Os novos patriotas portugueses

os novos patriotas portuguesesNão foi fácil, num dia como hoje, faz já cento e dois anos, implantar a República de Portugal. O povo estava habituado a quase mil anos de uma monarquia que sabia abusar deles, especialmente com os morgados, a igreja católica romana e o raro salário pago aos trabalhadores. A venda da produção rural, única riqueza de Portugal, era para consumo interno, apenas se exportava o vinho do Porto. Cansados já de tanta explotação más sem alternativas para agir e se defender, foi preciso assassinar um rei e o seu herdeiro, ser aprovado pela Assembleia a coroação do filho mais novo do rei sacrificado, Manuel II de Bragança (D. Manuel II de Portugal (nome completo: Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha)

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O grito de Luísa Trindade

Não foi a bandeira ao contrário que me fez ligar o computador e escrever este post. Mas é certo que este país está ao contrário. Não me admira que Cavaco não tivesse reparado. Eles não percebem que este país não está no sítio, não enxergam que isto não está certo. Eles não vivem o país da crise e da austeridade, senão não tomavam estas medidas que nos esmagam e não deixam que os temas de conversa sejam outros que não a falta de dinheiro e os impostos que temos que pagar.

O que me fez sentar frente ao computador foi o desespero de Luísa Trindade, essa mulher séria, livre e honesta que marcou verdadeiramente, com toda a verdade, com todo o realismo, as cerimónias nojentas do 5 de Outubro.

Ainda têm cara de pau para comemorações.

Luísa gritou contra a actual situação do país láaaa do fuuundo da sala junto à entrada do Pátio da Galé. Gritava dizendo não ser incapacitada, não ter trabalho e não ter futuro.

Tenho uma pensão de cerca de 200 euros, estou farta de procurar trabalho, já tentei fazer limpezas, mas não consigo arranjar nada”, disse aos jornalistas Luísa Trindade, 57 anos. A mulher tentou caminhar pela passadeira vermelha dirigindo-se até aos representantes políticos, mas foi imediatamente bloqueada por vários elementos da segurança que estavam no local e que, de seguida, a agarraram e a colocaram fora do local onde estavam a decorrer as cerimónias. [Read more…]

Um coligação risonha

Honório Novo confronta Paulo Portas com uma carta do CDS, armando-se em partido dos contribuintes. Passos Coelho ri-se. Esta coligação é uma anedota.

José Sócrates está no Congresso Democrático das Alternativas?

A minha desilusão com os políticos é tal que me tenho limitado a votar em qualquer coisa que considere um mal menor, mantendo uma inclinação para a esquerda.

Depois de ter desistido do PS, já há uns anos, tenho deixado o meu voto no Bloco de Esquerda, o que tem contribuído para tranquilizar a minha consciência, porque não foi à custa do meu voto que os meus concidadãos foram prejudicados por uma série quase infindável de medidas cuja qualificação mereceria não adjectivos mas uma catadupa de palavrões.

Como já tive oportunidade de escrever, goste ou não do estilo, concordando mais que discordando, o saldo que faço das várias intervenções de deputados do Bloco e do PCP é amplamente positivo. Entre outras afirmações, basta lembrar que foi deste lado que partiram avisos acerca das várias consequências da austeridade cega, como o aumento do défice e do desemprego. [Read more…]

Aqui está, direitinha como deve ser

Num escassamente concorrido comício convocado não muito longe da sua alcaidesca caverna de Ali Babá, o Sr. Costa procedeu ao lançamento da sua campanha eleitoral no interior do PS. Daquela boca saíram as habituais postas de “recuperações urbanas” que jamais fez na capital que comanda, alusões aos investimentos, dinheiros a pescar não se sabe bem como e onde, além da tirada final para todos os gostos do patriotismo, agradando aos republicanos com o agora extinto 5 de Outubro e aos omminosos monarchicos com o redentor 1º de Dezembro que a sua camarilha Espanha! Espanha! Espanha! hipotecou aos nossos vizinhos, donos e senhores de perto (?) de 40%do nosso comércio.

Do residente a Belém, nada há a destacar, tal como sempre ocorre em momentos de aperto. Se alguma coisa se passou de relevante, isso caberá à oportuna  responsabilidade de uma senhora, de seu nome Luísa Trindade. Tal como um povo inteiro condenado pela 3ª República às galés, disse  tudo o que havia para dizer no Pátio da Galé. Uma bandeira hasteada em perfeita correspondência com a situação, 40 “gatos pingados” que vieram assistir às solenes exéquias da coisa, e o fugidio  Pátio da Galé. Enfim, um dia prenhe de símbolos.

Natureza imita bandeira nacional

Ovelha com cabeça ao contrário torna-se atracção 

A Direita não sabe colocar a Bandeira

Congresso do CDS nos anos 90. Fotografia de Egídio Santos.


Parece que esta gente que nos governa sempre teve dificuldades em colocar correctamente a bandeira portuguesa.

Anúncios negros repletos de espaços em branco

«Há momentos de descontinuidade na percepção da realidade. Como a perda de gravidade acima de uma certa altitude ou o silêncio sepulcral quando se passa a velocidade do som. O “enorme aumento de impostos” de ontem parece um desses momentos. O momento em que se pára. O momento em que já nada se percebe. O momento em que as mil perguntas já não atravessam a barreira dos dentes. Pedem-nos tudo, explicam-nos pouco, prometem-nos nada. E nós, vamos à luta?» Pedro Santos Guerreiro

A bandeira não foi mal hasteada

O país é que está ao contrário.

Que partido estava no governo…

… quando Manuel Pinho foi à China vender a ideia da mão de obra barata?

Farmácias de luto

Desespera-me que este governo que diz nos representar, sinta-se com a atribuição de saber farmacêutico. Não apenas recorta subsídios, ordenados, levanta os impostos avisando antes a Bruxelas, sem reconhecer a Assembleia da República. Durão Barroso sabe mais do que nós. Apenas no noticiário da tarde vamos saber as mudanças do retirado UTI e o seu(s) substituto. O Parlamento europeu sabe mais do que o nosso.

Será necessário lembrar ao governo, mais uma vez, o articulado da Constituição Política do Estado? Parece-me que sim. [Read more…]

Ainda o acto falhado

« Os governantes riram e voltaram-lhe as costas» (RR). Foto

Margarida Marante, RIP

Morreu a jornalista Margarida Marante, aos 53 anos, vítima de ataque cardíaco (SIC)

A República ao contrário

 Um gesto significativo: a bandeira nos Paços do Concelho foi hasteada ao contrário. Um funcionário começou a desatar a bandeira para emendar o erro mas foi aconselhado a não o fazer.

Os sinais somam-se. O fim da República, do dia da República pelo menos, está a ser comemorado à porta fechada, com forte segurança, com controlo de acessos. O primeiro-ministro fugiu para Bratislava e do governo só um representante, Aguiar Branco, está presente.

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Desobediência Civil – Dizer basta !!

por  Amadeu

 “Chamam violento ao rio que tudo arrasta, mas ninguém chama violentas às margens que o comprimem”  Mayakovsky

Um movimento de desobediência civil consiste na recusa ativa e coletiva de se obedecer a uma lei ou a uma regra no sentido de levar o poder político a alterá-la. É quase sempre não violenta. Tem sempre uma finalidade social.

O conceito foi originalmente formulado por Henry David Thoreau por volta de 1850 nos EUA.

Difere da desobediência comum, do tipo estacionar em cima do passeio, por esta ter carater individual.

Difere da desobediência criminosa por esta não ter uma finalidade social.

Difere das transgressões comuns porque quer conquistar a adesão de uma maioria de pessoas, pelo que normalmente não é feita às escondidas.  Usualmente não é anónima.

O exemplo mais conhecido foi o movimento anti colonialista de Mahatma Gandhi na Índia. [Read more…]

Sólidos, líquidos e gasosos

Antes de reciclar o DN de quarta-feira, ainda fui a tempo de ler uma crónica discreta como é discreto o seu autor, Baptista-Bastos, escritor que não embarcou no novo Acordo Ortográfico.

O seu pai, o de B.B., ensinou-lhe que os homens se dividem em 3 categorias: sólidos, líquidos e gasosos.

“Poucos homens sólidos há, hoje. A época tem sido fértil em amolecer carácteres e em estimular e premiar a velhacaria e a malandrice. Gosto muito da palavra «sólido» (…) ainda hoje me surge como um significado de dignidade. Conheço, agora, muitos mais homens líquidos e gasosos de que antes.  (…) mentirosos sem remissão; infalíveis tratantes; uma congregação de gente moldada (…). O nivelamento por baixo atingiu todos os sectores da sociedade.” [Read more…]

Galileu: A Batalha pelo Céu

A hiastoria de Galileu e mais uma vez a Inquisição no centro da actividade cultural e científica da Idade Moderna.

Da série Filmes para o 8.º ano de História
Tema 6 – Portugal no contexto europeu dos sécs. XVII e XVIII
Unidade 6.3. – A cultura em Portugal face aos dinamismos da cultura euroepia

Fotógrafos portugueses

Alexandra Xavier [Sugira outros nos comentários]

Viva a Res Pudica

Viva.
A sério.
102 anos depois, claramente se vê que valeu a pena usar balas no alvo errado.

Quando promessa fácil tem morte difícil

Foi hoje notícia na imprensa, na má imprensa, claro, que «França vai copiar Passos e mexer na TSU». Há uns meses, cinco apenas, escrevi que em França ganharam as promessas que fazem o imaginário reivindicativo da oposição em Portugal.  A tese de então, e que mantenho agora, é que as oposições têm promessa fácil e, com ela, ganham eleições. Mas chegadas o poder, logo a batata quente começa a fazer bolhas nas mãos de quem passa a conduzir o país. O ciclo inverte-se e os que falharam passam eles mesmo a fazer a oposição das promessas fáceis. Veja-se o PS, cá, que vai nos 30% de intenções de voto, mais cinco pontos percentuais do que os partidos de governo. [Read more…]