As eleições gregas e a esquerda

cartaz kke

Cartaz de campanha eleitoral do PC  da Grécia, Junho 2012 : “Nova Democracia e Pasok não são alternativa. Não confiem no Syriza. Reforçar o KKE”

As eleições na Grécia transportaram-se para Portugal, nas redes, em forma de PCP versus BE. Coisas que acontecem, e que estendido o pano permitem vastas e bem parvas mangas.

Compreendendo a dificuldade institucional do PCP em se livrar do peso das suas relações com o KKE, autor deste cartaz neo-maoísta, parece-me que as coisas se simplificam se encararmos esse partido, agora muito reduzido, àquilo que na realidade é: um grupelho maoísta contra-revolucionário. Em caso de dúvida, o farol chinês não engana, e vejam como a República Popular da China se demarca e manifesta o seu apoio aos vencedores:

China espera que resultado na Grécia ajude a estabilizar a zona euro.

Era tudo mais fácil quando a Moscovo tratava destas coisas, mas com calma e tranquilidade lá se chega.

O criminoso volta sempre ao local do crime

Ângelo Correia no Prós & Prós discutindo as nossas secretas. Para a semana Vale Azevedo e Duarte Lima falam sobre os problemas da justiça.

Albino Cleto, Bispo Amável

JN, 17 de Junho, 2012

Custa-me saber de coisas destas: a morte, inesperada para mim, de um homem que me tenha acontecido admirar profundamente ao longo de décadas. Pelo menos desde os anos oitenta, comecei a apreciar imenso a sabedoria e o suave humanismo cristão de Albino Cleto, professor e pastor da minha Santa Igreja Católica em Portugal. Empatias são empatias. Ano após ano, nos sublimes Encontros Nacionais de Pastoral Litúrgica, em Fátima, nunca perdia palavra sua, por ser sábia, por estar embebida em Cristo, e por me contagiar de serena solidez neste peregrinar até à meta cósmica única que é Ele. Amei sinceramente este homem simples e eloquente, acabado de partir para o Inefável Abraço do Pai. Nunca o esquecerei.

Eleições na Grécia

Escândalo no exame nacional de Português do 12º ano

Da prova hoje realizada constavam uns versos de um tal Camões, vetusto decassilabista, onde, pasme-se, abundavam os erros ortográficos.

Cos e co, algũa, assovia, hómidos, hórridos todo um baxo trato humano à ortografia superiormente ditada por todas as normas ortográficas.

Uma vergonha. Depois disto tudo pode acontecer. É  certo que em letra mais pequena se avisava ter-se usado a edição de um tal de Costa Pimpão, que não faço ideia de quem seja mas certamente não andou na escola,  está mal, deviam  ter escolhido outra, em português de lei. Esta gente deve pensar que a ortographia é uma convenção qualquer de somenos importância. Cáfila de traidores.

Frei-Padre de Esquerda-Garganta

Creio que Francisco Louçã, uma vez mais, não tem razão ao considerar que Portugal deve revoltar-se contra a austeridade e aquilo a que chama uma “política de terra queimada” as quais, austeridade e política, diz, só conduzem ao desastre e à falência da economia. Pelo menos não é contra isso que nos devemos revoltar e não porque não devamos, apenas porque não podemos. Devemos, sim, revoltar-nos contra os consabidos ladrões impunes que o Regime protege dentro e fora do País, apesar das minas e armadilhas deixadas para trás, lesivas dos interesses gerais e do Estado. Devemos revoltar-nos contra os emissores de mentiras passadas, absolvidos pelo hábito nacional do olvido, indulgenciados pela nossa fraca memória. Aliás, os eleitorados europeus mostram não querer “terra queimada” como forma de luta contra a “terra queimada” austeritária em decurso, porque o abismo atrai o abismo. Um padre político, ainda que de Esquerda, como Louça, é sempre um padre: pode açular as massas ao sangue ou à castidade e ficar de fora a ver aonde param as modas. Mas isto não vai lá de todo com Beatério de Esquerda, Chico Louçã! Não vai. Já devias ter percebido isto. Por que não visitas empresas inovadoras e de sucesso, como faz o Daniel Deusdado, ao escrever, hoje, no JN, sobre a ADIRA?! Era mais por aí.

As Cinderelas não podem ser criticadas


São verdadeiras Cinderelas. Ricas, belas, famosas. Por isso, era o que mais faltava que pudessem ser criticadas.
Não podem. Paulo Bento mostrou-o ontem durante a conferência de imprensa, as Cinderelas mostraram-no na zona mista. Todos devem dizer que o trabalho do treinador está a ser bom, mesmo aqueles que acham que está a ser mau. E todos devem dizer que as Cinderelas jogam sempre bem, mesmo quem acha que às vezes jogam mal.
Cristiano Ronaldo é o caso mais paradigmático. Ai de quem o critique! É inveja, só inveja de não ser rico e bonito como ele. E olha para ele, a dar a resposta no campo a quem o criticou.
Pela minha parte, vou continuar a criticá-lo sempre que quiser sem me preocupar se me chamam invejoso ou não. Nunca poupei críticas, fosse ao Papa, ao Primeiro-Ministro ou ao Presidente da República. Posso criticá-los a todos, mas a Cristiano Ronaldo não.
Sou invejoso.
Ontem, contra a Holanda, Cristiano Ronaldo fez uma exibição maravilhosa, marcou 2 golos e mostrou que é um dos melhores do mundo. Elogios merecidos. Nos 2 jogos anteriores, fez 2 exibições de merda. Um nojo! Críticas merecidas.
É pena que, a Cristiano Ronaldo, as críticas estejam vedadas.

P. S. – Não entendo como é que se pode criticar um jogador como João Moutinho, que dá tudo o que tem e joga quase sempre bem. Mas de vez em quando lá vêm as críticas ao pequeno grande jogador. São uns invejosos, é o que é.

Que giro! Tão pequeno e já fala chinês!

Vinte e três meninos entre os 4 e os 5 anos do Colégio Saint Daniel Brottier ainda não sabem ler nem escrever (português), mas já reconhecem caracteres chineses, o que já começa a ser «natural»!?

Tão moderno e com visão de futuro quer ser este Colégio, criando um projeto pioneiro, que relega para segundo plano a língua portuguesa…

Penso que esta situação é bem mais preocupante que o cumprimento ou não do novo Acordo Ortográfico, assunto que tem vindo a preencher páginas e páginas de artigos e criando divisão entre aqueles que de um lado ou do outro amam a nossa língua.

Cristiano Ronaldo…

…fez aquilo que se esperava dele, mostrou o jogador que é e calou os seus detratores no sítio certo: o campo ( ou, então, aprendeu a jogar futebol do dia para a noite, depois do jogo com a Dinamarca).

Hoje, e até ao próximo jogo, é bestial e toda a gente gosta dele desde pequenino. Quando passará novamente a besta?

O exame de Português de 9.º ano (código 91)

O exame de Português de 9.º ano começava com um texto de Gonçalo M. Tavares, publicado na «Visão» em 22 de Setembro de 2001, sobre os Dicionários e as palavras que não são usadas normalmente nas «conversas de café». Seguiam-se 6 perguntas de resposta múltipla sobre o texto.
Um segundo texto, extraído da obra «A Casa do Pó», de Fernando Campos, remetia para o universo dos Descobrimentos e em particular para os estaleiros navais na zona de Belém. A narrativa decorre poucos anos depois da viagem de Vasco da Gama para a India. Seguiam-se 5 perguntas de interpretação sobre o texto.
O Grupo I terminava com Gil Vicente. Os alunos tinham de redigir um texto sobre o «Auto da Barca do Inferno» ou, em alternativa, sobre o «Auto da Barca da India», sendo que eram apresentados excertos das duas obras.
No Grupo II, 6 perguntas de Gramática e, no último Grupo, uma composição sobre a importância do vocabulário na comunicação oral e escrita.
Mesmo não sendo profesor de Língua Portuguesa, pareceu-me um exame acessível, embora, comparando com a vergonha que era nos tempos da Prevaricadora Maria de Lurdes Rodrigues, quase se pudesse classificar como sendo de dificuldade média. Definitivamente, atendendo ao universo dos nossos alunos, não era um exame que se fizesse de caras.
Também me pareceu um exame grande. A amostra vale o que vale, mas a verdade é que dos 13 alunos que «vigilei», só 4 não precisaram de utilizar os 30 minutos de tolerância.
Quanto ao resto, bem-vindos ao trabalho mais chato do mundo

Etty

Um nome tão pequenino para se chamar a alguém tão grande…

Etty foi uma judia holandesa que, tal como Anne Frank, escreveu um Diário durante a ocupação nazi. Morreu em Auschwitz. Tinha apenas 28 anos.

Soube de Etty ontem, ao ler a crónica de Frei Bento Domingues no Público.

O Diário (1941-1943) de Etty Hillesum está traduzido para português e publicado pela Assírio e Alvim. Transcrevo algumas passagens desse texto incómodo e inquietante:

Podem tornar-nos as coisas algo complicadas,

podem roubar-nos alguns bens materiais, alguma aparente liberdade de movimentos,

mas somos nós que cometemos o maior roubo a nós próprios,

roubamo-nos as nossas melhores forças através da nossa mentalidade errada.

Através de nos sentirmos perseguidos, humilhados e oprimidos. Através do nosso ódio. Através de fanfarronice que esconde o medo. Bem podemos, às vezes, sentirmo-nos tristes e abatidos por causa daquilo que nos fazem, isso é humano e compreensível. Porém, o maior roubo que nos é feito somos nós mesmo que o fazemos.

Eu acho a vida bela e sinto-me livre. Os céus dentro de mim são tão vastos como os que estão por cima de mim. Creio em Deus e creio na humanidade, e aos poucos vou-me atrevendo a dizê-lo sem falsa vergonha.

A vida é difícil, mas isso não faz mal. Uma pessoa deve começar a levar-se a sério e o resto segue por si mesmo. E ‘trabalhar a própria personalidade’ não é certamente um individualismo doentio. E uma paz só pode ser verdadeiramente uma paz mais tarde, depois de cada indivíduo criar paz dentro de si e banir o ódio contra o seu semelhante, seja ele de que raça ou povo for, e o vença e o mude em algo que deixede ser ódio, talvez até em amor ao fim de um tempo, ou será isto pedir demasiado? Contudo é a única solução.

Apesar de todo o sofrimento, Etty acreditou na humanidade…

Perante o seu testemunho, tornam-se fúteis os nossos queixumes.

 

O português da selecção

Ao assistir à conferência de imprensa de Paulo Bento, ouvi, pela enésima vez, um português usar “sobre” quando devia usar “sob” (a frase proferida pelo seleccionador nacional incluía qualquer coisa como “ganhámos sobre o ponto de vista colectivo”). Há pouco tempo, pudemos assistir à prestação infeliz de Cristiano Ronaldo a tratar o Presidente da República por você e a terminar com um “tá?”. [Read more…]

Obrigada COMANDANTE Cristiano Ronaldo!

O dinheiro não compra tudo!“, dizem por aí. _ Tal como a INTELIGÊNCIA desaparece de quem está dominado pelo sentimento de Inveja, digo, convictamente, depois de tanta coisa que li de 13 de Junho até hoje.

O ódio económico existe, é mais um mal que pode destruir pessoas, nações (a Líbia, p. exemplo) Y o seu portador só encontra consolo com aniquilação do seu objecto alvo. Não sei se há cura para esta infestação humana, mas os seus portadores são facilmente identificados.  A inteligência, por mais bela que seja a prosa: desaparece; o ridículo, o patético,  o mesquinho, o etc. secundário ganha lastro. Dá pena ler. Dá dó descobri-los assim. Qualquer um que tenha mais dinheiro que educação, formação, “cultura” parecerá sempre um belo príncipe – por mais “bronco” que o seja  – face a tais portadores de ódio económico. Não há nem inteligência, nem educação, nem formação, nem “cultura”,  nem belo verso que os salve de tão triste condição digna de dó Y lástima. É! Mais valia terem só dinheiro y serem gente de legenda: “O dinheiro não compra tudo!“.

Pensem nisso, digo.

PS.: Obrigada COMANDANTE Cristiano Ronaldo!

*Há mais no F-Se! 

Civilizações perdidas: Grécia

Documentário que aborda de forma geral a história da Grécia Antiga e toca em diversos pontos do programa. Ideal para iniciar esta matéria.

Da série Filmes completos para o 7.º ano de História
Tema 2 do Programa: A Herança do Mediterrâneo Antigo
Unidade 2.1. – Os Gregos no século V a. C.: O exemplo de Atenas

Amarante