do Prof. Wade Allison, questiona se a radioactividade constitui, na verdade, um perigo extremo.

Face ao esgotamento das reservas das matérias primas que têm sido a base da energia em que assenta toda a economia moderna, e dos custos muito superiores que as chamadas energias verdes ainda apresentam e a sua pequena contribuição para a solução do problema global, levam os olhares a voltarem-se cada vez mais para o nuclear.

Esta discussão pode levar-nos a duas perspectivas: o medo acerca das radiações levou a um desenvolvimento por parte da indústria dos sistemas de segurança que são, de longe, os mais adiantados e, por isso, poder dizer-se que a forma mais segura de criar electicidade em grande escala é o nuclear; e que esta premissa irá fazer acelerar o renascimento em força da indústria nuclear, como já está a acontecer nos países de economias mais desenvolvidas.

Acresce, que as matérias primas continuam a estar num caso longe (Brazil,Venezuela…) e noutros casos em regiões onde espreita a violência e politicamente pouco estáveis.

O que há para já a sublinhar, é que é justamente nesta altura que aparecem físicos nucleares a defenderem que as radiações em baixas dozes não têm qualquer perigosidade, e a serem lançados livros como “Radiation and Reason” com um impacto brutal na comunicação social.

É mesmo segura ou o desenvolvimento sustentado exige que tenhamos metido na cabeça que há que viver com o nuclear? A informação já está a interpretar o papel que lhe cabe!

PS: no “i” Prof Pedro Sampaio Nunes. Segue amanhã.

A EDP e a sub-estação do meu bairro…

A EDP está em grande, avultados investimentos no Mar do Norte, e nos Estados Unidos, em energia do vento em off e em on shore. Associada com empresas de tecnologia de ponta, a EDP diz que quer ficar detentora desse know how e arrancar com um cluster no país, com outras empresas portuguesas.

Eu por mim acho bem, o pior é a mesma EDP tão avançada tecnologicamente, dar-me cabo, ano após ano, do meu frigorífico.

É que vivo aqui há 30 anos e não há ano nenhum que não aconteçam, nesta zona, vários apagões. Lá se vai o frigorífico e os alimentos que lá estão, a TV e a box ficam a piscar, o PC troca tudo, as lampadas fundem…

Para além das chatices tudo isto custa dinheiro, é preciso chamar várias entidades para repôr a minha comodidade e, isto, é todos os anos. Como se compreende que uma empresa internacional, que é só tecnologias e investimentos internacionais, entre os grandes do mundo, não seja capaz de arranjar de vez, a sub-estação do meu bairro?

E pagar os prejuízos dos agricultores do Oeste?

Ainda um dia destes vamos ter a EDP a fazer uma “joint-venture” com uma grande empresa internacional, para enroscar as lampadas da minha rua…

Tudo, porque pagamos o preço mais alto de energia e estamos entregues à prepotência de uma empresa monopolista que não está sujeita à concorrência. (agora está aí a espanhola Endesa…)

Nestas condições todos podem “armar” em “super gestores”…

Bike 2.0 – a minha prenda aventadora

Com uma espécie de motor na roda traseira que recupera e armazena a energia que se liberta do atrito entre o piso e as rodas provocado pelo travão, aqui está a prenda que vou pedir ao Menino Jesus e distribuir pelos aventadores.

Quanto mais trava mais energia se tem, acumulada, pelo que no limite, quem não pedala mas trava, está sempre cheio de energia. Isto para certos aventadores que conheço é a prenda ideal.

Agora ,vejam, vou escrever mas não traduzo porque tudo isto nos é familiar: Bluetooth, iPHone e motor de recuperação energética, que acrescentam uma “explosão de velocidade” em situações de trafego intenso.

A roda especial acompanha a velocidade com a ajuda preciosa do sistema Bluetooth. É uma tecnologia semelhante à HERS ( Kinetic Energie Recovery System ) que mudou radicalmente a Fórmula 1.

Ora, Fórmula 1, Bluetooth e energia acumulada são, características que usamos e abusamos aqui no Aventar, pelo que ninguem mais preparado para receber esta prenda. Já encomendei ao Pai Natal e amanhã vou passar pelo Largo do Rato, onde distribuem em mão.

Espero que os meus confrades aventadores percebam a enorme canseira que tudo isto dá, a começar por, para lá, ter que ir a pé, e para cá, a energia de tão acumulada não haver travão que a segure. Acresce, que o mais certo é apanhar com dois beijos da Edite e/ou da Ana e um forte abraço do Santos Silva!

O Pai Natal sofre muito e ainda tem que ouvir que não existe! Aliás, (e esta é muito má )  ainda estou a pensar se dou ou não a prenda, aos aventadores que dizem não acreditar no Menino Jesus.

Aceitam-se sugestões ! Para todos ?

A pegada ecológica faz o seu caminho

Começa a saber-se algumas das coisas que se passam à volta da Conferência de Copenhaga.

 

Como sempre se disse vai ser o preço que vai movimentar os mercados, introduzindo novos produtos e novos serviços. O petróleo é o caso mais evidente, não basta dizer que polui se não se encontrar uma alternativa viável. Dele depende uma gigantesca máquina logística e de interesses, pelo que não serão boas intenções que o afastarão das nossas vidas.

 

Mas as coisas estão a mudar. A sua extração é cada vez mais dificil e mais cara. Ao petróleo que brotava expontaneamente das areias da Arábia Saudita, sucede o que se extrai do fundo do mar com custos muito superiores e que vai ter dramáticas consequências no preço no consumidor.

 

Isto vai impulsionar a investigação de novas formas de energia, mais baratas e menos poluidoras e dentro de dois/três anos o transporte automóvel será muito diferente do que encontramos hoje.

 

Mas a notícia, bem interessante, que vos quero trazer é que o Equador, que tem muito petróleo no subsolo e cuja exportação representa cerca de 62% das vendas totais ao exterior, aceitou não extrair um extenso lençol, recentemente descoberto, a troco de os países mais ricos lhe pagarem, como compensação, metade dos lucros que teria se o

extraísse e vendesse.

 

Se esta ideia "pegar de estaca" podemos assim salvar a Amazónia, controlar a plantação e tráfico de estupefacientes, por exemplo.

 

E em vez de gastar dinheiro a compensar o mal, podemos controlar na origem todo o processo, tornando-o mais limpo, mais barato e mais saudável.

 

O que tem que ser tem muita força!

O nuclear está de volta

A nova geração de reactores nucleares, que beneficiaram da experiência acumulada dos últimos 30 anos e com os desastres de Chernobil e Tree Miles Island, são extremamente seguros, a ponto de se poder dizer que é sempre possível controlar qualquer incidente.

 

Há, claro, o problema do armazenamento dos resíduos, mas  cujo montante são uma mínima parte dos resíduos que prejudicam o planeta e não são mais perigosos.

 

Aqui em Portugal, a ideia nunca foi avante, tendo sido agora introduzida novamente, pelo Ex-Presidente Eanes. Há questões específicas no nosso país, como seja a dimensão territorial, que não permite a construção de um número suficiente de centrais nucleares que constitue massa crítica, para suportar os custos da pesada logística de apoio de vigilância e segurança, exigiveis.

 

Uma solução passaria por uma parceria com Espanha, por forma a que as nossas futuras centrais  fizessem rede com as centrais construídas e a construir junto à fronteira dos dois países. Assim, a estrutura logística de segurança e  vigilância  seria suportada por um suficiente número de centrais.

 

É que já há centrais espanholas junto às nossas fronteiras e a água que é utilizada para arrefecimento é a  mesma que corre no nosso país, pelo que temos os prejuízos (virtuais ou reais em caso de incidente) e não temos os benefícios. E a haver um incidente numa central espanhola, a ver pelo que aconteceu em Chernobil, cuja nuvem radioctiva alcançou a Suécia , o nosso país nunca seria poupado.

 

As energias renováveis, face ao desenvolvimento e ao petróleo que vai faltando e é cada vez mais caro,  são incontornáveis. Dizer que somos o único país não nuclear, como referência do Turismo, equilibra a balança?

O PSD precisa de um programa

Mais do que um presidente, o PSD precisa de dizer claramente, o que faria de diferente, nas diversas áreas de governo.

 

Na Educação avança com a autonomia nas escolas públicas, com uma avaliação dos professores assente no mérito e com uma carreira decorrente dessa avaliação? E quanto à liberdade de escolha, vulgo cheque ensino?

 

Na Saúde aprofunda a complementaridade entre o SNS e o privado numa óptica da melhor exploração do parque de equipamentos instalado e racionalização dos Recursos Humanos? E quanto à liberdade de escolha?

 

Avança com a Regionalização que tanto engulho causa ao PS centralizador e estatista?

 

O que tenciona fazer aos investimentos públicos anunciados, face à monstruosa dívida pública? Tem prioridades?

 

E na Justiça, o que tenciona fazer? Os actores na Justiça vão continuar a responder perante si próprios, perante o governo ou perante a Assembleia da República? Vamos continuar a ter juízes com 26 anos, titulares de um orgão de soberania? A Justiça para os ricos e poderosos  vai manter-se? O garantismo que só serve quem tem dinheiro e que atrasa todo o processo vai continuar? E as pequenas questínculas administrativas vão continuar a ter honras de tribunal?

 

Na Economia, as PMEs vão, enfim, ter a atenção que a sua importância exige, ou vamos continuar a cirandar à volta de empresas monopolistas com mercados sem risco? As exportações vão ter os apoios fiscais que merecem?

 

E sobre o ordenamento do território, o ambiente, a energia, a cultura,  o mar, a agricultura,

a eutanásia e o casamento gay?

 

Quem vota não sabe o que é que o PSD pensa sobre estas questões nacionais. Os dirigentes sabem?

 

E se o PSD começar por um programa?