No final de 2011, Paulo Portas apresentava no hemiciclo o orçamento do seu ministério – o golpe irrevogável ainda não tinha acontecido e Portas era “apenas” o Ministro dos Negócios Estrangeiros – e anunciava aos parlamentares que, para conter a despesa e a “situação de emergência” em que o país vivia (que apesar da propaganda continua a viver), seria necessário fechar algumas representações. Uma dessas representações era a embaixada de Portugal na UNESCO (Paris), cujas responsabilidades passariam a ser assumidas pelo embaixador português em Paris. Uma medida coerente, que permitia assim uma poupança sem que o qualidade do serviço fosse, entendia o governo, afectada.
A destruição que paira sobre Palmira
Primeiro vieram as minas, depois as explosões. Em breve não restará nada. Se houvesse petróleo para trocar por alimentos…
Um Ministro pré-Marcelista
Nuno Crato não respeita a Constituição, os Direitos Humanos e as Recomendações da
UNESCO
A memória é muitas vezes um processo doloroso – esquecemos o que queríamos recordar e recordamos o que queríamos esquecer.
Queria recordar um ano letivo que tenha começado sem estar envolto em confusão. Só me lembro de Maria do Carmo Seabra. Confesso que só de ouvir este nome – Maria do Carmo Seabra – sorria. Pensei que seria impossível repetir-se a história, mas os factos cá estão para, mais uma vez, para comprovar que é possível a água passar duas vezes debaixo da mesma ponte.
Nuno Crato, o ex-comentador do Plano Inclinado, agora Ministro da Educação colocou-se ao nível de Maria do Carmo Seabra na incapacidade de desenvolver um concurso de Professores sem erros. Neste aspeto, Nuno Crato marcou a diferença clara para as duas ministras anteriores. Para pior.
Nuno Crato aparece também como o rosto de um conjunto de mudanças nas nossas escolas que visam destruir a Escola enquanto Património da República e da Democracia. [Read more…]
Barragem do Tua: O relatório do ICOMOS / UNESCO que o Governo tentou esconder
No seguimento da luta que tem vindo a desenvolver a favor do Vale e da Linha do Tua, o Aventar teve acesso ao Relatório do ICOMOS / UNESCO sobre a Barragem do Tua e os seus efeitos na classificação do Douro como Património Mundial.
É um relatório arrasador, no qual a autora afirma peremptoriamente que «a área de intervenção da Barragem afecta totalmente a Região do Douro Património Mundial»; ou que «a construção da Barragem significaria um impacto muito grande na Região do Alto Douro Património Mundial que implicaria a perda do VEU (Valor Excepcional Universal) e sérias ameaças à sua autenticidade e integridade»; ou ainda que «Medidas compensatórias, mesmo que tenham de ser revistas à luz do Plano de Gestão, não são o ponto mais importante, mas sim se a Barragem de Foz Tua deve ser construída de todo».
É com grande prazer, mas com enorme pesar, que publicamos hoje o Relatório da Missão Consultiva do ICOMOS / UNESCO para o Alto Douro Vinhateiro e impactos da construção da Barragem de Foz Tua. A tradução portuguesa é o nosso contributo para a defesa do Tua e do Douro.
Download do Relatório original (em inglês):
REPORT Advisory Mission Alto Douro ICOMOS_20110805
TRADUÇÃO PORTUGUESA a cargo de Ricardo Santos Pinto, Helder Guerreiro e Carlos Fonseca [Read more…]
Fado de Lisboa, património da humanidade
Gosto de alguns fados, como gosto de alguns tangos, de algumas valsas, de alguns minuetos, de algumas sinfonias e de várias músicas de géneros diversos. Não gostarei menos ou mais de fado de Lisboa como um todo só porque a UNESCO deu uma medalha a uma comissão e que, como ontem frisou Rui Vieira Nery, presidente da comissão científica da candidatura, apenas representou o fado de Lisboa porque «o fado de Coimbra tem uma dignidade própria». Mas, dignidades à parte, assim o leio, há o fado – o de Lisboa, naturalmente – e o fado de Coimbra. Para concluir em grande quanto a bairrismos, aqui ficam as variações do coimbrão Artur Paredes, tocadas pelo filho Carlos Paredes.
Palestina na UNESCO, retaliação de Israel e dos EUA
A UNESCO, estrutura da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura, aprovou por larga maioria o ingresso da Palestina, como 195.º membro da organização – 107 votos a favor, 14 contra e 52 abstenções.
Portugal esteve entre os abstencionistas. Fontes do MNE, e segundo julgo saber o próprio ministro, Paulo Portas, justificaram a abstenção de Portugal com a necessidade de alinhamento no seio da UE. Um falsa desculpa, visto que a França votou a favor e, portanto, não houve uma posição concertada a nível dos 27 estados-membros. De resto, a UNESCO é dirigida por Irina Bokova, uma búlgara e cidadã da UE, cujo discurso não poderia ser mais entusiasta, como se prova por esta versão em francês.
Do tom reprobatório do embaixador de Israel, Nimrod Barkan, nada há a estranhar ou a comentar. É um acto que se inscreve na política da agressão e da anexação ilegal de territórios pelo seu país.
Dieta Mediterrânica…
…e Gastronomia Francesa elevadas a Património Imaterial da Humanidade.
Finalmente uma notícia saborosa. Mas não só, a lista também ganhou algum salero.
Tomem lá umas receitinhas para comemorar e uma musiquinha que faz o pleno (Camaron e Tomatito em Paris e as bailarinas salerosas)
Biblioteca Digital Mundial
Com apoio da Unesco, pode encontrá-la em http://www.wdl.org e saber mais no estrolabio.
Ernesto Melo Antunes – não faltou ninguem que fizesse falta
Já quando era primeiro ministro, Cavaco Silva não apoiou a candidatura de Melo Antunes a Presidente da UNESCO. Nessa altura não funcionou a tal ideia que é preciso apoiar Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia por ser português.
Agora, enquanto Presidente da Republica, não aceitou o convite para presidir à homenagem a Melo Antunes que foi prestada nos dias 27/28 e 29 na Calouste Gulbenkian. Cavaco Silva, vá lá saber-se porquê, não gosta de Melo Antunes, nem dos capitães de Abril. Ora a verdade é que lhes deve, por inteiro, ter sido primeiro ministro e agora Presidente da Republica.
Magoa-me, porque a verdade é que sempre votei em Cavaco Silva, mesmo quando votar em Cavaco era votar no PSD, onde nunca militei nem tenho referências políticas. Mas achei sempre que Cavaco Silva tinha (tem) um sentido de Estado que faz falta à vida política portuguesa, onde sobram os invejosos, oportunistas, ladrões e medíocres.
Parece que tenho andado enganado, Cavaco Silva é presidente de todos os portugueses e é-o tambem de homens que tiveram que tomar posições muito dificeis que não agradaram a todos mas que, no caso de Melo Antunes, até se revelaram de enorme interesse nacional e evitaram guerras civis.
Mas em democracia há sempre hipóteses de mudar, de melhorar, de aprender com os erros. Nunca mais votarei em Sua Excelência!
A máquina do tempo: Sobre a canção urbana – o fado e o tango
em
sei porque estou eu, qual musicólogo encartado, a falar de uma coisa de que nada percebo. Aqui no Aventar, sinto-me na mesa do café onde estamos à vontade para discutir tudo, desde o Borda d´Água ao «Capital» de Marx, passando pela música de Beethoven e pelo Triângulo das Bermudas . Hoje deu-me para o tango e para o fado. Podia ter sido bem pior. Ora vamos lá ouvir a María Lavalle.
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