Campanha: Mercado do Livramento em Setúbal

setubal

Imagem parte do vídeo com a PAF a passar no Mercado do Livramento em Setúbal

Particularmente cómico é a jotinha, de dedo em riste, a debitar o guião, enquanto se ouve “Ladrões! Ladrões”.

Os indecisos vão decidir a eleição

É o que apontam as sondagens. 25% segundo a Católica. 22.8% segundo a Intercampus. Quanto ao PS e à PAF, não saem do seu eleitorado clubístico.

O eleitorado que mudou

Uma análise de, Manuel Carvalho, PÚBLICO, 27/09/2015, para se ler com a mente despida de preconceitos.

Os perplexos com as sondagens e outros cépticos

Anda meio mundo perplexo com uma provável vitória da Coligação nas eleições do próximo domingo.

No tradicional julgamento das eleições, que ora punem ora aplaudem quem governou, os números que as sondagens apresentam não batem certo com a leitura que fazem do passado recente. Custa-lhes perceber como podem os partidos de um governo ganhar depois de imporem ao país a mais severa dieta das últimas décadas. Têm dificuldade em conceber que governantes que fizeram disparar o número de pessoas sem emprego para a casa do milhão ou forçaram a saída de centenas de milhar de jovens do país possam ser premiados com a reeleição. Não lhes cabe na cabeça como pode um governo que centrou o ajustamento económico e financeiro nos cortes de salários e pensões ou em brutais aumentos de impostos voltar a merecer confiança dos eleitores. [Read more…]

Olhares sobre as legislativas 2015: Paulo Guinote

Paulo Guinote

Quero, com a mesma convicção que em 2011 queria o afastamento do engenheiro Sócrates da governação, que a coligação seja derrotada e afastada do poder.

Mas não o quero para regressar ao passado ou para dar ao PS uma maioria que lhe permita ficar com as mãos soltas.

Como em qualquer democracia estável, acho que os governos de coligação são mais fiéis à vontade plural da maioria dos eleitores e não gosto de truques para dar poder absoluto a quem tem 35-40% de votos expressos. [Read more…]

Pacheco Pereira não votará no PSD/CDS

O argumento é o de que foi assim, porque tinha que ser assim. Mas na verdade, não tinha que ser assim, foi assim porque se foi negligente (no Citius), se perdeu o controlo (no Novo Banco) e se fizeram asneiras (no “ir para além da troika”) ou, como no caso dos Estaleiros, porque se quis que fosse assim. Os prejuízos enormes a montante a jusante de muitas das decisões negligentes, impreparadas, imponderadas deste governo, para servir interesses e amigos, por ideologia, ou pior ainda, não podem ser justificadas pelas situações de facto que foram criadas. Algumas foram travadas pelo Tribunal Constitucional ou por outros Tribunais, outras porque o protesto teve força, outras porque estavam tão mal feitas que não passaram do papel. Mas, para mal de Portugal e dos portugueses passaram coisas demais. Mas quem é que quer saber?

Não há-de ser por mim, como aliás por muitos social-democratas que ainda sabem o que designa essa classificação política, que o PaF vai ganhar. Contrariamente à pequena intriga de muitos gnomos dedicados ao dedo twitteiro e facebookiano da coligação, uns amadores, outros profissionais, todos a mostrar serviço, que se saiba ninguém mudou de partido, ninguém faz parte das listas de deputados do PS e ninguém espera cargos e lugares caso o PS ganhe as eleições. Mas são sensíveis à vergonha interior que muitos trabalhadores dos Estaleiros de Viana devem ter tido, ao ver Portas a usá-los.

Pacheco Pereira explica de forma simples os erros do governo. Exactamente aquilo que o PS tem falhado redondamente.

E mete o dedo na ferida aberta na comunicação social. [Read more…]

Estes gregos são doidos

Ou seremos nós os doidos?

Começou oficialmente a campanha eleitoral

Qualquer que seja o resultado no próximo dia 4, continuarei oposição ao regime, em defesa da Liberdade individual, o que justifica a minha abstenção. Aproveito para dedicar esta música a todos os partidos, coligações ou movimentos sem qualquer excepção…

Legislativas 2015: Sondagens mostram bipolarização num eleitorado bipolar

sondagem-legislativas-2015-20150918

Coligação PSD/CDS perde terreno para PS. Portanto, 70% dos eleitores acreditam que terão resultados diferentes continuando com com os políticos que, na sua alternância, nos trouxeram até aqui. E, destes, 35.3% querem continuar com o governo que lhes trouxe o aumento brutal de impostos, que foi além da troika porque acreditava que esse era o caminho para o país e que governou sistematicamente no limite e para além da lei.

Em circunstâncias normais estaríamos a discutir o tamanho da maioria absoluta do Partido Socialista, escreve o RMD. Acontece que não estamos em circunstâncias normais. Há o factor Cavaco Silva que fez toda a diferença. Um Presidente que fosse da República, em vez de o ser de uma facção, teria demitido este governo há muito. A bomba atómica foi usada antes e por muito menos, mas a dualidade de pensamento de Cavaco foi o garante de um governo que falhou todas as metas que se propôs atingir no início do seu mandato e que serviram de justificação para as opções ideológicas que foram tomadas.

Viver num país até onde 4 mil vaquinhas têm que emigrar

Hoje no “Isto é muito bonito mas”, Paulo Portas, o convidado, dissertava sobre coisas fantásticas que ele tem feito em prol dos negócios e que, supostamente graças a ele, 4 mil vacas foram num barquinho para Israel porque havia bla bla bla e outras cenas.

A coisa continua e, ao terminar o programa, Ricardo Araújo Pereira anuncia o próximo convidado, António Costa, que “certamente irá falar de um país onde até quatro mil vaquinhas tiveram que emigrar”.

vaca

Pronto, o improviso valeu uma valente gargalhada.

Passos: nenhum Governo afecta rendimento das pessoas “por prazer”

Exacto. É por opção ideológica.

“Fui eu que chamei a troika”

É preciso ter nascido ontem para engolir que o PSD não quis a troika em 2011. E é preciso ter passado por morte cerebral para aceitar que não foi o PS a chamá-la. Claro que foi, forçado por vários grupos, incluindo o PSD e a banca, mas sobretudo forçado pelas circunstâncias que a sua própria incompetência e negacionismo criaram. Adaptando uma famosa frase de Napoleão*, vemos agora a história do “quem chamou a troika” transformar-se num conjunto de mentiras sobre as quais jamais estaremos de acordo. Mas é simples: o PSD quis mas não chamou; o PS não quis mas chamou. [Pedro Santos Guerreiro]

Ler também “Cronologia: como Portugal chegou ao pedido de resgate” no Público de 06/04/2011.

Azia geral na coligação de direita

anti-costa

Estafetas do Facebook  em serviço anti-Costa

Depois do debate do Costa/Passos, o exército de comentadores oficiais e oficiosos, incluindo os estafetas do Facebook, viraram a metralhadora ao carácter do Costa. Até aí o prato do dia eram as “provas” da recuperação. Sinais de desespero.

Já agora, sobre o argumento de quem chamou o FMI/etc. é de ler isto: Deixem-se de merdas e contem a verdade aos portugueses: a direita esteve em todas as intervenções do FMI

PAF: Passos a Fugir do BES

passos bes

As bandeiras dos lesados do BES misturam-se com as da coligação. Passos manda-os dar uma volta. Um dia alguém se lembrará de fazer algo como o “Vai estudar Relvas”. Até lá, suspeito que a coligação de direita até sonha com a hora em que a situação se possa transformar na sua Marinha Grande, como quase aconteceu hoje em Braga.

PAF: Passos a Fugir

É vergonhosa e inaceitável a estratégia do PSD/CDS em se esconder, tanto pela fuga aos debates, como pela ausência de um programa que apresente em concreto o que pretende fazer a coligação durante os próximos quatro anos. Sabe-se que pretendem continuar a privatizar o SNS, a SS e a educação. Sabe-se que se comprometeram cortar 600M nas pensões. Sabe-se que pretendem privatizar ainda mais as águas e os transportes públicos. Sabe-se vão lançar um banco. Mas não o dizem. É um programa camuflado, a fazer de conta que estão em 2011. E depois de tudo vendido, qual é o plano para o país?  Não existe. O único plano é manterem-se escondidos, como muito bem explica o Público de hoje no seu editorial.

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Passos quer um cheque em branco

Vejamos. Em vez de discutir o seu programa, falou de Sócrates. Para não prestar contas sobre o seu mandato, falou de Sócrates. Para não ter que ser confrontado com o que fez e com o que vai fazer, fugiu aos debates e entrevistas – ficou claro porquê: ia levar porrada, como levou e falar de Sócrates já cheira a desculpa de quem nada tem para dizer.

Costa, por outro lado, foi incapaz de desmontar os “resultados” (cof cof) de que Passos se gaba. Tem um extenso programa mas falta saber se acabará na mesma gaveta onde enfiaram o socialismo.

Calados que nem ratos

Depois de anos a gritarem que o PS não tinha ideias para o país – e do PS a cair na esparrela, eis que há meses não se ouvem os ministros desastre deste governo e que o PM se recusou a mudar. Onde andam Crato, Paula Teixeira da Cruz e aquela da administração interna? E que é feito do ministro da propaganda, Poiares Maduro, quando é a altura em que esta mais se intensifica? E porque razão fugiu Passos Coelho a uma entrevista (RAP) e a um debate com todos os candidatos? A razão é simples. O governo não quer prestar contas sobre o que fez durante quatro anos nem apresenta um programa concreto para os próximos quatro.

A contra-medida para este esconder-se e esperar que passem despercebidos? É aparecer, dar entrevistas, falar e lembrar que a outra parte está calada que nem um rato. É preciso tirá-los da toca.

O Triângulo: Passos Coelho, António Costa e o “ regressado “ Sócrates.

Ontem o jornalista Sérgio Figueiredo escreveu, no Diário de Notícias, mais uma vez, um excelente artigo de opinião que faz uma análise da campanha eleitoral, analisando o triângulo político Pedro Passos Coelho, António Costa e o agora “regressado “ José Sócrates.

antonio costa

Sempre com uma grande lucidez e pragmatismo escreveu que António Costa

perdeu o amigo do peito. Não deu o peito às balas. Também não fez amigos por isso. Só da onça: a sonsa, os patetas, os alegres de sempre e os ratos do costume. Do Largo do Rato sempre fugiram quando a água entra. Costa mete água, muito PS mete nojo. Cambada de camaradas! E, para eles, a caminhada para o dia 4 de Outubro foi-se tornando cada vez mais penosa. Pior que as sondagens, que os castigam, só as imagens de um candidato que perdeu o brilho e a cor.

O processo eleitoral interno, a sua eleição atribulada e a saída de António José Seguro deixou marcas para o seu futuro político, pelo meio teve a detenção e todo o processo judicial que envolve José Sócrates que na passada sexta-feira deixou o estabelecimento prisional de Évora passando para o regime de prisão domiciliária. Agora que entramos no último mês de campanha verifica-se que António Costa é um homem sozinho, que não uniu os socialistas em torno do seu projecto político, a dinâmica de vitória parece que desapareceu, perdeu toda a sua auréola política de vencedor que o acompanhava, desde a Câmara de Lisboa, e o seu principal adversário, Pedro Passos Coelho, com quem esperava debater o futuro do país “ desapareceu “ da campanha eleitoral. [Read more…]

O medo

Então escolha lá, prefere guilhotina ou forca?

As pessoas andam inquietas. Pior do que isso andam com medo. Medo do que lhes poderá suceder com António Costa ou com Passos Coelho. Costa pede por aí “confiança”, ou seja, que não tenham medo dele. E Passos finge que as coisas voltaram, ou estão a voltar, a uma normalidade que as pessoas não reconhecem e não sentem. [VPV]

vota
Vasco Pulido Valente meteu o dedo na ferida. Saindo-se do circuito fechado onde circula a política, ou melhor dizendo, onde circulam os que acompanham a política e que estão a par do que nela se passa, há um país que não vai além do soundbites – quando a eles chega. Vejo-o nos colegas com quem trabalho, nos amigos, nos conhecidos. Ouvem e lêem os ecos da propaganda nos intervalos do xanax de zapping televisivo mas não acompanham os temas com uma profundidade que lhes permita sobre eles reflectirem e formarem opinião própria.

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Reportagem SIC sobre os perfis Facebook falsos da coligação PAF

Passou às 20:15 na SIC. Referiram que um blog “denunciou alegados perfis falsos”. Não lhes ficava mal terem referido a palavra proibida “Aventar”. E “alegados” aqui é uma imprecisão, porque esse tal blog demonstrou que os perfis são falsos.

Mais, a reportagem, na parte final do vídeo, é confusa ao misturar imagens de perfis falsos com a propaganda criada pela PAF.

O artigo em causa é este: Perfis falsos de apoio à PAF invadem Facebook. Obrigado por não terem apagado o perfil falso.

“Maria Luz” forever

ml

Depois da má ideia de apagarem o perfil falso Cristina Morais, sinal de receio perante a descoberta, os propagandistas dos perfis falsos optaram por manter “Maria Luz” no activo. É o chamado passo em frente à beira do abismo.

Da análise de padrão deste perfil pode-se observar que publica especialmente durante os dias úteis, como se não houve amanhã, com vários posts por hora. Dirão que é alguém com muito tempo livre. Mas possivelmente é, antes, um conjunto de pessoas que usa a mesma conta para divulgar a propaganda.

O que ajuda a explicar a relutância em desistir desta ferramenta de propaganda. Sendo de uso colectivo, não dá jeito mudar e até pode ser que a falcatrua caia em esquecimento. Além disso, haverá sempre alguém que ache piada à foto emprestada pela Natasha a este perfil e peça amizade.

Claro que a “Maria Luz” jura a pés juntos que é ela na foto. E não, não estou a ser sarcástico. [Read more…]

Perfis falsos de apoio à PAF invadem Facebook

maria luz

Já se suspeitava que havia promoção de propaganda política da PAF com recurso a perfis falsos do Facebook e aqui se faz prova. Por exemplo, Maria Luz tem 4,970 amigos, é de Odemira e vive em Lisboa. Pelo menos é o que consta da sua página no Facebook.

Mas será verdade?

[Actualização 30/08/2015, 11:30 – Passado 1h30 desde a publicação deste post, o perfil “Cristina Morais” foi apagado. Consultar cópias no final do post.]

[Actualização 05/11/2015 – Passados 67 dias desde a publicação deste post, o perfil “Maria Luz” foi apagado. Consultar cópias no final do post.]

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Ao cuidado da legião PAF que passa os dias no Facebook e no Twitter

Uso excessivo da Net pode vir a ser considerado perturbação mental

Passos não passa sem ele

mordomo

Dizem que Passos não vai ao debate final na TV devido à exclusão de Portas. Batota e falta de coragem para prestar contas é isto.

República dos tremoços

As surpreendentes barracas das campanhas político-publicitárias dos partidos do obscenamente chamado “arco da governação” mostram que, por eles, Portugal já nem se candidata à condição de república das bananas. Talvez, quando muito, dos amendoins. Ou dos tremoços. Tenho vergonha e não é nada comigo.

Fact check

(clicar para ampliar)

A malta que apoia o governo fez um boneco com o que eles gostavam que pensássemos do programa do PDS/CDS. Só se esqueceram de ter em conta a realidade.

Adenda: diagrama original

Mais sangue, mais suor e mais lágrimas

trabalho

Imagem do Facebook do PSD

Em entrevista ao Expresso, na edição de 27 de Novembro de 2010, Passos Coelho puxou de um sound bite para caracterizar o que ele achava que era situação do país nessa altura.

«Estamos como quando Churchill, a seguir à guerra, disse que tudo o que tinha para oferecer era sangue, suor e lágrimas». [via]

Pela citação, incompleta e errada no tempo, comprova-se que, já então, o rigor era um detalhe para Passos. Em Maio de 1940, com o Reino Unido em guerra, e não depois da guerra, tal como dissera Passos Coelho, Churchill declarou na Câmara dos Comuns: “Só tenho para oferecer sangue, trabalho árduo, lágrimas e suor.” Depois desta entrevista, o mesmo mote viria a ser repetidamente usado*, evidenciando o mote para a campanha eleitoral do PSD em 2011 e para o que viria a ser o programa de governo, baseado numa austeridade de guerra.

No sábado, no discurso do Pontal, PPC voltou ao tema. Os dados para mais sangue, mais suor e mais lágrimas estão lançados. Não há outra solução na coligação que não seja aumentar impostos, baixar o custo do trabalho e cortar nos serviços do estado. Estamos avisados.

*cf. debate do programa de Governo em 2011; discurso de PPC em Dezembro de 2012; etc.

PAF é PAF

Coco Chanel, Mirror Games In Paris, France, 1953

Para quem ainda não tenha reparado na coincidência,

  • PAF=Programa de Assistência Financeira
  • PAF=Portugal à Frente

Sublinhando o óbvio, a coligação é a austeridade.

*Licenciamento da imagem pendente de alterações contratuais para uso em política

Não tem nada que exigir mas sim aceitar o que for o resultado eleitoral!

Cavaco marca legislativas para 4 de Outubro e exige governo “estável e duradouro” (Expresso)

 

A única sondagem credível é o voto, mas entretanto…

É cedo para dizer se a coligação está a subir: se assim for, isso terá forçosamente de ser confirmado nas próximas sondagens da Aximage e da Eurosondagem. (…)  Podemos gastar os rios de tinta e os biliões de píxels que quisermos sobre a “descida” do PS, mas até agora não se infere descida alguma. Imediatamente antes das Europeias, o PS estava estimado em 37,4%. Em Dezembro, 37%. Hoje está em 37,5%. (…) A CDU, depois de uma descida em relação aos melhores valores da legislatura, cujo início coincidiu com a chegada de Costa à liderança do PS, tem estado estável em torno dos 10% desde o início de 2015. PDR e Livre não aparecem discriminados na sondagem da Católica, pelo que ficam na mesma na nossa estimativa. O Bloco, com um resultado muito bom nesta última sondagem, sobe um pouco.

Pedro Magalhães, a partir das estimativas do POPSTAR.

Eleições e fraudes na comunicação social

11412028_10207189971693907_3679697022700594481_oPorque a CNE às vezes, muito poucas, acorda e aplica umas multas a quem não cumpre a lei eleitoral, anda a nossa comunicação social muito pressionante para que a lei seja alterada (e se for preciso a Constituição também).

Na cabecinha dos donos da comunicação as coberturas das campanhas deveriam apenas e somente estar sujeitas ao que chamam “critérios editoriais”.

Pois ontem tivemos uma boa, embora repetida, amostra do que é um critério editorial unânime: a CDU organiza uma marcha em Lisboa onde terão estado 100 000 portugueses. Vejam as capas dos jornais de hoje, que eu ontem passei os olhos pelas transmissões televisivas (onde assisti a uma outra anedota: interromper o directo da intervenção de António Costa na Convenção do PS para um tal de Cavaco Silva repetir as suas banalidades habituais). Adenda: os telejornais fizeram mais do mesmo.

É assim que se fazem eleições em Portugal: concorrentes há dois, depois mais uns dois que não interessam para nada, os restantes concorrentes, esses, para o discurso único dominante, são mero folclore.

Claro que assim o ciclo vicioso da alternância continua viciado. Chamem-lhe democracia, eu acrescento: discretamente mas muito musculada.

A fotografia é da Elisabete Figueiredo, que é uma rapariga plural de esquerda e também foi.