Os amigos do dióxido de carbono

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Trinta e uma toneladas de velas queimadas no Santuário de Fátima.

Não se conseguem umas senhas de almoço

ao senhor Candidato? Com o apoio da Igreja, por exemplo. E descontos para passageiro frequente na A1, entre o Porto e Fátima.

Peregrinação

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Eram mais de 800 eleitores “idosos” que viajavam até Fátima em peregrinação subsidiada pela Junta de Freguesia (do PSD) de Grijó. É natural que, sendo a maioria dos viajantes crentes, tivessem, no fundo dos seus corações, a esperança de uma epifania, qualquer coisa pendurada numa azinheira, qualquer aparição ou manifestação do alto. E compreende-se, que diabo (ops!…), de Gaia a Fátima ainda é um bom esticão e quem faz o esforço merece uma recompensa.

É verdade que, geralmente, nada acontece. Mas desta vez deu-se! Quando os peregrinos se juntaram para o merecido repasto, eis que se dá a aparição! E que aparição! Pelo menos 130 quilos dela.

No seu estilo de anjo barroco sobrenutrido e furibundo, Carlos Abreu Amorim, candidato do PSD à Câmara de Gaia, irrompeu pela sala disposto a almoçar (claro) e levar a palavra aos peregrinos (claro!). Não era, porém, uma manifestação do divino, já que tinha sido convidado pelo organizador da viagem, o qual, por sua vez, é candidato do PSD à Junta de Freguesia de Grijó.

Nesse ínterim, um candidato de uma lista opositora, protestou e quis dizer o que pensava da situação e do Carlos Abreu Amorim. Queria, mas não pôde. Os seguranças das personalidades presentes logo ali o espancaram e puseram na rua. Estava instalada a confusão e os confrontos, diz-se, não foram meigos. Espero que esta história edificante traga luz – aos que ainda estão às escuras – sobre o carácter destes campeões da santidade democrática, nomeadamente aqueles que, durante anos, pagos a peso de ouro, oravam na televisão sobre as virtudes de uma democracia pura e, pelos vistos, abençoada. Assim seja.

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F de Fátima

Os outros nunca o foram; Salazar nem cantou nem jogou, mas rezou:

Peregrinos despedem-se com mais ânimo e fé para vencer a crise

Fátima. O ano em que os portugueses foram pedir emprego a Nossa Senhora*

Não dura sempre. Um dia deixam de pedir de joelhos, e exigem-no de pé. Fiem-se na virgem e não corram e vão ver o trambolhão que levam. Tenham medo, muito medo, Portugal não é a Grécia, é mais Maria da Fonte e sobretudo Revolta do Manuelinho. É de uma vez, sem sindicatos ou partidos e vai tudo raso.

*Título roubado a uma excelente reportagem de Rosa Ramos.
Sobre as alterações populares que no final da 3ª dinastia fizeram do cobardolas João de Bragança o “corajoso” João IV, há muito estudadas por António Oliveira e outros, falta material de divulgação na net. Se mais ninguém o fizer um dia destes trato disso.

Tirem dali as criancinhas

Não é que seja novidade, miúdos que prometem ir a Fátima se passarem de ano é estupidamente mais vulgar do que se pode imaginar, mas esta imagem passa os limites; não é uma longa e extenuante caminhada a pé, é uma violência física exercida sobre um corpo em crescimento. A fotografia provêm do Público online, e pergunta-se onde pára a Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e o próprio Ministério Público.

Que 100 anos atrás, ali mesmo, em Fátima, uma criança chamada Lúcia Santos tenha sido sequestrada para o resto da vida, compreende-se à luz da mentalidade da época. Que isto hoje suceda, não.

Fátimas e Holocaustos II

        (adão cruz)

 Nestes lamentáveis dias de encenação da tragicomédia de Fátima, torna-se imperiosa a leitura do capítulo 20 do impressionante livro de Avro Manhattan, o Holocausto do Vaticano, onde se expõe de maneira admirável, ainda que a tradução seja má, a fabricação do maior embuste do século XX. Não deixem de ler, se têm respeito pela transparência do vosso pensamento e se acreditam que vale a pena a gente saber as linhas com que se cose… ou melhor, as linhas com que nos cosem.

Pessoalmente, eu não tenho direito a desrespeitar quem quer que seja que acredite no que quiser, e não o faço. A minha vida prova-o. Pelo contrário, tenho todo o direito de combater as crenças, sejam elas quais forem, como homem de pensamento livre e cidadão de razão e consciência, quando tais crenças se apresentam, através de irrefutáveis provas, como falsas e geradoras de profundo obscurantismo, nefasto ao desenvolvimento saudável do homem.

Num mundo extremamente desenvolvido do ponto de vista científico, num mundo de inimagináveis infinidades, num mundo cujas minúsculas descobertas científicas recentes, nos dizem que há, numa galáxia que não é a nossa, de entre triliões de galáxias, biliões de planetas aparentemente com condições semelhantes às da Terra, arranjem e acreditem no Deus que quiserem, mas, “por amor de Deus”, não caiam no ridículo de acreditarem num deus do Universo que tem, como ministros e seus representantes, Ratzinger e o Bispo de Leiria.

 

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Algumas questões sobre a fé e sobre a sua falta

Nos últimos tempos, talvez por isto, por aquilo, ou por muitas outras razões, têm vindo a lume, aqui no Aventar, vários textos que envolvem a fé, a crença religiosa, a sua ausência, o ateísmo.

Por coincidência – ou talvez não – a afluência a Fátima este ano terá batido alguns recordes, segundo ouço nas notícias.

Eu, que não sou crente, nunca compreendi muito bem a forma como crentes e não crentes se tratam mutuamente, um pouco como se uns tivessem acesso a uma verdade suprema que os outros desconhecem em absoluto, uns como se tivessem a superioridade da fé do seu lado e outros como se o que lhes desse superioridade fosse a razão, em ambos os casos com a convicção mais ou menos profunda de que os outros são obscurantistas e os próprios iluminados.

Aparentemente – não sou versado em teologia – tudo começa pela interpretação de um mistério: [Read more…]

Fátima? Só se Pode Dizer Bem

Nunca entenderei como é que havendo tanta coisa sobre que despejar justificado rancor e justificada bílis haja quem os derrame desportivamente logo sobre a Igreja Católica e sobre o caso-fenómeno Fátima em particular. Sobre Fátima cristalizou-se um chorrilho preconceituoso, repleto de lugares-comuns e generalizações abusivas, as quais, ciclicamente, alguém vem disfarçar de ‘reflexão sociológica’ sobre o fenómeno. Quanto à Igreja é habitual lançar-se a rejeição e o anátema generalizados, estigmatizando-A com o vício manipulador, com o delito pedófilo escandaloso, com o arcaísmo e a inutilidade. Tarefa estúpida e caquéctica dedicar-se alguém a afirmar a Igreja, negando-A e insultando-A: mesmo para tão extremosa dedicação negativa tem de haver uma fortíssima paixão e um irreprimível desejo recalcado, pois o que nos não importa de todo também não é pensado nem mencionado. Onde estiver o odioso ao teu coração, aí estará o teu inferno e a tua escravidão. «Onde estiver o teu coração, aí estará o teu tesouro.»

Sobre Fátima, eu só posso dizer bem. Fátima não promove o tráfico de droga. Fátima não procede à lavagem de dinheiro. Fátima não promove a corrupção social e política. Fátima não incentiva a prostituição. Fátima não ensina a roubar ouro. Fátima não avilta o ser humano. Fátima não faz mal a uma mosca. A mim fez-me todo o bem que um ser humano pode desejar nesta vida e nesta terra: Paz espiritual. Sublimidade. Harmonia interior e harmonia com o exterior, humildade, serenidade, contemplação.

Ninguém discute os que pagam muitos euros, tantas vezes subtraídos à comida e ao bem-estar, para um Festival de Verão, por que se imiscuem no sacrifício e na sensibilidade íntima dos que caminham dias para alcançar o Santuário?! O Santuário é uma pedagogia da nossa mortalidade peregrinante à procura de um Pátria à qual se acede pelo mais íntimo do nosso ser. O Santuário é a escolha da melhor parte. O Santuário é um êxodouma saída das rotinas para escutar uma Palavra Sólida e Vital.

Fui sempre extremamente feliz no Santuário de Fátima no plano espiritual, sem negar o carnaval religioso de que tudo é passível. Como consumidor de sublime, de belo, de intenso, de humano, de exemplar, tenho por Fátima um respeito e uma gratidão irrefragáveis.

A Freguesia Mais Conhecida de Portugal

Não sabemos como aconteceu?!  A verdade é que a freguesia de Fátima está a ser atacada e destruída por pedreiras. Conforme notícia do Jornal de Leiria de 19-1-2012, já conseguiram aqui instalar 31 pedreiras.  A fome do dinheiro é tanta que a população está a ser ignorada e a natureza vandalizada.

Nós habitantes de Boleiros, aldeia de Fátima a 5km da Rotunda Sul dos Pastorinhos, estamos a ser destituídos dos direitos a uma vida normal e saudável. Começando com a Junta de Freguesia e a Câmara de Ourém a ignorar-nos, também temos Santarém (CCDR) e o Ministério do Ambiente a sugar-nos.

Como é que foi possivel cozinhar Declarações de Impacte Ambientais a favor de pedreiras sem o conhecimento da população e contra a opinião da Quercus?

O pó que temos que respirar, o barulho da extracção e o tráfego dos camiões estão a pôr-nos doentes. Temos amas a tomar conta de crianças, uma escola primária, e um lar de 3ª idade quase dentro duma pedreira.

Os nossos recursos naturais estão a ser destruídos precisamente onde não foi autorizada a construção por ser zona ecológica e agora  está  a transformar-se numa cratera horrível dando-nos a sensação de vivermos dentro dum cenário do filme “A Guerra Das Estrelas”. Já agora Boleiros podia ser incluído no roteiro turístico de Fátima com visita obrigatória às quatro pedreiras aqui instaladas, das quais três nem licença ainda têm e que estão a paredes meias com as casas de habitação. [Read more…]

Passos Coelho, o quarto pastorinho

Segundo o DN, Passos Coelho acredita que os portugueses vão fazer férias. Desde o “Sangue, suor e lágrimas” de Churchill que não se ouvia uma frase tão vibrante e plena de grandiosidade em que um governante revelasse uma fé tão profunda nas capacidades dos cidadãos do seu país. Depois do slogan “fazer mais com menos” – a que se juntou recentemente o “ter pior mais caro” –, Passos tem uma visão para o país. Passos fecha os olhos e vê: os portugueses aproveitarão a supressão de subsídios de férias, a diminuição dos salários ou o aumento das despesas para viajar até à marquise, onde, no remanso do alumínio, poderão mergulhar nas águas da bacia de plástico portuguesa. Os mais afortunados poderão deslocar-se aos estaleiros de obras mais próximas, onde lhes será possível participar nos tradicionais concursos de castelos na areia.

Passos Coelho revela, ainda, extrema generosidade ao prescindir de decretar o fim das férias. Torna-se, agora, provável que São Bento passe a integrar a rota das romarias religiosas, o que poderá pôr mesmo em causa o comércio de promessas e oferendas do Santuário de Fátima.

a depressão de Fátima

depressão

 Estou ciente de ter escrito e publicado hoje, um ensaio sobre se há fé de Fátima salvar-nos-ia desta falência. Tive o melhor coração para chamar a atenção do povo que não é a fé em uma divindade criada por pastores e que atingiu o mundo inteiro, o que nos salvaria da falência, das dívidas, dos juros do dinheiro em empréstimo, o que operaria o milagre, seria trabalhar e criar riqueza com indústrias transformadoras de matéria-prima e vender a preço de mercado, aos países que carecem delas. [Read more…]

Ao cuidado da troika

Cerca de 5 mil pessoas de todas as freguesias de Celorico de Basto irão deslocar-se, no dia 11 de Junho, em 90 autocarros, ao Santuário de Fátima. Uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal e pelas Juntas de Freguesia.

Mais informações na página do município. A câmara é PSD, com certeza, e o próximo primeiro-ministro certamente que acabará com estes despesismos.

A Procissão

Da capela da Senhora das Candeias à igreja de Tadim, esta noite.

será que a fé de Fátima nos salva desta falência?


Ave Maria de Fátima

…o meu protesto…

É bem sabido que não sou um homem de fé, nem ateu nem agnóstico, que é já um sentimento de acreditar na eternidade como uma forma de vida de outro mundo. Bem como sabemos que não há sociedade que não tenho sentimentos religiosos ou um sistema de venerar uma divindade, que não se vê, mas que está em todas partes.
O melhor exemplo é o Buda do Nepal, que não apenas acredita na divindade, bem como na reencarnação e vivem assim em paz com todos os seres humanos ou animais, que acabam por ser também humanos e diversas etapas de desenvolvimento para a perfeição
O Dalai Lama, é o melhor exemplo dessa procura. Ou a etnia Massim do Arquipélago da Kiriwina, ma Oceânia da Melanésia, seres humanos que alimentam aos seus mortos, por meio da alma comum, denominada Baloma. Ou a divindade Pillán dos Mapuche do Chile, entidade sagrada que leva todos os domingos a almoçar com os seus defuntos, no cemitério local. Em criança, assisti ao velório de uma Picunche, membro do clã [Read more…]

Fátima: O regresso a casa


Num destes dias em que Portugal mais parecia um país oficialmente católico, tantas foram as horas de transmissão em directo de Fátima, vi imagens de arquivo da Irmã Lúcia, a maior inutilidade que o nosso país já conheceu. Não por culpa dela, entenda-se: enfiaram-na num convento e ali ficou em clausura durante mais de 60 anos sem produzir nada de louvável para a sociedade.
Terminadas as cerimónias de Fátima, milhares de peregrinos preparam hoje o regresso a casa. Para o ano, lá estarão de novo. Não chegando a perceber que embarcaram na maior patranha que a história da Igreja Católica já produziu.

Portugal Fatimizado

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bandeira do Estado Vaticano

(num país anticlerical)

Bem sei que escrevi e publiquei este texto no último decénio do século XX, em 1999, 13 de Maio, e no Aventar, em 2009. Foi um ensaio de grande sucesso, publicado sem a minha licença, em Revistas científicas da Espanha, na Galiza, traduzido para castelhano na América Latina e nas Revistas em que tenho sido fundador e escritor em Portugal, bem como pela Cambridge University Press. Porque nomear tantos galardões? Por causa de me parecer que este texto é conveniente para estes dias que vivemos, sem governo, sem Assembleia de Deputados, apenas pelo poder do Presidente da República, a quem tenho visto, com a sua mulher, ou na Missa ou no Santuário de Fátima e comungarem de joelhos sobre as pedra da grande praça em frente da Basílica, para se sacrificar em bem do povo… penso eu. Dias em que eu proferia conferências a freiras e padres, com a presença do antigo Bispo que Leiria Fátima, que teve um desencontro comigo e mandou que nunca mais fosse convidado. Ainda bem, a doença que me tem mantido apenas a escrever, não me permite falar em público por mais de meia hora. Nem Fátima me curava…

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O futebol da política e a política de futebol

Ontem lá tive de ler e ouvir o estribilho repetitivo do povo da política quando o resto do povo anda entretido nos futebóis: Fátima, Futebol e Fado são armas do poder para embalar e distrair a nação.

O papel do circo, sobretudo quando não há pão, no entretenimento dos povos e como arma dos governantes é conhecido ao longo da História. Não o nego.

Convém é colocar as coisas no seu lugar, e dar-lhes a devida relevância.

O que fez de Salazar o capo da mais longa ditadura na Europa não foi o fado ou o futebol (que ao que consta nem apreciava) ou os milagres de Fátima (em que acreditava tanto como qualquer devoto ateu). Foram a PIDE, a Legião Portuguesa e restante aparelho repressivo do estado na altura supostamente novo.

É o medo que conserva os povos em casa quando deviam sair à rua.

E embora sob outras formas, é isso que ainda acontece hoje. Basta ver que no orçamento de estado se trata com pinças a tropa e mesmo as polícias. E o desemprego veio para ficar. É disso que os portugueses têm medo. Essa é uma bola quadrada, deixem lá a redonda andar aos pontapés no relvado.

Fátima

(adão cruz)

 O amigo J. Mário Teixeira colocou num post anterior a este, um vídeo do Padre Mário de Oliveira, sobre Fátima, e dedicou-o à minha pessoa. Eu disse-lhe que ele já conhecia os meus gostos e desgostos. Agradeci, não porque eu tenha prazer em coisas amargas ou em fenómenos sociais negativos, mas porque se trata de um impressionante exercício de lucidez e de uma acutilante denúncia de uma das maiores patranhas do século XX. [Read more…]

O trigo e o joio

(adão cruz)

O trigo e o joio

(Jesus disse: O Reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo…).

“Nos braços ou à cabeça, são milhares os sacos de trigo que os peregrinos trazem e deixam em Fátima durante a missa internacional da Peregrinação do Migrante e Refugiado. A oferta, que se repete todos os anos no 13 de Agosto, destina-se ao fabrico das hóstias do Santuário e assegura parte da produção anual. No ano passado, ultrapassou as seis toneladas.

Os peregrinos, incluindo muitos milhares de emigrantes, saíram ontem de Fátima mais leves depois da missa de encerramento, ao final da manhã. No Santuário ficam algumas toneladas de trigo – 6440 quilos em 2009 e 5543 no ano anterior – que servem para fabricar parte das 20 mil hóstias e quase milhão e meio de partículas (hóstias pequenas) consumidas todos os anos no Santuário”. [Read more…]

Três efes? Não, B de Bruna!

Nas últimas semanas os chamados três efes regressaram em força, como se um movimento desconhecido decidisse em concertação o seu regresso simultâneo. Vejamos: novo disco dos Deolinda, disco da nova revelação do fado castiço Ricardo Ribeiro, novo disco de António Zambujo, o Benfica sagrou-se campeão nacional de futebol, Mourinho apurou o Inter de Milão para a final da Liga dos Campeões contra o Barcelona, o Papa veio a Fátima. Foram notícia? Sim, uns mais, outros menos, foram andando nas bocas do mundo.

Entretanto, em Mirandela, uma professora tira a roupa quase toda e deixa-se fotografar para uma revista. Resultado: Adeus fado, passa bem Benfica, arrivederci signor Papa, Benvinda  Bruna, welcome, du bist willkommen, papava-te toda darling, para uns, vade retro, és uma vadia, bye bye deixa em paz as criancinhas, ganda vaca, para outros. Só aqui, no Aventar, em dia e meio, mais de vinte mil pessoas procuraram sempre o mesmo nome. Sócrates? Obama? Ratzinger? Angela Merkel? Lula? Cameron? Isso queriam eles! Bruna, muito mais Bruna do que os efes e os políticos todos juntos.

Nestes dias Portugal escreve-se com B maiúsculo, pois claro, B de Bruna, B de “Boa-comó-milho”, B de “Bai-tembora”, B de Bortugal. O resto é só conversa. A Bruna não, a Bruna, dizem os vinte e tal mil visitantes que cá vieram ver a professora, a Bruna é que é Real.

As aparições de Fátima, uma das grandes patranhas da Igreja


Faz hoje 92 anos que, alegadamente, três pastorinhos viram Nossa Senhora na Cova da Iria. Ao que parece, Nossa Senhora contou três segredos aos pastorinhos.
Os crentes que me perdoem, mas sempre achei isto uma enorme patranha. Nossa Senhora em cima de uma azinheira? Ora, ora…
Pessoalmente, e ainda ontem dizia isto a um amigo, acredito mais que os pastorinhos se tenham esquecido das horas por andarem na brincadeira, como crianças que eram. E chegaram atrasados para o jantar.
E depois, claro!, para não levarem na cara, tiveram de inventar uma «estória». Que tinham visto Nossa Senhora! E logo Nossa Senhora.
Não tinham fraca imaginação, os ganapos, não senhor…

a 13 de maio na cova da iria

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Os papas não visitam Portugal, vêm ao 13 de maio.
Não houve no século XX maior valorização de terra que a ocorrida em Ourém, duns  metros quadrados de azinheiras ao orçamento da diocese.

Os papas, já são 3, vêm visitar a sucursal da Fátima, dizem uns disparates, e regressam à empresa mãe.

O resto é marketing e subserviência.

Não há 2 sem 3, eFes

Amália Rodrigues – Tudo isto é fado.

Leiam e reflictam

(Leiam a notícia em baixo e reflictam. Reflictam sobretudo em algumas das enganosas mensagens que ela contém:

“Europa decadente de valores” Que autoridade tem Carlos Azevedo e Bento XVI para falarem em decadência de valores? Que olhem bem para dentro da Igreja e do Vaticano antes de falarem em decadência de valores nos outros.

Falar de “crise espiritual” da economia e da política, pela boca de uma instituição acusada de pedofilia no mundo inteiro e de crimes economico-financeiros de alto calibre, é, no mínimo, desconcertante!

Mensagem de “missão” para “despertar os cristãos adormecidos”. Adormecidos pela anestesia de Fátima, ou acordados pela realidade de uma mentira monumental?.

“Se tivesse havido consciência ética não teríamos chegado ao descalabro económico”. Carlos Azevedo ou é ingénuo ou pretende atirar um punhado de areia aos olhos das pessoas. Onde está a ética do Vaticano? No encobrimento da pedofilia? Na ligação à mafia, à loja maçónica, ao holocausto da Croácia, à ajuda na fuga dos criminosos nazis? Na sinistra actividade de Paul Marcinkus, pedra basilar do Vaticano? No mais que suspeito assassínio de João Paulo I? No banho de sangue dentro da Guarda Suiça, escandalosamente abafado? Além disso, não sabe Carlos Azevedo, porventura, que o Vaticano foi sempre, e é uma das personagens principais do palco económico-financeiro onde decorre a dramática peça do capitalismo selvagem?

“O contexto de crise traz exigências de simplicidade de vida e austeridade”. É preciso o Sr. Carlos Azevedo ter um camião Tir de descaramento para dizer uma coisa destas, quando toda a gente conhece o luxo da igreja e a sua total falta de simplicidade. É preciso muito pouco senso para dizer isto aquando de uma VISITA PAPAL IMPERIAL  repleta de luxo, vaidade, ostentação e desprezo pelos famintos e desempregados de Portugal e do mundo).

“Temos de encontrar uma nova forma de viver”. Talvez aquela que Leonardo Boff mostrou ao mundo na sua Teologia da Libertação, que Ratzinger arrumou de vez, não fosse o diabo tecê-las, e que, ao fim e ao cabo, foi a que Cristo ensinou.  Essa mesma forma de viver, simples e austera que a igreja católica atraiçoou e desde há séculos renegou, virando-a completamente do avesso).

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O Comboio em Fátima

Enquanto não se constrói ligação directa Fátima/Chão de Maças (Linha do Norte) – Fátima – Ourém – Leiria (Linha do Oeste), recordo que já o “comboio” andou por Fátima (agora cidade). A foto, de fonte desconhecida e provavelmente obtida já no Pós-Guerra, mostra uma linha em sistema Decauville utilizada para trazer pedra para o Santuário de Fátima. Nesta outra foto mostra-se o actual “comboio” em Fátima.

Seja bem vindo Bento XVl !

Enquanto Presidente de um Estado reconhecido pelo Estado Português com mútua representação diplomática, ao nível de Embaixadas, seja bem vindo!

Como Chefe da Igreja Católica cuja doutrina é seguida por milhões de portugueses, Deus o traga a terras de Nossa senhora de Fátima!

Sou profundamente Cristão e muito pouco católico, desde muito cedo percebi que uma coisa é a hierarquia religiosa e outra, bem diferente, é a Fé de milhões de seres humanos. Por estes tenho um profundo respeito ! Não compreendo a Fé, mas sei que esta sociedade não deixa a milhões de seres humanos outra esperança! Aos desvalidos que ano após ano se deslocam a Fátima à procura de cura; aos pais e mães que procuram conforto; aos filhos que procuram luz. A todos eles respeito profundamente, e sei que a visita do Papa é, para estas pessoas, um momento importante, de alegria e de luz.

Não tenho surpresa nenhuma em verificar que os homens que constituem o universo clerical sejam uma imagem da sociedade. Que outra coisa poderia ser? Os mesmos homens gloriosos e os mesmos homens bestas. Quem alguma vez  pensou que seria coisa diferente, só pode culpar-se a si mesmo, não é verdade que outras “verdades redentoras” se apagaram no tempo de um fósforo, enquanto a Igreja anda cá há séculos?

Seja bem vindo, a esta terra que sempre recebeu generosamente quem a procura , até por uma questão de gratidão, tantos são os seus filhos que procuram fora dela a vida que aqui não encontram.

ainda bem que vivemos num Estado laico

caso contrário levaríamos com 4 horas de directo na televisão paga por todos nós para assistirmos em directo ao passeio da Virgem ao Miradouro.