Efectivamente: hiperactivo

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Confirma-se: Marcelo Rebelo de Sousa não disse nada daquilo que a grafia por aí (TSFSIC) adoptada poderá sugerir. Rebelo de Sousa é claro: [ativɐˈmẽtɨ] e [ipɛɾaˈtivu] e não [ɐtivɐˈmẽtɨ] e [ipɨɾɐˈtivu].

Ou seja, «activamente – corro o risco de ser considerado hiperactivo», em vez do profundamente enganador «ativamente [?] – corro o risco de ser considerado hiperativo [??]». Em ortografia portuguesa europeia, sff.

Continuação de uma óptima semana.

Ao cuidado das senhoras e senhores que lideram PS, BE, PCP e PEV

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Estimadas senhoras e senhores,

Antes de mais gostaria de vos saudar por aparentemente terem conseguido colocar o interesse nacional à frente das diferenças que vos separam. Enquanto cidadão que se identifica com uma matriz ideológica de esquerda, é com grande satisfação que encaro o vosso empenho na procura de um entendimento que permita a criação de uma alternativa à austeridade extremista que coloca o poder financeiro à frente das reais necessidades de uma sociedade empobrecida e massacrada pelo radicalismo financeiro que comanda a Europa. [Read more…]

Um Presidente diferente

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Que enorme diferença. Ver Marcelo Rebelo de Sousa a ser entrevistado enquanto candidato a Presidente da República na SIC e tentar comparar com a esmagadora maioria dos nossos políticos em situações do género.

O que costumam fazer os nossos políticos quando são entrevistados em televisão? Simples, responder com a máxima ambiguidade possível e até impossível. O que fez Marcelo? Respondeu a tudo de forma clara, directa e sem “rodriguinhos”. Sem procurar agradar a Deus e ao Diabo. Sem fugir a nenhuma pergunta. Sem atacar ninguém. Limitou-se a dizer o que pensa e com bom senso. De forma séria e ao mesmo tempo descontraída. Dominando perfeitamente o meio e sabendo utilizar o modo certo. Sem artificialismos.

E arriscando. Muito. Afirmar que não vai fazer uma campanha tradicional – não aceita donativos de nenhuma espécie, só vai ter uma sede de campanha (em Lisboa), não vai colocar cartazes nem outdoors nem nada é, mesmo nestes tempos e mesmo com a notoriedade que se lhe reconhece, um enorme risco.

É um candidato diferente. Estou convencido que se vencer, como espero, será um Presidente diferente. E como Portugal precisa de um PR diferente…

Carta do Canadá: Espectáculo grotesco

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Não me parece saudável deixar passar em branco algo que aconteceu dentro do parlamento, no qual trabalham ou simplesmente se exibem pessoas que o povo português é obrigado a pagar. Porque, em meu entender, quem não sabe respeitar instituições merece ser chamado a contas e avisado o povo de que demasiado silêncio é moléstia.

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Dehors les immigrants! – diz o Santos

front_national_daniel_dos_santosEu (e todos os meus amigos da escola também) tenho (e cada vez mais!) m familiar, um vizinho ou alguém próximo que emigrou para França ou já de lá voltou depois de décadas a aforrar para um futuro menos pesado. Eu, e possivelmente todos os portugueses, conheço pessoas na diáspora em quatro continentes, em latitudes distintas e múltiplos fusos horários.
Pela coragem que tiveram no momento da partida (agora já não vão num comboio de saudades) e pelas provações por que passaram, fico também reconhecido aos países que os acolheram e onde fizeram questão de se integrar.
Não tenho dúvida alguma de que Portugal seria muito mais pobre do que apenas  “o país mais pobre da Europa Ocidental” (como escrevia o The Guardian há dias).
Se Paris (teremos sempre Paris, não é?) não fosse a terceira maior cidade portuguesa, se no Luxemburgo não se falasse português, assim como em Andorra ou na Alemanha, se na Califórnia, em Toronto ou Montreal, qual teria sido a miséria dos que para lá ousaram partir?

Mas, ainda que possamos achar estranho que portugueses (de segunda ou mesmo de primeira geração) a residir e trabalhar noutros países se associem a movimentos anti-imigração, a verdade é que tal acontece sobretudo a coberto de muita ignorância e alguma estupidez.

“Vêm para cá roubar os nossos empregos, baixar os salários”, dizia um… filho de um emigrante português… é por isso que é cada vez mais importantes o ensino da História nas escolas.
Por falar nisso, neste país com quase 900 anos, há um programa na tv aberta sobre História? – será por falta de tema?

(cartaz via Nuno Roby Amorim)

“Vou ser um Presidente imperativo”, diz Marcelo à SIC

Peço desculpa, enganei-me: “Vou ser um Presidente hiperativo“, diz Marcelo à SIC.

Mais tarde ou mais cedo, o resultado é sempre o mesmo…

VN O início do século XXI trouxe muita esperança aos crentes nos amanhãs que cantam, desta feita é que era, sucessivos líderes mais ou menos populistas iam alcançando o poder na América Latina, Castro deixou de estar só, ainda que os cubanos continuem impedidos de votar em eleições livres à semelhança da esmagadora maioria das populações no Continente, hoje felizmente livre das ditaduras militares erguidas sob o pretexto de travar o expansionismo comunista.

Há poucos dias os Kirchner passaram à história na Argentina, mais difícil será enterrar ali de vez o populismo Peronista, no Brasil o PT e Dilma atravessam momentos difíceis, mas nada comparáveis à estrondosa e humilhante derrota sofrida por Nicolás Maduro, herdeiro espiritual do populista Chavez, existindo até a hipótese da oposição conseguir alcançar dois terços dos mandatos, o que permitiria rever a Constituição e mandar o Bolivarianismo para os livros de História. [Read more…]

Notícia de última hora!

Moscovo perde contato com satélite militar. Efectivamente: contato.

Coligação PàF: uma corte em decadência

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António Costa deve agradecer à seita passista por este curto e inesperado momento de estado de graça, que não se antecipava, mas que acaba por ser uma decorrência do PREC – Processo de Radicalização Em Curso – no qual se encontra mergulhada a direita nacional. Para além dos crentes praticantes, já ninguém leva a sério os apostólos ressabiados da coligação, seja no Parlamento, na imprensa ou nas redes sociais. Mas a insistência no absurdo reforça laços à esquerda. O novo governo e respectivos parceiros agradecem.

A cassete encravada do PàF é hoje um deleite para quem, como eu, vem apreciando o show de variedades protagonizado por PSD e CDS. Como bobos de uma corte decadente de um rei há muito nu, repetem-se até à exaustão os chavões do “golpe de Estado” e da “ilegitimidade” para os quais já nem os comentadores mais leais têm paciência. A decadência é tal que a figura que mais vezes surge a representar o PSD é o sinistro despesista de Gaia, Marco António Costa. [Read more…]

A culpa é do acordo de esquerda X

Depois de um pico de 2,51% na quinta-feira passada fruto do desencanto com o pacote de estímulos do BCE, os juros das Obrigações do Tesouro português (OT) a 10 anos abriram a semana a descer para 2,47%” [Expresso]

Nova política de comentários

Desde 2009, o Aventar tem sido um espaço de ampla liberdade. Ao fim de quase 7 anos, temos 120 mil comentários publicados por milhares de leitores, ocasionais ou «permanentes» – os da casa. Ao contrário de outros blogues, os comentários no Aventar não são moderados, ou seja, são publicados imediatamente.
O problema começa quando algumas pessoas não conseguem entender que um espaço de liberdade pressupõe sempre a equivalente dose de responsabilidade naquilo que se publica. Não é por termos liberdade de publicar que vamos desatar a insultar tudo e todos ou alguém em particular. Não é uma situação nova, sempre aconteceu, mas nos últimos tempos tem sido demais.
Para grandes males, grandes remédios. A partir de agora, os comentários continuarão a não ser moderados, mas os utilizadores têm de estar registados e ter sessão iniciada para poderem publicar comentários. Ou seja, quem comenta terá que usar a sua conta wordpress, twitter, facebook ou google para o fazer. O seu primeiro comentário terá que ser aprovado pelo Aventar, mas os seguintes serão publicados automaticamente.
É caso para dizer que por uns pagam todos. Há a esmagadora maioria que comenta normalmente, mas depois há os trolls. Meia dúzia de artistas que inventam um nome tipo «És um porco» e um mail do género «wehgherucnrfhdrcjdrm@gmail.com» e que, a partir daí, proferem os insultos mais soezes sob a capa do anonimato – ah, como é fácil, seus artistas, insultar atrás do teclado. Na vez seguinte, inventarão outro nome e outro mail e por aí fora.
Não vão desaparecer – a obsessão da trollice vai levá-los a criar mails em barda apenas para poderem continuar a actividade – mas vão ter a vida mais difícil. E todos nós, da comunidade Aventar, vamos sentir o ar menos poluído.
Esperamos a vossa compreensão.

Segredo de Justiça e Prisão Preventiva

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É do domínio público que apresentei uma denúncia relativamente a Marco António Costa, actual vice-presidente e porta-voz do PSD, junto da Procuradora Geral da República, Dra Joana Marques Vidal, do Director do DCIAP, Dr. Amadeu Guerra e do Director Nacional da Polícia Judiciária, Dr. Almeida Rodrigues, no dia 23 de Abril de 2015.

Esta denúncia, tal como foi tornado público pela Procuradoria Geral da República, deu origem a um inquérito que corre termos no DIAP do Porto.

Nos últimos tempos muito se tem falado e escrito sobre o segredo de justiça e a prisão preventiva. Estas são sem dúvida duas questões controversas que deverão ser alvo de um amplo debate que envolva todos os agentes judiciais mas também a sociedade civil.

Eu entendo que no caso de alguns crimes como por exemplo o tráfico de influências, a participação económica em negócio e a corrupção pode ser necessária, em alguns casos, a prisão preventiva de forma a tornar mais eficaz a investigação. Mas esta prisão preventiva não pode estender-se ” ad eternum ” durante longos meses e mesmo até anos. Penso que a prisão preventiva utilizada, como meio de apoio à investigação, não deveria ir para além dos 30 dias.

No que diz respeito ao segredo de justiça entendo que o mesmo é essencial para a realização do difícil trabalho de investigação pela parte das entidades judiciais.

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A fragmentação da União Europeia segue dentro de momentos

Le Pen

Xenofobia, eurocepticismo, populismo, anti-emigração e pró-pena de morte. Parabéns União Europeia! Depois de anos de ditadura dos mercados, austeridade fanática, corrupção generalizada, apoio e participação em guerras e invasões ilegítimas que nada têm que ver connosco e muito medo à mistura, eis o teu primeiro conseguimento: uma França de extrema-direita. Se achavas o Tsipras radical, prepara-te para o que aí vem. Pode ser que aprendas, tal como os peões da direita ressabiada portuguesa, o verdadeiro sentido da palavra.