Um artigo muito completo que ajuda a perceber «o debate que domina actualmente a atenção dos economistas».
Imagem retirada do blogue Παρέμβαση.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Um artigo muito completo que ajuda a perceber «o debate que domina actualmente a atenção dos economistas».
O Tó da Farmácia deu, ontem, entrada na sua última morada. Tinha 51 anos, e o caranguejo da morte abocanhou-lhe o pâncreas, chupou-o até ao osso e entregou-o à família para um último adeus, com aquele ar de cera que anuncia a passagem.
Um simples telefonema, uma mensagem, e a notícia era, então, definitiva para todo o clã: o Tó, o mais certinho de todos, tinha hora marcada numa capela mortuária, na mesma igreja que quase todos havíamos frequentado.
Eu era mais velho, 10 anos naquele tempo que eternidade, tinha quarto alugado na casa de um deles, estudava e trabalhava. Olhavam-me de soslaio, era um velho. No regresso das aulas, na Praça, lá estavam eles, a jogar à bola com os bancos por balizas, a preparar a última estória para memória futura, a aprenderem o primeiro sabor do cigarro. No mesmo sítio, onde, mais tarde, se iniciaram nos drunfes com cerveja, na ganza, no chuto. Outros que não. Ficava por ali um pouco, lançando olhares às sopeiras, titubeando uns piropos, naquela aprendizagem que todos fazíamos no jardim público ao pé de casa. [Read more…]
A Marisa Matias retirou o seu nome de relatório sobre BCE, da sua autoria, depois de a canalha do PPE o ter adulterado.
A Noémia já aqui escreveu sobre os acontecimentos e a detenção de Fernanda Policarpo.
Conheço a Fernanda há muitos anos, tenho com ela uma relação de amizade. Trata-se de uma actriz com longa carreira de palco, com quem já tive o prazer de trabalhar em várias ocasiões.
Como actriz e cidadã, Fernanda tem encarnado, no contexto actual, uma personagem que transporta consigo uma bandeira portuguesa e lenços brancos. Trata-se de uma figura que resiste, protesta e exerce cidadania activa, para que não nos esqueçamos que há um mínimo de dignidade a que todos temos direito.
Foi isso que ontem lhe negaram na manifestação em frente ao hotel Ritz. Suponho que atacaram mais a personagem do que a cidadã (ainda que em alguns aspectos sejam indissociáveis) e pergunto-me o que odeiam e temem tanto, se a bandeira portuguesa, se os lenços brancos, se a atitude de quem não se rende e age de forma teatral e eficazmente simbólica, obrigando-nos a uma reflexão sobre o nosso próprio espaço, cultura, história e liberdade:
Eis o que quero dizer:
Em Lisboa reportam-se diariamente encerramentos de salas de cinema, degradação dos imóveis ou aquisição de edifícios históricos.
Em Paris reabrem-se edifícios emblemáticos, como é a Sala de cinema Luxor, para simbolizar o início de uma nova era para o cinema.
Pergunta a António Costa: “Será assim tão difícil seguir bons exemplos?
Começou por ser Ministra da Educação. Durante o seu mandato, acabou com o leite grátis para as crianças dos 7 aos 11 anos e limitou-o a um terço de um copo às crianças mais pequenas. Para além disso, fechou mais de 3 mil escolas especializadas em determinado tipo de ensino, transformando-as em escolas de ensino regular. Acabou com todo o tipo de regulamentação das ementas escolares, abrindo caminho à fast food e ao tipo de alimentação que hoje domina as escolas inglesas.
Num acto de traição e deslealdade para quem a nomeara, Edward Heath, chegou ao poder do Partido Conservador. Ao mesmo tempo que frequentava o Instituto de Assuntos Económicos, ia formando um conjunto de ideias de clara oposição ao Estado Social, ideias essas que não tardou a pôr em prática quando se tornou primeira-ministra em 1979. Uma eleição que ganhou porque, entre outros factores, conseguiu captar um número maciço de votos provenientes da Frente Nacional Britânica, Partido racista de extrema-direita que, a partir daí, praticamente se diluíu no Partido Conservador, passando de 190 mil votos em 1979 para 23 mil em 1983.
Não por acaso, 2 meses depois de ser eleita começava a pôr em causa aquilo que via como o excesso de imigrantes asiáticos em Inglaterra. Como principais medidas dos seus Governos, temos [Read more…]
Ficou o Ultrarich perplexo quando o PM não falou com os portugueses sobre a concessão de crédito à banca via mais impostos? Olha, aguenta, aguenta.
O ambiente da bloga e da opinião em geral anda muito raivoso. Um radicalismo pouco respirável e ainda menos recomendável emerge como a mais recente forma de pólvora seca. A raiva, porém, é um acto mal direccionado da razão, especialmente quando não quer ver a realidade como qualquer coisa de bem mais complexo que o monocromatismo dos nossos ódios e ascos. Em geral, a cegueira sectária mostra-se má conselheira, quer naqueles que apontam o dedo ao papão do neoliberalismo, quer naqueles que muito justamente espumam e sofrem pela morte anunciada do Estado Social tal como o conhecemos, como se não tivesse sido antes de mais o definhamento económico consentido nas governações passadas a matá-lo, processo de há muito mais que um bom par de anos.
Os números da nossa desgraça não nasceram desde há dois anos. Se em 2012 a riqueza nacional caiu 3,2%, em parte devido à famosa receita amarga do organismo liderado por Christine Lagarde, façamos justiça ao facto de o nosso País ter das finanças públicas mais insustentáveis do Mundo devido ao modelo económico seguido até 2011 e às escolhas governativas tecidas ao longo das últimas décadas, coito Governo-Banca/Sectores Protegidos, assunto sobejamente submetido ao bisturi impiedoso da revisitação analista, condenando desde as escolhas do Primeiro-Ministro Cavaco aos deslumbramentos parolos do último mentiroso supremo e absoluto. Se querem odiar alguma coisa, odeiem isto, o estado a que chegamos. [Read more…]
Mas afinal, querem é animá-los com Paulitos e Gaitas.
Votos de boa viagem e bom desempenho aos nossos manobradores de pau e tocadores de gaita.
O estado que destrói a educação com um frenético ritmo de nova legislação é o mesmo que destrói a justiça por completa inacção quanto a legislação que meta a justiça a funcionar.
Também se fazem revoluções no Outono. O clássico dirigido por Sergei Eisenstein na comemoração do 10º aniversário da revolução bolchevique.
Ficha IMDB. Legendado em castelhano.
Sendo que para a maioria serão um exercício de retórica…
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
E o Ventura que sacou de um “os turcos gostam pouco de trabalhar!”, num país que tem fama de só gostar de “putas e vinho verde”?
Alguém sabe se, porventura, o André tem raízes alemãs?
Elementos da Juve Leo integrarão o pessoal de terra do novo aeroporto: «Estamos habituados a mandar tudo pelos ares na zona de Alcochete.»
Ainda vamos ver o “Ministro” Nuno Melo a propor a incorporação obrigatória dos sem abrigo nas Forças Armadas….
E muitos boys & girls sem emprego. O governo exonerou a mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
“St. Thomas’?”, perguntei aos deuses da Ortografia. “Deveria ser St. Thomas’s!”, exclamei. Felizmente, não estou sozinho — há quem se defenda, alegando que é um plural. Really? Oh dear!
“Morta por dentro, mas de pé, de pé como as árvores” e (peço desculpa pela javardicezita) “Prefiro morrer de pé do que votar no Luís André“. A primeira dá o mote. A outra… A outra… A outra (ui!), valha-nos Nossa Senhora da Agrela.
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
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