Ficam-nos com os jornais?

Os estivadores guardam-nos as cervejas.

Saldos de ocasião

O amigo Oliveira troca dívida por jornais.  Para Portugal e em força.

Que vão gastar o dinheiro público de lá

Projecto da energia das ondas em risco de ir para Espanha.  Pode ser que arranjem 1 milhão, 250 mil euros para 3 meses de funcionamento.

Mira Amaral é da classe média

Por Noémia Pinto

Encontrei estas pedras na praia. Primeiro, apanhei a branca. Achei-a tão linda, de uma brancura tão imaculada e tão redondinha, dava mesmo vontade de a agarrar.
Passado um bocado, encontrei a patela preta. Tão escura, ali, molhada pela água do mar, de uma beleza tão indescritível. A terceira apanhei-a porque… não sei por que motivo. Simplesmente porque olhei para ela e me senti cativada por esta pedra de forma e relevo irregulares. Com estas pedras na mão, senti-me como se segurasse na mão o nosso país, o mundo em que vivemos. As pedras pretas/ cinzento escuro, sombras negras que cada vez nos ameaçam mais, vindas de todo o lado, qual saga do Harry Potter. Ao mesmo tempo, fascinam-nos, como me fascinaram estas pedras que jaziam ali, inertes e molhadas. Todos queremos pertencer à equipa que ganha, mesmo que essa não seja a melhor equipa. Ninguém quer estar com as minorias sofredoras deste mundo. É muito mais confortável ajudá-las com tempo e hora marcados e prosseguirmos com as nossas vidinhas tão cheias de comodismos e coisas boas. E aqui lembro-me da inesquecível abertura do Trainspotting: [Read more…]

Privatizar a Saúde, a Educação e a Segurança Social

Tudo numa directiva europeia perto de si.

Fernando Ulrich, o chupista do estado

quer trabalhadores à borla no seu “banco”.

Álvaro Santos Pereira: veremos no que dará

É fácil demolir e cumprir aquilo que os ouvintes dos noticiários esperam: a má língua, este tão português falar por falar, contentando os expressos balsemeiros e o público Belmiro.

Ontem, o ministro Álvaro Santos Pereira* anunciou um conjunto de medidas que passaram completamente despercebidas – a censura – nos noticiários. Dado o estado de ebulição onde já ferve a panela de pressão que Cavaco e os seus Montis de calças e saias preparam em Belém, notícias positivas não são de todo convenientes. É confrangedora a ligeireza dos agentes políticos nacionais, tomando a população como totalmente parva. Pois não é, já não bastando uns tantos discursos a puxar à lágrima fácil. Quem se dê ao trato de polé de escutar as “antenas abertas” dos canais de informação, apenas confirmará o profundo ódio, para não dizermos aquele desprezo que mata, com que a generalidade dos portugueses encara o regime. Os irados bate-panelas nos telejornais, deveriam apresentar as alternativas que dentro do quadro deste sistema político jamais surgirão. Há que repetir até à exaustão, jamais. Assim sendo, há que trabalhar com o que existe, atiradas borda fora umas Forças Armadas que nem sequer conseguem encontrar um porta-voz credível, alguém que saiba articular uma frase minimamente compreensível e não misture “Plutão e países daquela origem”.  Apenas fica a voz de Otelo e o seu sonho de ver cumprido um Campo Pequeno a abarrotar de rezes destinadas ao abate. É o chachismo erguido em instituição.

[Read more…]

Campanhas de marketing superagressivas ou fraude?

por Isabel G

Ontem ao final da tarde o telefone tocou. Uma voz masculina dizia o meu nome completo, pretendendo confirmá-lo. Logo a seguir confirmou o meu endereço. E prosseguiu:

– Senhora dona Isabel, somos voluntários e estamos a fazer um Rastreio de AVC gratuito. Gostaríamos de saber se recebeu o nosso boletim por correio.

– Não, não recebi nada.

– Pois, é que parece que muita gente não o recebeu e é por isso que estamos a contactar as pessoas telefonicamente. O rastreio está marcado para amanhã às 15 horas e queremos ter a certeza que as pessoas comparecem. Sabe como é, somos voluntários e estamos a prestar um serviço à comunidade pois temos indicação que o município da Maia é onde há maior incidência de Avcs.

– Compreendo – disse eu – mas a essa hora, obviamente, estou a trabalhar.

– Ah, mas nós podemos marcar o seu rastreio para, por exemplo, às sete da tarde! Acha que essa hora estaria bem para si?

[Read more…]

Sylvia Kristel 1952-2012, adeus Alice

Sylvia Kristel não foi apenas a actriz emanuela, convêm lembrar, nem era só corpinho. Aqui, nas mãos de Chabrol, é outra senhora.

Não criem imposto sobre as lágrimas e a saudade

Pedro Marques, um enfermeiro português de 22 anos, emigra hoje para o Reino Unido, mas antes despediu-se, por carta, do Presidente da República e pediu-lhe para não criar “um imposto” sobre as lágrimas e sobre a saudade. “Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país e envelhecer no meu país (…)”, lê-se na carta.” (Público)

Sem comentários. Está tudo dito: o choro, o ódio é inevitável neste país. Viver, trabalhar e envelhecer não se quer em Portugal.

Boa sorte a todos os Pedros Marques e, já agora, a todos os que cá ficam…

A greve da Agência Lusa

A Lusa suspendeu a distribuição de notícias.

Até Domingo é provável que veja os jornais, sobretudo na versão online, inundados de noticiário internacional, via agências estrangeiras. É que o nacional depende da Lusa, dado o sucessivo desinvestimento nas redacções, onde se passa mais tempo a transcrever a agência portuguesa que a investigar e fazer jornalismo.

Um bom tempo para meditarmos na crise da comunicação social.

Petição pelo PÚBLICO

“Na semana passada, a administração do jornal PÚBLICO anunciou despedimento de 48 trabalhadores. Na sequência dessa notícia, foi aberta pelo grupo que criou o Manifesto Para um Mundo Melhor — José Casa-Nova, Ana Benavente, Fernando Diogo, Carlos Estêvão, Teixeira Lopes — uma petição, intitulada Em defesa da manutenção qualidade do jornal PÚBLICO profissionais que fazem dele jornal de referência nacional.”

Manifestem-se também os leitores do PÙBLICO contra esta medida da administração.

Na minha opinião, o jornal PÚBLICO tem feito muito pela cultura em Portugal. Eu, como leitora assídua, manifesto-me desta forma para além de ter assinado a petição. Quero continuar a poder contar com todas as secções e espaços deste jornal e Pùblico online. Tenho usado o PÚBLICO nas aulas, desde o site Ípsilon às críticas de Música e Teatro, bem como da rubrica «No Passado» (efemérides) que, com a actual direcção de Bárbara  Reis, deixou de realizar-se.

Este jornal merece todo o nosso apoio e, sobretudo, o apoio do Governo.

(publicado no PÚBLICO, «Cartas à Diretora», a 19/10)

Maria Antonieta

Um dos grandes filmes sobre a Revolução Francesa. Maria Antonieta, de 2006.Também está disponível na net a «Maria Antonieta» de Sofia Coppola.

ficha IMDb

Da série Filmes para o 8.º ano de História
Tema 7 – As transformações do mundo atlântico: Crescimento e rupturas
Unidade 7.2. – O triunfo das Revoluções Liberais

Ainda o jogar à Sporting

por António M. C. Carvalho

Os dois últimos jogos da selecção vieram confirmar a minha opinião sobre a qualidade do futebol praticado, em Portugal como no resto da Europa. Joga-se muito mal. Costumo desculpar os treinadores pelos maus resultados das suas equipas porque, como dizia o Zé Travassos, são os jogadores que andam no campo. São eles que falham, defendem e marcam golos. No entanto é muito grande a influência dos treinadores nos resultados e mais ainda na maneira de jogar da sua equipa. [Read more…]

Isto é que vai ser noticiário internacional

Agência Lusa em greve.

A família e os impostos que a desfaz

pais-bebe-grande.jpg

É um substantivo quase impossível de definir. Talvez se possa dizer que é um conceito que tem várias definições, todas elas certas por corresponderem a diferentes maneiras de se vincularem as pessoas. Pela negativa, é mais simples falar de família às pessoas que não têm parentesco entre si, é  dizer relações consanguíneas ou por afinidade. Se a relação é entre parentes consanguíneos  a definição é mais simples: automaticamente pensamos no pequeno grupo de pai, mãe e descendentes (filhos). Nos tempos da minha juventude, era um grupo que incluía irmãos dos pais, os seus filhos, meus primos, pela primazia da relação entre essas pessoas, todas as filhas ou filhos de irmãos dos pais. Se ainda eram vivos, os pais dos pais ou avós  eram não apenas família, bem como eram parte do grupo familiar extenso. Viviam todos na mesma casa, debaixo do mesmo tecto.

[Read more…]