Aqui mais ninguém opina


«Chegou a hora de nos despedirmos do Manuel António Pina.
A dor é sempre grande quando morre alguém que brilha no nosso céu.
O Pina era a mente mais brilhante que escrevia nas páginas do Jornal de Notícias.
Enquanto eu tiver a honra de dirigir este jornal, ninguém mais escreverá opinião neste espaço que era dele mas que ele fazia questão que fosse sempre tão nosso.
Obrigado, Pina.

Manuel Tavares»
(última página do JN de 20-10-12)

Qual foi a parte do CDS que me escapou?

Hoje, no Público (pág. 43) tropecei num artigo de opinião de Manuel Sampaio Pimentel intitulado “Desculpe Dr. Menezes, não posso votar em si (II)”. Pecando por não ter lido a parte I, só posso supor que a primeira não deve ter sido muito diversa no seu objectivo final.

O actual Director do Centro Distrital do Porto da Segurança Social, nomeado pelo actual governo, compara o endividamento da Câmara do Porto com o da Câmara de Gaia e, perante tal cenário, chega a uma conclusão definitiva: Luís Filipe Menezes não pode ser o próximo Presidente da CMP ou, coisa mais prosaica, pelo menos não o será com o seu voto.

Este militante do CDS, ex-vereador de Rui Rio não aprecia LFM. Está no seu direito. Não gosta da obra de LFM em Gaia. É a democracia. Porém, é bom lembrar que LFM governa Gaia em coligação com outro partido, o de Manuel Sampaio Pimentel e, pelo que sei, nunca vi o CDS de Gaia nem a Distrital do Porto do CDS criticar a gestão de LFM em Gaia. Bem pelo contrário. Nem sei se Manuel Sampaio Pimentel, quando foi nomeado para a CCDRN, em 2003, evitou aprovar ou se opôs a candidaturas de Gaia ao QREN que ajudaram, certamente, ao avolumar do tal endividamento de que agora fala tão crítica e preocupadamente. Não sei.

O problema não está, obviamente, em Sampaio Pimentel não apoiar uma candidatura de LFM (mesmo que o seu partido, aposto, o vá fazer). Não. É um direito seu e que merece o respeito de todos. O problema é outro: comparar o endividamento de Gaia com o do Porto. Seria o mesmo, para facilitar a compreensão de todos, que comparar o endividamento do FC Porto com o do Vitória de Guimarães. É intelectualmente desonesto fazê-lo.

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Geografias

O Tóze Seguro diz que em Portugal há um povo que quer pagar a dívida até ao último cêntimo. É bom saber que já arranjou outro Portugal e outro povo

Os meus netos continuam o debate sobre política portuguesa

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Os leitores de Aventar sabem, se entendo bem os seus hábitos de leitura, que tenho quatro netos, filhos das nossas filhas uma, é doutorada em psicologia clínica pela universidade de Amesterdão  que é analisa da infância do hospital de Utrecht, uma mais-valia para o hospital; a outra, magister em preservação de espécies em extinção. As duas casaram novas, a mais velha, com um Museólogo de Utrecht, cidade na qual moram, magister em museologia, a mais nova, com um sabedor de sistemas informáticos, magister em informática, sendo ela magister em Flora e Fauna, sediado na universidade em que eu próprio estudei e ensinei, até me transferir para Portugal, a de Cambridge. Outra mais-valia para o projecto de salvar espécies e extinção nos sítios mais distantes e diferentes dos continentes do mundo.

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Carta à editora Quidnovi

Caríssimas/os senhoras/es:

No dia 22 de Setembro de 2011, após ter enviado uma candidatura espontânea para a vossa editora em que me propunha para trabalhos de revisão e de tradução, fui contactada para fazer uma revisão literária. O que me foi dito foi o seguinte: “Tenho 350 euros de orçamento para esta revisão e será paga 30 dias após a entrega da mesma.” No dia 29 de Setembro, enviei a revisão feita, acreditando, ingenuamente, que o pagamento me seria feito até ao dia 29 de Outubro do mesmo ano. Até agora, nada. Depois de eu ter passado recibo, nada.

Foi-me também dito que a Quidnovi honra os compromissos que faz. Porém, honrar os compromissos significaria, da parte da Quidnovi, pagar-me dentro do prazo acordado. Pagamentos indesculpavelmente tardios não são compromissos honrados. A única pessoa a honrar compromissos nesta história, a cumprir prazos, a ser profissional e a demonstrar respeito fui eu. [Read more…]

Afinal, Cerejo fica

Ouvi no Governo Sombra, o  melhor programa de análise política e que por acaso tem humor, que Cerejo nunca esteve para ser despedido do Público.

Uma portuguesa (que) faz toda a diferença

Neste tempo de crise, de desemprego, de notícias tristes e geradoras de medo e ansiedade, é necessário alimentar a alma (já sei Amadeu…) com notícias como esta:

Isabel Fernandes, 24 anos, Famalicão, Licenciada em Psicologia e no desemprego, recebeu ontem o prémio europeu na categoria de Melhor Voluntário, atribuído pela Active Citizens of Europe.

Isabel não necessita de prémios, “porque esses tenho-os sempre no terreno, nos sorrisos e abraços que recebo ao final do dia”, no terreno. Esteve um ano em Moçambique em trabalho comunitário de ajuda a 900 pessoas. Procurou “combater a pobreza extrema de crianças entre os dois e os 18 anos”.

Disse ao PÚBLICO: “Se todos dessem um pouco, às vezes um euro por dia, quase o valor de um café, já faria toda a diferença (…) todas as doações chegam àquelas crianças e vemos os resultados.”

“Morre lentamente, quem não troca o certo pelo incerto, em busca de um sonho” (Pablo Neruda), escreveu Isabel no blogue da Ataca (ONG).

Parabéns!

Eles andam mesmo por aí

Rui Pedro Soares e as negociatas em entrevista

A resposta que nunca lhe dei, professor


Foi o Eduardo que me deu a notícia: Morreu o Manuel António Pina, o nosso velho professor de Jornalismo do Garcia de Orta.
Como o tempo passa… Foi em 1986/1987, no mesmo ano em que o Porto ganhou a Taça dos Campeões Europeus em Viena. Ele, que na altura era um repórter do «Jornal de Notícias», usava frequentemente o futebol como exemplo das matérias que transmitia. Devo-lhe tudo o que sei hoje em dia sobre Jornalismo.
Nos anos seguintes, fui encontrando o meu velho professor por aqui e por ali. Confirmando ser dono de uma excelente memória visual, conhecia-me sempre e cumprimentava-me afavelmente. Como numa conferência no Largo de S. Domingos, talvez em meados dos anos 90, em que mais uma vez foi falar de Comunicação Social.
Mais recentemente, voltámos a cruzar-nos por diversas vezes, agora por causa dos animais e da Associação MIDAS, que ambos ajudávamos como voluntários. Lembro-me como se fosse hoje de uma Tertúlia na Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em que discorreu sobre a sua relação com os animais e em especial com os seus gatos. Seus não, que não lhe pertenciam, apenas andavam lá por casa. [Read more…]

Conversas vadias – Manuel António Pina e Agostinho da Silva

O leitor do Aventar morreu

Perdemos Manuel António Pina.

O nosso leitor.

O verniz está a estalar

Espanha a preparar lei que proibirá a difusão de imagens de polícias na Internet.